Banguela: Coração e alma humana escrita por Soluço a lenda


Capítulo 2
Meu melhor amigo




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NARRAÇÃO DE SOLUÇO

A ficha ainda não havia caído, nossos dragões haviam virado humanos, todos nós nos olhamos e olhamos para nossos dragões. O Banguela tinha mais ou menos minha idade, era um garoto de cabelos negros, alto e forte, a Tempestade era uma garota ruiva, média (nem muito alta, nem muito baixa) e durona, a Batatão era loira, meio gordinha, parecia uma versão feminina do Perna-de-peixe, o Dente-de-anzol era alto, forte, cabelos pretos e meio bobo, o Zipper-arrepiante Bafo e Arroto se transformaram em dois gêmeos, ambos garotos, eram exatamente iguais, cabelos meio marrons e desastrados.

Eles estavam discutindo e nós só olhávamos, sem conseguir dizer nada.

Bafo- Eu ainda não entendi, isso é bom ou ruim?

Dente-de-anzol- O pior é que não sei.

Tempestade- E o que você sabe?

Banguela- Isso é ruim! Podemos ter virado humanos, mas sem nós dragões, a ilha está praticamente indefesa!

Tempestade- Será que ele tirou toda a nossa magia?

Nesse momento, o Banguela levantou a mão e ela se transformou em uma pata de Fúria-da-noite.

Banguela- Não, ainda temos um pouco de magia, mas só da para transformar um ou outro membro em dragão, estamos na pior.

Batatão- Gente, não quero ser uma estraga prazeres, mas como vamos recuperar a nossa magia?

Banguela- Não sei. Vamos reunir os dragões e pensar em alguma coisa.

Nesse momento, eles se viraram para nós, tava na cara que agente ainda tava tentando entender o que aconteceu aqui.

Soluço- Deixe eu ver se intendi, vocês eram dragões e agora são humanos. Vocês sempre nos entenderam e aqueles sons que faziam eram conversas entre vocês.

Arroto- Até que entenderam bem rápido.

Banguela- Sei que é um choque Soluço, mas ainda somos nós, seus dragões.

Todos nós decidimos pegar nossos dragões e conversarmos a sós com eles, eu levei o Banguela pra casa e encontrei minha mãe lá.

Valka- Oi Soluço, quem é seu amigo?

Soluço- Então, é uma história engraçada, mas esse é o Banguela.

Nesse momento, o Banguela transformou sua mão em uma pata de dragão e minha mãe arregalou os olhos e nem conseguiu falar nada.

Soluço- Depois agente conversa melhor, mas agora, eu e o Banguela precisamos conversar.

Subimos pro meu quarto e encontramos o Pula-nuvens lá.

Banguela- Oi Pula-nuvens, como é que tá?

O Pula-nuvens só fazia barulhos e o Banguela respondia.

NARRAÇÃO DE BANGUELA

Assim que o Pula-nuvens me viu, ele soube quem eu era, dai começamos a conversar, o Soluço só ouvia sons, mas eu o entendia muito bem.

Pula-nuvens- Cara, o que houve? Você é um humano, como?

Banguela- Foi um magico que tirou nossa magia.

Pula-nuvens- Nossa?

Banguela- É, eu, Tempestade, Dente-de-anzol, Batatão, Bafo e Arroto. Vou ver se consigo explicar isso pro Soluço.

Pula-nuvens- Boa sorte.

Eu me virei para o Soluço, e ele ainda não entendia o que estava acontecendo, então nós sentamos e conversamos.

Soluço- Tá certo, me explica tudo.

Banguela- Certo, nós dragões somos criaturas magicas. Somos humanos, sempre fomos.

Soluço- Mas como viraram dragões?

Banguela- Há uns 1000 anos atrás, um magico estava fazendo uma poção, uma poção que transformava pessoas em dragões, era para a gente virar dragões e humanos quando quiséssemos, mas algo deu errado, ele erou a dose e virou um dragão e não conseguiu se transformar de volta, ele contaminou varias pessoas e todos viraram dragões...

Soluço- Pera ai, então por que eu não fui contaminado.

Banguela- Deixou de ser contagiante depois de 1 mês, mas até lá, ele já havia contaminado muita gente e assim viramos dragões.

Soluço- E qual é sua história?

BANGUELA CONTA SUA HISTÓRIA

Eu era o dragão mais temido, estávamos em guerra contra os vikings, não queríamos essa guerra, mas aquele dragão nos forçava a roubar comida para ele, caso contrario, nós é que viramos comida. Vi muitos dragões serem abatidos, capturados e mortos, mas não tínhamos escolha, eu achava que nada ia mudar, que sempre seria assim, até que, em uma noite, uma rede me pegou.

BANGUELA TERMINA SUA HISTÓRIA

Banguela- Soluço, embora eu tenha virado um humano, eu ainda sou seu melhor amigo, ainda sou seu dragão.

NARRAÇÃO DE SOLUÇO

Eu olhei nos olhos dele, embora fosse um garoto, ainda era meu dragão e meu melhor amigo. Nós nos abraçamos e começamos a jogar conversa fora.

Soluço- Me fala, por que você sempre lambe meu rosto, mesmo quando eu falo pra parar?

Banguela- Porque era engraçado. E você, como vai com a Astrid?

Soluço- Há, tudo bem, somos namorados há um bom tempo.

Banguela- E seriam a mais tempo se não desse uma de Soluço.

Soluço- O que? Como assim uma de Soluço?

Ele começou a tremer, me zuando.

Banguela- Eu sou o Soluço e sou tão medroso para admitir meus sentimentos, que foi preciso que um dragão aparecesse na minha vida, e ainda por cima foi a Astrid que tomou uma atitude.

Soluço- Não tem graça!

Banguela- Tem sim!

Ele começou a rir e eu também comecei a rir, aquele era o Banguela, meu melhor amigo.

Depois minha mãe entrou e disse que estava ouvindo atrás da porta e se aproximou do Banguela.

Valka- Vocês são criaturas incríveis. Você entende o Pula-nuvens?

Banguela- Sim.

Valka- Pode traduzir o que ele fala?

Banguela- Posso.

Em seguida, o Pula-nuvens se aproximou e começou a fazer sons.

Valka- O que ele disse.

Banguela- Disse que já é hora do almoço, que está morrendo de fome.

Nós começamos a rir e descemos pra almoçar. Enquanto comíamos normalmente, o Banguela, mesmo sendo humano, comia peixe cru. Havia sobrado um e o Banguela ia pega-lo, mas o Pula-nuvens foi mais rápido.

Banguela- Comilão!

Estava me acostumando a ideia do Banguela ser humano, mas, uma coisa me incomodava, o Wizard não os transformou em humanos atoa, ai tem coisa.


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Notas finais do capítulo

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