As If It Were The Last Day - 2ª Temporada. escrita por PrisReedus


Capítulo 5
I think we're friends now.


Notas iniciais do capítulo

Como prometido!
Capitulo loooooongo, mas um dos meus favoritos, gostei de escrever ele pq foca nos meus dois personagens favoritos, vocês vão ver...



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Naquela noite, Lori e Rick dormiram junto com Carl, Shane num sofá, Glenn e T-Dog em outros e Marie dormiu num colchão no chão. Por incrível que pareça, eles dormiram bem, exceto Patricia que não conseguia parar de chorar depois que o velho, Hershel, e Rick contaram a ela que Otis havia morrido.

Marie abre os olhos devagarinho com o sol entrando forte por uma brecha na cortina, ela pisca várias vezes. A primeira pessoa que ela vê é Shane dormindo de costas para ela no sofá. Depois Glenn no sofá aos seus pés e quando ela ergue o rosto, para o outro sofá acima da sua cabeça, vê T-Dog virado pra cima, com o braço machucado no peito e o outro em cima do rosto. Ela ouve murmurinhos vindo da cozinha e se levanta, se apoiando nos próprios joelhos para ficar em pé. Ela vê um vulto loiro passando por detrás de um vidro fosco da porta que divide a cozinha da casa e segue até lá

– … Eles não estão bem…

– … Isso cabe ao pai decidir, Beth. Você não pode sair dando comida… Oi.

Marie aparece na porta olhando as irmãs e Maggie interrompe sua frase na hora.

A garota loira sorri - Bom dia! Eu sou a Beth.

– Marie. Bom dia, Maggie.

– Bom dia, Marie. Beth fez um lanche pra você e seus amigos.

– Obrigada, mas não é necessário.

– Insisto - diz Beth com um sorrisinho de criança. Os olhinhos azuis encarando a mulher à sua frente.

Que fofa. Pensa Marie.

Beth entrega a ela um copo com café e Marie toma, se senta e espera Beth entregar o prato de ovo e bacon, ela não crê no que vê.

– Vamos fazer uma homenagem ao Otis - Beth diz se sentando em frente a ela, Maggie se encosta na porta.

Marie ergue os olhos por cima do copo de café - É o certo… - diz colocando o copo na mesa - Posso ajudar com o que der, se precisarem.

****************

Marie apanha três pedras nos braços e joga dentro do carrinho de mão, depois pega mais um que Beth estava tendo dificuldade em segurar e coloca junto das outras. Ela para e olha para a estrada ao longe, consegue ver o topo do trailer, depois os outros também olham e quando eles fazem a curva, ela vê a moto, seguido do carro que Shane arrumou na estrada, o trailer e por último o jipe.

Eles seguem até a frente da casa, onde o grupo está indo com os veículos, e Marie espera ao lado de Glenn. Ana desce e é primeira a abraçar Lori e depois Rick.

Rick apenas balança a cabeça e sorri de leve para ela, está pálido e fraco devido as transfusões de sangue que fez.

– Como ele está? - pergunta Dale

– Vai sobreviver - responde Lori sorrindo - Graças ao Hershel e a família dele…

– E Shane - interrompe Rick - Carl teria morrido se não fosse por ele.

Dale parte para abraçar Rick - Como aconteceu?

– Acidente de caça, só isso… Foi um acidente estúpido.

Daryl olha em volta e vê Ana e Marie conversando, a morena dos olhos verdes o olha rapidamente enquanto ri de algo que Ana conta, depois dá um “oizinho” com a mão, Daryl inclina a cabeça de leve.

***************

Beth coloca uma pedra enquanto Hershel começa a falar, Ana não presta atenção a nada do que o velho diz, ela não gosta de ficar parada, não gosta de ouvir gente falando, ainda mais sobre algo que ela nem conhece, no caso o cara que morreu, o Otis. Ela sabe que é um pensamento maldoso, mas não consegue evitar, é muito sincera, principalmente consigo mesma. Ela se lembra de nem ficar triste quando um colega da escola primária caiu de uma casinha e quebrou a perna, ela, aos seis anos, só disse “não sabe subir, cai mesmo” e então ganhou um tapa forte da mãe na boca, que fez com que ela se mordesse e o lábio inferior sangrasse. A pequena Ana nunca chorou tanto em sua vidinha.

Ela se perde nessa lembrança de infância e muitas outras lembranças em que ela foi um “coração de pedra” e não percebe quando Shane começa a falar, pega a frase dele pro final:

– … Eu tava mancando… Doía muito, o tornozelo todo inchado… “Temos que salvar o garoto” foi isso que ele disse…

Shane se mexe inquieto, pensando bem antes de falar, Ana percebe isso e acha estranho.

Tá tristonho por um cara que nem conheceu? Ela pensa com a testa franzida.

– … Ele me deu a mochila dele e disse “Corre!” e ele disse “Eu fico aqui e te dou cobertura”... Quando eu olhei pra trás… - ele congela olhando o nada depois olha para Patricia.

Ana olha para Dale, ele tem a mesma expressão que a dela, a testa franzida e o olhar perdido pensativo.

Shane manca até o carrinho de mão - … Se não fosse pelo Otis eu não teria saído de lá vivo - ele pega um pedra - E isso vale pro Carl. Foi o Otis, ele salvou nós dois. Se alguma morte teve significado, foi a dele…

Ana também percebe que ele raspou o cabelo, e que mesmo assim, tem um falha como se muitos fios tivessem sido arrancados, talvez seja uma cicatriz antiga, mas porque ele decidiu raspar a cabeça do nada?

***************

Drake ajuda Ana a montar as barracas, Hershel concedeu seu gramado para eles até Carl ficar bem. E depois, eles já não sabem como vai ser. Marie monta sua barraca, um pouco mais afastada com um cigarro na boca o cabelo preso e manchas de suor no peito da camiseta, Daryl passa por eles dois com um aceno de cabeça e continua andando até a Marie.

– Nem falou comigo ontem.

Ela ergue o rosto das varetas - Oi - diz com o cigarro na boca.

– Oi.

– Como assim não falei com você? - ainda fala torto, as mãos estão ocupadas mexendo nas varetas do chão para tirar o cigarro da boca agora.

– Por que veio com o japonês? - ele devolve

– Coreano. Queria vir. Ter certeza que está tudo certo - ela fica em pé e solta a lona da barraca por cima das varetas que já formam o esqueleto da enorme barraca de camping de seis pessoas e o cigarro em cima da mochila - E outra, se Glenn encontrasse com um bando, morreria. Dog não ia ter condições de ajuda-lo.

– E você teria?

Marie se afasta - Duvida de mim?

– Só tô dizendo que você não é a mulher maravilha. Não pode se arriscar assim.

– Por que não me impediu ontem? E quem te disse que me arrisquei? Eu estava armada, de carro e sabia muito bem pra onde ir.

– Ana disse que você não é boa no senso de direção.

– Mentira. Quando ela te disse isso? - não era mentira, Marie nunca conseguiu se virar sozinha numa estrada se não estivesse com um GPS ou a July, que era quase um GPS, do lado.

– Ontem a noite. Saímos para procurar a Sophia na floresta.

– Fala de mim, mas levou minha amiga cagona pra floresta. Ela morre de medo.

– Não me pareceu…

– O que você quer, afinal Dixon?

Ele pensa, nem ele sabe o que quer.

– Vou sair pra procurar a Sophia.

– Eu vou com você.

– Não. Fique aqui e de olho.

– De olho? Quer que eu faça um bolo pra quando você chegar da guerra?

– Não é isso.

– Tá parecendo… Fala logo Daryl! O que você quer? Me trancar em “casa” e não me deixar nem ajudar?

– Se for preciso, tranco.

– Como assim? Cara, eu não corri risco uma vez! Quer saber, some. Vai procurar a Sophia ante que eu me estresse de verdade.

Ele fica quieto e sai, Marie rosna alto e dá um soco na própria mão, ela ferve de ódio. Também nunca conseguiu controlar seus acesso repentinos de raiva que poderiam faze-la ganhar uma luta contra um lutador dos pesos pesados. Ela respira fundo e pega o cigarro que tem uma enorme cinza pendurada na ponta, ela bate o cigarro e põe na boca de volta.

Daryl marcha para dentro do trailer, passando novamente por Drake e Ana, ela olha para o amigo e faz um careta.

– Esses dois…

Drake ri balançando a cabeça. Ana caminha para o trailer.

– Vou falar com ele, você fala com a Marie.

Drake enruga a testa. Não seria ao contrário? Ele larga as varetas que já estão quase terminadas e parte para onde Marie está.

Ana entra no trailer e vê Daryl saindo do banheiro afivelando o cinto.

– Que é? - ele pergunta.

– Nada, credo. Você podia ser menos bronco… O que houve?

– Nada.

– Pode falar, a Marie vai mesmo me contar.

– Eu não sei - ele abre o frigobar e pega um garrafa de água, bebe um gole e faz careta - Ruim pra porra… Ela é muito teimosa. Eu nem sei o que aconteceu.

– Marie? Teimosa? Você não me conhece então… Sou mais que ela.

– Você deve ser insuportável.

– Quase… - ela sorri - Olha cara, eu sei quando a Marie tá afim de um cara, consigo ver isso de longe, ela gosta de você… Como amigo, por enquanto. E pra você ter beijado ela… - Ana sorri

– Nem começa

– Fala sério, você gosta dela!

Daryl passa por ela, pegando a besta no caminho e saindo do trailer, Ana se mexe agitada, pega a Glock em cima da mesa, seu pente e sai atrás dele.

– Você gosta! Daryl Dixon apaixonado!

– Cala a boca, Ana! - ele diz entredentes se virando para ela.

Ela para quando bate de cara com o peito dele e dá dois passos pra trás - Não se preocupe, seu segredo tá a salvo comigo. E a Marie nem desconfia, ela é lenta. Ou eu sou rápida demais. Por que eu sou um bruxinha.

– To vendo.

– Eu vou com você, tá bom? Ai você pode soltar os desabafos desse coração de pedra apaixonado.

Daryl revira os olhos teatralmente - Afe… Fica quieta. Vamos.

****************

Marie dá risada mas ela acaba quando vê Ana e Daryl seguindo juntos para a floresta.

De novo. Ela pensa.

– Que foi? - pergunta Drake olhando em volta - Ah…

– A Ana não é afim dele né?

– Não. Sabe como a Ana é, ela teria agarrado ele. Se você gosta dele, fala com ela.

– Eu não gosto dele.

– Eu acredito. Acredito também que você vai me contar se isso acontecer.

– Vou, claro. É… A Ana não é afim dele.

– Não, nada a ver. E do jeito que eu conheço ela, diria que ela está fazendo os “esquemas” pra você.

– Aí eu mato ela - os dois riem novamente e caminham juntos para a próxima barraca, a dele para terminar de montar.

***************

– Quando você começou a ficar a fim dela? Foi de repente? Achou ela legal de primeira? Conta pra mim… Sério, Daryl! Você tá afim da minha melhor amiga, e eu descobri isso, agora você tem que contar.

– Eu não to afim dela…

– Tá apaixonado.

– Ah, meu Deus, Ana, você não para de falar?

– Não. Mas enfim, conta pra mim. Eu juro que eu não vou contar. Você podia confiar em mim uma vez né.

– Eu confio em você.

– Que fofo. Falando em confiar… Você acredita no que Shane disse… AI! QUE NOJO! - ela se debate para tirar uma teia de aranha que grudou no seu braço - AH, MEU DEUS, DARYL SOCORRO!

Ele se vira agitado, vendo ela se debater e se chacoalhar.

– QUE FOI?!

Ela para e olha para seus braços, depois se contorce num arrepio - Ai, que nojo, credo. Tinha um aranha no meu braço.

– Nossa! Vamos continuar andando.

– Tá bom, ai, credo… UI! Mas continuando, Daryl. Acredita no que Shane disse?

– Acredito né… Se não confiar no meu grupo vou confiar em quem? Porque, você não?

– Achei meio estranho o jeito que ele falou. Pessoas do grupo dele morreram e ele não disse nada. Ai um cara morre e ele se desfaz.

– Ele viu o cara morrendo.

– Ele viu a July morrendo também. Sei lá, achei estranho.

Daryl continua olhando para o chão e se vira quando o silêncio se prolonga demais, Ana não está ali, ele olha em volta e a vê afastada.

– Não pode ficar saindo assim sem avisar.

– Achei uma coisa. Olha, uma casa.

Daryl anda até o lado dela, numa parte onde não tem árvores, a grama alta e bem no meio da campina uma casa branca.

– Vamos - Ana dá um passo a frente, tirando a arma do coldre, Daryl logo atrás com o olho na mira da besta.

Ele passa na frente dela e abre a porta da casa num chute, Ana a circula e então entra, ele está checando o lado esquerdo da sala, Ana vai pelo direito e quando não acha anda volta para onde Daryl estava. Eles andam por um corredor que no fim tem uma porta dupla aberta e entram na sala vazia.

Ana vira pra trás com o barulho de algo batendo, não uma porta, talvez passos dentro da casa e dá espaço para Daryl ir primeiro, ele lança um olhar a ela, então a escada e a ela de novo, ela sobe os degraus que rangem com a arma em punho, virando o corpo em todas as direções quando chega lá em cima, Daryl não espera ela checar os quartos, vai para a cozinha.

Ana abre a porta de três quartos, dois de criança e um adulto, nada. Ela desce e vê Daryl cheirando uma lata de sardinha do lixo, ele para, olha pra frente e ergue a besta, Ana anda até a porta do armário que ele mira e segura o fecho, ele mexe a cabeça e ela abre de uma vez, ele relaxa e baixa a besta. Olha para ela e depois para o armário de novo. A moça põe a cabeça na frente da porta e vê… Um cobertor e uma almofada, remexidas, um alojamento. Ela se abaixa ali e enfia a cabeça olhando para os lados.

– Tem no máximo 1,50m

Ele concorda e sai, Ana continua ali por um instante.

– Sophia! - escuta vindo do lado de fora e sai rapidamente, parando na porta.

– Sophia! - ele chama de novo.

Ana desce os degraus e se dirige a um arbusto alto e observa as flores brancas, Daryl caminha até o lado dela e se abaixa ali.

– Virou botânico?

– É uma rosa cherokee.

– Hm... Bonita. Não sabia que entendia de flores.

– Dessa flor - ele corrige, se levantando e voltando a casa - Espera ai.

***************

Daryl e Ana entram no trailer e os dois param confusos, Daryl olha para a pia, Ana para a mesa… Tudo tão limpo e organizado, e então ele olha para ela por cima do ombro, Ana ergue os ombros e dá um sorrisinho, ele desvia o olhar porque os olhos imensos azuis dela lhe dão desconforto.

Carol está na parte de trás do automóvel, costurando alguma coisa. Os dois caminham até lá, Daryl entra no quarto e Ana fica na porta.

– Eu limpei - diz Carol - Queria que ficasse bonito pra ela.

Os dois se encaram de volta e então Daryl olha para Carol, falando enquanto mastiga o trigo em sua boca - Por um segundo eu achei que estava em outro lugar - ele põe a garrafa de cerveja em cima da cabeceira-baú.

Carol olha aquilo, uma coisa tão delicada numa embalagem tão bruta - Uma flor…

Ele tira o trigo da boca - É uma rosa cherokee. A história é que quando os soldados americanos estavam tirando os índios das terras deles, na trilha das lágrimas, as mães cherokees choravam tanto por estarem perdendo seus filhos com exposição, doenças, a fome… muitos desapareceram, então os anciãos fizeram uma oração… Pediram um sinal, pra elevar o espirito das mães, pra dar força… esperança… No dia seguinte, essa rosa, cresceu bem no lugar onde as lágrimas das mães caíram. Eu não sou tão tolo pra pensar que alguma flor desabroche pelo meu irmão, mas eu acredito que essa… floresceu pela sua filha.

Carol sorri entre as lágrimas, Daryl olha para Ana que dá um leve sorriso com o trigo entre os lábios fechados, ela vira as costas logo em seguida, saindo do trailer. Daryl vai logo atrás, para na porta e diz:

– Ela vai gostar muito do trailer - e então sai atrás da morena.

– Mandou bem.

Ele recoloca o trigo na boca. Ana mastiga mais duas vezes a pequeno galho.

– Nunca tinha mastigado isso. Sou moça da cidade sabe - ela diz revirando os olhos - Vamos lá contar pro Rick nossa grande descoberta de nada.

Os dois caminham alguns metros em direção a casa dos Greene - Acha que ela não está viva? - Daryl pergunta.

– Eu não acho nada, e não quero achar nada até sabermos de alguma coisa. Faz sentido?

– Não.

– Como conhecia a história da flor, botânico?

– Cala a boca.

– Não vou contar pra ninguém, juro.

***************

– Rick, eu vou sair. Dar uma olhada por aí.

Rick termina de mastigar seu pão na chapa e toma um gole de suco enquanto encara Drake - Sozinho? Leve a Marie com você.

– Eu fico bem sozinho. Volto antes de anoitecer. Preferiria ter a Marie aqui, de vigia. Como você e Shane comentaram, Hershel não nos quer armados nas terras dele, e que ficaríamos mais seguros se tivéssemos alguém armado vigiando. Eu ficaria melhor ainda se for a Marie.

– Ela é boa?

– Ás vezes esqueço que você não ficou os dois primeiros meses com a gente. Sim, ela é. Fazia a vigia direto no acampamento.

– Vou conversar com ela. Leve uma arma, Drake.

Drake ergue a camisa social que já está desbeiçada e que não usa mais por dentro da calça, já que formalidades não existem mais e mostra a glock 9mm presa no cinto. Rick balança a cabeça.

– Boa sorte.

– Obrigado.

Drake passa por Marie enquanto sai da casa, ela sobe as escadas e ele desce, depois de ganhar um beijo na testa, Drake começa a correr para a floresta. Marie entra na casa e se senta na frente de Rick.

– Tá melhor?

– To… Já to menos tonto das transfusões. E o Carl…

– Tá bem, né… Hershel disse que me me mostraria como fazer algumas tipo… trocar os curativos dele.

Shane entra na casa e se senta ao lado de Rick e Marie na mesa redonda.

– Rick temos que falar…

– Sobre?

– Sobre Hershel proibir nossas armas aqui. Você sabe que esse lugar tá bom agora, mas até quando?

– Shane… - Rick olha para os lados e se levanta - Vamos falar lá fora… Venha também, Marie, quero falar com você.

Marie se levanta com um gelo na barriga. Agora ela percebe que Rick lhe dá um certo medo, ele é muito severo. Os três saem da casa e caminham até o acampamento deles.

– Vou falar com Hershel, mas aqui é a terra dele, não podemos chegar botando ordem já. Ele está cuidando do meu filho, eu preciso disso.

– Um homem só em cima de um trailer. Vai me desculpar, mas Dale não tem habilidade pra nada, ele não conseguiria nem gritar se uma horda viesse, teria um ataque do coração.

Marie o olha espantada.

– É aí que a Marie entra… Marie - ela olha para o pálido policial - Drake me disse que você é boa no gatilho, e que ficaria mais seguro se fosse você lá.

– De vigia?

Shane ri - Parece que voltou às origens garota…

– Eu fico, Rick. O que der para ajudar o grupo, faço.

– Tem outra coisa Rick, sobre o nosso treinamento… Eu quero fazer isso, essas pessoas precisam saber se proteger e… Me desculpa por mencionar, Marie… Mas do jeito que foi no acampamento deu pra ver que não estão prontos para um outro ataque.

Marie encara o chão, Rick a olha e depois olha Shane - Vou conversar com Hershel.

– "Conversar com Hershel"…

– Deixa isso comigo, Shane! Quero ver como Marie se sai também, vi ela atirando algumas vezes lá no CCD.

– Rick me escuta uma vez… Deixa eu organizar isso, Marie vai comigo. Eu já vi ela atirando mais que você. Já vi ela dando ordens.

Marie sorri.

– Ela pode ser uma das instrutoras.

O sorriso some.

– Na verdade eu não sei… se…

Os dois olham para ela.

– O que? - pergunta Rick - Fale.

– Daryl já ficou bravo comigo por eu ter vindo…

– Tá preocupada com o que o Daryl vai pensar? Imaginei que você era mais durona do jeito que vi você na estrada dando ordens - diz Shane cruzando os braços.

Marie enruga a testa e pensa.

– Tem razão… É, você tá certo, Shane. A única pessoa que poderia me dar broncas e mandar em mim, morreu. Eu mando no meu próprio nariz. Eu vou com você, Shane. Foda-se o que Daryl vai pensar.

– Acho que temos nossos professores então… Eu vou lá pra dentro… O sol… - Rick cambaleia e Marie segura seu cotovelo.

– Vou levar você… aproveito e vejo como Carl está, quero ver se já está na hora de trocar os curativos.

Marie segura pela cintura e Rick apoia seu braços nos ombros dela, por trás do pescoço.

Mais afastados, estão Ana e Daryl, que caminham do trailer para o centro do acampamento e vêem Marie carregar o policial.

– O que será que houve? - pergunta Ana.

– Boa pergunta...

– HÁ! Tá com ciumes.

– Não…

– Daryl… Você não consegue mais me enganar.

Os dois param e se encaram, Ana quebra o pequeno galho de trigo e joga no chão, sorri e diz, enquanto corre aos pulinhos para a casa do fazendeiro Hershel:

– Acho que somos amigos agora!


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Notas finais do capítulo

*------------*
e entóu?
Próximo capitulo vem na quinta... Ou na terça... pq minha ordem na vida é -7.
até o próximo :)



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