Pensamentos de uma Garota Vazia escrita por Nightmare


Capítulo 4
Liberdade


Notas iniciais do capítulo

Heey!
Cute insane, obrigada pelo apoio. Aos tímidos, por favor, comentem. Eu só gostaria de ouvir alguma opinião sobre o que eu escrevo. Aguardo-os.
Boa leitura (=



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Eu queria ser livre. Queria abrir meus braços, sentir o vento em meus cabelos, correr do nada, gritar até não ter mais voz, ficar acordada por dias, dormir por dias. Viver a vida sem limites. Fazer minhas escolhas sem pensar no depois. Contudo, não acontecia nada disso. Eu só estava sonhando. Perdendo-me em uma utopia.

As melhores ideias vem de repente. De tão incríveis, quase elevavam a tristeza constante ao patamar de alegria ilusionista. Eu me sentia animada e todo o resto naquele intervalo de tempo que infelizmente duravam segundos. Parecia uma escada: os pensamentos se agrupavam e formavam algo concreto - como se finalmente, em meio a confusão contínua, tudo fizesse sentido. Colocavam-me no topo. Deixavam-me ver a vida de um ponto de vista diferente.

Então, eu caía de volta a suposta realidade. Eu caía e desacreditava em todos os pontos de vista. Via-me perdida em um lugar que eu conhecia. As contradições martelavam minha cabeça. As perguntas sobrecarregavam os neurônios. As verdades mentirosas soavam como impossível. Eu não conseguia mais acreditar naquilo que vivia.

E o estopim se dispersava em todos os cantos. Na minha grosseria, no meu silêncio, no meu aperto no coração, na tristeza, no vazio. Porém, em um desses momentos, eu pensei na coerção como a causa de tudo isso. Passei a vê-la presente nas minhas "amigas", na escola, na vida. Soube que o meu desejo, no fundo, era a liberdade plena e não, a ensaiada a qual estamos condenados.

Eu queria ser livre. Queria abrir meus braços, sentir o vento em meus cabelos, correr do nada, gritar até não ter mais voz, ficar acordada por dias, dormir por dias. Viver a vida sem limites. Fazer minhas escolhas sem pensar no depois. Contudo, não acontecia nada disso. Eu só estava sonhando. Perdendo-me em uma utopia.

Escolhi ser subordinada ao que todos são. Mesmo com minhas divergências. Era difícil viver daquele jeito: sempre fingindo estar adepta ao que eles propõem ou ainda ignorando a voz na minha cabeça. Aquela mesma que me mostrava a todo instante o quanto nada daquilo faz sentido. Era insuportável ter de permanecer ao lado da coerção e da manipulação social. Mas, era mais fácil do que tentar outra coisa.

Escolhi esperar a tempestade dramática passar. Afinal quem se importa com ela? Quem passa algum tempo pensando de verdade e não seguindo padrões? Quem de fato enlouquece e tem de manter isso como segredo? Como se fossemos fugitivos de nós mesmos? Não ganhei nenhuma resposta - mesmo que não tivesse perguntado formalmente a ninguém-, apenas escolhi a solidão como companhia.

É estranho, mas quando era somente eu e quatro paredes, eu tinha uma certa liberdade de ser quem eu era. Na verdade, não era bem isso. Eu nunca fui quem eu sou. Só que quando eu não estava com os outros, eu não tinha de fingir ser um padrão; eu fingia ser quem eu queria ser.


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Notas finais do capítulo

Certo. Espero que tenham gostado. Insisto nos comentários e vejo-os em breve. Beijos e até Ç: