O segredo de Phillipe escrita por Akuma
– Acorda. – disse Sophia ao lado da cama de Gabriel. Ele acordou com um pouco de demora.
Ao acordar foi ao banheiro tomar seu banho e após se vestir foi tomar seu café da manhã. Depois que ambos se aprontaram e colocaram a comida do gato foram para escola.
Depois de deixá-lo na escola recebeu uma ligação de Albert.
– Alô? – disse Sophia.
– Conseguimos novas pistas do seu tio.
– Já estou indo aí. – disse desligando seu celular e indo rapidamente a casa de Albert.
Chegando na casa de Albert ele abriu a porta e sem cerimônia Sophia entrou.
– E então? – disse Sophia curiosa.
– John encontrou uma fita de vídeo de uma loja da América do Sul, foi feita a quase duas semanas e parece que ele está melhor de vida do que pensávamos.
– O que foi feito para pegá-lo?
– John enviou uma equipe de policias para apanhá-lo, mas parece que ele tem outra identidade por lá.
– Onde exatamente ele está?
– No Rio de Janeiro. – disse suspirando.
– Você não acha que ele...
– A equipe vai procurar lá primeiro. –disse Albert interrompendo-a. – Bem está com fome? Devemos comer fora já que a minha empregada tirou férias. – disse alegremente tentando animá-la vendo que ela estava pensativa.
– Sim, vamos. – disse ainda pensativamente. – Tenho algo para mostrá-lo e um favor para pedir.
– Claro.
Chegando a um restaurante fizeram o pedido e continuaram a conversa.
– Bem é sobre isso. – disse entregando a carta de Gabriel á Albert.
– Entendo. – disse devolvendo a carta após lê-la.
– Eu deveria ter pedido isso antes, mas você poderia procurar saber como era a vida de Gabriel antes de eu adotá-lo e o que aconteceu para ele não ter para onde ir?
– Bem, não é por isso que ele lhe escreve? Dê tempo ao tempo, ele irá lhe dizer se cumprir a parte dele. A menos que ele não compreenda em todas as dimensões o que aconteceu, afinal de contas ele é uma criança e poderia não saber de tudo. Era só isso? – perguntou tendo como resposta um não. – O que foi? – disse sorrindo.
– Não temos novas pistas à meses. Será que ele ainda está vivo? Será que eu poderei encontrá-lo, vê-lo novamente? Se ele ao menos estiver bem. – disse contendo as lágrimas.
– Iremos encontrá-lo. É uma promessa. – disse apertando as mãos de Sophia que corou.
Antes que Sophia dissesse qualquer foi interrompida pelos garçons que entregaram os pedidos. Não retornaram a conversar novamente, comeram em silêncio e ninguém proferiu uma única palavra até voltarem para a casa de Albert.
– Como está seu ombro? – perguntou Albert.
– 85%, vai melhorar logo.
– Seu cabelo continua a crescer. – disse aproximando-se e tocando a ponta de uma mecha de cabelo entre os dedos. Ele podia sentir a fraca respiração de Sophia e num impulso deu um beijo carinhoso em sua testa como nos velhos tempos.
De repente a campainha toca euforicamente e ambos se separam tristemente. Era a Rebecca e ela parecia muito feliz.
– Desculpem eu vir sem avisar, mas eu tenho uma ótima notícia. – disse sorrindo meigamente e prosseguiu. – Eu estou noiva. David me pediu em casamento ontem a noite. – após ouvir isso Albert abraçou a irmã e sorriu com ela.
– Parabéns Rebecca, você merece. – disse Albert alegremente para a irmã.
– Parabéns. – disse Sophia sorrindo.
– Eu gostaria que você também fosse. – disse Rebecca dirigindo-se a Sophia.
– Se ainda não escolheram o lugar eu gostaria de oferecer-lhe o meu melhor buffet. Presente de casamento.
– Obrigado. – disse Rebecca abraçando Sophia alegremente.
– Bem... Se vocês não se importam eu preciso ir. Tenho muito trabalho acumulado. – disse saindo e deu uma última olhada para Albert.
Após sair Albert jogou-se no sofá e pôs a mão na testa.
– Albert, tudo bem? – perguntou Rebecca preocupada.
– Sim... Só estou cansado.
Do outro lado da porta Sophia encontrava-se encostada pensativa até que resolveu sair dali.
Chegando a empresa começou a trabalhar e quando encontrou um tempo começou a escrever até chegar a hora de buscar Gabriel.
Quando chegou a escola ele a esperava do lado de fora.
– Atrasada. – disse ele entrando no carro. Sophia não disse nada.
Após almoçarem em um restaurante foram para casa e encontraram o gatinho com fome.
– O gatinho está com fome. – disse Gabriel o carregando para a cozinha.
– Ainda não deu um nome para ele? – perguntou Sophia.
– Ainda não pensei sobre isso. Mas Karl é legal. Vi isso na escola hoje. Karl Marx
– Por mim tudo bem. – disse colocando comida ao gato. – Karl. – continuou acariciando as orelhas do gato.
Depois de alimentarem o gato Sophia foi para o escritório trabalhar enquanto Gabriel fazia sua tarefa ao lado pedindo ajuda á ela. Quando terminaram voltaram a escrever cartas e foram assistir desenho antes de fazerem o jantar.
– Você está bem? – perguntou Sophia percebendo que Gabriel não parava de espirrar.
– Acho que sim. – ignorando o que ele havia dito Sophia põe a mão em sua testa.
– Você está queimando. – disse preocupada. – Com certeza foi a chuva de ontem.
– Já disse que estou bem. – disse sério.
– Precisa tomar um banho para equilibrar a sua temperatura. Ou você prefere que eu dê? – disse observando a expressão carrancuda de Gabriel.
– Eu vou. – disse levantando-se.
Nesse período Sophia começou a preparar uma sopa para o jantar e deixou no fogo enquanto ia ver como estava Gabriel. Ele já havia banhado-se e já estava de pijama.
– A sopa sai daqui á alguns minutos. – disse pondo a mão na testa de Gabriel e notando que a temperatura abaixou. – Vai chover então deve se esquentar.
Depois de ambos jantarem foram para seus quartos dormir.
– Boa noite, Gabriel. – disse Sophia.
Gabriel foi para seu quarto e foi dormir com a luz do banheiro acesa como de costume. De repente aparece Sophia com travesseiro e lençóis na cama e desliga a luz do banheiro.
– O que aconteceu? – pergunta Gabriel á Sophia sentando-se na cama.
– A verdade é que... Você está doente e isso me preocupa e também... Eu não gosto de trovões. Você se importaria?
– Não.
Gabriel notou que Sophia tremia a cada trovoada e decidiu abraçá-la para confortá-la, o que teve efeito, pois ambos conseguiram dormir tranquilamente.
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