A mocinha e o vilão escrita por Tia Lety


Capítulo 12
Capítulo 12- As perguntas


Notas iniciais do capítulo

Gnt, desculpem por demorar a postar, mas eh que eu preciso de inspiração TT__TT
Enfim, espero que gostem!

Tia Lety



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Narração de: Eric

Eu já devia saber que ela não vai me perdoar, nem se eu aparecer pintado de ouro Agnes olha para mim e me chama de amigo de novo. O sol se pôs e fui para o quarto. Agnes estava lendo o livro de biologia, parecia muito concentrada. Karine e Diego conversavam na cama de cima, rindo feito dois tontos.

Tirei uma garrafa de cerveja e entrei no banheiro. Sentei no vaso e pensei... "O que eu devo fazer para que Agnes fale comigo de novo?". Sério, ela podia me esculhambar, gritar, me chamar do diabo à quatro, mas só o som da voz dela me anima. Tomei a cerveja inteira e olhei para a garrafa. Estava pensando em quebrar o vidro na minha cabeça, afinal, se não fosse por esse vício, eu estaria bem com Agnes, estaria bem com todo mundo. Mas ao invés de quebrar a garrafa na minha cabeça, tive uma ideia melhor...

Quanto eu estava na oitava série, minha sala inventou um jogo, chamado Jogo Da Verdade. Você só tem que girar a garrafa, e se ela parar em você, terá que contar uma coisa muito sigilosa sua, ou falar a verdade. Era uma desculpa para ouvir a voz de Agnes.

Sai do banheiro e falei:

—Quem quer jogar o Jogo Da Verdade?

—Eu! Eu quero!— animou-se Karine

—Eu também vou.— entrou Diego

Olhamos para Agnes, na cama debaixo, lendo o livro de biologia. A estudei. Seu rosto era perfeitamente desenhado, o jeito que mexia a boca quando lia me deixava um pouco exitado. Estava com uma blusa regata, colada ao corpo. Tinha belas curvas, era bem... encorpada.

Karine desceu da cama de cima e falou, a cutucando no ombro:

—Vamos Agnes! Vamos jogar! Vai ser divertido!

—Ok, ok, ok!— confirmou, um tanto estressada

Sentei no chão, Diego e Karine sentaram também e chamaram Agnes. Ela girou o olhar, pegou um travesseiro e sentou no chão. Eu não queria desapontá-la, não queria entediá-la, então vou tentar deixar a brincadeira mais legal.

Girei a garrafa e parou em Karine. Ela pensou um pouco e disse:

—Eu já coloquei cola na cadeira da professora de artes.

Rimos, até Agnes. Ela fez um rosto nostálgico, como se tentasse lembrar do ocorrido. Karine girou a garrafa e parou em Agnes. Essa eu queria ouvir. Queria saber de todos os seus segredos, dos mais simples até os mais ocultos. Agnes pensou.

—Eu nunca bebi álcool.— disse ela

—Como assim nunca?!— escapou da minha boca

—Nunca bebi álcool e me orgulho disso. O seu jeito sedutor não se fez por conta da cerveja.— complementou Agnes

—Mas como assim?! Você nunca provou? Nem uma gota?— parei um momento e meus lábios foram se esticando num largo sorriso— Me acha sedutor?

Agnes ficou vermelha como um pimentão, abriu a boca para falar algo mas não saiu nem um som. Era fofo quando ela apertava as sobrancelhas, entregava a sua raiva. Agnes agarrou o travesseiro dela com força e disse irritada:

—A brincadeira acabou.

Karine não sabia se continuava a jogar ou se saía, mas preferiu fazer a mesma atitude da amiga. É, e foi assim que terminou a minha noite, indo direto para a minha confortável banheira. Peguei meu travesseiro e meu lençol para o banheiro, encarando o meu inimigo do sono. Eu não dormia, mas merecia pelo menos um lugar bom para passar a noite.

Pela madrugada, estava frio, que nem o meu fino lençol aguentava, a janela de vidro batia e a torneira pingava. Aqueles sons iam se repetindo no meu ouvido, e iam ficando perturbadores. Levantei da banheira, com o pescoço doendo e pisando no chão gelado.

Vi Agnes se mexendo na cama. Talvez estivesse acordada.

—Está acordada?— perguntei

—Agora eu estou.— Agnes rolou a cama e se cobriu com o edredom

—Está muito frio lá dentro.—ela me olhou desconfiada— Eu me comporto, mas por favor, não me faz voltar para aquele banheiro.

Agnes suspirou e afastou para a ponta da cama. Sorri e pulei no colchão. Nunca fiquei tão feliz por deitar na cama de noite.

***

Eu só posso dizer que Agnes se mexe muito durante a noite. Ela rolou para cima de mim e me abraçou como se eu fosse um urso de pelúcia. Nem me mexi, não queria acordá-la. Já era de manhã, quando estudei a nossa posição na cama. Agnes apoiava uma das pernas no meu corpo e me segurava para perto dela com as mãos, sua cabeça estava apoiada no meu peito. Minha mão estava em seu quadril, até que fui descendo um pouco mais... até chegar na sua escultural bunda. Tomei a liberdade de apertá-la, e foi aí que ela acordou.

Agnes acordou assustada e me empurrou, fazendo eu cair da cama. Ela se afastava de mim como se fosse um monstro. Eu só podia rir da situação.

—Seu cretino nojento!— gritou Agnes, vermelha e cruzando os braços

—Ah, fala sério, você gostou.— ela me deu um dedo do meio

—Comporte-se assim novamente que você terá um maravilhoso encontro com a minha mão na sua cara e o outro com a banheira.

Aquilo me fez calar a boca.

O diretor do acampamento chamou todos os chalés para se apresentarem para o acampamento adversário. Os adolescentes "adversários" não pareciam lá muito intimidadores, aliás, tentaram fazer amizades no nosso chalé, mas o diretor não permitiu.

Colocaram duas bancadas e pediram para o chalé 1 se apresentar para começar as perguntas. Eu não estava pronto para isso, de jeito nenhum.

Nosso acampamento estava perdendo, e logo, logo seria o nosso chalé, o 4. Suspirei, acho que não vamos ter festa à fantasia, os garotos e garotas do acampamento adversário eram muito inteligentes. Agnes estava com o livro de biologia nas mãos, lendo o mais rápido que podia, Karine olhava as unhas e Diego prestava atenção na competição. Agnes era o cérebro da equipe, e eu não me orgulho disso, queria fazer alguma coisa para que ela se surpreendesse. De verdade.

Corri para o nosso chalé e comecei a ler. Li por mais ou menos meia hora, até o nosso chalé ser chamado pelo diretor para competir.


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Notas finais do capítulo

Por conta do atraso, posto ainda hj ;3

Tia Lety



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