Procura-se um garotinho ruivo escrita por Kalena Danvers


Capítulo 10
Capitulo 10




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Me joguei em direção dela e caí de joelhos, no seu lado. Logo tive aquele instinto acolhedor e quis ajudar ela, segurando seu nariz para cima e limpando o sangue com a manga da minha camisa. Mas logo em seguida, Bruce agarrou meu ombro e me afastou dela com força, quase que me jogando. Finalmente olhei para ele e via seus olhos fervendo de raiva. Não fazia o menor sentido. Sim, tinha acabado de “agredir” uma mulher, mas não entendia o porquê da sua fúria, afinal, isso não foi um acidente?

Aparentemente, para ele não. Não sei o que estava passando na cabeça dele, mas tudo aconteceu em segundos. Seus amigos agarraram seus braços e eu a de Dory e a puxei para coloca-la de pé. Ele lutava para se soltar e gritava para eu me afastar dela, então corri e arrastando ela junto comigo.

Ele tinha se apaixonado por ela ou era extremamente protetor aponto de ficar irracional? em todo caso, não queria ficar ali pra descobrir. Antes que chegássemos na porta ele conseguiu se libertar e corria em nossa direção, se livrando de todo e qualquer coisa em seu caminho. Era como ver um rinoceronte correndo em sua direção.

Era difícil de raciocinar; tinha que correr o mais rápido que podia, mas não podia deixar Dory para traz, e nem pisar nos buracos na rua se não virarei chuva de Marlins, e tinha que decidi para onde correr. Não lembrava por qual rua tínhamos vindo, e não queria me aventurar por ruas desconhecidas. Já era ruim o bastante se enfiar em uma rua cheia de minas, então nem imagino como é esbarrar com os caras que as colocaram lá.

Achei que a melhor solução é despista-lo e se esconder até que a poeira se abaixa-se.

Vi uma kitnet muito velha que parecia abandonada, ou melhor, praticamente caída. Metade dela cedeu nela mesma criando uma casa em forma de um triangulo, tampando metade da porta da sua entrada. Era perfeito, era pequeno demais para Bruce entrar mas entraríamos sem problemas e foi o que fizemos.

Por dentro parecia menor, já que estava entupida de entulho das paredes e do teto e alguns moveis. O espaço era bem apertado mesmo para nós dois, mas iria servir por enquanto.

Claro que Bruce nos viu entrando e voou para a porta, mas para o meu alivio (pelo menos momentâneo) ele não conseguiu passar, como previ. Mas nem por isso ele não iria tentar. Nos encolhemos o máximo que conseguíamos em baixo do que um dia foi a escada para o segundo andar, e ele rosnava de raiva e tentada desesperadamente colocar seu corpo monstruoso para dentro.

Por um momento imaginei o que poderia ter sido toda aquela raiva: ele estada de alguma forma alterado? Tinha algum trauma enraizado e eu o fiz reviver? Mexi em alguma ferida? Não sabia ao certo e nem estava muito interessado em saber no momento. Senti a Dory agarrando minha camisa pelas minhas costas e encolher o rosto nelas.

Então o pânico só aumentou quando ele conseguiu arrancar um pedaço grande do batente e parte da porta e jogar por traz dele. Mas ele não entrou, mas olhou rapidamente para traz e instalou uma cara assustada como se tivesse se arrependido na hora do que fez. Num segundo o vi voando para a direita da casa e uma nuvem de poeira e destroços vindo em nossa direção. Agarrei Dory com força e envolvi meu corpo nela como um escudo. Primeiro uma dor agoniante na minha nuca e depois a escuridão.


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