A mocinha e o vilão escrita por Tia Lety


Capítulo 13
Capítulo 13- Eu quero te odiar Eric


Notas iniciais do capítulo

Oi gnt, eu só quero agradecer maaaais uma vez -.-'
E dizer que eu tenho que me apressar nos capítulos, já que domingo, meus posts vão ficar escassos ;-;, mas por favor!! Não desistam dessa história!

Tia Lety



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Narração de: Agnes

Estava muito nervosa. Queria muito mesmo ir para a festa à fantasia, ia ser bem divertido, talvez eu conheça outro rapaz, e que me salve de Eric. Eu tenho 99 motivos para nunca mais falar com ele, mas apenas um me prende a Eric, que é que eu ainda o amo. Queria ir para o acampamento para me livrar um pouco de seu olhar intimidador, do sorriso sarcástico. Agora eu estava aqui, lendo que nem uma doida na mesma equipe de Eric. Piada do destino? Não faço ideia, mas se for, uma piada muito, muito, muito ruim, tipo aquela do pintinho que explodiu.

O diretor do acampamento chamou nossa equipe. Meus passos estavam pesados, como se eu quisesse andar, mas o chão não deixava. Fiquei atrás da bancada e suspirei. Se vencêssemos essa, a festa seria nossa, mas se não, seria do acampamento adversário. Odeio empates, me deixa com o coração na mão.

Ele tirou um papel de um pote de vidro e falou:

—Chalé 4,explique a reprodução e o ciclo haplodiplobionte.

Gelei. Não me lembrava de jeito nenhum! Olhei para Karine, Diego e Eric. Eles se olhavam em pânico. Até Eric tomar o balcão. O que ele estava fazendo?! Ele nem estudou!

—O adulto é haplóide e produz gametas por mitose, e... Quando se junta, originam um zigoto diplóide que rapidamente sofre uma meiose, para que o organismo mantenha a haploidia da espécie.

Fiquei sem reação. Como ele sabia de tudo isso? Nem o vi tocando em nenhum livro desde que chegamos no acampamento!

—Corretíssimo!— disse o diretor do nosso acampamento

Soltei um berro de alegria. Eric me agarrou pela cintura e me rodopiou pelo ar. Ele me colocou no chão e ficou vermelho.

As perguntas estavam ficando difíceis, mas eu conseguia responder algumas. A última pergunta, estava na decisão, empate de novo. Odeio empates. O diretor fez a pergunta, e os garotos e garotas do acampamento adversário responderam. Estava certo. Abaixei a cabeça e mordi o lábio. Lógico que o diretor ia gritar que nem aqueles programas: "Erra... Certo!". Suspense é tudo.

—Corretíssimo!

É, não teve suspense, foi curto e grosso. O acampamento adversário se abraçaram e gritaram como jovens histéricos. O garoto líder do chalé, apertou minha mão e balançou, em sinal de respeito.

Fui com a minha equipe de volta para o chalé e deitei na cama, desapontada. A festa seria amanhã e nosso acampamento perdeu. Não poderia usar minha roupa de mosqueteira. Karine me olhou triste e disse:

—Quer saber? Nós vamos para essa festa!

—Como Karine...? Nós simplesmente invadimos o acampamento adversário e participamos da festa?— perguntei, desanimada

—É! Isso mesmo! Vamos para essa maldita festa!— ela bateu o pé no chão e sorriu

Sinceramente, era uma ótima ideia. Eric nem se manifestou, apenas continuou bebendo na sua singela garrafa. Diego com certeza estaria no plano, já que Karine era a diretora. Eu nunca fiz algo tão rebelde e estava ansiosa para isso.

Pela noite, perdi o sono. Rolei a cama e não vi Eric. Ele estava sentado numa cadeira, bebendo. Estava usando um casaco sem blusa, revelando seu peito malhado, uma calça jeans e estava descalço. O observei. Ele olhava a janela lá fora. Até Eric me ver o observando. Ele me olhou e deitou na cama, ainda me olhando. Me virei e encarei o teto, queria ter raiva de Eric, mas era como se ele fosse uma pessoa difícil demais de se odiar. Senti seus dedos frios tocarem na minha mão, tentando agarrá-la. Eric agarrou minha mão e a apertou. Eu quase que consegui ver o flashback de tudo que ele fez para mim, da mentira, mas também das risadas, das brigas, mas também das conversas, do soco, mas também do... amor?

Levantei-me da cama e andei em passos apressados para fora do chalé. Karine e Diego estavam dormindo, por isso nem ouviram a porta bater. Eric me seguiu. Fiquei em frente a porta do chalé 4, e ele um pouco atrás de mim. Que droga Eric! Eu queria tanto te odiar! Tanto, tanto! Apertei minha cabeça com as mãos, bagunçando meu cabelo e sentindo as lágrimas no meu rosto.

—Agnes... Por favor.— falou Eric

—Que droga Eric!

Andei até ele e o beijei. A língua de Eric apossou-se da minha boca. Queria tanto detestar esse momento, mas ele beijava muito bem. Eric me encostou na coluna que sustentava a casa e beijou meu pescoço. A sensação era de um choque, que ia se espalhando por todo o meu corpo. Ele amaciava minhas costas e beijava meus lábios.

—Eu esperei muito pelo seu toque...— disse Eric, parando um minuto para respirar

—Eric... Eu...

Ele me beijou, não permitindo eu terminar a frase.

—Não diga nada.— Eric encostou sua testa na minha— Esqueça tudo que eu te fiz, só agora. Esse beijo será apenas como os melhores capítulos de livros de romance, dura muito pouco.

***

Não passei a noite com Eric, mas quase toda ela. Ficamos abraçados olhando o sol nascer, falando tudo e não dizendo nada. Era como se o silêncio dissesse tudo. Acordei na minha cama, enrolada nos lençóis. Eric não estava em lugar algum nos meus olhos, acho que nem estava no chalé.

Esfreguei minha testa. Eu realmente o beijei? Agora sim que eu preciso achar outra pessoa. Não quero me apaixonar mais ainda por ele. Não quero! As pessoas te magoam e te quebram de todas as formas possíveis... Eric fará novamente. Eu quero acreditar que não mas... É a lei da vida.

Eric entrou no chalé. Ele estava mantendo os olhos negros em mim. Karine e Diego estavam vestidos com suas fantasias. Karine estava com uma roupa de diabinha, onde o vestido era longo e colado, e aberto nas pernas, em "V". Diego estava de pirata, com um chapéu com uma caveira e uma blusa elegante. Ambos usavam máscaras.

—O que acha?— perguntou Karine, sorrindo

—Estão maravilhosos!— ri

—E você Eric? Não vai conosco?— perguntou Diego

—Não, prefiro ficar em casa. Não preciso de mais confusão.

—Você é quem sabe.— disse Karine

Abri minha mochila e tirei minha roupa de mosqueteira. Uma espada feita de papel machê, uma blusa de mangas longas e com um espartilho, uma calça colada e negra, botas marrons que iam até o joelho, um chapéu com uma pena e minha máscara era a minha fantasia. Usei essa roupa no Halloween no ano passado na escola.

—Mande um abraço para Athos de mim.— disse Eric

—Engraçadinho...— dei língua

Estava ansiosa para que logo anoitecesse, e iríamos colocar o plano em prática.


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