pvo Esther

Rua rímel, como essa rua e linda principalmente a minha casa, já faz tanto tempo que eu tinha esquecido como essa casa era bonita. Vou em direção a ela e posso escutar o som das vozes, escuto o som de uma mulher contando um historia, a minha historia, sim essa só pode ser a minha mãe, ao olhar para ela de um canto escondido percebo o quanto está velha e esgotada, sua voz soa tão cansada, seus olhos são tristes e ao sibilar as palavras sempre num longo suspiro.

A outra só podia ser a minha adorada mãe, nossa isso e serio, eu a já chamei de mãe, meu deus como isso soa atormentador, Kate Coleman querendo ou não já foi a minha mãe. Essa mulher que eu mal conheci ou conheci bem demais (culpa de seu diário) já fora tantas coisas minha, amiga, mãe, rival no amor e inimiga.

Ora, olha só quem estava lá também, meu adorado doutor varava, poxa quando e que esse velho pretende morrer, parece que vai ver pra sempre...

— quando eu a encontrei, coberta de sangue e o corpo do pai no quintal, perdi a fala, não soube o que fazer, ficou olhando para ela por todo o tempo, antes de alguém chamar a policia – dizia minha mãe Rachel – logo depois ela foi julgada incapaz de raciocinar e foi mandada para o instituto saarne e depois disso nunca mais tive noticias dela...

FLASCHBACK DOIS

Ela não teve noticias mais de min porem tudo não foi tão simples assim, eu passei um mês inteiro na solitária, era como se fosse uma comitiva de boas vindas para a nova integrante da família saarne, logo após isso fui jogada no meio dos loucos para me familiarizar com os meus irmãos que não batiam bem da cabeça.

Tinha cada figura lá, tinha uma loira chamada Dakota que vivia andando com outra louca chamada Gretshoper. As duas viviam me enchendo o saco, mas a mais chata das duas era a querida Gretshoper que se vestia se como uma princesa e vivia me chamando de...

— Esther, você se parece com a minha boneca Esther, ela tinha um rosto igual ao seu e os cabelos pretos também, eu dei o nome de Esther por causa da princesa da bíblia, aquela que era super. Forte, meu pai gostava de ler a bíblia para min e depois agente ia brincar de esconde, esconde debaixo do lençol, eu dizia que estava com medo, mas ele dizia ‘’seja forte igual à Esther ‘’ eu não pude ser forte igual a ela e ai dei o nome a minha boneca que seria forte pôr-nos duas. Mas me tomaram ela, logo após o papai ser morto, bem eu o matei e claro, mas só por que ele foi mal, ele gostava de brincar de esconde, esconde com a mamãe enquanto eu ficava sozinha, pensando bem, eu matei a mamãe também, mas só por que os dois me deixaram sozinha.

Pelo visto Gretshoper não batia nem um pouco bem da cabeça, mas ela tinha algo em comum comigo e com Dakota também pelo visto, pois as duas se davam super. Bem, também havia um garoto que ficava me olhando de longe, em todo canto que eu estava ele também, sempre me olhando, o mais estranho e que ele parecia muito normal para aquele lugar.

Alexander era o nome dele, diziam que ele era o mais louco da li, pois vivia gritando o nome de uma garota. Clover era o nome que ele enlouquecidamente gritava, por incrível que pareça eu me sentia arrasada, pois ele era muito bonito, olhos azuis e cabelos loiros, seu físico era incrível, sempre me perguntava como os enfermeiros o contenderiam caso ficasse enraivecido.

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Já se passara um ano desde que matei meu pai, a vida aqui era difícil, mas ao mesmo tempo fácil, pois querendo ou não eu era normal não fazia a mínima ideia de como fui parar ali e não em uma cadeia, o difícil era: só tinha maluco naquele lugar e o fácil era, bem, só tinha maluco naquele lugar, sei do que estou falando, mas ninguém me olhava esquisito e nada dessas coisas.

Num lindo dia, dessa vez era lindo mesmo, eu estava sentada num banco no jardim, eu lia um livro chamado cell. Era um dos famosos livros de Stephen king aonde contava a historia de um artista que ia a procura de sua família num mundo apocalíptico que ocorreu depois de varias pessoas enlouqueceram ao estar no celular, eu estava na parte que uma das protagonistas, Alice, estava morrendo, me senti triste, pois eu gostava de Alice.

Foi quando ele veio ate a min, seus olhos azuis e cabelos dourados, ele se sentou ao meu lado e disse.

— eu procurei você por um bom tempo

— o que? Como assim, você estava me cassando?

— sim e há muito tempo, eu pensei que você havia morrido.

— não espera, mas do que você esta falando, Isso não faz sentido.

— claro que faz, será que você não se lembra da nossa amizade?

— que amizade? Eu te conheço de algum lugar fora daqui?

— como assim fora daqui? Ora largue disso mulher, você não se lembra de tudo que agente passou. Sou eu cato , não vai dizer que me esqueceu Clover ?