Nancy Eliot e Maddie ficaram observando enquanto o grande grupo se aproximava da nave, pareciam amigos de longa data e não pessoas que tinha se conhecido a menos de cinco horas atrás. “O perigo une as pessoas” supôs Nancy dando de ombros e se virando para Maddie que tagarelava um pouco, era bom ter uma companhia, mesmo que está não parece de falar um minuto.

–Sorte que todos estão seguros., não é mesmo, Ni?

–Sim- Nancy revirou aos olhos, não tinha gostado do apelido, mas Maddie a atormentara dizendo que era bonitinho e que todas as pessoas normais tem apelido, sem nenhum argumento Nancy concordara que esse fosse seu apelido, mas esperava que quase ninguém a chamasse assim.-Onde estão os outros que ficaram na nave?-Não havia sinal nenhum de Deina e Chris.

–Não faço ideia, mas vou descobrir- disse Maddie se levantando da cadeira onde estava sentada e entrando no corredor da pequena nave, abriu algumas portas sem achar ninguém até que abriu a porta da estufa e viu alguém de costas, enquanto se aproximava percebeu que era o Limão, com seus cabelos castanhos claros organizados em um topete e sua pele levemente bronzeada.-O que você está fazendo?- o garoto quase pulou da cadeira onde estava sentado e se aprumou.

–Tomando café quer?-Disse entregando uma xícara limpa para a garota e colocando um pouco do líquido preto e amargo, Maddie segurou com as duas mãos a xícara as esquentando um pouco.

–Obrigada, mas onde você conseguiu isso?

–Dei meu jeito- disse o rapaz dando de ombro, por uma fração de segundos Maddie se lembrou de uma memória distante, como se já conhecesse aquele garoto, mas a lembrança sumiu rápido de mais para se conseguiu saber como e quando conhecera aquele rapaz.

–Amargo- observou a garota fazendo uma careta, o rapaz riu e abriu um saquinho de açúcar jogando o conteúdo do café da garota,a garota mexeu o conteúdo com uma colherzinha e bebeu o café.-Melhor- disse ela levantando os olhos da xícara para o rosto do garoto, este tinha os olhos verdes penetrantes posto do rosto dela.-Quer parar de me olhar assim?

–Assim como?- perguntou o rapaz levantando uma das sobrancelhas.

–Só pare-pediu ela, sua voz saiu fraca e levemente esganiçada como ficava quando sentia-se nervosa. Aqueles olhos verdes tinha aquele poder nela,deixavam-na vulnerável e frágil como se conseguissem enxergar por trás de todas as suas barreiras.

–Eu vou parar- disse ele abaixando os olhos para sua xícara de café, a garota pode ouvir a leve ironia da voz do rapaz.A garota irritada virou a xícara na cabeça do rapaz e saiu batendo o pé, enquanto isso o nosso Limão tentava se limpar irritado. “Se é guerra o que ela quer, é guerra o ela terá” pensou ele com o orgulho ferido e todo sujo.

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–O que aconteceu lá fora não deveria ter acontecido- disse Dey olhando com raiva para Peter e Alissa, os dois olhavam para baixo levemente constrangidos, sabiam que a advertência era justa já que fora por pura sorte que ninguém morrerá naquela manha.-Mas vocês dois tem uma grande sorte e nada de ruim aconteceu, mas saibam que vai demorar um tempo para qualquer um de vocês dois comandarem uma missão.

–A culpa foi inteiramente minha, Alissa não teve nada a ver- disse Peter constrangido, nunca durante todos os seus anos de vida fora tão descuidado, mas aquela floresta despertará sua curiosidade de uma forma que nenhuma outra coisa conseguira.

–Você ainda pode se redimir, amanhã a primeira luz eu e uma equipe vamos procurar um lugar para estalar uma antena, você vai comigo como segundo no comando, já Alissa ficará aqui de olho em tudo, se vocês dois me desapontarem dessa vez eu juro que existiram consequências- disse Deina extremamente irritada.-Dispensados.

Alissa e Peter trataram de se afastar o mais rápido possível de Dey.

–Olha me desculpa, eu realmente não queria....- Peter foi interrompido por Alissa antes que pudesse terminar de falar a garota o jogou na parede e pegou uma flecha de sua aljava e tocou com aponta metálica no pomo de adão do rapaz.

–Sua idiotice quase me custou muito caro, trabalhei muito para chegar onde estou e não vai ser um idiota como você que vai mudar isso.

–Vai fundo, enfia essa flecha do meu pescoço e diz para todo mundo que a culpa foi minha- disse o rapaz em um tom sarcástico que não pertencia a ele, aquela nave estava mudando-o.

–Parem- sussurrou uma voz ao lado dos dois, os dois se viraram e viram Matt que parecia extremamente irritado atrás dele Dey estava na ponta do pé para conseguir ver o que se passava.Matt arrancou a flecha da mão de Alissa e quebrou ao meio com as duas mãos.-Se eu vir vocês dois brigando novamente eu juro que....

–Pare- disse Dey colocando a mão no ombro de Matt-acho que eles entenderam, não é mesmo?- questionou a garota sorrindo amimadoramente, Alissa e Peter sai de lá o mais rápido cada um para seu lado dessa vez.-Obrigada por acabar com aquela briga.

–Eu não fiz isso por você, eu fiz por que era certo- disse o rapaz ainda de costas para Dey senti todo seu corpo quente e cheio de raiva, respirou fundo tentando se acalmar mais a adrenalina e o ódio parecia não querer deixar seu corpo.

–Eu sei mesmo assim obrigada- disse virando Matt levemente e lhe entregando um envelope preto, e saindo. Curioso o rapaz abriu o envelope, lá estava uma carta de recomendação que o pai da garota escrevera para ela e marcado com um marcador verde podia se ler: “...um bom Major seria Matthew Lockwood ele me foi altamente recomendado..”. E ao lado da frase escrito em uma letra redonda e clara estava escrito:”É acho que você vai ter que servir, Major Matt.” O rapaz riu levemente e guardou o papel dentro do envelope o qual colocou em um bolso de sua calça, aquele com certeza não fora o pior dia de sua vida.

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Nancy acabou esbarrando em alguém, está pessoa segurou seu braço a impedindo de cair, quando se afastaram a garota percebeu que era Peter, o rapaz tinha os cabelos pretos todos bagunçados e os olhos cinzas mostravam cansaço.

–Tudo bem?-questionou a garota falando baixo, o rapaz sorriu para ela mexendo a cabeça em concordância.-Não parece, quer conversar.

–Obrigado, mas não.O que é isso na sua mão?

–Um jogo- disse a garota um pouco envergonhada, aquele era um jogo de Nerds, cheio de estratégia e magia, o tipo de jogo que um cara como Peter nunca gostaria.

–Eu posso jogar?- perguntou ele levemente, Nancy fez que sim com a cabeça vermelha de vergonha, os dois então foram para uma a mini sala de recreação que tinha a área de dois quartos de vassoura e começaram a jogar.