Linked By Love escrita por Dianna Lea


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oii.. dessa vez não demorei tanto kkk Então, obrigada a todas que comentaram e favoritaram a fic ^^ boa leitura e desculpem qualquer erro.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/602955/chapter/20

Quinn

06h30min

Acordo com uma incomoda ‘dor de cabeça’, mas ignoro e vou direto para o banheiro, faço o que é necessário de modo automático. Não consigo parar de pensar no que Rachel esta a esconder. Preciso descobrir o que esta acontecendo. Desço rapidamente as escadas e vou em direção a cozinha, logo sinto o maravilhoso cheiro de bacon, mas nem isso me anima.

Murmuro um “bom dia” sem muito animo para os meus pais. Papai que estava lendo seu jornal abaixou-o e me fitou com um olhar interrogativo, Mamãe que estava concentrada em fazer algumas panquecas parou para fazer o mesmo.

–O que foi? – Perguntei incomodada com os olhares.

–Nós que perguntamos a você. Aconteceu alguma coisa? – Papai perguntou curioso.

–Não. – Dei uma resposta curta, mas parece que não os deixou satisfeito.

–Mas... – Papai começou, mas eu o interrompi.

–Preciso ir, não quero me atrasar. – Dei um beijo rápido nos dois e sai rapidamente de casa.

Ainda teria tempo, então eu resolvi ir andando até o colégio, não é perto, mas preciso pensar e andar sempre me ajuda.

Eu estava tão submersa aos meus pensamentos que não percebi o carro que me seguia calmamente pela rua, quando o notei comecei a andar mais rápido, e o carro fez o mesmo. Ainda faltava uma quadra para chegar ao McKinley. Correr? Sim, a melhor opção. Mas antes que eu o fizesse o vidro do mesmo começou a baixar lentamente e uma sonora gargalhada me fez parar.

Ian...

–Precisava ver sua cara, Fabray – Ele falou sorridente.

Fechei a cara e perguntei grosseiramente.

–O que você quer?

–Entre... – Ele disse simplesmente.

–Não, obrigado. O colégio é logo ali. – Continuei a andar.

Estávamos virando a esquina, havia uma construção a alguns metros a frente, não dei muita atenção e continuei a andar, e ignorar Ian que ainda me seguia com o carro.

Já estava bem próxima a construção quando notei que Ian havia parado. Ótimo, ele desistiu, já podia ouvir o barulho das maquinas e trabalhadores gritando entre si, Mckinley ficava há alguns metros após essa construção.

–Fabray... –Ian chama, eu paro próxima ao prédio que estavam a reformar.

–O que você quer? – Torno a perguntar.

–Entre, por favor... – Ele ignora mais uma vez a minha pergunta.

–Por que Rachel não foi me buscar hoje? – Pergunto.

–Ela esta resolvendo algumas coisas - Ele falou sem me encarar.

–Certo... – Mal dei um passo e o ouço me chamar novamente, o encaro e dessa vez ele faz o mesmo, tem urgência em seu olhar e o modo como apertava o volante do veiculo.

–Quinn, entre... Agora, por favor. – Falou calmo, mas ainda notava-se a urgência.

Suspirei e abri a porta do carro para entrar, quando entrei no mesmo mal se passou meio segundo e um grande bloco de concreto caiu no lugar que eu estava segundos atrás. Olhei para Ian com os olhos arregalados, o mesmo estava tenso.

–Precisamos sair daqui... – Ele murmurou ligando o carro e saindo rapidamente do local.

Ficamos por longos minutos em silêncio, eu ainda estava muito apavorada com o que acabara de acontecer.

–Rachel vai querer me matar – Ian resmungava para si, mas eu acabei ouvindo.

–Por que ela iria matar você? Você não poderia prever aquele acidente. – Falei confusa.

–Não foi um acidente, Fabray. – Ele disse ficando ainda mais tenso.

–O que? Como? – Pergunto atônita.

–Só o que precisa saber agora é que Rachel vai explicar tudo o que esta acontecendo.

–Rachel? Ela não quer falar nada, Ian. – Falo irritada por não ter as respostas que quero.

–Não é mais uma opção, ela precisa contar tudo a você.

O resto do caminho foi percorrido em silêncio, eu não conseguiria nada de Ian, então teria que esperar para saber de Rachel.

Rachel

–Quinn... – Falo em voz alta, e acabo atraindo os olhares de alguns reve’s que estavam na sala de reuniões discutindo estratégias para deter Alec.

–O que houve, Rachel? – Elise pergunta se aproximando, mostrava uma expressão preocupada.

–Quinn estava em perigo. – Falo atordoada.

–Estava? – Pergunta ainda mais preocupada.

–Ian esta a trazendo para cá. – Ignoro sua pergunta.

–Vai contar a ela tudo o que está acontecendo? – Elise continua a fazer perguntas.

–Eu não sei Lise – Sento-me e acabo por mergulhar em pensamentos.

–Tudo bem... – a mesma me encara por mais alguns segundos e logo volta para o grupo que ainda estava a discutir estratégias.

Longos minutos se passaram até finalmente uma Quinn ainda assustada e um Ian tenso adentrarem a sala de reuniões. Em um pulo me coloquei de pé, e fui em direção a loira. Sufoquei a mesma em um abraço apertado. Separei-me e passei a examina - lá a fim de descobrir se havia alguma coisa fora do lugar, ate mesmo um arranhão. A mesma parecia está perfeitamente bem, mas os olhos estavam inquietos e preocupados.

Sem me importar com a “platéia” ali presente, puxei a loira ainda mais para mim, e uni nossos lábios em um beijo calmo... Quando me afastei a loira aparentava está mais calma.

–Esqueci que você pode me acalmar com apenas um toque. – Ela murmurou.

–Dessa vez eu não o fiz... – Lhe ofereço um pequeno sorriso, ela apenas me encara.

–Rachel, o que está acontecendo? – Pergunta e eu desvio o olhar para outro canto.

–Se não me contar o que está a acontecer, eu vou embora agora mesmo. – Ela torna a falar e eu arregalo os olhos. Quinn não pode mais andar sozinha.

Apenas faço um leve aceno de cabeça... Entrelaço nossas mãos e guio para fora da sala, mas antes paro e olho para todos.

–Quando eu voltar quero conversar com você, Ian... E os dois que deveriam proteger Quinn. Onde estão? – Pergunto.

Todos se olharam entre si sem saber a resposta.

–Procurem-nos, quero os aqui quando voltar. – Digo e saio puxando a loira comigo.

Levei-a diretamente para o jardim... Sentamo-nos no banco que estava ao redor da mesa, um silencia pairava sobre nós, eu ainda estava tentando decidir se essa era mesmo a melhor opção.

–E então? – Ela me incitou a começar.

Inalei uma grande quantidade de ar e fui o saltando lentamente. Quinn me analisava e esperava que eu começasse logo. Suspirei e disse:

–Lembra-se quando eu contei o que eu sou? – Perguntei.

–Claro que lembro, Rachel. Mas o que isso tem haver com... – Eu a interrompo.

–Apenas me ouça e responda o que eu perguntar, Quinn. Logo entenderá tudo.

–Tudo bem...

–Lembra que eu disse que precisamos sempre salvar pessoas? Morrer sempre para salva-las.

Ela acenou positivamente.

–Há muitos de nós por ai, mas o problema é que alguns são diferentes. – Começo a entrar no real assunto.

–Como assim diferente? – Ela pergunta confusa.

–Tem dois tipos de Reve’s, Quinn... O meu tipo que a missão é salvar vidas por toda a eternidade e é o que me deixara jovem para sempre, sempre salvar, e o outro. – Paro por um instante.

–O outro? – Quinn pergunta.

–Que incita pessoas a cometerem suicídio, precisam disso para se manterem jovens e fortes. É uma coisa louca, eu sei. É uma batalha constante, salvar aqueles que foram incitados a tal ato, uma coisa do tipo “bem e mal”. Esta conseguindo entender? – Pergunto encarando-a.

–Mais ou menos. Você esta tentando dizer que há reves com a missão de matar pessoas, fazê-las cometer suicídio?

–Sim...

–E você as salva.

–Sim.

–E por que isso? – Pergunta.

–Eu não sei te explicar o porquê, mas tudo depende da forma que você morre. Se é heroicamente ou covardemente.

Quinn fica um tempo em silêncio digerindo tudo que eu acabei de contar.

–Porque eu preciso de proteção? – Ela pergunta depois de um tempo.

–Okay... Desde o dia da ponte eu tenho mandado alguns reves vigiarem sua casa.

–Por quê?

–Lembra-se de Alec?

–O cara que a matou... – Ela sussurra.

–Sim, ele é um Reve maligno, podemos nomear assim.

–Mas ele não deveria matar apenas pessoas? Por que estavam brigando?

–Somos inimigos, Quinn, somos da mesma “raça”, mas não nos damos bem, nossas missões são diferentes, de um modo eu sempre vou interferir em seus planos. Veja bem, se ele acabar com todos os reve’s ‘bonzinhos’ vai poder matar quando e o quanto quiser. Essa é a segunda parte da minha missão... Acabar com reves da espécie de Alec. Então por isso ele precisa primeiro se livrar de todos nós.

Mais um pausa para a loira conseguir entender tudo.

–Isso ainda não responde a minha pergunta. Por que preciso de proteção? – Pergunta novamente.

–Por quem eu morri naquela noite, Quinn? – Pergunto encarando-a.

–Por mim, você me salvou - Ela falou prontamente.

–Quando morremos por alguém criamos uma ligação com essa pessoa, de tempos em tempos procuramos saber como essa pessoa está, é como uma necessidade. Mas com você é diferente.

–Por que diferente? – Indagou.

–Por que eu te salvei por amor, Quinn... Não foi pela missão, ou que quer que seja, foi por amor. Nossa ligação é diferente. Eu não sabia que isso existia, pensei ser apenas mito.

–Explique, por favor... – Ela murmurou.

–Estamos ligadas, tudo que acontecer a você, acontece comigo. Se te machucarem, machucaram a mim também, você é minha fraqueza e Alec sabe disso. Preciso te proteger, não por mim, mas porque eu não suporto a ideia de que algo possa te acontecer. Alec está tentando me atingir de todas as formas possíveis... Tentou matar a Nick – Perdi a voz por um instante ao pensar sobre isso. – Não posso perder você Quinn.

A loira me olhava com olhos arregalados e a boca formava um perfeito ‘O’...

Dessa vez Quinn travou de vez. Chamei algumas vezes e nada.

–Quinn, meu amor, olha para mim – Chamo- a mais uma vez e viro seu rosto em minha direção, aperto sua mão e dessa vez ela me encara.

–Você esta bem? Eu não devia ter te contado nada – comecei a me culpar.

–Rach... – Ela começou.

–Não devia mesmo, mas não se preocupe nada vai te acontecer.

–Rachel – Ela falou novamente e eu a olhei.

–Estou bem e agradeço por ter me contado tudo isso. E eu acredito em você quando diz que nada vai me acontecer, vamos passar por isso juntas, certo? – Pergunta incerta.

–Claro meu amor. – Digo confiante. Quinn me faz sentir confiança em mim mesma, isso é bom.

–Espera...

–O que houve, Quinn? – Pergunto preocupada.

–O bloco de concreto não foi um acidente, certo? – Ela arregalou os olhos.

–Sim, Alec está tentando te ferir de todas as formas possíveis. E eu o matarei por isso, eu juro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e então? comentários? beijos e até o próximo.