Recomeçar. escrita por Srta Styles


Capítulo 2
Capítulo 2




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— O que você está fazendo na minha casa!? — Gritamos em em uníssono.

— Mas essa é a minha casa! — Novamente, falamos juntos.

Antes de eu conseguir falar algo, o garoto me empurra para a saída, batendo a porta em meu rosto. Fico parada na frente da porta por alguns segundos tentando entender o que acaba de acontecer. A minha tia é pedófila? Eu vou morar com ela e aquele cara?

— Por que você está parada e olhando para o nada, viu um fantasma? — Disse minha tia, atrás de mim.

— Que? de onde você brotou? — Falo dando um salto para trás e batendo a minha cabeça no extintor de incêndio. — Ai!

— Não brotei de lugar nenhum, só saí do elevador querida. Você se machucou — Disse ela, segurando minha cabeça para ver se eu estava bem. — Vamos entrar logo no apartamento, querida.

— Tá... — Digo com medo, espero que eu não tenha que viver com aquele cara drogado que acabei de ver.

Minha tia vai em direção a porta contrária a que eu estava. Me senti uma idiota por entrar no apartamento do meu vizinho. Entro no apartamento e me deparo com uma sala normal, os móveis são em tons claros, um espelho reveste uma das paredes, as únicas coisas coloridas são as almofadas, que são de um rosa chamativo.

— O seu quarto é por ali, eu tenho que sair agora para resolver um probleminha de fadas, acho que tem comida na geladeira, se não tiver, é só dizer umas palavrinhas mágicas. — Diz ela, largando algumas coisas e saindo do apartamento.

Ando em direção ao meu novo quarto, ele está vazio, a única coisa que tem, é uma lâmpada, ligo o interruptor e nada acontece. Ótimo, nem luz eu tenho no meu quarto. Como não tenho nada para fazer, decido vasculhar a casa, começando pela cozinha, é claro.

A cozinha é rosa, com alguns tons claros e uns um pouco mais escuros, não é feio, só diferente. Vou em direção à geladeira, ela está farta de NADA, só existe uma beterraba murcha e uma garrafa com água.

— Eu não mereço isso. — Digo para mim mesma. Só o que me resta é dormir e nunca mais acordar, pelo menos não precisarei comer aquela beterraba murcha.

— ✄ —

Acordo com a minha tia me chacoalhando, ela cantarola que o jantar está pronto, já imagino uma beterraba frita e um copo de água para o jantar.

— Acorde querida, o jantar já está servido. — Diz a tia com um sorriso largo no rosto.

Levanto-me e caminho lentamente até a mesa, ela é rosa também, porém não é chamativo igual as roupas de minha tia. Assim que minha tia termina de comer, diz:

— Querida, você pode ir tomar banho agora, enquanto eu lavo a louça mágica.

— Diz com um sorriso no rosto.

— Ok. — Levanto e vou em busca da porta que leva ao banheiro.

— ✄ —

Saio do banho enrolada na minha nova toalha, vou para o meu quarto pegar o meu pijama.

— Ué, onde eu enfiei as malas? — Digo abrindo o guarda roupa, sem sucesso em minha busca. Aí que me lembro, eu deixei as malas na sala do garoto drogado.

— Merda. — Vou correndo para a sala pedir para minha tia roupas emprestadas. — Tia, me empresta suas roupas?

— Claro querida, sempre soube que eu me vestia bem, venha que eu vou lhe dar umas. — Diz ela, indo para o seu quarto. — Ah, querida, acho que essas roupas vão ficar meio largas em você, mas eu tenho esse vestido de fada aqui, cabe direitinho em você! — Diz a tia, mostrando-me o vestido.

— É lindo tia... — Acho que posso usar isso, só vou pegar as minhas malas mesmo, certamente o cara estará sob efeito alucinógenos e nem perceberá que eu entrei em seu apartamento de novo, tomara que seu cachorro esteja sob o mesmo efeito.

Vou para o banheiro e visto a fantasia, coube direitinho, mas é horrorosa. Me recordo de quando tinha 6 anos e usei uma fantasia de fada no halloween junto com a Emily.

Saio do banheiro silenciosamente, caminhando na ponta dos pés em direção à porta, estou me sentindo uma verdadeira fada, ou não. Paro na frente do apartamento do garoto drogado e tento fazer o mínimo possível de barulho enquanto abro a porta, ainda há um cheiro de droga no ar, felizmente o garoto não está na sala e seu cachorro está ocupado correndo atrás do próprio rabo.

Pego minhas malas e silenciosamente vou em direção à saída. Sinto algo atrás de mim e paraliso com as malas na mão e viro-me lentamente para trás, infelizmente, ou felizmente não é o cachorro e sim seu dono drogado que, com os olhos vermelhos e meio tonto diz:

— Você... É uma... Fada? — Virando sua cabeça para o lado direito.

Fico sem reação, como irei responder sua pergunta de um jeito normal? Concluo que, se eu dizer que sim, certamente ele não se lembrará, afinal, está drogado.

— ... Sim. Sou sua fada madrinha — Respondo, tentando segurar o riso.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem :)