Ruin escrita por Cabbie


Capítulo 12
Ten


Notas iniciais do capítulo

LEIAM ISSO, POR FAVOR! Então, gente, mês passado foi o mais complicado para mim por várias razões. Por conta disso, acabei não tendo tempo para postar a história, por isso, desculpem, de verdade. Não deu para postar, principalmente, porque eu estava de castigo. Ou seja, sem computador. Para todas aquelas leitoras que eu ainda não respondi o comentário, não se preocupem, eu vou responder, prometo. EJAOSJOA Por favor, não fiquem bravas comigo, eu estava com vários problemas. Bom, aqui está o capítulo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/602029/chapter/12

Capítulo Dez

Christina estava fugindo de mim.

Ela prometeu me explicar tudo mais tarde, longe do olhar curioso de Tobias, embora que tenha retrucado que, se Will também estivesse observando nossa pequena discussão, não seria Tobias quem deveria sair.

Com isso, ela percebeu o quão irritada eu estava. Arrastei ela de volta para as aulas, chateada. E um pouco traída, também. Eu sempre contava tudo para ela, mas, ao que parecia, Christina não tinha a mesma consideração que eu. Grande melhor amiga, a Christina.

Fiquei emburrada. Christina havia me arrastado para a mesma cafeteria de sempre, meio cautelosa com cada reação minha. Meus braços estavam cruzados e meu pé batia freneticamente no chão, mostrando minha inquietação.

– Você está mesmo brava comigo? – Ela deu uma risadinha, tentando amenizar a situação.

– Você vai mesmo fazer perguntas idiotas? – Eu atirei de volta, dando sua resposta.

Christina ficou desconfortável. Tomei o meu café em um gole só, observando-a raivosamente.

– Tris, desculpa – ela sussurrou – Tá, merda, eu sei que eu deveria te contar as coisas, mas... Eu e Will... Nós não somos que nem você e Tobias. O Will, ele...

– Ah, agora você vai ficar ofendendo eu e o Tobias? – Eu fiquei vermelha de raiva, cada vez mais nervosa com a situação.

– Não é isso o que eu quero dizer! – Ela se apressou em dizer, contrariada – Eu e Will só nos beijamos uma única vez. Você lembra daquela festa, em que tínhamos de usar máscaras e toda essa porcaria?

Não dava para esquecer. Foi naquele dia em que tudo começou. Eu ainda sentia o meu lábio formigar com o toque do Tobias contra o meu.

– Hum – eu disse, distraída – O que tem?

– Do mesmo jeito que você e Tobias se beijaram naquela festa, eu e o Will... também – ela fez uma pausa, seus dedos brincando com o copo de café – E eu gostei, mas não o suficiente para cair de amores por ele.

Ela suspirou, continuando.

– Eu recebi várias ligações dele. Todo o dia, ele insistia para que conversássemos. Logo no primeiro momento em que ficamos presos no armário, eu reconheci que era Will. Dá para escutar a voz irritante dele em qualquer lugar – ela deu uma risadinha, nervosa – E, então, eu concordei em dar uma chance para ele. E, Tris, eu juro! Eu ia te contar tudo assim que eu tivesse certeza sobre eu o Will.

– E sua certeza é....? – Eu perguntei, mais calma.

– Eu gosto dele – ela concordou – E quero que dê certo, eu acho.

Fiquei admirada pela forma como ela havia falado a palavra gostar com tanta tranquilidade. Só a ideia de gostar de Tobias me assustava, quem dirá... assumir isso por aí. Esquecendo de toda a raiva de antes, deixei com que Christina encostasse sua mão na minha, reconciliando nossa amizade eterna.

– Desculpa – ela disse, envergonhada.

– Tudo bem – eu sorri – Mas você vai assumir isso hoje. Will precisa saber que ficar presa em um relacionamento não é lá o seu forte.

Ela sorriu.

– Vamos chamar o pessoal, então – ela me passou o telefone – Ligue para o idiota do Uriah.

~ w ~

Estávamos todos sentados no sofá da casa do Uriah, nos aproveitando do conforto de sua casa. Alguns de nossos amigos estavam reunidos ali, esperando o comunicado.

Marlene, namorada de Uriah, estava com a cabeça apoiada no ombro dele, brincando com sua mão. Do outro lado, Lynn, meio distraída, estava sentada em um canto mais afastado. E, por último, estavam Christina, Will, assim como eu, no outro canto.

– Vocês vão continuar enrolando ou...? – começou Lynn, irritada e temperamental como sempre.

Christina revirou os olhos.

– Adorável, Lynn – e levantou-se, arrastando Will com ela. Os dois trocaram um sorrisinho – Calem a droga da boca de vocês e prestem atenção em mim. Eu, Christina linda e maravilhosa, estou, digamos, em um relacionamento. Eu sei, gente, nem eu mesma acredito nisso. E, para completar a situação, com o Will, o cara mais idiota desde sempre.

– Não pense que é fácil aturar você – ele retrucou, beijando sua têmpora.

Todos ficaram em silêncio antes de explodirem em risadas.

– FINALMENTE! – Gritou Marlene, correndo para abraçá-los.

– Achei que esse dia nunca chegaria – comentou Uriah, de bom humor.

– Se deu conta da real, Christina? – Perguntou Lynn, abrindo um sorriso malicioso.

– Há há há – resmungou Christina – Como vocês são engraçados.

Depois de uma série de abraços, Uriah foi até a cozinha pegar alguma coisa, fazendo-me imaginar que fossem bebidas. Assim que voltou, Marlene e Lynn seguraram alguns copos, evitando com que eles caíssem no chão.

– Vocês vão mesmo comemorar por isso? – Perguntou Will, sorrindo.

– Cale a boca, Will – repreendeu Christina – É bebida de graça.

Uriah, Marlene e Lynn colocaram os copos na mesinha de vidro de centro, enchendo-os com a bebida. Inconscientemente, franzi a minha testa.

– Seus pais sabem que você anda roubando o estoque deles, Uriah? – Eu sorri, pegando um copo de bebida – Ah, esqueci, eles vivem viajando, não é mesmo?

– Pare de ser chata, Prior – brincou ele – E beba isso se não quiser que eu fique irritado com você.

À contragosto, deixei com que a bebida fizesse seu efeito. Fiz uma careta com o gosto, colocando o copo de volta na mesa. Christina me abraçou, contente.

– E essa é a última vez – eu falei – Fiz um juramento solene de que não beberia nunca mais.

Uriah ficou pensativo por alguns instantes.

– Isso é por causa festa que eu dei? – Perguntou ele, curioso – Que merda, Tris, você ficou chapada e nem consegui filmar isso. Você conseguiu, Christina?

Christina virou mais um copo, parecendo mais leve.

– Quem me dera – resmungou ela – Essa aí sempre faz as coisas quando eu não estou perto. É irritante.

Eu empurrei ela para, logo em seguida, abraçá-la.

– Vocês não iam gostar de ver isso – eu disse – Eu sou uma bêbada sentimental.

– Mais um motivo para filmarmos isso – retrucou Lynn, bebendo mais um pouco.

Eles ficaram discutindo sobre tudo, basicamente. Quando percebi, o assunto havia voltado para mim e os relacionamentos que eu não tive. Eu sabia o que aconteceria a seguir, e não estava nem um pouco ansiosa para isso.

– E você Tris? – Perguntou Marlene, apertando minha bochecha – Quando é que você e a Lynn vão desencalhar?

– Eu passo a minha vez – resmungou Lynn, revirando os olhos.

Por um momento, pensei em contar sobre mim e Tobias, mas acabei me lembrando que eu e ele não éramos mais nada do que amigos, talvez. Amigos que se beijavam. Mas eu sabia que, se deixasse com que essa informação viesse a público, meus amigos nunca mais me deixariam em paz com isso.

– Estou feliz assim – eu concluí.

– Ah, não! E Al, Tris? – Perguntou Marlene, insistindo ainda mais no assunto.

Só a menção do nome Al fazia-me ficar irritada. Só de lembrar o quanto nossa amizade havia decaído até tornar-se nada, eu ficava desconfortável. E o pior de tudo era que eu era obrigada a vê-lo andar com a pessoa mais idiota do século: Peter.

– Ele é um babaca– começou Christina, salvando-me da situação constrangedora – Ninguém mais precisa dele por aqui.

– Ainda bem que não chamamos ele, então – começou Uriah – Pelo visto, isso ia dar uma puta confusão.

– É bem por aí mesmo – concordei.

Conversamos mais um pouco antes que eu notasse o horário. Meus pais me matariam se eu chegasse atrasada em casa – mais uma vez. Sussurrei para Christina que estava na hora de encerrar a noite, mas ela estava ocupada demais beijando Will ao seu lado. Com isso, não quis estregar a diversão dela e disse um tchau para todos.

– Até depois, Tris – abraçou-me Uriah, que concordou me acompanhar até a porta – E tome cuidado, já está ficando tarde.

– Você parece minha mãe falando – eu brinquei, abraçando-o de volta.

– Pare de estragar o momento.

Peguei minha bolsa e saí da casa de Uriah. Meu celular tinha, pelo menos, umas duas mensagens de minha mãe e outras duas de Tobias. Respondi as de minha mãe primeiro, temendo que ela ficasse irritada demais comigo pelo meu sumiço repentino. Depois, respondi as outras mensagens de Tobias, que perguntavam se eu estava disponível para sair com ele.

Como eu previ, por ter dado uma resposta negativa, recebi uma rápida chamada de Tobias:

– E, mais uma vez – começou ele, em tom de brincadeira -, fui negado por Tris Prior.

– Ei! Prometo que eu saio amanhã com você – eu respondi, sentindo-me meio boba pela ansiedade – Minha mãe decidiu impor uma hierarquia em casa.

– Coitadinha.

Depois de uma ou duas provocações de Tobias, desliguei o celular, jogando-o dentro da bolsa. Meio irritada por ter de andar um pouco mais até chegar em minha casa, fiquei perdida em pensamentos, imaginando como seria amanhã. Não era um encontro, não é?

Se quiséssemos ser amigos, eu e Tobias podíamos sair um com o outro, é verdade. Porém, por que eu sentia como se fosse mais do que isso, mesmo que eu tivesse deixado claro que nós dois podíamos ser amigos sem que atrapalhasse em nada nossa relação?

Assim que cheguei em casa, deixei com que Caleb me abraçasse e meus pais brigassem comigo por não ter avisado onde eu estava, mas, no fundo, eu estava mais preocupada com o fato de eu e Tobias sairmos amanhã. Seja positivo ou negativo, eu estava com um pressentimento muito forte sobre o encontro de amanhã.

~ w ~

– Você vai sair, Tris? – Perguntou Caleb, observando-me da porta.

Por pura insistência, arrumei novamente o vestido, alisando-o. Eu não sabia onde eu e Tobias íamos, então decidi colocar uma roupa que eu pudesse usar em qualquer lugar. O vestido azul era simples, mas tinha seu encanto. Uma última vez, certifiquei-me de que meu cabelo estava perfeitamente arrumado.

– Sim, Caleb – respondi, pegando minha bolsa enquanto ele fazia uma careta – Com um amigo, seu bobo.

Tudo o que eu menos queria era o meu irmão bancando o super protetor para cima de mim. Ele ainda parecia desconfiado em acreditar que eu estava saindo com um amigo, mas nada disse.

– Achei que mamãe havia decidido te manter em cativeiro – ele brincou, dando-me um empurrão.

– Diferente de você, eu posso ser muito persuasiva.

– Você apelou para o papai, não é?

Eu sorri.

– Talvez.

– Queridinha do papai – ele tirou sarro, voltando para o seu quarto.

Desci as escadas e atravessei o corredor. Logo que abri a porta, deparei-me com Tobias me esperando. Ele estava com o corpo apoiado na parede, parecendo atraente como sempre. Um sorriso de nervosismo surgiu em meu rosto e, rapidamente, mandei aquela ansiedade para longe.

– Você está bonita – ele me elogiou.

– E você está casual como sempre – eu brinquei, chegando mais perto dele – Mas, não se preocupe, você é o tipo de pessoa que fica bem com qualquer coisa.

Na realidade, eu não queria ter dito isso em voz alta. Me senti mais estúpida do que nunca e, antes que ele pudesse notar, abri um sorriso forçado, tentando repassar a ideia de brincadeira.

– Se você não quiser que eu seja egocêntrico, é melhor parar com os elogios por aqui.

– Com prazer.

Ele me guiou até o seu carro, esperando que eu entrasse para poder fechar a porta. Tobias também entrou no carro e procurou as chaves na calça jeans, ligando o carro em seguida.

– Você vai me dizer onde está me levando? – Perguntei, assim que ele me deu um sorriso torto.

– Na realidade, não. Mas não se preocupe, vai ser divertido.

Fiquei olhando para a janela o caminho todo. A proximidade entre mim e Tobias era totalmente torturante, ainda mais, com aquela maldita condição de só sermos amigos. Além disso, se eu o beijasse agora, naquele carro, talvez não pudéssemos aproveitar o resto da noite por questões óbvias, e eu não gostaria de deixar me levar tanto assim.

Quando o Tobias parou o carro, suas mãos foram até os meus olhos, tapando minha visão para dar um clima de suspense.

– Acha que consegue sair assim? – Ele perguntou, mal contendo um sorriso.

– Desafio aceito.

Enquanto ele ia me guiando, eu tentava não tropeçar nas coisas à minha frente. Com muita falta de coordenação motora, eu não duvidava nem um pouco que poderia fazer isso em um piscar de olhos. Ainda assim, fui caminhando de maneira confiante.

– Pode abrir os olhos agora – ele retirou as mãos que estavam bloqueando a minha visão, permitindo com que eu fizesse o que ele me pediu.

Fiz uma careta.

– Você não vai querer mesmo que eu jogue boliche de vestido, não é?

Ele deu uma gargalhada. O som de sua risada perto do meu ouvido me fez ficar arrepiada.

– Claro que eu vou – ele falou – Além disso, eu não deixaria que você mudasse de roupa. Você está muito bonita assim.

Eu me permiti corar tanto quanto podia. Tobias me puxou pela mão até o boliche, e eu me recusei a soltar sua mão da minha até que fosse extremamente necessário.

Por ser um lugar de fácil localização, reconheci de imediato alguns alunos do mesmo colégio que eu e Tobias. Fiquei com medo que fizessem suposições erradas sobre nós, mas todos estavam ocupados demais jogando para se preocuparam com o que acontecia ao redor.

– Quando você perder, só não vá correndo chorando para a mamãe, o.k.? - falou Tobias, bem tranquilo.

– Eu jogo isso aqui desde pequena – menti, apenas para não admitir de imediato a minha derrota – Você vai ser o único que vai voltar chorando.

– Vamos ver.

Tobias era mesmo muito bom. Eu perdi a conta de quantas vezes ele havia derrubado todos os pinos com a maior facilidade do planeta. Nas primeiras rodadas, eu só havia conseguido derrubar, no mínimo, dois pinos. Mesmo pegando um pouco do jeito, era muito difícil com que eu conseguisse fazer um strike àquela altura.

– Você sabe que eu vou te lembrar disso para o resto da sua vida, não é? – Perguntou Tobias, dando-me um sorriso convencido.

– Cale a boca – eu retruquei, embora eu estivesse sorrindo para ele.

Do outro lado da pista, percebi que alguém olhava para a nossa direção. Não reconheci o garoto de lugar nenhum, embora ele estivesse olhando para mim atentamente, dando-me um pequeno sorriso. Assim que ele se levantou para falar comigo, Tobias, parecendo um pouco irritado, pegou-me pela cintura e me beijou.

Na frente de todas aquelas pessoas.

Ele segurou possessivamente a minha cintura, fazendo que fosse impossível tentar qualquer movimento que pudesse me soltar dele. Seus lábios atacaram os meus com raiva, quase como se ele estivesse brigando comigo através do beijo. Segurei firmemente o seu braço enquanto correspondia ao beijo com o mesmo sentimento, ainda mais irritada do que nunca.

Eu não queria estar fazendo aquilo, mas, assim como sempre acontecia, eu não conseguia – e podia – não corresponder ao beijo dele, mesmo naquelas circunstâncias, com todas aquelas pessoas conhecidas no boliche.

Tive o máximo de certeza que o garoto de antes já não estava mais lá. Provavelmente, irritado por não poder investir em mim tanto quanto gostaria. Ainda mais, com aquele show todo de namorado ciumento de Tobias.

A língua de Tobias de encontro com a minha me mantinha presa naquela mesma posição de antes. Seus lábios estavam frenéticos nos meus, ainda mais possessivos do que antes. Seus dentes mordiscaram o meu lábio inferior, puxando-o levemente. Eu gemi e me apertei mais de encontro a ele, arranhando seus braços com as minhas unhas.

Tobias me soltou e ele para mim, intrigado. Respirei pesadamente e fiz um esforço para ficar o mais longe possível dele, antes que eu perdesse o controle e o beijasse – mais uma vez.

– Qual a merda do seu problema? – Eu gritei, assim que vi que o garoto de antes havia mesmo sumido dali.

– Tris, eu...

Peguei a minha bolsa em um dos assentos e saí dali, segurando as lágrimas de raiva. Apressei o passo, já notando que Tobias me seguia. Eu ia embora andando, mas não voltava com ele.

Quando me alcançou, Tobias segurou o meu braço, mas eu me soltei, irritada.

– Tobias, só... – eu segurei um soluço que estava preso em minha garganta – Só não agora, está bem? Fique longe de mim.

– Tris, me desculpe – ele parecia nervoso – Desculpe, está bem? Prometo não fazer isso em público, foi só...

– Você estava com ciúmes – eu acusei, sentindo um gosto amargo em minha boca – E você nem sequer tem esse direito! Você é um idiota.

Minhas mãos empurram o seu peito. Tobias segurou os meus braços, irritado.

– Eu não sou o único idiota aqui, Tris! – Ele gritou, assustando-me com o seu tom de voz – Você é a única idiota aqui que nega a porra dos seus sentimentos! Toda a hora, toda a vez que eu te beijo, você corresponde. E você é incapaz de ficar longe de mim, mesmo sendo a droga da pessoa mais teimosa que eu já conheci. Se você não quer... se você queria ficar afastada, por que sugeriu que fôssemos amigos, huh?

Eu recuei um passo para trás, arregalando os olhos.

– Você gosta de mim, mas é orgulhosa demais para assumir isso para si mesma. E eu não sou o único que já sentiu ciúmes por aqui! Lembra da festa do Uriah? Foi você quem ficou irritada por eu estar conversando com outra garota! VOCÊ.

Meu peito estava arfando. Soltei meus braços das mãos de Tobias, respirando com muita dificuldade.

– Eu gosto você, só não desse jeito, droga! Foi por isso que sugeri que fôssemos AMIGOS, Tobias!

– Você concordou – ele me acusou, cruzando os braços sobre o peito – Você concordou que eu podia beijar você.

– Não em público! Não em uma ridícula demonstração de ciúmes. Você não é meu namorado.

Agora foi Tobias quem recuou para trás, os olhos brilhando em mágoa.

– Você tem tanta vergonha de mim assim? – Ele perguntou, levantando a cabeça para me encarar.

Ele estava nitidamente magoado. Muito, para falar a verdade. Com isso, me acalmei totalmente, irritada comigo mesma por tê-lo chateado. As lágrimas haviam secado, dando espaço ao remorso que se espalhava por todo o meu corpo. Apertei minhas mãos umas nas outras, olhando para o chão, constrangida.

– Eu não tenho vergonha de você – eu disse, segurando seu rosto para olhar para mim – Como você....? Eu não tenho vergonha de você.

Seus olhos brilharam em minha direção. Fiquei na ponta dos pés para beijá-lo, uma última vez. Se eu não quisesse que Tobias saísse de vez da minha vida, eu teria de parar com aqueles beijos, com os toques, tudo. Caso o contrário, estaríamos sempre brigando, divididos por opiniões opostas.

Mas eu não sei se conseguiria fazer isso. Não sabia se o meu autocontrole era tão forte assim.

– Temos que parar com isso – eu sussurrei, deixando meus lábios tempo demais presos aos seus.

– Eu sei – ele segurou meu rosto, abaixando-se para beijar de leve a minha clavícula – Mas, se é sua decisão, vamos ser amigos. amigos.

Segurei um soluço, sentindo a dor daquelas palavras em mim. Aquela seria a última vez, de fato.

Eu o puxei para mim e o beijei.

– Só amigos – concordei, afastando-me.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como sempre, minhas lindas: até domingo. Desculpem qualquer erro :/ Está sem revisão.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ruin" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.