Pensamentos de uma Garota Vazia escrita por Nightmare
Notas iniciais do capítulo
Heey!
Cute insane, obrigada mesmo por comentar ;) Fantasmas, por favor, sigam o exemplo. Isso me inspira, isso me ajuda e dessa forma, saberei o que se passa quando leem esses pensamentos, certo?
Boa leitura (=
E as pessoas conversavam sobre tudo. Falavam, gritavam o que sentiam. Algo tão natural que me assustava. Quase como olhar para baixo quando se está em um abismo. Assustava, impressionava e acima de tudo, provoca uma sensação em mim. Aquilo era um desejo: eu queria gritar. Eu precisava gritar.
A tristeza preenche meus dias. Não o tempo todo. Eu não posso ser triste durante a minha vida inteira - mesmo me sentindo assim. Há horas em que eu a ignoro. Ou penso que o faço. De qualquer modo, ela se esconde em meu corpo e em meus sorrisos. Esconde-se dentro da minha cabeça, aguardando meus pensamentos. Ah, estes são a isca.
Como já dizia o ditado, a ignorância traz a felicidade. É mais ou menos isso. Nunca fui boa em guardar frases feitas. Vivo me enganando, confundindo... Não só com frases, todavia. A questão é que o ato de pensar desencadeia uma séries de coisas. Coisas que eu não sei bem se estou pronta para lidar. Contudo que escolha temos?
Mesmo assim, tem horas que a tristeza se supera. Vem acompanhada de algo ainda mais poderoso, algo mais doentio. Algo que me mata devagar e me faz querer matar a todos, a mim: o ódio. Um acúmulo - e um cúmulo - de fatos engolidos. Histórias não esquecidas que amaldiçoam a alma. Por sua vez, de tão vazia, é preenchida em segundos.
Lembro que as pessoas conversavam sobre tudo. Falavam, gritavam o que sentiam. Algo tão natural que me assustava. Quase como olhar para baixo quando se está em um abismo. Assustava, impressionava e acima de tudo, provoca uma sensação em mim. Aquilo era um desejo: eu queria gritar. Eu precisava gritar.
Sempre que o ódio voltava, essa vontade se instaurava em mim de tal modo que a imaginação - conversas não ditas, mortes ainda não "morridas", dores sendo expulsas- era a única que me controlava. Talvez eu pareça um pouco psicopata. Sinto muito. Mas, fique tranquilo. O ódio é um veneno que paralisa antes de matar.
E eu não fazia nada. Nunca gritei o que eu gostaria. Nunca machuquei quem me machucou. Nunca matei as minhas dores. Eu só... Continuei guardando-as. Não sei ao certo o que me impedia de contar o que se passava dentro de mim. Poderia ser apenas a falta de coragem de explicar tudo aquilo. Eu tentaria e falharia; não explicaria e mesmo que conseguisse, ninguém iria entender.
Poderia ser isso sim. Porém, poderia ser medo. Novamente, o medo nos impedindo, não é mesmo? De todo o modo, o ódio ia embora antes que eu pudesse pensar mais sobre isso. A tristeza voltava a se esconder e o vazio se tornava mais profundo. Um vazio cheio de culpa, cheio de medo, cheio de ódio, cheio de terror, cheio de mim.
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Espero ler o que acharam! Beijos e até Ç: