A Vida Além dos Jogos escrita por stereblane38


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MEU POVO BONITO! Primeiramente quero pedir desculpas pq demorei para postar, a culpa não foi nem minha, alguém perdeu o celular (PSE NÉ NINA) mas enfim, aqui está o capítulo é espero que gostem e perdoem qualquer erro ortográfico.
Ps: esse capítulo revela algo muito importante sobre a effie.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/602904/chapter/33




                   Pov Katniss


Depois do episódio com as coisas de bebê, Haymitch conseguiu me acalmar de alguma forma. Passei o resto da tarde no quarto, deitada. Mudei o cenário do quarto e coloquei o cenário floresta, estou sentindo muitas saudades de casa e principalmente da minha irmã. Uma avox veio trazer comida e não fui incomodada por ninguém, a equipe de preparação apareceu apenas as 17 horas, já que a entrevista com Caesar é as 20 horas. Banho, cabelo, unhas do pé e da mão, até finalmente ficar só eu e Cinna.


— Só mais isso, e vou para casa. Só mais uma noite aqui. Como você consegue ser tão diferente dessas pessoas?


— Eu também não sei responder. Haymitch pediu para eu falar com você. Ele disse que você não precisa responder todas as perguntas, Caesar vai ajudar, você precisa parecer apaixonada, precisa levar o romance adiante. Agora vamos vestir você.


Peeta sempre fez essa parte, mas posso ser sincera, eu preciso dele. Cinna mostra um vestido simples, azul. Simples porém bonito, ele é acima do joelho e com a manga curta, é solto e muito confortável, com o pano fino e macio de algodão. Cinna coloca um cinto preto, acima da barriga. Calço botas pretas para finalizar. Não estou adotando um novo estilo, apenas estou… de luto, por isso cores como preto e azul. Cinna me acompanha até a sala, Caesar e as câmeras já estão à minha espera.


— Como vai katniss? - Caesar  comprimenta com um sorriso de orelha a orelha, retribuo o com um sorriso discreto - Vamos começar?


— Claro! - tento parecer animada, sento na poltrona do vitorioso e Caesar na cadeira do entrevistador.


— Boa noite senhoras e senhores da Capital e de Panem! Estou aqui com a nossa querida vitoriosa Katniss Everdeen!


Caesar dá uma de suas icônicas risadas, porém fica sério no mesmo momento.


— Então Katniss, queria começar falando por todos da capital e todos de panem, tenho certeza que todos compartilhamos o mesmo sentimento, meus pêsames, sabemos o quanto você amava Peeta, sentimos muito.


— É Caesar, eu também sinto muito - meus olhos ficam imediatamente pesados, então só respondo isso, minha voz entregaria meu estado, ultimamente eu só tenho vontade de fazer uma coisa, chorar.


— Como você está lidando com esta perda que atingiu todos nós  mas principalmente você?


Caesar fala com uma voz calma e doce.


— Eu não sei Caesar, é muito recente e estou tentando lidar com isso, apenas vou tentar levar as coisas até…


As minhas palavras não são para a capital, não são para Panem ou Caesar, são para mim, são verdadeiras.


— Entendo. Vamos falar dos jogos. Qual foi a parte mais complicada? Uma luta ou…


— Quando Brutus cortou meu pulso e meu pescoço. Foi uma luta difícil. As cobras também foram um desafio e tanto, os idealizadores se esforçaram muito.


— E quanto a você e Peeta? Vocês tiverem um  momento especial na praia, antes do plano, você queria salvá-lo.


— Se eu não vencesse, queria que ele voltasse para casa.


— Agora vamos falar de um momento que emocionou todos nós. Peeta disse seu nome pela última vez, o que passou pela sua cabeça quando percebeu que nunca mais verá o Peeta?


Essa pergunta foi como uma faca cortando meu pescoço. A pior parte é saber que você nunca mais verá uma pessoa, não sei como responder, Haymitch disse que não preciso responder todas e que Caesar ajudaria.


— Eu...eu... Não sei. Desespero - minha voz treme e fica pesada, Caesar percebe que estou a quase em prantos e muda o assunto, talvez o assunto que não só a Capital, mas o país inteiro quer saber.


— E o bebê? Você disse que está tudo bem, seus médicos falaram sobre um descolamento de placenta, mas que ficou tudo sobre controle, essa é a melhor notícia - ele dá uma risada de felicidade - Você já sabe se, todos nós, seremos presenteados com um menino ou uma menina? Gostou dos presentes que seus fãs enviaram?


A resposta perfeita está na ponta da língua, poderia dizer que é um menino e uma menina, que são gêmeos. Mas minha irmã não está segura, não com aqueles pacificadores.


— Ainda não, ainda não sei, adorei tudo, queria agradecer pessoalmente - Não quero compartilhar isso com essas pessoas, não com as pessoas da Capital, as únicas pessoas que quero incluir de verdade na vida dos meus filhos são as pessoas que eu amo, e não a Capital. Não quero que a minha filha cresça sendo uma das atrações do circo. Caesar encerra a entrevista com um sorriso extravagante e um abraço. As câmeras são desligadas, ele me comprimenta mas um vez e vai embora. Um banquete é servido e Cinna brinda a minha vida, toda a equipe está na mesa comendo, porém sem muitos sorrisos. O máximo que consigo é brincar com a comida. O jantar acaba e vou para o meu quarto.


Tiro a bota, o vestido e os poucos acessórios, fico apenas com a roupa de baixo e me jogo nas cobertas macias e confortáveis. O pior tipo de choro é aquele que você fecha seus olhos e as lágrimas transbordam, é silencioso. Já passei por isso com meu pai e vou passar de novo. No início dói, dói muito, depois a dor vai amenizando até ficar suportável. As lembranças virão  mas não vão doer como no início. Vou suportar isso, como antes, vou sobreviver! Afinal, sei que todos os seres humanos foram feitos para suportar qualquer dor.


Durmo uma hora talvez, mas acordo. Visto o robe e desço, peço um copo de chocolate quente. A avox ruiva faz mais que o chocolate, colocou também pequenos pedaços de  Marshmallow e chantilly. Vou tomar meu chocolate no único local que me sinto bem aqui, no terraço. Chego no terraço e sento, olho para a capital e tomo meu chocolate.

Quase no fim do chocolate Effie aparece, ela está… sem toda aquela maquiagem.


— Ah! Sabia que você estaria aqui! - ela está com com pacote na mão - tenho um presente para você! - o sotaque da capital deixa tudo mais engraçado, quase começo a rir.


— Effie, chega de presentes - digo rindo.


— Esse presente é para você! Para de ser rabugenta e abre logo, queria te dar em um momento que estivéssemos a sós.


Pego o pacote, e vou tirando o embrulho aos poucos. É um porta retrato bonito, dourado, mas não um dourado como o cabelo da Effie, um dourado escuro. Porta retratos servem para por fotos, e nesse tem uma foto. Uma foto minha com Peeta, no dia em que ele pediu minha mão em casamento. Estamos abraçados, estou com o rosto encostado no peito dele, ele está sorrindo, um sorriso deslumbrante.


— Obrigada Effie… eu adorei.


Ficamos alguns minutos em silêncio, eu admirando a foto e effie olhando o meu semblante.


— Eu sei o que você está passando Katniss - ela diz repentinamente - já passei por isso.


Não tenho certeza mas acho que sei do que ela está falando.


— O Haymitch comentou comigo algo… mas acho que você não sabe, você pôs fim, como alguém da Capital que não quer algo. Se é que estamos falando da mesma coisa.


— Sim, estamos falando da mesma coisa. Katniss a história não é do jeito que você acha que é.


— Essa é a versão do Haymitch.


Mais uma vez o silêncio, eu odeio esse silêncio, muitas vezes ele é constrangedor.


— Como o bêbado do Haymitch já contou para você, eu e ele tivemos um curto relacionamento. Nesse curto relacionamento... fiquei grávida. Essa parte você já sabe. Quando o Haymitch ganhou os jogos, toda a família dele foi morta, bem na frente dele. Todos que ele amasse seriam mortos enquanto ele ficaria vivo sofrendo com a culpa. quando eu descobri a gravidez ele estava no D12, então ganhei um tempo para pensar e cheguei a conclusão de que a Capital, o presidente Snow, faria a mesma coisa com o nosso filho e até mesmo comigo.



Ela sabe, Effie sabe que o Snow é um monstro peçonhento, se ela sabe por que idolatrar tanto a capital? Idolatrar o presidente? Os Jogos?


— O Haymitch sabe uma versão, mas essa não é a verdadeira. As pessoas não me conheciam tão bem, então foi fácil articular um plano. Não fiz o que o seu mentor disse. Eu sabia que quando o bebê nascesse o Snow descobriria o pai e mataria o meu bebê. Então me escondi durante toda a gravidez, não foi difícil. Devo muito ao Carl, seu médico, na época ele tinha acabado de se tornar médico e me ajudou muito, isso foi há 17 anos. Quando ele nasceu, um menino lindo, carl conseguiu uma boa família para adotá-lo,os De’Lor. O presidente snow não cuida das adoções e nem nascimentos, então não tivemos problemas. Pelo menos consegui escolher o nome dele, Matteo.


— Então ele está vivo… - é algo difícil de acreditar.


— Está, desde que ele nasceu não tenho uma boa relação com o Haymitch, mas é melhor assim, o Matteo está seguro por hora, é só isso que importa para.


Agora tenho as respostas, Effie mesmo sabendo que Snow é um monstro, idolatra ele e os Jogos por um simples motivo, a segurança do filho. Não importa se ela ama as roupas, a maquiagem ou qualquer outra coisa da Capital, ela ama o Matteo acima de tudo isso. Effie levanta e vai embora, sem falar mais nada.


Depois desta revelação fica difícil dormir. Effie abriu mão do filho pela própria segurança dele, e eu aqui reclamando das restrições da gravidez, não faço nada certo. Não posso entregar meu filho para uma cobra mas não sei o que fazer. Só consegui dormir umas 3 horas da manhã e sou acordada às 9 horas. Mais uma vez sou vestida com roupas escuras e sou levada em um carro até a estação de trem, cheia de pessoas.


Finalmente vou para casa, finalmente. Haymitch vai para o bar e eu para meu quarto. Preciso pensar. O Snow não vai machucar meu filho enquanto eu me comportar, talvez essa seja a única opção, não sei como lutar. Tenho certeza que a turnê da vitória será bem no fim da gravidez, assim eles nascerão na Capital e não poderei fazer nada para evitar que ele seja levado. Não quero aceitar o fato de que não vou poder ficar com o meu bebê, mas não sei o que fazer. Acho que pela primeira vez não tenho um plano mas sei de uma coisa, posso até não ficar com o bebê, mas o Snow também não vai ficar.


Primeiro dia no trem: Haymitch bebendo até vomitar, enquanto fico trancada no quarto. Segundo dia no trem: Haymitch bebendo, um funcionário vestindo ele enquanto Effie me ajuda com as roupas, seremos recebidos na estação de trem e preciso está arrumada. Gale e Prim já devem estar me esperando. O trem chega, preparo minhas feições e tento por um sorriso no rosto, afinal estou em casa.


A estação está cheia, porém em silêncio. Gale está bem na frente com prim nos ombros, como na primeira vez. Todas que estão na estação levam os 3 dedos aos lábios, em seguida erguem os 3 dedos. O nosso símbolo de luto. O Distrito está de luto por Peeta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E AÍ???? COMENTE POR FAVOR! Agradeço as pessoas que comentam, vcs moram no meu coração. Podem fazer textos enormes, eu adoro trocar uma idéia sobre o capítulo. Bjs até o próximo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vida Além dos Jogos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.