What Ive Been Looking For escrita por MyWeepingAngel, ingrid pevensie


Capítulo 29
Capítulo 22: Lost In Paradise (Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Gente, nem vou pedir mais desculpas, pq sei que não mereço. Para ser honesta, eu pensei seriamente em deletar a fic, sacoméné, falta de criatividade é um negócio sério... Vou tentar terminar, e eu agradeceria se vcs tivessem paciencia cmg e não abandonassem a fic.
Fora isso, ENJOY!



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PDV ALEC

Depois da fuga do Castelo Volturi estávamos de certa forma livres. Mas não podíamos nos enganar. Apesar dos Volturi não poderem nos rastrear, agora que Demetri e boa parte da guarda estava morta, não havia dúvidas de que ainda voltaríamos a nos cruzar. Aro, em sua sede incontrolável por vingança, voltaria a reunir a guarda e recrutar incansavelmente mais membros. Por isso, mesmo desfrutando de uma liberdade sempre sonhada, ainda tínhamos uma guerra com a qual lidar, ainda que a médio prazo. 

Então, os planos mudaram. O castelo que fora comprado em Érice, na Sicília, que era o máximo de distância que nos atrevíamos a ficar sem sair da Itália, estava sendo ocupado havia um mês por nós, e tudo o que podíamos fazer era passar despercebidos e tentar juntar o máximo de informações que pudéssemos sobre os novos movimentos de Aro.

A vigilância havia duplicado e nossa pilha de cinzas valia milhões de euros. Sendo assim, todos os clãs aliados a Aro haviam sido contatados e agora nos caçavam por toda a Europa. 

Santiago havia ficado do nosso lado. Estava fora em missão quando tudo aconteceu e era importante que ele trabalhasse ao nosso lado, nos mantendo a par dos planos do ancião. Mas ele precisava ser cuidadoso. Aro podia confiar nele, porém nada o impedia de desconfiar de quem quer que fosse. Bastava  um simples toque para que a traição fosse descoberta.

Passadas algumas semanas, chegamos a conclusão de que também precisavámos reunir nossos próprios aliados, e nossa melhor aposta eram os Cullen. Mesmo que Renata, Jane e eu tívessemos ficado ao lado dos Volturi no último confronto na clareira, não nos custava tentar. Como Jane havia falado com Alice, nossa esperança era a de que a vidente conseguiria convencê-los a nos apoiarem.

Além do mais, havia Amanda. Apesar de muito tentar demovê-la da ideia, dizendo que seria arriscado, eu sabia que ela ainda queria ver a mãe, mesmo que de longe. E ainda havia a curiosidade por Alice.

Então, o único remédio era ceder e embarcar o quanto antes para a América.Mas ainda restava uma única coisa a ser feita.
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PDV AMANDA

Era manhã. Os primeiros raios de Sol despontavam no horizonte e eu observava extasiada as cores mesclarem-se repetidamente em laranja, vermelho e rosa. Gianna estava ao meu lado, nós duas sentadas no balcão do segundo andar que dava para os campos verdes da Sicília, de olhos fechados e aproveitando o aroma do vento frio e úmido que vinha com o amanhecer. 

Alec, Jane e Renata ainda estavam reunidos na mesa da sala, conferenciando. Tinha sido assim durante toda a noite. Estávamos traçando as rotas mais seguras de fuga do país, rumo à América, e tentando descobrir o próximo movimento de Aro. 

As cadeiras movem-se atrás de nós num ruído quase que imperceptível. Papéis e mais papéis são removidos da mesa e sussurros são lançados suavemente entre Renata e Jane. Mas um terceiro corpo direciona-se a mim e envolve meus braços por trás e, vagarosamente, retira meus cabelos do pescoço, colocando-os com cuidado em um dos meus ombros e beijando seguidamente meu pescoço, agora nu.

Estremeço quando seus lábios chegam ao meu ouvido direito e sussurram quase que inaudivelmente:

-Quer caçar comigo, hoje à noite?

A sede e o desejo borbulharam dentro de mim como um caldeirão fervente de emoções. Estar escondida há quase um mês não tinha me deixado ter uma dieta, digamos assim, abundante. E, como ainda era recém-criada, o simples pensamento de caçar e de passar finalmente algum tempo sozinha com Alec, ainda parecia que me consumiria por inteiro.

Virando-me e abraçando seu pescoço, foi fácil demais escontrar o caminho dos seus lábios que também pareciam necessitar dos meus.

 Mas ele ainda queria uma resposta:

-Então, isso é um sim?- pressionou, ainda ofegante.

-É claro...- foi só o que me permiti dizer, enquanto ainda procurava por sua boca.

Um pigarro característico nos anunciou que não estávamos a sós e que precisávamos nos concentrar. Nos separamos e eu tive que rir um pouco, envergonhada. Jane veio até mim e me puxou delicadamente da borda do balcão, revirando os olhos, impaciente:

-Vocês podiam ao menos se comportar, já que vão ter tempo de sobra pra isso.- e, parando no meio do caminho, virou-se para Gianna- Você não vem?                                                                                                                                 ***
A caçada havia sido tranquila em si. Era ótimo finalmente poder me alimentar adequadamente, ainda que estivéssemos nos arriscando. Correndo de mãos dadas com Alec, vagávamos pelas florestas nos arredores de Érice tentando encontrar algum animal realmente grande. Sim, nos alimentávamos agora basicamente de sangue animal. Era mais seguro, discreto até, segundo Renata. E acredite, não precisávamos de mais um motivo para chamar atenção. Não enquanto metade dos vampiros e, quem sabe a polícia humana, do Velho Continente andava atrás de nós.Quando concluimos ser o suficiente, tomamos o caminho de volta a Pepoli, castelo agora nosso. Tão logo avistamos as tochas da fortaleza ao longe, pude sentir toda a ansiedade e alarme dentro de mim esvaindo-se. Como uma criança que corre em direção aos braços da mãe, aquele lugar havia tornado-se um refúgio durante o mês que se passara. E não somente para mim, todos nós nos sentíamos como se o velho Pepoli tivesse se tornado uma espécie de lar.

A névoa densa da floresta lambia meus pés suavemente, tão protetoramente como o poder de Alec havia envolvido-me durante a tranformação, no que me parecia quase um milhão de anos atrás.

A proteção que vinha da floresta era como um reconhecimento de que aqui era realmente nosso lugar. Esperava poder voltar assim que toda aquela guerra estivesse acabada. Isso se sobrevivêssemos, é claro.

Às vezes me perguntava se era justo que tivesse dado tudo tão certo. Quer dizer, não havíamos virado pilhas de cinzas no primeiro confronto com os Volturi e estávamos conseguindo nos virar bem nos escondendo, tentando juntar forças para continuar a lutar por nossas não-vidas.

Sinto a mão de Alec no meu pulso, parando abruptamente. Corri ainda durante dois longos segundos antes de realmente virar-me para encará-lo. Algo em seu silêncio era importante, grave. Seu corpo bem poderia ser uma estátua, exceto pela respiração funda, cadenciada.

Seus olhos não encontraram os meus de início. Miravam uma árvore ao seu lado indecisos, quase como se procurassem encontrar coragem no caule dela.

Aquilo me provocou estranheza por alguns milésimos de segundo. Alec estava... envergonhado? Aproximei-me mais, numa tentativa de encorajá-lo a falar o que quer que estivesse em sua mente.

Seus olhos vagaram rumo aos meus, decididos, e ele pegou minha mão gentilmente, aproximando-se um passo.

Engoli em seco. Não era preciso ser um gênio para entender que aquilo, o que ele tinha a dizer, era importante para ele. Ele olhou profundamente dentro de meus olhos, procurando minha alma dentro deles. Abriu a boca uma vez, tornando a fechá-la em seguida. Por fim, respirou fundo uma última vez e começou cautelosamente:

-Amanda, sei que talvez essa não seja a melhor hora, com toda a guerra se desenrolando e toda a adaptação pela qual você precisa passar, mas não quero deixar o tempo correr e depois perceber que talvez seja tarde demais. Não sei se vamos ganhar a guerra, nossa liberdade, ou se vamos apenas ser um dos muitos que vão morrer nessa batalha. Então, não quero chegar onde quer que se vá quando se morre e ficar me perguntando "e se..." pelo resto da minha eternidade.

Ele hesitou por um segundo e, pondo as palmas de suas mãos dos dois lados do meu rosto, sussurrou docemente, num sorriso pequeno, mas impossivelmente tentador:

-Amanda, quer casar comigo?

Arfei. O ar escapou dos meus pulmões e, ainda que eu não precisasse necessariamente dele, era uma boa demonstração do choque que me tomou.

-Casar?- perguntei estupidamente.

Ele viu minha expressão confusa pelo choque e confundiu-a com rejeição. Retirando as mãos do meu rosto, seu sorriso desapareceu:

-Claro que não precisa, se você não quiser. Eu sei que somente o fato de estar aqui do meu lado já é uma prova enorme do que sente por mim, mas eu achei que tornar isso oficial não seria algo tão absurdo...- ele soltou as palavras num jato, encarando-me apologeticamente- Não, me deixa explicar...- ele levantou uma mão, quando eu abri a boca para respondê-lo.

Num ímpeto, cobri sua boca com minha mão. Ele parou de falar instantaneamente, levemente surpreso:

-Cala a boca, garoto, é claro que eu quero.- respondi, meio impaciente, meio sorrindo- Só, da próxima vez, me dá um tempo para me recuperar do choque.

Liberei sua boca devagar, só para descobrir um sorriso genuíno em seus lábios. Ele nada falou, apenas me pegou nos braços e, me levando de encontro à árvore, me beijou.

Seus lábios estavam em todo lugar do meu rosto, lábios, maxilar e, por fim, desceram pelo meu pescoço, beijando, sugando levemente. Voltaram aos meus lábios, ferozes, tentando explorar cada canto da minha boca. Enquanto ele tomava conta de mim, meus suspiros e gemidos tornavam-se cada vez mais altos. Até que, reunindo forças necessárias, parei de beijá-lo e sussurrei em seu ouvido:

-Acho que temos que voltar agora, já está amanhecendo. Além do mais, temos notícias a dar aos outros.Ele acentiu sorrindo e, beijando minha testa, me conduziu de volta ao castelo.

                                               *** 

-Ok, por quê todo esse suspense?- perguntou Jane contrariada, cruzando os braços, enquanto eu me sentava no braço da poltrona de Alec.

Estávamos todos reunidos em um dos grandes salões do castelo. Alec, ao meu lado, segurava minha mão encorajadoramente. Jane e Gianna acomodadas em um grande sofá dourado, e Renata no banco alcochoado de um piano clássico preto que ali se encontrava. Era chegada a hora, íamos contar a elas sobre nosso casamento. 

Um silêncio tenso cobria o ar, por isso olhei para o rosto de cada uma das três, procurando o melhor modo de dizer aquilo a elas. Alec concordara que deveria ser eu a dar a notícia.

Renata, contudo, não tinha a mesma expressão de curiosidade das outras duas, ao contrário, olhava de mim para Alec com um sorriso cúmplice, me fazendo concluir que ele já deveria ter conversado com ela sobre isso.

Prendendo o fôlego, soltei de uma só vez:

-Alec e eu vamos nos casar.

As três tiveram reações diferentes. Gianna levou a mão à boca, surpresa, um sorriso de ternura espalhando-se pelo seu rosto. Renata não moveu-se já esperava por isso, seu sorriso apenas alargando-se um pouco mais. Mas Jane, digamos, não foi tão feliz em sua reação.

Levantou-se de supetão, as mãos na cintura mínima, uma expressão raivosa e chocada no rosto. Olhou de mim para Alec, mas desviou sua atenção para Renata, estreitando os olhos:

-Você não está surpresa, Renata.- não era uma pergunta. Seu rosto se iluminou - Eu não acredito, Alec!- ela sibilou indignada, voltando sua atenção ao irmão- Eu não acredito que Renata sabia disso antes de mim! Eu sou sua irmã, ou você se esqueceu desse pequeno detalhe? E você, Amanda, quanta traição, hein?

Alec, já acostumado com a personalidade da irmã, respondeu calmamente:

-Deixe Amanda fora disso, Jane, a culpa foi minha. E, se eu tivesse lhe contado ao invés de Renata, você, com toda certeza, teria dado com a língua nos dentes.

Ela fechou os punhos e eu quase podia imaginar seu rosto de alabastro tornando-se vermelho. Ouvi Alec sibilar baixinho de dor ao meu lado: 

-O quê? Está me chamando de fofoqueira? É claro que eu não teria contado!

-Teria sim, Jane.- Alec repetiu sem se abalar, revirando os olhos.

-É, eu teria.- ela suspirou derrotada, jogando-se com delicadeza no sofá.A raiva completamente evaporada.  

Depois aprumou-se e declarou apreensiva:

-Não temos muito tempo para aprontar esse casamento, precisamos encontrar os Cullen o mais rápido possível.

-Você tem razão, mas não será algo tão extravagante. Não quando temos mais inimigos que amigos e quando temos tão pouco tempo.- concluí.

Nossa atenção é desviada quando o celular de Jane toca, estridente. O silêncio toma conta do ar, de repente todos mudos, em alerta.

Minha mente voou instantaneamente para Aro. Era isso, ele tinha finalmente nos encontrado.

Jane, num movimento rápido, girou o objeto preto nas mãos e pressionou-o contra a orelha:

-Alô, Jane?- uma voz de sino fala do outro lado da linha.

Todos, menos eu relaxam. Quem era ela?

-Pode passar para a Amanda, por favor? - ela pede gentilmente, sua voz de sino ecoando pelo aposento. 

Dando de ombros, Jane estende o celular em minha direção, um sorriso secreto brincando em seus lábios:

-Amanda, querida, para Alice Cullen, nada é tão extravagante. Só achei que era importante que soubesse disso.- Alice diz, e posso reconhecer um pequeno sorriso convencido em sua voz.- Aliás, quem você acha que irá preparar, tudo?- uma voz irritada ao fundo diz algo para ela- Me mandaram avisar que em poucas horas estaremos aí. Ah, como é bom estar de volta à Itália! Tchauzinho.

-Bom, parece que não teremos de ir ao encontro deles, afinal.- digo, varrendo a sala com o olhar, ainda meio chocada.


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Notas finais do capítulo

Ah, só gostaria de avisar que em breve eu estarei postando uma fic original, quem se interessar já sabe, ok? ^^
Vcs já sabem, mas não custa repetir: quero mts reviews, hein? *--*