Venéfica - Série Híbridos escrita por Musa


Capítulo 18
Aunt


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEE, eu sei, eu sei , quase dois meses sem postar, me desculpem.
Eu fiquei muito enrolada na escola e depois um bloqueio de criatividade, me desculpem por deixar de postar por tanto tempo, espero não repetir isso novamente, ainda estou tentando mandar esse maldito bloqueio embora mas ta difícil.
Enfim, ai está um capítulo fresquinho pra voces, espero que gostem
boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/602397/chapter/18

O estranho britânico que havia nos salvado dirigia o pequeno carro enquanto Jared estava no meu lado absorto demais nos próprios pensamentos ou apenas me ignorando. Ainda sentia dores pelo meu corpo pelas pancadas que tinha levado e meu tornozelo ardia mesmo depois de John Constantine ter tirado o veneno da serpente de mim. Aqueles demônios haviam dito que não eram só os tenebris que estavam atrás de mim, e agora para piorar havia outro clã de bruxas obscuras, a tal La Brujeria, mas o que mais fazia minhas têmporas doerem naquele momento era o fato de Mathieu ter mentido pra mim, ou omitido? Será que Constantine havia sido um dos seus alunos? Cogitei em perguntar ao loiro estranho e desconhecido que dirigia para nós enquanto cantarolava uma música estranha que estava me irritando, porém me mantive quieta, poderia colocar Mathieu em risco, mesmo que pra isso eu estivesse me colocando em risco.Por que eu fazia isso?

Outra coisa que não saia de minha cabeça era sobre o que teria acontecido no carro se o falso indiano não tivesse atrapalhado a mim e Jared, mas fiquei feliz pela interrupção, ou eu teria beijado os irmãos em menos de 24 horas, sendo que eu tenho um namorado.Mas não podia negar, teria sido bom ter beijado Jared, todo meu corpo, cada célula minha sabia disso, choramingavam com nossa distância e pareciam em entrar em combustão com a aproximação, como no barraco.Eu podia tê-lo atacado se não tivesse me esforçado para ter auto-controle o suficiente, aquele simples toque em seu braço havia feito todos os pelos do meu corpo se eriçarem, eu tinha esquecido aonde estávamos e qual propósito de estarmos ali, só lembrava que estávamos ali, só nós dois a mercê de um desejo desenfreado, louco para ser solto.Eu vi ou pelo menos imaginei ter visto como eu o afetava também, ele se controlava para não me atacar.Talvez tivesse sido melhor se ele tivesse perdido o controle, eu o culparia em boa parte, o suficiente pra minha consciência não me importunar com moralidades.

Eu ia beijá-lo no carro, só de lembrar dos seus beijos, chupadas e lambidas em meu pescoço, todo meu corpo se aquecia, de repente ficava muito, muito calor. Rodei a manivela na porta para abrir a janela e tomar um pouco de ar quente e úmido que predominavam, na esperança de encontrar também juízo e objetividade, tudo o que eu não tinha quando estava próxima do Jared.

Aspirei profundamente o ar e soltei pela boca.

Queria tanto que ele me tocasse de novo.

Controle-se Kate, lembre de Nathaniel, que é seu namorado mesmo sendo um idiota ás vezes! Lembre-se que beijou Owen e que gostou.

Caramba, Jared me mataria se soubesse! Mataria Owen também!
Oh Luna, me ajude!

“Para onde estão indo?” perguntou Constantine enquanto ascendia outro cigarro.

“Dhaka” respondeu Jared.

“Fazer o que lá? Comprar curry?” brincou o britânico com seu sotaque que me lembrava Owen quando nos conhecemos.

Ai!!

“Vamos encontrar com uma tia, pode nos levar até lá?” perguntei

“Sei...tia.” murmurou John “Vou deixá-los onde eu achar bom, tenho coisas á fazer...mas diga-me menina dos olhos violeta, como sabe sobre magos?”

“Hmm, li um pouco em alguns livros, lendas de que apenas um havia sobrevivido...”

“É, dizem isso, um atentado no castelo em que Merlin e seus discípulos ficavam. Mataram todos, mas apenas um conseguiu fugir, há quem diga que o encontraram e mataram, ou que ele vive até hoje por ai, escondido e isolado de todos, afinal ser um mago e o último deve ser uma responsabilidade e tanto, porém eu aprendi magia no ocultismo, não tenho poderes como você ou um mago qualquer, tiro minhas forças de outras coisas, de quinquilharias ou pessoas, por exemplo, mas nada que me torne capaz de fazer um raio roxo cair dos céus, pelo visto é muito poderosa...”

“Nem tanto.” Falei dando de ombros.

“Discordo, tem que ser muito poderosa para fazer um filho de Asmoday ser seu capacho.”

“Repita isso de novo e eu enfio sua gravata pela boca até sair pelo seu...” começou Jared.

“Ei ei meu chapa, relaxe, okay? Descansem um pouco, quando chegarmos em Dhaka eu jogo vocês do carro.” Falou sacolejando a guimba de cigarro pressionada entre seus lábios.

Ergui uma sobrancelha para ele pelo retrovisor, ele apenas sorriu e tragou mais uma vez seu cigarro.Revirei os olhos e voltei minha atenção para o lado de fora e depois para Jared que estava sempre olhando para trás e ainda me evitando, até pensei em questioná-lo o porquê mas cai no sono repentinamente.

“Está escuro, mas ainda vejo um pouco de claridade.Sou brutamente mexida de meu lugar e retiram o pano preto de minha cabeça fazendo-me semicerrar os olhos ao se ferirem com a repentina claridade, os abro e pisco olhando tudo á minha volta, é como se estivéssemos numa espécie de coreto ou algo do tipo, o céu azul e sua intensa claridade de um bom dia ensolarado está exposto por janelas meia-lua na pedra num tom salmão.Chutam algo em minha direção, um prato de papelão com um tipo de pão em cima.Sinto minha garganta seca, eu quero água.Olho á minha volta, há 4 pessoas, conversando enquanto um homem me observa com cautela e seus braços cruzados, aguardando que eu coma para que ele possa me colocar de volta na escuridão e retornar á sua reuniãozinha.Ninguém me olha, estão me ignorando.Um vento forte passa por nós, alguns fios do meu cabelo tocam meu rosto e passam por meus olhos, os cabelos deles também se mexem.Continuam á me ignorar.Olho mais uma vez para o pão e para o homem de olhos escuros e ameaçadores.Minha barriga dói, estou com fome, mas não pego o pão.Viro o rosto e ele coloca o capuz sobre minha cabeça, novamente.Escuridão.Fome.Sede.Medo. Socorro Luna!Uma voz, numa outra língua clama ,quase que inaudível, em minha mente.”

Despertei ao sentir uma dor latejar em meu pescoço devido á má posição em que estava com minha cabeça apoiada na janela, olhei para o lado Jared ainda encarava a janela perdido nos próprios pensamentos, ou também tinha visto meu sonho? Coloquei minha mão na sua perna e a apertei para que ele se virasse pra mim, e o fez, com o sorriso mais cafajeste de todos.

“Eu sei que ele é turista, tem que ver coisas novas e tudo mais, mas não to afim de fazer um pornô ao vivo num carro indiano imundo e barato.” Falou.

Revirei os olhos.

“Cala a boca.Você viu o que eu vi?” perguntei.

“No momento só vejo o que vou fazer com você nos próximos segundos se não tirar a mão da minha coxa, bruxa.”

“Jared!” retirei minha mão “É sério, você viu meu sonho?” murmurei as últimas palavras para que o britânico não me ouvisse.

Eu sabia que a ponta da sua língua formigava para soltar mais alguma piadinha infame, mas dei-lhe meu olhar mais sério até ele revirar os olhos e o sorriso se transformar numa carranca.

“Não, não vi, não dormi. O que aconteceu?” perguntou.

“Eu não sei, ela parece estar num tipo de coreto, não sei dizer..” Bufei e sentei mais próxima dele “Feche os olhos e tente dormir um pouco, ou apenas relaxe para eu te mostrar o que vi.” Falei.

“Na última vez que ouvi isso, acordei apenas com minha cueca e gravata no meio do Kansas!” falou John Constantine.

“Shh, e nem tente aprontar uma!” avisei á John que apenas ergueu as duas mãos em sinal de rendição.

“Só vou conseguir dormir com a cara enterrada entre seus peitos, porque é confortável, quente e tudo mais.” Falou Jared inclinando a cabeça na direção do meu decote, o parei com minha mão na sua testa.

“Muito engraçadinho, o banco também é confortável e quentinho, o asfalto também é quentinho mas não posso dizer que é confortável.” Dei um sorriso sem mostrar os dentes.

Jared se arriou no banco e deitou a cabeça no meu ombro, mas depois soltou o peso e deixou com que sua cabeça rolasse para meu decote, o levantei com a palma da mão de novo e dei um tapa no seu rosto, seus olhos se arregalaram exibindo um brilho de excitação.

“Mas que merda! Sossega! Parece uma criança!” grunhi.

“Esse tapa, vai ter volta.” Falou passando a mão aonde quatro marcas vermelhas de dedos indicavam na sua pele sem cor onde eu havia batido.

“Nem tente.” Apontei um dedo ameaçador para ele.

Ele apenas revirou os olhos e encostou a cabeça no banco, não demorou muito pra ouvir seu baixo ronco e sua cabeça cair em meu ombro, fechei os olhos e tentei relaxar também e relembrar meu sonho para que Jared o visse também.

Assim que o sonho acabou, beijos molhados e quentes foram depositados na curva do meu pescoço, minha coxa estava sendo apertada e eu estava me derretendo lentamente. Coloquei minha mão no peitoral de Jared para afastá-lo, sentindo seus músculos sob a camisa quando na verdade eu queria senti-los como meus dedos, pele na pele.

Pelo amor, Luna!Me tira dessa!

Com minhas forças normais eu não conseguiria, então teria que conjurar um impetus para nos afastar, antes que sua boca, que já estava no meu maxilar, encontrasse minha boca, porque daí eu perderia o controle e John Constantine teria o show que Jared havia falado.

Murmurei um impetus que fez com que Jared se chocasse contra a porta, fazendo um estrondo, e eu fosse parar na outra, ambos arfantes.John deu uma risada alta que me fez querer pular do carro, e talvez o faria para tomar um bom ar, eu estava com tanto calor que poderia tirar minha blusa!

Boa ideia, murmurou Jared em minha cabeça.

O encarei semicerrando os olhos, enquanto ele me dava um sorriso torto.Bloqueei-o novamente de minha mente e tentei voltar minha com decência.

“Enfim” bufei “Onde ela talvez esteja?” perguntei

Jared olhou para seu antebraço esquerdo e avaliou o mapa de queimado de chamas sob sua pele, nosso ponto era o vermelho abrasador e não estava muito longe do ponto claro, quase azul, que indicava a outra Venéfica, o que me aliviava um pouco.

“Parece estar bem próxima do rio Buriganga.” Murmurou Jared “O que fica próximo desse rio?” perguntou dirigindo-se ao Constantine.

“O centro de Dhaka e um belo ponto turístico, o palácio de Ahsan Manzil.” Falou

“Já foi lá? Sabe dizer como é?” perguntei

“Bem grande, uma cor de péssimo gosto, meio vermelho mas não é vermelho, é meio grená, quase salmão, não sei, sou horrível com cores, pra mim o táxi do Chas é um amarelo pimentão mas ele diz que...”

“Leve-nos até lá.” Falei interrompendo-o.

Ele me enviou um sorriso brincalhão e meio torto pelo espelho do retrovisor e depois olhou para Jared.

“Sua garota sabe mandar.” Falou John

“É, obedecer que é bom....nada.” murmurou Jared e voltou para seu próprio mundo no lado oposto ao meu no carro, sem nenhuma placa de visitas, e caso tivesse estaria:

Visitas : apenas mulheres

(Obs: SEM roupas)

Voltei á relembrar a luta e o modo como eu ficava energética ao conjurar algo, mesmo que depois isso tomasse um pouco das minhas forças. A sensação que eu tive no momento em que conjurei o raio que desceu dos céus, era única, nem mesmo um orgasmo causado por Jared me deixava tão completa, de estar viva, de força e revitalização... Era uma confusão de sentimentos e sensações boas.

Mas logo depois provei a sensação do veneno em minhas veias, queimando e me corroendo como um ácido por dentro, não havia sido como na vez em que os demônios de Alastor me feriram no parque, tinha sido muito mais torturante e mortal, a sensação de total impotência vendo que aquela serpente iria me levar, afinal Jared também estava caído no chão.Ele deixaria? Ele iria atrás de mim? Por que ele havia voltado do inferno?

Esses tipos de pensamentos sobre Jared, especulações sobre suas ações me cansavam demasiadamente.

Foque-se em outra coisa Katherine.

Nathaniel? Ele deve estar louco de ódio de mim e Jared naquele momento.Melhor não pensar nele.

Owen? Quase ainda podia sentir seus lábios macios nos meus, sua voz e suas promessas. Delete isso da mente Katherine!

O que John Constantine havia dito além de magos e Dhaka?

Vocês mexem com vodu?. Sua pergunta retornou em minha mente. Havia dois corpos mortos por um feiticeiro vodu ali fora. Falou.

Se os demônios serpentes estavam ocupados conosco e John Constantine tinha chegado na hora H, quem teria matado aqueles dois corpos?

Meus pensamentos se dispersaram quando o britânico anunciou que havíamos chegado em Dhaka.

“Se precisarem de mim para algo grande e com ‘lembrancinhas’...bom, eu os acharei.” Falou enquanto descíamos do carro em frente á uma pequena galeria comercial.

“Obrigada por tudo.” Falei e dei uma leve apertada em seu braço.

“De nada doçura, e continue deixando esse filho de Asmoday na linha.” Piscou e voltou á ascender outro cigarro.

“Sabe, isso mata.” Falei indicando o cigarro com o queixo.

Ele riu.

“Oh doçura, já me matou e nem o inferno conseguiu me suportar.” Falou

“Pensei que ele tivesse sido o único á não ser suportado na própria casa.” Falei dando uma cotovelada no braço de Jared que nos encarava com desprezo.

“Andem fora das sombras.” Falou por fim antes de arrancar com o carro, retornando ao caótico trânsito da capital de Bangladesh.

Virei para Jared que avaliava tudo á sua volta, havia dobrado sua camisa de mangas até acima dos ombros, exibindo seus músculos definidos e pálidos sem qualquer defeito. Parecia irritado, e eu entendia, o calor começava á me incomodar também, pensei em comprar um short, mas ao olhar ao meu redor, percebi que me repudiariam além dos olhares tortos que já estavam me dando pela calça Jeans.

“Vem, vamos achar o tal palácio.” Falei entrando na pequena e turbulenta galeria onde vendedores indianos exclamavam suas mercadorias e preços.

Entramos numa pequena loja onde compramos um mapa, óculos escuros, uma garrafa d’água com um gosto estranho, um pano colorido para eu colocar sobre minha cabeça e Jared um boné para proteger mais um pouco sua pele desprovida de melanina.

Começamos á caminhar pelo centro tumultuoso e barulhento de Dhaka atrás do tal palácio, e por sorte não demorou muito pois eu já não agüentava mais andar sob aquele sol quente, Jared parecia tão irritado quanto eu.

“As pessoas que dizem que o inferno é quente, nunca vieram aqui.” Rosnou Jared.

Apenas ri e continuei o caminho até avistarmos o imenso palácio cor de salmão com sua exorbitante quantidade de janelas e com certeza com nenhum ar condicionado.

As pessoas andavam pelo jardim e davam voltas pelo lado de fora, algumas tiravam fotos, e outras entravam no grande casarão.Jared avaliava o alto e tudo á nossa volta, assim como eu, que tive a sensação de que estávamos sendo vigiados, mas ignorei e continuei á seguir o meu caminho para dentro do palácio, integrando-me á um, aparentemente, grupo de turistas locais que ouviam o seu guia exclamar coisas que eu não entendia, Jared estava logo atrás de mim atraindo os olhares curiosos e indignados para si , seria muito difícil me camuflar numa multidão de pessoas de pele escura com um albino atrás de mim, então lembrei-me de um feitiço de Bertha havia nos ensinado uma vez na Domusagae.Caramba, ela também devia estar doida atrás de mim, perderei as contas de quantas broncas irei levar.

Dane-se.

Concentrei-me para lembrar quais eram as palavras do feitiço, geralmente suas citações estavam ligadas ao o que queríamos no momento, e graças á Luna não demorou muito para que a lembrança da voz de Bertha viesse á minha mente.

“Dea variis animorum accommodare possum plures fácies mihi tum tempus et spatium, in quo ego sum.” Murmurei e senti meu anel espetar meu dedo seguido da sensação de revigoramento.

Olhei para Jared e ele continuava o mesmo albino, assim como eu continuava pálida e de jeans justos, porém as pessoas nos encaravam menos, na verdade mal éramos notados, como se fossemos tão comuns que não valíamos ser observados com precisão, pelo visto havia dado certo.

O guia ainda continuava a oscilar entre murmúrios e berros explicando sobre o palácio, levando seu pequeno e atencioso grupo para dentro de tal, fazendo grandes e exasperados movimentos com os braços e mãos demonstrando o ambiente ao seu redor, enquanto Jared e eu procurávamos algo incomum que nos levasse até os tenebris, mas tudo parecia muito normal e bem por ali, afinal eles sendo bruxos também poderiam se camuflar, talvez estivessem do nosso lado e não saberíamos.

Andávamos em um grande corredor iluminado apenas pela luz solar que entrava pelas grandes janelas, a vista dali de dentro era bonita, podia-se ver o belo jardim verde á frente do palácio e atrás dele o rio Buriganga com seus pequenos barcos e canoas a distância, ás vezes eu gostaria de saber pintar para retratar em tela e tinta, certas paisagens, como, por exemplo, o corpo do Jared, o que não seria muito difícil já que não precisaria de tinta quando a tela já é pálida assim como a pele dele, precisando apenas de um lápis ou tinta preta para fazer as sombras, contornos ou sabe-se lá mais o que para delinear seu corpo, o único desenho que eu tinha dele fora feito quando eu tinha uns oito anos, sua boca com sua pintinha rente ao lábio superior no lado direito.

De repente o guia começou a se exaltar demais e não parecia estar explicando, e sim discutindo voltando à atenção de todos para si e um homem pardo, baixo e careca que tentava acalmar o guia, que aos poucos foi diminuindo o tom até assentir como um zumbi de acordo com que o homem ia falando.Seus olhos estavam infectados com veias negras quando se virou para nós, fazendo meu coração acelerar, ele havia me notado, mas não, não havia me notado, assim como todos á minha volta não percebiam que eu e Jared éramos diferentes, realmente o feitiço estava funcionando.

O guia passou pelo meio do grupo indo para onde antes era o final, indicando-nos que o caminho havia mudado, esperei todos passarem e seguirem o guia, Jared permaneceu do meu lado, eu podia ver e sentir uma certa ansiedade em suas feições e nas minhas emoções misturadas com a sua, talvez eu também estivesse um pouco ansiosa, estávamos tão próximos da Venéfica, mas eu sabia que não seria fácil.

Senti uma mão em meu ombro, e no momento em que me virei conjurei addormio no tenebris que me virava, lembrei de que Bertha falava que era difícil aplicar conjurações de persuasão, pois era preciso certo tempo de contato visual e toque ao mesmo tempo com o oponente ou vítima.

“Espero que nunca vítimas, tudo que lhes ensino é para aprendizado e defesa contra nossos inimigos, apenas.” Dizia Bertha olhando sob a armação de seus óculos, e depois o empurrando para cima no nariz.

O tenebris apenas franziu o cenho antes de cair adormecido aos meus pés, Jared apagava o outro com um mata leão discreto, depois arrastou o cara pela gola da camisa, enquanto eu arrastava o tenebris que havia abatido com levitação em seu calcanhar, arrastando-o atrás de mim.

Continuamos a seguir pelo extenso corredor que me inebriava com uma mistura de cheiros de curry e mofo, até chegarmos ao fim que nos levava apenas para a direita, uma ante-sala com paredes decoradas com vidros coloridos que recebiam a claridade de fora iluminando ambiente, ah, e mais um grupo de tenebris.Um veio correndo em minha direção apenas dando-me tempo de lançar um impetus empurrando-o contra uma das seis pilastras que se distribuíam pelo lugar, Jared estava aos socos com outro ao meu lado e com a chegada de mais um, seus braços se incendiaram e os olhos ficaram negros, um sorriso maligno tomou seus célicos lábios parecendo um demônio num parque de diversões, aquilo seria uma carnificina, eu não me importava desde que aquele bastardo não perdesse o controle e me atacasse.

Outro tenebris veio em minha direção, com seus olhos escuros infectados de veias negras, gritando um oitcartta e foi como se eu estivesse sendo puxada por uma mão invisível pelo pescoço até o infeliz, meus pés não tocavam o chão e meu braço não o alcançava já que estávamos á uma distancia de segurança, para ele.Eu estava ficando sem ar e não conseguia pronunciar a magia, Jared estava ocupado com quatro tenebris que o atacavam com seus poderes, e demônios não eram imunes á nós, bruxos, e meu demônio estava aos poucos ficando perdido na luta desvantajosa.

Eu precisava salvá-lo, assim como ele me protegeu dos demônios, eu o protegeria dos malditos bruxos.

Parei de relutar e fingi começar a perder a consciência para que o tenebris me liberasse, porém, para minha frustração,se passaram dois minutos e nada, continuava a sentir meu coração pulsar em minha garganta, meus olhos ainda lacrimejavam e eu estava prestes á apagar.Não tão fácil. Esforcei-me para usar meu último ar para arfar um eumeunet, mas não foi minha voz quem gritou o feitiço, e sim a de Jared, no exato momento em que eu havia imaginado tê-la dito.

O feitiço do tenebris se desfez a medida com que minha conjuração fazia efeito sobre ele, fazendo-o gritar e joelhar-se no chão com as mãos nos ouvidos que começavam á sangrar, mas não tive tempo de cantar vitória, logo fui agarrada por trás, um antebraço se encaixou em meu pescoço sufocando-me novamente, mas elevei rapidamente e com força meu calcanhar para trás acertando o tenebris, mas ele não gemeu, então seria uma mulher.Merda.Comecei a correr de ré até chocar-nos com a coluna mais próxima fazendo-a gemer com o baque,não pensei nem duas vezes antes de acertá-la com meu cotovelo socando seu seio esquerdo, depois cotovelei sua barriga fazendo-a me soltar e cambalear para trás, virei dando-lhe um chute no rosto e depois fui surpreendida pelo mesmo golpe, me jogando contra outra pilastra, batendo com minhas costas e cabeça na dura estrutura.

Minha visão ficou embaçada, sentia gosto de ferrugem –sangue- em minha boca enquanto meu rosto latejava de dor, eu odiava sentir dor, iria matar que fez aquilo.O tenebris que antes gritava de dor pelos zumbidos em sua orelha agora me olhava de cima e murmurava alguma coisa para mim, levei um chute nas costelas da mulher que eu havia socado os peitos, o que me fez cuspir sangue e ao mesmo tempo senti-lo ferver em minhas veias, eu iria matá-los.

Gritei um impetus fazendo-os voar para longe, me levantei grunhindo de dor pelo chute e gritei mais uma vez gesticulando para onde Jared estava sendo encurralado afastando os malditos tenebris dele, que me olhou com aqueles olhos de demônio esboçando um sorriso antes de atear fogo em um tenebris e quebrar o braço de outro fazendo a sala ser preenchida por berros de horror.

Caminhei até os que haviam me ferido, a mulher tentou desferir-me um tardus, mas o impedi de me tocar com o clypeus – o escudo, lancei o eumeunet novamente fazendo-os berrar assim como as vítimas de Jared gritavam antes de morrer, daqueles berros que lhe dói os tímpanos e aumenta sua adrenalina.

Não goste disso, não se apegue a isso. A voz acolhedora de Luna murmurou em minha cabeça.

Ah, agora ela aparecia!

As portas duplas no final da sala se abriram com brutalidade revelando mais tenebris, lancei os tenebris que eu estava torturando contra a parede de vitrais coloridos antes de correr em direção á um que vinha em minha direção, pulei de lado na pilastra dando-me impulso para pular em cima dele, acertando seu rosto e fazendo-o cambalear para trás, outro já vinha atrás, lancei-lhe um tardus, o feitiço que Jenna havia usado no Texas quando fomos atacadas pelos baalihans, fazendo com que o oponente agisse em câmera lenta.O tenebris que eu havia socado era o do sonho, com seus cabelos cortados no estilo militar, tenta me golpear novamente, me esquivei deste mas fui acertada por outro, choquei-me novamente contra uma pilastra, ele tentou socar meu rosto, porém desviei e seu punho acertou a estrutura atrás de mim, lascando-a num pedaço, o chutei no peitoral fazendo ele se debater no que vinha atrás ainda sobre efeito do feitiço, derrubando os dois no chão.

Ele tentou se levantar, mas virei minha mão em sua direção como se fosse lançar mais um feitiço, as vítimas de Jared ainda gritavam atrás de mim em algum lugar, enquanto eu conseguia saber exatamente onde ele estava por causa de sua respiração ofegante, como um touro, ele bufava bem atrás de mim enquanto socava uma de suas vítimas, também conseguia ouvir o som de seu punho encontrando e esmagando o rosto de alguém, o sangue saindo da boca, o grunhido de dor, minhas vítimas grunhiam ao meu lado, derrubadas e exaustas pelas dores.

Eu queria mais.

Eumeunet...” lancei o feitiço nos tenebris á minha frente.

“Sabe, você se parece muito com sua mãe, os cabelos, as feições...” uma voz feminina invadiu o ambiente “mas, o modo como conjura, parece muito com seu pai.” Falou.

Virei para trás deparando-me com uma mulher, de estatura mediana, cabelos negros presos num coque improvisado com fiapos de cabelos soltos emoldurando seu rosto quadrado, trajada de jeans e bata escura, e olhos verdes, mesmo infectados eu já havia visto aquele olhar em algum lugar.Várias perguntas vieram na minha cabeça, por exemplo, como sabe como minha mãe é? Como consegue ver através do feitiço? Como sabe sobre meu pai? Mas tudo o que perguntei foi “Quem é você?” arfante, não sabia o quanto minha respiração estava falha até falar.

“Uh, sim, com toda certeza você é filha do seu pai.” Falou enquanto andava em minha direção, rondando-me “Segura e cogente nas perguntas, Mily não é muito diferente disso, mas o modo como você e seu pai falam, não ditam exatamente, vocês persuadem... Você cresceu.” ela deu um sorriso venenoso.

“Você não me é estranha...” murmurei interrompendo-a “Quem é Mily? Como e o que sabe sobre meu pai?” disparei

Ela deu uma risada baixa.

“Mily é um apelido de Emily, sua mãe.E como sei sobre seu pai?” sua risada foi alta dessa vez, uma risada que parecia vir do nariz, lembrando-me a de alguém.

Vougan.

“Abandonou seu filho para fazer parte disto?” perguntei observando-a cautelosamente.

Seu rosto perdeu a cor e seus olhos ficaram afiados, examinando-me meticulosamente, como alguém faz quando está prestes á matar.

“Não ouse dizer isso novamente ou juro que te mato mesmo sendo minha sobrinha.” Rosnou.

“Como você ousou se aliar aos demônios e deixar seu filho para trás?!” perguntei “Eles te dão mais amor do que seu filho poderia dar? A alegria? Suponho que na...”

Rapidamente ela veio até mim encurralando-me contra a pilastra novamente, não me tocava, mas o modo como cerrava os punhos mostrava o quanto estava se segurando para não me agredir, seus olhos também eram uma vitrine de todo seu ódio e amargura que a tomavam naquele momento, porém ainda conseguia enxergar aquele olhar que também pertencia ao meu avô Amodoro, um olhar majestoso.

“Eu não o abandonei!” falou entre os dentes cerrados “Ele foi tirado de mim! Eu estaria com ele...”

“E entregado a alma dele á um demônio? Que bela mã...” foi o que pude dizer antes de sentir sua bofetada estalar e esquentar minha bochecha,mais uma vez sentia gosto de sangue na boca.

“Desaforada como Emily ou está tentando alguma coisa de mim tentando me abalar como seu pai faria? Não vai conseguir nada á não ser minha fúria!”

“Mate-a logo Kate.” Falou Jared aparecendo no meu campo de visão, logo atrás da mãe de Vougan.

Ela o olhou por cima do ombro e depois para mim.

“Pensei que o Tomás fosse mais pálido...” murmurou

“Como consegue me ver de verdade e com ele não?” perguntei

“Por que eu te conheço, esse feitiço só funciona para quem não conhece a pessoa, nunca funcionará em qualquer conhecido seu...”

“Não me lembro de você.”

“Claro que não querida, você não lembra e não sabe de muita coisa.” Falou enquanto passava ombro á ombro por mim.

“Do que está falando?” perguntei

“Muito em breve você descobrirá.” Disse enquanto caminhava em direção ao corredor por onde havíamos chegado, passou por Jared que a encarava com os olhos negros “Tenho mais ou menos uma noção de como você é, está turvo e misturado entre a ilusão, mas vocês realmente se parecem muito.”

“Quem se parece comigo?” perguntou Jared

Ela levou um indicador até os lábios fazendo um sinal de silencio, antes de simplesmente ser engolida pelo chão.

Jared e eu nos olhamos bastante confusos, uma conversa totalmente sem pé nem cabeça, mas não tinha tempo para pensar sobre aquilo naquela hora, eu precisava salvar a venéfica.Quando me virei para chamar Jared para seguirmos, o vi colocando as mãos na cabeça do último tenebris vivo, ele com seus olhos demoníacos, sibilava palavras que não eram de meu conhecimento enquanto o homem embaixo dele se debatia e gritava querendo se salvar, até seus olhos começarem a ficar escuros e sua pele ficar com veias negras que se alastravam por todo seu corpo, de repente senti como se tivesse sido sugada para outra visão, assim como a lembrança de um dejavu, eu via o mesmo homem que estava no chão matando várias pessoas, em vários locais e tempos diferentes, a visão era rodeada por nuvens escuras, mas depois foi como se tivesse entrando em combustão, tendo seu desfecho acompanhado por berro de dor como sua trilha sonora final, até tudo ficar preto novamente.Voltei para minha visão, Jared ainda segurava a cabeça do tenebris que, onde antes havia seus olhos, agora haviam duas fendas escuras, e um cheiro de carne queimada dominava o ar.

Meu demônio se levantou e começou á caminhar em minha direção, merda, ele iria me atacar? Comecei á recuar, mas ele sorriu e seus olhos voltaram ao normal ao passar por mim, tomando minha frente e entrando pela porta onde o último grupo de tenebris havia saído, nos levando á uma escada para cima.

“O que foi isso?” perguntei para Jared enquanto subíamos a imensa escada giratória.

“Isso o que?” perguntou com desprezo na voz.

“Aquilo lá, os olhos dele sumiram, e eu acho que vi pelos seus olhos todos os crimes dele...”

“Ah...Se chama oferta de penitência, eu vejo todos seus crimes e lhe ‘dou’ perdão” falou fazendo aspas com os dedos “Em troca disso, sua alma pertence á mim.”

“Então você o ilude para consumir sua alma?” perguntei.

“Exatamente.” Falou dando-me um sorriso por sobre o ombro.

“Isso é coisa de demônio de verdade.Jared, o que foi que você fez?” perguntei tentando exprimir minha raiva e aflição num suspiro exasperado.

“O que eu sempre faço, bruxa.”

“O que? Foder mulheres alheias? Jared você transou com uma demônia?!” não pude deixar com que meu queixo caísse só de imaginar a cena.

Ele parou na escada soltando uma gargalhada alta e gostosa de ouvir, se você também fosse um demônio. Desde quando aquilo era divertido?

“Não Katherine, esquece isso, não vou te contar.” Falou seguindo o caminho.

Grunhi.

“Vou dar um jeito de arrancar essa informação, eu mereço saber, isso me tornou uma tenebris, já falei que não podemos ter segredos.” Revirei os olhos.

Jared parou e se virou para mim, encarando-me seriamente.

“É Katherine? Mas parece que você é a que mais guarda segredos entre nós dois.” Falou semicerrando os olhos enquanto fitava os meus.

Engoli seco.Do que ele estava falando? Será que ele sabia sobre Owen? Oh Luna, isso vai dar muita merda.

“Viu, você é hipócrita.” Sorriu sem mostrar os dentes, então voltou a subir as escadas.

Chegamos no fim que nos levava á uma pequena porta no teto, como se nos levasse á um porão, mas na verdade nos levou para a cúpula que eu havia visto em meu sonho, e lá estava uma criança com sáris imundos, ajoelhada no chão com um pano preto cobrindo sua cabeça.

Corri até ela retirando o capuz, revelando seu infantil rosto com seus incríveis e grandes olhos, uma mistura de cinza com azul, tão claro que parecia gelo, fazendo um lindo contraste com sua pele morena.

Não tive tempo de respirar aliviada, antes senti água subir por minha garganta, sufocando-me, assim como por minhas narinas e pulmões, era como se eu estivesse sendo afogada de dentro pra fora. Caí de joelhos no chão tentando balbuciar coisas, mas não saia nenhum som além do meu engasgo.Por que ela estava fazendo aquilo?

“Pare com isso.” Ditou Jared olhando-a diretamente nos olhos.

Ela o olhou e franziu o cenho.

Começou a murmurar coisas em indiano e dirigiu seu olhar para Jared, com uma mão direcionada para mim.Seus incríveis olhos pareciam estar evaporando, em vez de chamas como os meus, sua íris parecia virar uma branda fumaça numa constante elevação.

“Isso não vai funcionar comigo.” Falou Jared “Sabe o que tenho mais do que água no meu corpo? Fogo, fogo demoníaco.” Falou ameaçadoramente para a menina.

Levei uma mão para trás em sinal de que ele parasse de falar aquilo.

“P-por” tossi cuspindo água “por favor, p-pare” o afogamento parecia não acabar e sentia meu cérebro doer como se a água estivesse invadido lá. “Lu-luna” cai no chão já sem forças, enquanto sentia e via a água correr por meus olhos, sentindo meu cérebro latejar.

“Me desbloqueie Katherine!” gritou Jared “Me desbloqueie agora!”

Do que ele estava falando? Da minha mente? O que ele queria? Não me daria ao luxo de demorar mais, acatei o que ele pediu.

Desfaça o feitiço que colocou em nós, talvez funcione que nem o outro. Disse Jared em minha cabeça

Minha cabeça doía tanto.Meu coração.Eu queria respirar.

Luna enefictionis exortum veritatem falsa imago possunt re vide , pensei parar que Jared ouvisse, e segundos depois ele as pronunciou em voz alta.Senti meu anel espetar meu dedo como sempre fazia quando eu usava meus poderes.

“Oh Lune!” ouvi a menina murmurar e comecei á sentir o fluxo de água cessar em mim “Dês culpe! Eu ti vi! Eu ti vi!”

Comecei á tossir água para fora como se tivesse acabado de receber uma respiração boca á boca, e até que não seria ruim se Jared tivesse feito isso.

Podemos fazer isso mais tarde. Falou em minha cabeça, quando o olhei ele me dava um sorriso sugestivo.

Levantei do chão sacudindo minha cabeça como se acabasse de levar um caldo no mar, Jared segurou-me apenas quando bambeei para trás, roçando seus dedos pela parte nua entre minha blusa e calça, causando-me um arrepio que me fez voltar ao normal.Ainda me sentia engasgada e com a pele molhada embora a mesma estivesse seca.Então era assim a dominação da água, era isso que eu já deveria ter aprendido com Mathieu, mas eu não havia tido aptidão.

Olhei para pequena venéfica que ainda estava ajoelhada, sentada sobre suas próprias pernas com suas pequenas mãos inquietas no colo.Quantos anos ela deveria ter? Dez? Com certeza era mais velha e maior que Vougan, e muito poderosa.

Por que ela não se levantava? Não conseguia? Estava machucada?

“Ei, você está...” comecei a falar tocando-lhe gentilmente o ombro, o que a fez dar um solavanco para trás com os olhos assustados, enquanto murmurava coisa em indiano. “O que houve? Te machuquei? Não entendo o que diz.”

“Não deveria ter feito isso.” Falou misturando nossos idiomas, criando um novo com um som engraçado.

“Por quê?” perguntei

“Sou uma dalit.” Murmurou abaixando seus incríveis olhos de novo.

“Uma intocável.” Falou Jared “O povo sem casta que não merecem ser tocados, apenas pisados pela ignorância dessa religião. Toda religião é escrota.” Eu quase podia senti-lo revirar os olhos atrás de mim.

“Mas virei numa casta melhor em outra vida.” Murmurou a menina.

Peguei-lhe pelo o queixo fazendo-a a olhar para mim.

“Não haverá outra vida.Somos imortais, e não abaixe o olhar ou se diminua, se eles” acenei para fora abaixo de nós “soubessem do que você é capaz, seria considerada uma deusa.” Dei um sorriso gentil “Deusa..?”

“Naveena.” Murmurou

“Deusa Naveena.” Sorri e dei uma piscadela para ela. “Agora vamos, vamos buscar um lugar para você come e descansar.” Disse me levantando e estendendo a mão para ela “Suponho que esteja com muita fome.”

Ela assentiu timidamente e depois pegou em minha mão, a qual apertei contra a minha.

“Não se preocupe, agora você está em segurança.” Falei


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Estranha essa mãe do Vougan né não? E finalmente conhecemos Naveena, a dona dos sonhos estranhos da Kate.Ansiosas para o que vem pela frente?
Por favor, comentem, é muito importante pra mim!
amo voces
beijared
Musa XO



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Venéfica - Série Híbridos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.