A Vida Além dos Jogos escrita por stereblane38


Capítulo 25
Capítulo 25 - Katniss


Notas iniciais do capítulo

Bom galera, quero pedir perdão pela demora do capítulo, e prometo que não vamos demorar tanto para postar. Se eu demorar muito vocês podem brigar comigo pelo Twitter que é @rayssabragabez1. Bom, espero que gostem desse capítulo, comentem! A sua opinião e muito importante e incentivadora para nós! Espero que gostem. Rayssa Braga.



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Katniss

Já se passaram uma hora desde que Beetee enviou os tordos mecânicos para a praia, foi uma descoberta curiosa, quanta ironia da Capital, tordos. Finnick está muito aflito e não para de andar de um lado para o outro, Peeta está impaciente e fica lançando olhares para mim como se estivesse dizendo “ você acha que isso vai dar certo? “ Ou “ você está bem? “, “Precisa de alguma coisa? “ E isso é bem irritante; como se eu não soubesse me cuidar. Enfim, os tordos voltam.

― Agora me diz, como você vai conseguir ver alguma coisa? – Johanna indaga debochando de Beetee.

― Observe – Beetee desmonta a cabeça do robô, ele mostra algo, como um botão, e aperta. Imagens e textos começam a serem exibidos bem diante dos meus olhos. – Isso se chama nanotecnologia. – Beetee fala orgulhoso de si mesmo e fica alguns minutos olhando imagens e textos.

― Eles sobrevoaram toda a arena, faz sentindo o que a Katniss disse sobre ela ser um relógio, é um círculo perfeito! Alguns carreiristas que formaram aliança estão na praia, eles não captaram todos, mas, podemos executar o plano.

― Se é assim, vamos dar logo o fora desse lugar! – Finnick diz, ele coloca Mags nas costas e pega o Tridente. Os outros começam a arrumar os mantimentos, água nas cestas, o resto da carne e o mais importante, as armas.

― Você acha que isso vai dar certo? Ou que vale o risco? – Peeta pergunta em tom baixo de modo que só eu pudesse escutar.

― Não sei, vamos ver.

― Mesmo que dê certo, o que vamos fazer? Vamos nos separar deles? Sinceramente, eu prefiro cair fora agora! Vamos ter que enfrentá-los de qualquer jeito, não tem saída.

― Peeta, vamos ficar com eles, pelo menos até o final do plano, depois nos separamos. – Ele pensa um pouco e acaba concordando, mas eu sei que não é isso que ele quer.

Entramos na mata mas pegamos um caminho diferente. Passamos o dia inteiro andando, mesmo assim parece que nunca chegamos a lugar nenhum, Peeta está na frente cortando a vegetação com a faca, tudo que eu faço é observar a mata ao meu redor. Meus olhos pegam uma ondulação suspensa como um painel de vidro. Imediatamente associo o painel a Wiress e Beetee, no centro de treinamento, quando eles me ensinaram sobre… Campos de força. No mesmo instante que eu grito, Peeta bate no campo de força, ele é arremessado contra Mags e Finnick.

Corro até ele, e sinto cheiro de cabelo chamuscado e roupas queimadas, ele está caído no chão, desacordado.

― PEETA! PEETA! – Chamo seu nome desesperada, caio de joelhos ao lado dele, eu o sacudo várias vezes, cada vez mais forte, encosto meu ouvido em seu peito, mas não há sinal de batimentos. – Peeta! – Sinto lágrimas descendo pela minha bochecha, eu começo a sacudi-lo e chamar seu nome, minha voz fica irreconhecível por conta do choro, meus soluços são altos e desesperados, Finnick me tira de cima dele e começa a fazer massagem cardíaca, Peeta não reage, e eu continuo chorando e chamando o seu nome. Finnick fecha as narinas de Peeta.

― NÃO! – Digo tirando ele de perto.

Ele me empurra e bato em um tronco, por um momento dói, mas no outro já estou olhando para ele e Peeta, pego uma flecha e a preparo para atirar em Finnick, ele fecha novamente as narinas dele e quando estou prestes a atirar, sou interrompida pela cena mais inquietante que já vi… Finnick beijando Peeta. Ele não está beijando e sim bombeando ar para seus pulmões, está salvando a vida dele. Depois de algumas tentativas, Peeta tosse.

― Peeta – Alívio, é a primeira coisa que sinto e então largo imediatamente meu arco e vou até ele.

― O que aconteceu? – Ele pergunta desorientado. Eu começo a chorar novamente e o abraço com todas as minhas forças e em seguida como se não tivesse controle nenhum sobre meu corpo, eu o beijo, um beijo molhado, por conta da minha choradeira e também a boca dele estava molhada com a baba de Finnick.

― Cuidado, tem um campo de força bem ali. – Ele diz ainda desorientado, mas sorrindo. Eu rio, mas ainda tem lágrimas escorrendo pela minha bochecha. – Eu… Eu estou bem.

― VOCÊ ESTAVA MORTO E VEM ME DIZER QUE ESTA BEM?! – Explodo – VOCÊ ESTAVA MORTO! – Repito. Coloco a mão na minha boca, mas começo a soluçar novamente, então percebo que fiz tudo que não queria fazer, pareci fraca diante dos meus aliados e de toda Panem.

― Hey Katniss, está tudo bem. – Ele fala olhando nos meus olhos, com a voz tranquilizadora e limpando algumas lágrimas da minha bochecha.

― Está tudo bem, são os hormônios. – Comenta Finnick – Sabe, ela está grávida, são os hormônios do bebê.

― Não, não é… − Tento me defender, mas uma nova onda de soluços começa, o que sustenta a teoria de Finnick Odair.

Finnick salvou a vida do Peeta, tenho uma dívida com ele. Ele está olhando para mim e para Peeta como se estivesse tentando decifrar algo.

― Vocês acham que podemos continuar? – Johanna pergunta para mim e para Peeta. Durante toda a confusão, nem ao menos lembrei da existência dela e dos outros.

― Não, é melhor todos descansarmos; não sei se vocês perceberam, mas já está de noite e batemos no campo de força porquê estamos andando para os lados, e não para frente. – Todos concordam e montamos o acampamento, me ofereci para o primeiro turno, Peeta dorme imediatamente, não consegui conversar com ele, Finnick e os outros também dormem.

Me sento perto do tronco em que bati quando Finnick me empurrou. Ninguém morto hoje. Eu já devia ter acordado Johanna a pelo menos uma hora, mas não vou conseguir dormir de qualquer forma. Sinto um deles se mexendo dentro de mim e tudo que eu consigo pensar é que, se eu tiver alguma chance de sair daqui o que é pouco provável, essa arena foi projetada para me matar, não vou conseguir fazer isso sem o Peeta, não vou. Eu estou confusa sobre os meus sentimentos, não sei o que sinto em relação a esta gravidez, é tudo muito confuso, principalmente agora que estou aqui, prestes a morrer, e também tem Peeta e o Gale, mas isso é outra história.

Está bem claro que não posso ser uma boa mãe, não me vejo cuidando de uma criança, ou duas. Não tive o melhor exemplo de mãe, então não tenho um modelo; a ideia de alguém me chamando de mãe é assustadora, eles se mexem de novo e um terror súbito surge, se eu tivesse pensado duas vezes não estaria nessa situação, essa é a hora perfeita para me perguntar onde fui me meter. Peeta poderia ter morrido hoje, eu não iria suportar. Só de pensar em Peeta morto, tenho vontade de chorar, mas não choro, por Prim, ela deve ter ficado triste por me ver chorando.

O raio cai na árvore, marcando a meia noite, fico esperando algum réptil super mutante aparecer, mas nada acontece de imediato. Após 10 minutos, uma névoa surge, parece o tipo de névoa que aparece quando está muito frio, pego meu arco e me levanto, a névoa avança lentamente e em pouco tempo a névoa se a próxima de mim. Quando a névoa toca minhas mãos, sinto a terrível sessão de que estou sendo queimada, no mesmo instante, minha pele adquire um tom avermelhado irritado e começa a sair bolhas. Volto para perto dos outros e grito.


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Notas finais do capítulo

Então ☺ gostaram? Espero que sim! Até o próximo queridos leitores!



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