A Liga das Sombras. escrita por Mayra Cavalcante


Capítulo 5
Capítulo 5




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Quando saímos das sombras, vi que estávamos em um lugar desértico e acinzentado.

– o que aconteceu? E onde estamos? – perguntei confusa.

– algum campo de força nos barrou, e agora estamos no limbo, preparasse pra viver seus piores pesadelos. – ele disse com um pouco de medo na voz.

Quando eu ia fazer uma pergunta, duas pessoas apareceram, e foram se aproximando, até pararem a mais ou menos um metro de mim, e pude reconhecê-los.

– vó? Vô?

Então meu vô apontou para mim e começou a falar.

– olha lá querida, é a Alyson, como uma aberração dessas, ainda ta viva?

– não sei afinal quem iria gostar dela, uma menina estranha, feia, e esquisita, ainda bem que morremos, por que ter uma neta dessas é um tremendo desgosto.

Ao ouvir isso eu congelei esse não eram meus avôs, disso nós sabia mais suas palavras me cortaram como navalhas, e eu cai de joelhos no chão, sem nem mesmo perceber que meu pai não estava mais aqui, então mais duas pessoas apareceram, e pararam do lado dos meus avós, uma u reconheci como sendo o Bernardo, e a outra parecia com alguma modelo loira.

– Alyson, Alyson, Alyson ..... você realmente achou que era a salvadora do mundo? Se toca, você não consegue nem ativar sua aura sem destruir tudo, quem dirá salvar o mundo, você não passa de uma aberração, e alem do mais, quem irar gostar de você, quando se tem tanta mulher bonita por ai. – Bernardo falou, e começou a beijar vorazmente a garota loira, e isso me atingiu mais do que as palavras dos meus avôs, eu senti meu coração se apertar como nunca antes, e pude sentir lagrimas descendo dos meus olhos, e foi ai que eu me toquei de que o Bernardo era mais do que um simples amigo ou conhecido pra mim, eu o amava, e de um jeito que nunca aconteceu.

De repente uma luz se acendeu em mim, e eu me lembrei de que estava fazendo isso para salvar o Bernardo, o verdadeiro, que estava sendo mantido refém dos anjos caídos, e com forças que não sabia que tinha, me levantei e fui em direção as aparições, que sumiram assim que cheguei perto, e nisso pude perceber que meu pai tentava fugir com as mãos nos ouvidos, corri até ele, e coloquei a mão no seu ombro, assim que o alcancei, porem assim que encostei nele, ele se virou com tudo e me deu uma facada na barriga.

– por que você fez isso? Pensei que tivéssemos um acordo. – berrei colocando a mão no ferimento.

– você não achou mesmo que eu fosse te deixar viva achou? Olhe aonde estamos, daqui pro céu é um pulo, não preciso mais de você.

– sabe, eu sempre tentei entender o porquê de você me tratar tão mau, cheguei até a pensar que a culpa era minha, mais agora eu percebi que o verdadeiro erro nessa história é você, e ao contrario de minha vó que não fez nada com medo de magoar minha mãe, eu não deixarei você se safar dessa seu desgraçado. – eu disse cheia de ódio, e pude sentir a aura me envolvendo e curando o corte, então parti pra cima dele, dessa vez tendo total controle sobre mim.

Ele conseguiu desviar, me atacou, e começamos a lutar, e mesmo eu estando com a aura, à luta esta igualada.

– você acha mesmo que pode me vencer?! Eu sou invencível. – ele falou depois de desviar de outro golpe.

– não me interessa o quanto você é forte, eu não deixarei que você transforme o céu no novo inferno.

– meio irônico isso, uma cria de lúcifer falando assim.

–eu posso ser uma cria de lúcifer, mais também sou uma cria de Deus. – nesse momento as asas apareceram e eu me senti mais forte.

E num momento de distração, consegui acerta um soco no peito do meu pai que caiu, porem quando eu ia atacá-lo de novo, Bernardo apareceu junto do senhor Agnelo, e meu pai que ainda estava com a faca na mão, ao invés de me atacar,ele atirou a faca em Bernardo, me lembro de ter voado o mais rápido que pude até o Bernardo, da faca entrando no meu ombro, e eu atirando uma pena no meu pai, depois disso tudo se apagou.

Quando acordei, vi que estava em alguma enfermaria, me sentei e senti meu ombro queimar, e de impulso coloquei a mão nele, me lembrando de tudo que tinha acontecido, então à porta foi aberta, e por ela passou o Bernardo, que tinha um corte ou outro no rosto, mais tirando isso, ele parecia estar bem.

– Aly, que bom que acordou. Ele falou me abraçando.

– por quanto tempo eu apaguei?

– por três dias, a faca acertou algum músculo e infeccionou.

– e quanto ao meu pai?

– ele estar morto Aly, a pena que você lançou, parecia uma lamina, e acertou em cheio o coração dele, sinto muito.

– tudo bem, acho que ele mereceu o que teve no final.

– Aly, eu gostaria de agradecer, o senhor Agnelo me contou do acordo que fez com seu pai pra me proteger.

– não precisa agradecer, eu teria feito tudo de novo, se fosse para te proteger.

– mesmo assim eu quero. – ele falou se aproximando de mim e parando a centímetros da minha boca. – obrigado. – então ele me beijou, foi um beijo lento e calmo, onde eu pude sentir que ele também gostava de mim.

–iiiii, gente chegamos na hora erra. – falou a Carol que apareceu do nada no quarto.

Eu rapidamente me desgrudei do Bernardo, e escondi a cabeça no peito dele totalmente envergonhada.

– porra gente, não é só porque a guerra acabou que vocês podem matar minha namorada, que por acaso é a salvadora do mundo. – Bernardo falou fingindo estar bravo.

Mesmo estando totalmente envergonha pelo fato do Bernardo ter me chamado de namorada, não pude deixar de reparar quando ele falou que a guerra acabou.

– espera ai a guerra acabou?- eu perguntei.

– esse bobão, não te contou não? – Vinicius, que tinha entrado com a Carol e o Iago falou.

– de um desconto pro cara, ele tava muito ocupado, não é mesmo Alyson. -falou Iago, o que fez com eu ficasse mais envergonhada do que já estava.

– gente. – Bernardo repreendeu os amigos. – Aly, depois que o senhor Agnelo ouvir o acordo que você fez, eu acho que ele deve ter se arrependido do que fez, sei lá, mais ai ele foi até a liga, onde juntou um pessoal, e voltou pro galpão, onde nós finalmente derrotamos os anjos caídos, claro que teve um ou outro que fugiu, mais de boas.

– o senhor Agnelo ta bem?

– deve ta, depois que ele me ajudou a te trazer pra enfermaria da liga, ele foi embora, dizendo que precisava se reencontrar.

– e ai galera, vamos comemorar, a guerra acabou, a salvadora da pátria é nossa amiga, e namorada do nosso irmão aqui. - Carol falou toda animada.

E assim foi, eu sai da enfermaria, e fomos todos pra minha chácara, onde rimos, brincamos, zoaram muito de mim pelo fato de que quando o Bernardo me beijava na frente deles e eu morria de vergonha ,e comemoramos muito, pois a final quem diria que a garota estranha que só sabia ouvir musica, fosse se tornar um heroína.

FIM.


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Notas finais do capítulo

para aqueles que leram a história até aqui espero que tenham gostado.
demorei bastante para terminar essa história,e pelo fato de ser a primeira original que faço, gostei do resultado final, gostaria de agradecer a meu amigo Leonardo Postal,que foi o primeiro a ler a história e ter gostado,serio vocês não sabem como eu fico feliz quando alguém gosta do que fiz.
até a próxima.



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