Contudo, a calmaria continuava e incrivelmente, sinto-me indiferente a isso. Acordei às quatro da manhã e estou ainda de pé. Sem sono. Sem vida. Sorrindo com o drama escrito. Eu permaneço sem entender o vazio na minha alma. Por vezes depressivo, angustiante, irritante, hoje estava irônico. Acordei cantando. Continuei o dia rindo de piadas idiotas. Brincadeiras bestas. Vivendo um conto de fadas ao modo capitalista. E sabe, eu odiava tanto aquilo... Mas, mesmo assim, continuava indiferente. Sem sentir nada.

E cá estou eu. Escrevo como uma espécie de provocação. Quero ver onde estão meus sentimentos. Andam tão estranhos. Tão confusos. Agora brincamos de esconde-esconde. E quem saí perdendo sou eu. Quando se sofre muito, costuma-se pensar que o "não sentir nada" é bom. Porque, logicamente, ofereceria um alívio àquele livre do mal causado pelas emoções.

De todo modo, se pensa assim, está enganado. Quem não sente, vive preso no passado. No meu caso, no futuro. É estranho. Ao mesmo tempo, não. Eu vivo o hoje como se ele tivesse passado. Eu queria que ele passasse. E, droga, queria para caralho não viver hoje.

Hoje é um vazio. Fim. Não importa como, eu sei que não sinto. Posso sorrir, posso rir, posso brincar de ser uma adolescente normal por algumas horas. Só que eu volto para casa. Volto e volta tudo, sabe? Sinto-me triste e principalmente, confusa. Perdida. Afinal, como assim eu posso mudar de humor tão rápido?

Merda, a minha cabeça está doendo.

Contudo, a calmaria continuava e incrivelmente, sinto-me indiferente a isso. Acordei às quatro da manhã e estou ainda de pé. Sem sono. Sem vida. Sorrindo com o drama escrito. Eu permaneço sem entender o vazio na minha alma. Por vezes, depressivo, angustiante, irritante, hoje estava irônico. Acordei cantando. Continuei o dia rindo de piadas idiotas. Brincadeiras bestas. Vivendo um conto de fadas ao modo capitalista. E sabe, eu odiava tanto aquilo... Mas, mesmo assim, continuava indiferente. Sem sentir nada.

Agora vou me deitar. Sabendo que talvez eu acorde de novo no meio da noite e não volte a dormir. Não há mais o que se dizer.