Venéfica - Série Híbridos escrita por Musa


Capítulo 9
Sequence


Notas iniciais do capítulo

Oieee lindas leitoras do meu braseeeel
como estão? Ansiosas née?? Juro que foi só essa semana em que tudo ficou desregulado, bom, espero que seja só essa!
obrigada á quem comentou, mas ainda sim senti falta de mais comentários, poxa poxa, vocês não tem noção do gás que me dá os comentários e recomendações de voces
enfim, não vou mais segurá-las aqui
Boa leitura



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O avaliei incrédula, mas o medo sufocava em minha garganta, meus instintos gritavam para eu sair correndo dali e ir para casa, mas meu lado curioso dominava-me, mil perguntas nasceram em minha mente e faziam minha língua coçar.

Irá morrer pela mentira. A voz horripilante de Abadon ecoou em minha mente.

Mas embora meu cérebro mandasse eu correr, minhas pernas não obedeciam,fazendo-me ficar ali, impassível, observando o mentiroso do Mathieu.

“Diga alguma coisa.” Murmurou

“Do que importa?” soltei “Por que me contou isso? Por que se aproximou de mim? O que quer?!” exaltei-me na última pergunta, fazendo com que um casal que passava por ali me encarasse como se eu fosse louca.

“Kate, acalme-se...”

“É Katherine pra você.” Falei ríspida.

“Vai me ouvir?”

“Estou esperando mais de suas mentiras, vá, conte...”

“Não menti, Katherine, apenas omiti, realmente trabalho no jornal, acredite, podemos ir lá amanha e...”

“O que te faz pensar que vou querer te ver depois disso? O que te acreditar que não vou te matar?” perguntei friamente.

Mathieu engoliu seco e franziu o cenho, como se minhas palavras o ferissem.

“Você é curiosa, inquisitiva, depois que eu te explicar tudo, entenderá.” Respirou fundo e massageou as têmporas mais uma vez “Não vai me matar porque é boa.”

“Já matei mais do que imagina.” Respondi.

“Mas não vai fazê-lo comigo, sabe que pode confiar em mim, e sabe que tenho mais poder.”

“Uma ameaça? Eu sou uma...”

“Venéfica, eu sei, conheço os olhos, uma Ateloives, e eu sou um mago, minha raça era mais forte do que as bruxas, o erro de vocês são os sentimentos, mas esse é o erro geral do gênero feminino.Você pode ir além, deixe-me contar tudo, deixe-me te ensinar...”

“Por que?”

Ele abriu a boca pra falar, mas rapidamente fechou, respirou fundo fechando os olhos e por fim disse:

“Porque preciso de um aprendiz, não há melhor qualificação de algum ensino já aprendido do que repassando-o.Entende? E onde que o conhecimento é ruim? Kate..Katherine” corrigiu-se rapidamente “Você pode ser a mais poderosa, você pode ter o mundo...”
“Não quero o mundo, apenas ser feliz e viver.”

“Você será quando conhecer tudo o que pode fazer, escolhi você pois vi que é determinada e uma garota forte, embora se olharmos um pouco mais, vê-se o quanto está ferida por alguma coisa ai dentro.Quero muda isso, não quero que mais ninguém veja que você tem alguma fraqueza, quero entregar-lhe meu legado.”

Não tirei meus olhos dos seus nem um segundo enquanto ele falava, não havia qualquer resquício de falsidade ou segundas intenções, ele havia se exposto para mim, por mim, mas havia tanta coisa que eu ainda não compreendia, tanta coisa pra perguntar.Eu devia confiar nele? Por que não? Por que sim? Ugh.

“Não consigo...” falei distraída “não consigo confiar...”

“Contei-lhe meu segredo, lhe confio minha vida agora, por que não confiar?”

“Porque...porque...porque a vida não é assim.” Minhas têmporas começaram á doer e comecei a massageá-las assim como ele havia feito há poucos minutos “É tudo muito confuso, eu não sei o que pensar, não sei se devo confiar, mas por algum motivo louco eu sinto que posso confiar em você desde nossa primeira conversa no café, não me sinto desconfortável, pelo contrário, sinto-me bem, mas ainda sim pessoas que me faziam bem me decepcionaram tanto que eu...” falei tão rápido que havia ficando sem ar, respirei fundo e coloquei meu rosto em minhas mãos com minhas unhas coçando minha cabeça.

Senti sua mão quente em minhas costas.

“Pense com calma, sem pressa, afinal ela é a maior inimiga da perfeição.Não se arrependerá Katherine.” Olhou para seu relógio e bufou “Tenho que voltar, mas amanha nos encontramos aqui, ok? Não precisa me responder amanhã, vou lhe contar tudo, toda a historia dos magos...”

“Acho que sei mais ou menos, nós bruxas somos da Luna, Hunna, e vocês são do irmão dela, o Sol.”

Deu-me um sorriso orgulhoso e de repente toda minha frustração havia sumido, eu estava feliz por ser o motivo daquele sorriso.

“Sim, sim.Você é tão inteligente, queria lhe contar mais, mas realmente preciso ir.”

Sua mão deslizou das minhas costas até a parte de trás da minha cabeça, puxou-me para si e depositou um beijo casto e afetuoso na testa.

“Cuide-se.” Falou então levantou-se. “Até amanhã.” Sorriu e virou-se seguindo seu caminho.

Levantei-me e segui o meu de volta para Domusagae para buscar minha moto e seguir para casa, como sempre minha paranóia de perseguição acompanhava-me, mas logo foi substiuida por minhas preocupações em relação a Mathieu, por que confiar em mim? Como chegou até mim? OK, meus olhos eram muito incomuns, fiz uma nota mental para que eu comprasse lentes. Embora eu desconfiasse dele, parecia que cada célula do meu corpo dissesse para que eu confiasse, acreditasse e deixasse ele me guiar, aumentar meus conhecimentos, afinal, nunca é ruim mais saber, não é?

Senti seus dedos em minha pele antes mesmo de me tocar no braço, fazendo com que um calor dominasse meu corpo, mas não um calor ruim, pelo contrário.

“Me solta.” Murmurei sem alarde, encarando á minha enfrente, ignorando sua presença ao meu lado.

Ele deu uma risada rouca e baixa, mas soltou meu braço.

“Precisamos conversar.” Falou

“Morra querendo.” Respondi

“Não sou eu o errado dessa história, não sei porque está bravinha comigo.” O modo como havia dito me irritou, fazendo com que eu finalmente o olhasse, meus olhos queimando de raiva.

“Como pode dizer que a culpa é minha?” gritei

“Não me empurra Katherine.” Disse sério olhando meus olhos, absorvendo-me aos poucos, pisquei rapidamente e me afastei ajeitando minha mochila em meu ombro “A culpa é sua, me julga tanto como demônio e o diabo á quatro, mas foi você quem falhou.”

“O quê?! Você é totalmente louco, imbecil, babaca, idiota uugh!” gritei rangendo meus dentes, me virei para encará-lo e fuzilá-lo com meus olhos, ele avaliava-me cauteloso e casual, com as mãos no bolso de seus jeans escuros, vestia uma camisa cinza de mangas compridas, os cabelos brancos grandes e bagunçados, os lábios rosados numa linha dura. “Você me manipulou, me enganou, decepcionou várias vezes, me queimou, me bateu, me xingou...”

“Ah Kate, tiveram vezes que eu te xingava e você gostava.” Deu um sorriso cafajeste e dando uma rápida piscadela.

Dei-lhe um soco no peito, ou pelo menos tentei.Ele alcanço meu punho no ar, fechando sua mão sobre a minha, puxou-me para si, colando nossos corpos, de repente eu estava com muito calor, minhas mãos suavam, me esforçava para manter minha respiração controlada, mas com aqueles olhos focados nos meus era difícil.

Resista Katherine!

“Me solta.” Rosnei entre meus dentes cerrados.

“É realmente o que quer?” seus olhos observavam meus lábios, mas logo se voltaram pros meus olhos.

“Jared, eu não estou brincando, me solta, ou eu vou te matar, juro por tudo o que é mais sagrad...” não pude terminar minha frase, senti algo perfurar minha panturrilha, rasgando e queimando minha pele, se não fosse por Jared eu teria caído no ato contra o chão de paralelepípedos.

Num segundo eu estava em seu peitoral, noutro estava em suas costas, ouvi gritos com ordens de morte em françes, e um calor subiu por meu corpo desde meu estômago até meu pescoço, sufocando-me brevemente, mas depois minha respiração voltou ao normal, houve mais gritos espantados, estiquei-me um pouco por trás de Jared para ver o que era, e fiquei sem reação.

Chamas de mais de dois metros de altura, chamas arroxeadas.

A mão de Jared apertou na minha e foi quando percebi que estávamos de mãos dadas.Em que momento aquilo havia acontecido? Não me deu muito tempo para aproveitar a sensação, logo virou-se para mim, não me olhou nos olhos, seu cenho estava tão franzido que parecia uma cratera entre suas sobrancelhas.Passou um braço meu por sua nuca e caminhou comigo até minha moto que não estava muito longe, montou e colocou-me atrás de si.

“Katherine, as chaves!” gritou e logo as entreguei.

Colocou meu capacete e acelerou para que logo saíssemos dali, ao passarmos pelas chamas, elas cessaram, e os homens que estavam atrás dela eram os mesmos da noite que Jared havia voltado.

O demônio acelerou mais fazendo com que eu o abraçasse pela barriga, sentindo seu abdômen rígido e definido sobre as várias camadas de tecido, enterrei meu rosto em suas costas aspirando seu cheiro de sabonete e ervas doce, senti um súbito desejo de mordiscar suas costas, mas contive-me revirando os olhos.Eu o odiava!

“Quem era?” gritei em próximo ao seu ouvido contra o barulho do vento.

“Perseguidores religiosos, talvez não fossem tanto até acontecer aquilo quando nos...reencontramos.” gritou de volta

“Minha perna está sangrando.” Gritei

“Vou te levar pra casa!” falou e acelerou mais ainda.

Quando me dei conta, já estávamos passando pelos jardins de minha tatá, Odilon veio até nós logo pegando a moto enquanto Jared me pegava no colo, apertando-me firme contra seu corpo carregando-me para dentro de casa.Maldito seja, eu gostava!

“Harahel!” gritou quando adentramos a casa “Harahel!” entrou comigo em seu colo na sala, deitando-me sem nenhuma delicadeza, grunhi ao encostar minha panturrilha perfurada contra o couro do sofá.

Jared ficou ali avaliando-me por um tempo, perdido nos próprios pensamentos, pois não havia muito foco em seus olhos,mas depois curvou-se pegando minha perna e rasgando minha meia calça preta, sem nenhuma preocupação com a minha dor ao rasgar o tecido, e com uma visível perversão em seus olhos.

“Que gritaria é essa?” perguntou Genevive entrando na sala.

“O que quer Tomás?” falou Harahel surgindo logo depois.

“O que houve?” Genevive estava do outro lado do sofá avaliando meu ferimento ensangüentado.

“Harahel, cure-a, atiraram contra nós.” Falou Jared se afastando de mim quando Harahel acenou com a mão para que o fizesse, pegando delicadamente em minha perna com seus dedos longos e finos, delicados como os de um pianista, avaliando meu ferimento.

“Quem?” perguntou

“Os mesmos caras que esfaquearam Katherine na noite em que voltei, não são demônios, baalihans ou bruxos, homens comuns.” Respondeu Jared.

Não via ninguém pois mantinha meus olhos firmemente fechados, preparando-me para qualquer tipo de dor.

“Perseguidores religiosos.” Respondeu meu avô Amodoro com sua voz gutural. “Deviam haver os homens de Emily, não?”

“Genevive por a caso teria um bisturi e uma pinça grande, para que eu retire a bala da perna de Katherine?” perguntou Harahel

Houve um estrondo da porta se abrindo violentamente, passos pesados e uma respiração esbaforida.

“Cadê ela?” perguntou Nathaniel, sua raiva era audível.

Senti o metal frio entrando em minha pele e urrei de dor apertando o sofá em minhas mãos, cravando minhas unhas contra o tecido grosso de couro.

“Demônio!” gritou Nate para Jared, tive que me esforçar para abrir os olhos e ver o que estava acontecendo.

Nathaniel estava á poucos metros de Jared apontando um dedo em sua cara, seu rosto estava vermelho de raiva, enquanto Jared mostrava-se impassível com um olhar de desprezo, meu avô estava ao lado de Genevive, observando o trabalho de Harahel e ao mesmo tempo para a briga que estava prestes a acontecer.

“Você apagou os seguranças do Sero, pondo a Katherine em risco!” cuspiu Nate.

“Eu queria conversar com ela, mas aqueles idiotas ficaram no caminho, apenas os coloquei para dormir.Mas não te devo satisfação.” Respondeu Jared dando um passo á frente.

“Ela foi baleada.” Falou Nate.

“Está sendo curada.Pare de viadagem, não estou com paciência para aturar ataquezinho seu, grite mais uma vez e arranco suas cordas vocais fora.” Respondeu Jared, sua mandíbula ficou retesada.

“Viadagem?” riu Nate com deboche dando mais um passo á frente, eles agora estavam muito próximos “Quem é que está com ela? Aceite.” Apontou para mim, mas sem me olhar, quase errando a direção em que seu dedo apontava.

Jared deu um sorriso maligno sem mostrar os dentes.

“Veremos por quanto tempo ela vai continuar com você.” falou

Harahel beliscou a bala e a puxou fazendo-me gritar no exato momento que me preparei para dizer “Idiotas”, urrando tal palavra, fazendo-a ecoar por toda casa, arqueei minhas costas de dor mas logo fui invadida por uma sensação de congelamento onde estava ferida, fiquei paralisada por alguns segundos, mas logo estava bem novamente, sem nenhum indício de que eu havia sido baleada, além de um fina cicatriz prateada.Meu avô havia separado Jared e Nate que estavam por um fio de começar uma intensa luta, Harahel levou Jared para fora enquanto minha avó levava Nate para tomar um chá “especial”.

Amodoro sentou-se numa poltrona que estava próximo do sofá em que eu estava deitada, tinha um olhar vago e divertido enquanto avaliava alguns anéis em sua mão.

“Jovens” disse divertido.

“Idiotas.” Murmurei revirando os olhos.

“São sinônimos, querida.” Deu-me uma piscadela e de repente comecei á rir, até adormecer, delirando sobre tudo o que havia acontecido.


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Notas finais do capítulo

Vamos lá, fato 1, Mathieu é um Mago que quer ensinar á Kate várias coisas.O que acham?
Fato 2- KATERED quase aconteceu, o que vocês estão esperando hein?
BAFAO Fato 3 - Briga de Nate por Jared? Foi a primeira de muitas hein! O que acharam?
COMENTEM, SE ABRAM, ENLOUQUEÇAM PARA MIM, mas com limites, sem morte, sem gente careca
Estou louca e roendo minhas unhas na espera do comentário de vocês, pf, n me deixem roer as mãos!
Beijared
Musa xo



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