POV Annabeth

Percy estacionou em frente de minha casa e me encarou ele parecia chateado com algo.

Tirei o cinto de segurança.

– O que foi Cabeça de Alga? – perguntei sorrindo.

Ele suspirou.

– A culpa foi minha, não é? – disse Percy.

– Culpa do que?

Ele se aproximou de mim e tocou um de meus braços o que fez com que eu me arrepiasse, ele passou os dedos com delicadeza sobre os meus cortes tirando o resto da maquiagem que sobrara.

Deuses como eu pude não perceber isso?

Ele me encarou.

– Ei a culpa foi minha – sussurrei.

Ele suspirou novamente.

– Não posso deixar que você faça isso novamente – disse ele – Promete pra mim que vai tentar parar?

Assenti olhando pra baixo.

Ele se aproximou e levantou o meu queixo me fazendo olhar em seus olhos verdes mar.

– Tem mesmo que ir? – perguntou ele.

Suspirei.

– Não posso deixar o Malcom sozinho ou ele vai acabar com todo o estoque de sorvete – falei.

Ele rio e se aproximou e me puxou para um beijo de tirar o fôlego.

Sorri me recuperando e saindo do carro antes que aquilo virasse mais que um beijo.

..................

A semana passou depressa e logo chegou domingo e segunda feira se iniciavam as provas finais na Good, eu já tinha passado no segundo bimestre e já havia sido aceita em duas faculdades mas estava estudando mesmo assim já que eram os últimos dias de aula. Estava sentada na cama de Percy em volta de vários livros diferentes tentando fazê-lo estudar um pouco e por algum conhecimento naquela cabeça repleta de algas e ele me encarava com aqueles olhos verdes tentando me desconcentrar.

– Anda Percy temos que estudar – falei.

Ele bufou e me puxou fazendo com que eu ficasse deitada sobre ele.

Corei.

– Percy não, temos que estudar – falei.

Ele revirou os olhos e trocou de posições fazendo com que ele ficasse em cima de mim.

– Já estudamos de mais – disse ele beijando meu pescoço – Mereço um premio.

Não deu nem tempo de protestar ele apenas levantou meu queixo e me deu um beijo de tirar o fôlego.

Como resistir a isso?

(Censurado)

Acordei com a luz da janela do quarto em minha cara, Percy dormia profundamente de bruços ao meu lado.

Sorri e me aproximei mais dele dando-lhe um selinho demorado, ele sorrio mas permaneceu de olhos fechados.

– Bom dia Cabeça de Alga– sussurrei em seu ouvido.

– Bom dia Sabidinha – disse ele abrindo os olhos

– Tenho que ir te vejo na escola – falei.

Me levantei mas ele me puxou de volta me dando um beijo demorado.

– Não se despedi mais? – disse ele beijando meu pescoço.

Ri.

– Droga Percy eu tenho que ir, você não vai ganhar dessa vez – falei.

– Ganhar o que?

– Você me seduziu com seus encantos sobrenaturais se eu for mal na prova a culpa é toda sua – falei arranhando suas costas.

Ele gemeu e mordeu meus lábios.

– Eu te amo – sussurrou ele.

Corei furiosamente.

– Também te amo mas eu tenho que ir – falei jogando ele pro lado.

Me vesti rapidamente e como eu não estava afim de pular a janela resolvi usar a porta mesmo sabendo que a essas horas Sally já estaria acordada, a real era que eu me sentia uma qualquer entrando no quarto do Percy e dormindo com o ele e saindo pela a janela. Abri a porta e desci as escadas e um cheiro de biscoitos recém assados tomavam conta da casa, pude ver Sally na cozinha tirando eles do forno e Paul sentado na mesa lendo o jornal da manhã, assim que me viram abriram um grande sorriso.

Eles eram ótimos, quando Percy decidiu contar a eles que estávamos juntos eles ficaram bastante felizes, eu ainda não havia contado a Atena sobre isso.

– Bom dia Annabeth – disseram.

Dei um sorriso.

– Bom dia.

Paul largou o jornal na mesa e me encarou.

– Você dormiu com Percy? – perguntou ele.

Corei furiosamente.

– Paul isso coisa que se pergunte? – disse Sally – Annabeth é uma menina decente.

Corei.

Ah se ela soubesse.

– Me desculpe – disse Paul olhando pra baixo.

– Hãn tudo bem, eu já to de saída – falei acenando e abrindo a porta da frente.

Ta isso foi constrangedor.

Caminhei até minha casa não demorou muito pra chegar afinal eu morava ao lado da casa deles, abri a porta e entrei. Atena estava descendo as escadas segurando sua bolsa de grife, devia estar indo para o trabalho, assim que me viu entrando em casa me encarou.

– Onde esteve? Fui ao seu quarto a noite e você não estava lá – disse Atena.

Revirei os olhos.

– Dormi fora ok? Não sou mais um bebê – falei indo até a escada.

Ela segurou o meu braço.

– Onde você dormiu? Posso saber? Não me diga que arrumou um namoro pelo amor de deus – disse ela.

Bufei.

– E se eu estiver namorando? Qual o problema? – perguntei.

Antes que ela respondesse Malcom desce as escadas com tudo e fica entre nos duas.

– Parem vocês duas, vocês não conseguem ter uma conversa normal de mãe e filha? – gritou ele.

Atena bufou.

– Mais tarde a gente conversa Annabeth – disse ela abrindo a porta e fechando com força.

Suspirei.

– Você ta bem? – perguntou Malcom.

– To sim – dei um meio sorriso – Só vou me arrumar.

Ele não protestou e foi até a cozinha.

Subi as escadas e fui me arrumar depressa já que eu só tinha vinte minutos.

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Estava no banheiro após ter vomitado todo o meu café da manhã, assim que terminei a prova de Química saí em disparada até o banheiro.

Limpei minha boca e me olhei no espelho, havia algo diferente e mim mas não conseguia enxergar o que era.

Eu devo ter pego uma dessas viroses por aí, ou... não, deve ser virose mesmo.

Caminhei até o refeitório e fui até a mesa onde o pessoal estava eles estavam conversando sobre a prova ou algo assim me sentei ao lado de Percy que me deu um selinho.

Senti meu rosto queimar.

Apesar de que todos já sabiam que estávamos juntos ainda era estranho pra mim toda essa história de namoro.

Thalia estava deitada com a cabeça sobre a mesa e se lamentando de algo.

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– O que foi agora? – perguntei passando os dedos em seus cabelos pretos.

Ela gemeu.

– Eu deve ter sido péssima nessa bendita prova é o fim Annie meu pai vai me matar, vocês todos estão convidados pro meu enterro – disse ela fazendo todos rirem.

Revirei os olhos.

Meu estomago roncou.

– Você não pode ter sido tão ruim assim– falei pegando uma batata da bandeja de Percy.

Eu estava com uma fome terrível nem parecia que eu tinha detonado duas tigelas de cereal de manhã.

– Diga por você eu nem mesmo fui aceita em alguma faculdade ainda enquanto ele já foi aceita em três – disse ela apontando para seu irmão Jason.

Jason sorrio triunfante.

– A culpa não é minha se eu sou o gênio da família – respondeu ele.

Sorri.

– Cala boca – disse Thalia – Cara até o Percy já foi aceito.

Percy sorrio.

– Tenho meus momentos – disse ele.

Revirei os olhos.

Eles continuaram nesse assunto de faculdade, eu vou fazer arquitetura mas ainda estou me decidindo em qual faculdade vou entrar.

Bianca não parava de me encarar, até que lembrei que eu tinha falado pra ela que tava enjoada esses últimos dias e ela disse que queria conversar comigo depois. Ela e Malcom apesar de estarem um na frente do outro só conversavam se fosse realmente necessário.

O resto das aulas passou rapidamente e logo sino irritante começou a tocar, fui até o estacionamento onde Percy me esperava encostado em seu carro com um sorriso no rosto e com a roupa do time, assim que cheguei ele agarrou minha cintura fazendo nossos corpos se chocarem, fiquei na pontinha dos pés como sempre ficava quando ia beija-lo já que ele mais alto que eu, coloquei as mãos em seu pescoço dando-lhe um selinho.

Ele sorrio e me beijou um beijo doce e cheio de paixão.

É isso soou meio gay, devo estar infectada com essa coisa de amor.

Até que Bianca me puxa para perto dela tirando-me de meu momento gay.

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– O que foi? – perguntei a ela.

– Preciso de sua ajuda pra estudar pra prova de amanhã sou péssima em álgebra – disse ela – Passa a tarde lá em casa hoje?

– Claro – respondi sabendo que não era só álgebra que iríamos falar.

Virei novamente pra Percy e dei um selinho nele de despedida.

– Te vejo mais tarde – falei.

Ele assentiu e entrou no carro.

A viagem até a casa dos Di Angelo não foi longa, entramos na sala pude ver um homem de meia idade que se parecia muito com o Nico a não ser pela a barba aparentava ter uns 35 anos ele estava sentado em uma poltrona lendo o jornal.

Bianca sorrio e foi até ele dando-lhe um beijo em sua bochecha.

– Pai essa a Annabeth, Annabeth esse é o meu pai Hades – disse ela sorrindo.

Hades manteve a expressão seria.

– Olá Annabeth – disse ele, tive a impressão de ver um sorriso em seus lábios mas desapareceu tão rápido então não posso afirmar.

– Olá.

– Hãn Pai a gente vai estudar lá em cima – disse Bianca me puxando para a cozinha.

Ela pegou uma bandeja e encheu de salgadinhos, refrigerantes e doces.

– Seu pai é bastante serio não é? – perguntei ajudando ela a por as coisa na bandeja.

– É ele diz que eu e Nico puxamos o sorriso da nossa mãe já que ele não tem nenhum – disse ela sorrindo.

Sorri.

– Sua mãe...

Ela deu um meio sorriso.

– É ela morreu assim que a gente nasceu – disse ela.

Não continuei a conversa pois vi em sua expressão que era uma assunto delicado.

Subimos as escadas e fomos até seu quarto, sentamos na cama e abrimos os salgadinhos. Comi como se nunca tivesse comido aquilo na vida.

Assim que terminei Bianca me encarou.

– Hãn Annie precisamos conversar – disse ela.

– Fala.

Dei a ultima golada no refrigerante.

– Você me disse lá na escola que anda enjoada e com umas cólicas estranhas....Bom esses são os mesmos sintomas que eu senti quando eu descobri estava.... – disse ela.

A encarei.

– Eu não estou grávida – falei.

Depois que eu e Bianca fomos até a farmácia comprar todos os testes de gravidez possíveis em Nova York tomei uma garrafa de suco de laranja até ficar com muita vontade de fazer xixi. Estava sentada no chão frio do banheiro enquanto Bianca me esperava sentada na cama roendo as unhas. Eu já havia feito dois testes mas não tive coragem de olhar o resultado.

Eu já estava suspeitando há algumas semanas mas não admitia a mim mesma que eu poderia realmente estar grávida, eu estava apavorada com isso tudo eu nem mesmo sabia cuidar de mim mesma direito como iria cuidar de um filho?, eu odiaria ser uma mãe horrível como a minha.

Limpei as lagrimas do rosto e respirei fundo e rezei para aquelas malditas pílulas terem funcionado, peguei um teste do chão e olhei o resultado.