Love me like you do escrita por MorgsValdez


Capítulo 9
Entre Pais e Filhos


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem apareceu, euzinha hahahha Gente, cheguei com cap novo antes da 2ª temporada! ahahahaha Vai ter masi cap antes de outubro uahuheuhehaeh :3 Enjoy!



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Mandamos meus três amigos para a Itália, depois do que aconteceu eles cancelaram os outros shows, recomendamos que passassem um tempo com suas famílias na Itália enquanto resolvíamos os problemas com os vilões da nossa cidade. Mas, eu precisava me focar no meu trabalho imediatamente, Barry me deixou em casa e foi dormir um pouco, estava muito cansado e com razão, não que eu estivesse melhor, mas eu tinha trabalho a fazer. Sentei a minha mesa com uma xícara de café bem forte e prendi o cabelo em um coque para não me atrapalhar, peguei os relatórios de Ronald Raymond e comecei a leitura. Peguei um caderno e comecei a marcar lugares para pesquisar, pareciam haver muitos mistérios, mas nada me incomodava mais do que fazer isso sem contar para Caitlin, eu sabia que podia confiar nela, mas aquilo era confidencial do meu trabalho, eu poderia ser demitida se contasse a ela... Balancei a cabeça tentando espantar a culpa, pela manhã eu começaria a investigar o caso, eu iria até o apartamento de Ronald e procuraria pistas de seu desaparecimento.

Suspirei largando o coque deixando meu cabelo em espiral, pus a mão na testa e soltei um alto suspiro, eu estava com sono, sim definitivamente eu estava com muito sono, mas eu sabia que se eu deitasse não conseguiria pregar o olho com tantas coisas girando na minha cabeça, esse caso que eu ainda não havia começado, o meu relacionamento tão novo para mim com Barry, os meus amigos terem quase sido mortos por minha causa, eu ser uma velocista sem nem ao menos saber como isso aconteceu... Sabe quando uma lâmpada se liga em cima da sua cabeça? Enquanto eu não consigo dormir, posso tentar usar essa nova habilidade para minhas investigações!

Como eu ainda não havia vestido o pijama fiquei com a mesma roupa que estava e, bem, corri. Como aquilo era libertador! Correr naquela velocidade era fascinante, eu podia estar na delegacia e em casa em segundos! Concentrei-me e olhei o endereço do apartamento de Ronald, e num piscar de olhos, cheguei lá. Passei rápido pelo porteiro e peguei a chave do apartamento de Ronald, quando entrei lá, não pude ficar mais confusa. Constava no relatório que o apartamento estava interditado, então ninguém além da perecia que procurava por pistas esteve ali, no entanto, o apartamento estava impecavelmente arrumado, as louças estavam todas guardadas e organizadas, na sala não havia um objeto sequer que não estivesse em ordem enfileirada e organizada, como se alguém continuasse limpando ele todo dia. Resolvi ir até o quarto ver se a cama estava desorganizada ou algo do tipo, mas me surpreendi com o que me deparei, Caitlin dormia na cama abraçada em um travesseiro, o guarda roupa estava aberto com as roupas perfumadas e passadas, como ela entrava ali eu não sabia, mas eu não podia continuar ali, aquilo estava acabando com o meu emocional, o amor dela, tão incondicional e irrevogável.

Caitlin ronronou e virou de lado na cama, foi a minha deixa para sair correndo dali, fechei a porta muito de leve, eu não sabia se o sono dela era leve ou pesado, mas todo cuidado é pouco afinal, talvez eu devesse dormir e continuar pela manhã, quando ela estivesse nos Laboratórios Star eu poderia investigar melhor, mas quando eu estava na esquina de casa uma dor de cabeça fortíssima seguida de uma vertigem me fizeram cambalear e quase cair no chão estatelada, quando minha visão começou a escurecer só ouvi uma voz falar “Anna?” tão ao longe que parecia que uma grande onda no mar a arrastava.

– Anna? – alguém acariciava meu cabelo – Se você me ouve, pode me responder?

Eu não podia acreditar que aquela voz estava tão perto de mim, era como um sonho...

– Mãe? – murmurei sem conseguir alcançar minha voz totalmente.

– Oi amor, eu estou aqui agora, você não precisa se preocupar. – ela disse afagando minha bochecha.

Abri os olhos de vagar esperando ver as feições italianas da minha mãe, seu cabelo quase loiro emoldurando suas bochechas rosadas na pele branca e seus olhos verdes sempre altivos, mas ela não parecia a pessoa alegre de sempre, estava com olheiras profundas e seus olhos pareciam inchados devido ao choro constante, seu cabelo estava em um coque bem preso e ela estava muito mais magra!

– Mãe o que houve com a senhora?! – perguntei já sentando na cama, mesmo com uma dor forte começando a surgir, fiz careta.

– Toma Ana, come isso, faz parte da sua nova dieta, por isso você desmaiou, desculpa não ter te dado antes. – disse Caitlin querendo expressar algo nas entrelinhas. Dieta. Velocista.

– Tudo bem Cait, ei mãe, o que foi? – voltei a minha mãe.

– Ah filha, depois que você que saiu eu senti muito a sua falta, e quando Gianluca me ligou contando as coisas que aconteceram aqui eu mandei seu pai nos trazer para te ver imediatamente, ele está numa ligação ali fora, mas já vem. Não queria te assustar, desculpa. – ela disse tentando arrumar o rosto com as mãos.

– Não acredito que o Gian ligou pra te assustar! Ah mãe, eu estou bem, apenas comecei uma dieta nova e Caitlin está me ajudando com as, hum, proteínas. – olhei para Cait mandando ela fazer alguma coisa.

– Ah é, sabe, como policial ela precisa de uma alimentação bem mais, ham, hum, especial. – disse Caitlin.

– Ah querida, e como vai a delegacia? Gian me contou que você conheceu um rapaz novo...

Até alguns segundos eu não havia me dado conta: Barry estava ali. Ele ficou vermelho e me olhou um pouco assustado, ele ainda não havia entendido qual “era” a da minha mãe, o que nem eu em meus 23 anos havia entendido, mas de qualquer forma eu estendi minha mão para ele que veio até a cama, minha mãe deu uma boa analisada nele, acho que aprovou pelo meio sorriso que estava tentando evitar, acredito que em respeito a Gianluca já que eram amigos.

– Mãe, esse é o Barry, meu... Namorado?! – a palavra namorado saiu meio em duvida, afinal, ainda não havíamos conversado sobre esse termo.

– Sim, namorado. – afirmou Barry – É um prazer conhece-la, Sra. Del Ray.

– O prazer é meu, Sr. Allen. Eu já havia verificado seu perfil no facebook, quando Ana falou de você pela primeira vez.

Barry me olhou sem conseguir conter a felicidade, o que minha mãe apreciou tanto que me cutucou e arqueou as sobrancelhas. Uma porta sendo empurrada sem pudor fez a todos no quarto pular de leve, meu pai entrou com olhos semicerrados observando minha mãe, eu e Barry, praticamente excluindo Cait e Cisco da sua visão, acho que ele já havia conversado com eles antes, até mesmo com Barry, cujo qual tomou toda a atenção dele no momento. Devagar ele se aproximou da cama se posicionou ao lado da minha mãe que estava pressionando os lábios para não ter um ataque de riso da situação, Barry estava segurando a minha mão, mas a largou de imediato e estendeu para o meu pai.

– Já nos cumprimentamos. – disse meu pai erguendo uma sobrancelha.

– Eu queria me apresentar formalmente senhor Del Ray, sou Barry Allen e namoro a sua filha. – continuou com a mão estendida.

Meu pai ao contrário da minha mãe pareceu bem surpreso, me olhou um pouco assustado e apertou a mão de Barry, eu não precisava perguntar ou ler pensamentos para saber o que meu pai tinha em mente “não achei que ia esquecer o Gianluca tão cedo”, e de fato não tinha esquecido, a situação estava complicada justamente por esse fator, não se esquece de um relacionamento de seis anos em uma semana, contudo a tristeza que Gianluca me causou não se é esquecida tão rápido também, e o carinho e dedicação de Barry era como... Como uma ponte de arco íris em cima de todo o rio de frustração que atingia meu coração.

– Mas então... Acho que eu e Caitlin vamos indo, temos que acordar cedo amanhã, não se esquece de avisar ao Eddie que você esta bem, ok? – disse Cisco fazendo positivos com as duas mãos.

– O Eddie, como assim? – perguntei sem entender nada.

– Foi ele que te achou na rua e te pegou antes que você batesse a cabeça no chão. – falou Barry acariciando minha bochecha – Mas ele já foi pra casa, Iris o chamou.

– Tudo bem, eu agradeço quando o ver de novo, boa noite pra vocês dois! – falei acenando com a mão.

– Ah, tem mais da... Comida condizente a sua dieta na geladeira e nos armários ok? – disse Caitlin retrocedendo.

– Muito obrigada por me ajudar com isso Cait. – falei, a culpa pesando em meu peito depois da noite passada.

– Sem problemas, você faria o mesmo por mim. – ela piscou e saiu.

Culpa, muita culpa. Droga Caitlin, porque você tem que ser tão legal?!

– Bom, eu vou indo também, vou te deixar descansar, te pego amanhã pro trabalho? – disse Barry.

– Trabalho coisa nenhuma, vamos a um médico amanhã ver porque você desmaiou. – disse minha mãe.

– Mãe, foi por causa dessa nova dieta, não vai acontecer de novo, e mesmo que eu fosse ao médico ia precisar falar com o meu chefe. – expliquei levantando da cama.

– Onde você vai? – perguntou meu pai.

– Levar o Barry até a porta, parem de ser controladores! – sussurrei a ultima parte já empurrando Barry para fora do quarto.

– Foi um prazer conhece-los! – gritou Barry enquanto eu tentava levá-lo mais rápido.

Rolei os olhos e levei Barry até a porta, eu fiquei poucos minutos com os meus pais e já estava me sentindo sufocada, não imaginava como Barry estava se sentindo com as atitudes deles, mas espero que as coisas estejam normais, afinal, era só os meus pais... Os sogros dele... Que situação estranha, eu nem lembrava de quando Gianluca conheceu meus pais, era tão normal ele na cozinha de casa ajudando a minha mãe, ou sentado na sala vendo futebol com o meu pai... Para que time será que Barry torce? O Gian é do Roma... Ugh!

– Desculpe por... Tudo isso. – gesticulei uma explosão com as mãos.

– Não tudo bem, eu entendo que seja estranho para eles... Outra pessoa.

– Uff! Não queria que você se sentisse assim! Mas eles realmente... Precisam se acostumar. – deixei meus ombros caírem e suspirei.

– Amor, eu sei, ta tudo bem. – ele disse levantando meu rosto e me puxando para um abraço apertado.

Talvez eu tenha ficado um pouco em choque sim. Ninguém havia me chamado de “amor” depois de Gianluca ou meus pais... Mas aquilo foi incrível, foi um sentimento tão novo, tão inesperado, tão Barry Allen em mim.

– Fala de novo? – perguntei com os olhos fechados sentindo o cheiro bom da sua pele no pescoço.

– Amor. Meu amor. – disse com um sorriso na voz. Senti seu coração disparar.

– Meu amor. – falei dando beijinhos no seu pescoço.

Ele me olhou nos olhos e meu coração estava pulando, tinha a impressão que minha veia ia estourar no pescoço e nos pulsos. Super-romântico.

– Vou indo, te vejo amanhã, te amo. – ele disse me beijando.

– Te amo Barry. – falei com a boca retorcida no maior sorriso do mundo.

Ele sorriu torto e sumiu num vento que deixou seu perfume no ar. Voltei para dentro e peguei mais duas barras de cereal das que Cait havia me dado, ia comer as três de jantar para não ter um desmaio novamente, porque eu estava assim?! Amanhã eu ia ter que dar um jeito de despistar a minha mãe e ir falar com a Cait, para ela me dizer o que estava acontecendo e para conseguir mais disso, e eu ia ter que aprender a fazer, não podia deixar ela encarregada de cozinhar por mim. Minha mãe adoraria fazer isso, tenho certeza de que ela esta sentindo uma falta enorme de me mimar.

Voltei para o quarto e ela e meu pai estavam em sussurros, o que pude perceber é que ela o repreendia por algo, e ele tentava argumentar, eu meio que já conhecia os dois. Sentei na cama de pernas cruzadas e fiquei olhando para eles, e eles me olhando, era quase como um jogo do sério, e quem falasse primeiro, ia ter que pagar o mico.

– Então... – Tomou coragem minha mãe – Esse rapaz parece responsável, e bonito.

– Ele é, mais do que imaginam. – mordi o lábio inferior e ri internamente ele é um super herói, sabe.

– Então o Gianluca não tem mais chances? – perguntou meu pai erguendo a sobrancelha direita.

– Pai! Claro que não, ele me fez sofrer muito, eu sei que o senhor gosta dele, mas eu sei que vai gostar do Barry também. – falei semicerrando os olhos.

– Tudo bem querida, já são 4 da madrugada, melhor você dormir e não nos dar mais sustos, amanhã vamos ver seu chefe e depois vamos no médico. – mamãe disse levantando da beirada da cama.

– Wow wow, como assim vamos ver seu chefe, eu vou falar com o meu chefe. – me impus – eu sou adulta, ok?

Ela me deu aquele sorriso de “vai sonhando que vou te deixar sozinha amanhã” e me mandou um beijo soprado, papai rolou os olhos e me beijou na testa, ambos saíram e me deixaram sozinha. Onde será que eles iam dormir? Eu estava cansada demais para ir perguntar, mas não duvidaria se a minha mãe tivesse trazido o próprio colchão de casal para dormir do lado de fora do meu quarto ou na sala. Comi as barras que ainda tinha e me acomodei na cama, por mais que o sono me chamasse meus pensamentos voavam para Barry Allen, meu namorado, me chamando de “meu amor”, fechei meus olhos e meu coração batia forte, até mesmo sozinha minhas bochechas ruborizaram, ele era meu. E eu era dele.

***

Meu despertador tocou as 7h30min da manhã e minha mãe já veio me fazer levantar, ela estava séria, mas eu sabia que por dentro estava explodindo de felicidade de poder fazer isso de novo, levantei e fui tomar um banho, quando voltei não acreditei quando vi minha roupa em cima da cama totalmente arrumada, voltei a ter 7 anos. Após me vestir senti o cheirinho de café e fui até a cozinha, era surreal demais acreditar no que vi.

– Mãe! O que é isso? A senhora foi ao mercado? Fez panquecas? – eu estava incrédula.

– Com calda de frutas! – completou ela sorrindo – ah querida, as suas frutas já estavam estragando, então eu fui comprar algumas coisas, você só podia andar comendo só bobagens não é? Mamãe está aqui agora.

Bufei apertando as mãos em punho, tentando com muito esforço não gritar com ela, aquela era a minha casa, supostamente era para eu ser independente, não para ela vir aqui e tomar conta das coisas. Mas tudo bem, de qualquer forma eu ia usar mais a minha cozinha, eu ia ir no Laboratório Star pegar com a Caitlin a receita seja do que for que eu preciso comer, sentei na cadeira da mesa e comecei a comer, ainda tinha alguns minutos para ir até a delegacia, mas meu carro estava quebrado e... E eu posso muito bem chegar em segundos lá! Ah cara, isso é muito legal. Comi de vagar as panquecas e levantei para sair.

– Vou indo mãe, te vejo depois beijo. – peguei minha bolsa e ia saindo.

– Anna Dal Ray, onde você pretende chegar em tão pouco tempo? – disse meu pai se aproximando – eu fiquei sabendo o que houve com o seu carro, e todo o resto – ele semicerrou os olhos – você não liga para contar para os seus pais que foi sequestrada?

Minha mãe deixou um prato cair e quebrar – O que?

– Sabe quando fomos acampar? Ficamos sem tv, e aconteceram muitas coisas, inclusive nossa filha que foi sequestrada por um psicopata com uma arma congelante! – meu pai terminou a frase gritando – é por isso que todo mundo nos olhava estranho, é claro, estávamos muito bem para pais cuja filha fora sequestrada.

– Por isso a Marlene me olhava estranho e não ia mais lá em casa! - mamãe esbugalhou os olhos. - Então a oficina...

– Mãe, meu carro não está na oficina, ele foi congelado. E eu estou saindo pegar o ônibus, obviamente não contei nada, vocês iam enfartar! Agora, com licença, porque sou uma mulher adulta que vai trabalhar.

– Vai sim, mas eu vou te levar de carro. – disse meu pai pegando suas chaves.

– E eu vou junto. – disse minha mãe bufando de raiva. - Vamos conversar sobre isso depois mocinha!

E assim eu e minha família saímos felizes da vida. Só que não. Meu pai olhava para todos os lados alarmado, com os olhos esbugalhados, minha mãe estava de óculos escuros e virava constantemente para me olhar, como se eu pudesse simplesmente sumir dali. Quando chegamos a delegacia Eddie estava indo em direção ao elevador, eu gritei para ele segurar o elevador, e o próprio o perdeu quando me viu, devia estar pensando algo como “ela esta viva” e então me lembrei do que ele havia feito por mim.

– Oi Eddie, obrigada por ontem, e ah – meus pais correram atrás de mim, que vergonha! – esses são meus pais.

– Eu sou Vitor e essa é a minha esposa Helena, viemos cuidar nossa menininha na cidade grande.

Eu vou esgoelar meu pai, eu sei que ele esta fazendo de proposito. Ele me paga.

Sorri amarelo para Eddie que abriu um sorrisão e ficou conversando com meus pais, eles adoraram ele, claro, que milagre. Eddie era extrovertido e bom de conversar, não havia quem não gostasse da simpatia do detetive Thawne, é claro que quem não gostou nada daquela imagem foi a Iris parada na mesa de Eddie, ele e meu pai já estavam quase se abraçando quando ele viu ela, então tentou ficar um pouco mais sério, acredito que ele sabia de sua aversão por mim, Eddie contou para os meus pais que ela era sua noiva e elogiou-a muito para eles, mas eles murcharam com a notícia, eu não acredito que estavam dando mais crédito ao Eddie que acabaram de conhecer do que ao Barry!

Tudo bem que eles também não passaram muito tempo com o Barry. Enfim, Eddie foi até Iris que o recebeu friamente com um abraço rápido, percebi que as perguntas rolavam soltas, suspirei e deixei meus ombros caírem, eu só estava causando problemas, e o queria tão bem. Pedi para os meus pais sentarem e me esperarem e fui até a mesa do capitão, ele estava no telefone e esperei um pouco do lado de fora, logo recebi uma mensagem de texto dizendo “você está linda hoje, minha velocista”, meu Barry. Olhei para a escada e vi ele lá, me olhando e sorrindo, eu sorri de volta e meus pulsos pareciam estar tendo uma corrente fortíssima, meus pais seguiram meu olhar e viram Barry, acredito que eu estava transpirando feromônios, já que meus pais sorriram um pro outro e trocaram um selinho.

O capitão me chamou e apontei para a porta, Barry fez um sinal de positivo e desceu para conversar com meus pais, ele topou com Iris que lhe deu um sorriso e um abraço, ele apontou para os meus pais e, o que pude perceber, ele disse que eram seus sogros, ela endureceu e acenou com a cabeça de vagar, deu um “tchau” e saiu, não antes de virar a cabeça e me encontrar, e me lançar um olhar mortal. Droga, o que estava acontecendo?

– Anna? – chamou novamente o capitão.

– Ah, sim, eu sou Anna. – falei rindo nervosa. Ele me olhou estranho, eu era estranha.

– Pois não? – ele disse apressado.

– Bem, ontem eu tive um desmaio e meus pais ficaram alarmados e estão impossíveis, e se eu não for ao médico eles não vão embora, e isso pode atrapalhar a minha investigação. O senhor poderia me dar uma licença para ir ao médico hoje e mostrar que está tudo bem?

– Claro, claro. Vá, mas venha amanhã para falarmos sobre o que você já conseguiu com os arquivos que lhe dei.

Respirei devagar e acenei com a cabeça, levantei e ia saindo, mas vi que o capitão mexia muito em seus papéis e unia as sobrancelhas irritado, ele até derrubou o celular no chão e o chutou para o canto.

– Hum, o senhor precisa de alguma coisa? Algo está lhe incomodando? – encorajei-me para perguntar.

– Nada que lhe interesse senhorita. – disse rude.

– Sim senhor. – eu era uma policial, não podia deixar aquilo me afetar, contudo...

– Me desculpe, não queria ser grosso, é só que... O meu noivo está tendo uma crise, e eu não posso sair daqui, estou tão atolado...!

– Com todo respeito capitão, mas o senhor não pode deixar o trabalho afetar sua relação... Meça o que pode esperar e o que pode se perder. – dei de ombros de leve e saí.

Meus pais estavam quase invadindo a sala. Até parece que não sei me virar sozinha, com o meu chefe!

– Vamos logo, vamos ao tal médico e vou mostrar que estou ótima.

Íamos nos dirigindo ao elevador quando ele se abriu, e eu sinceramente precisei do apoio que meu pai me deu para não cair no chão, o ar me faltou dos pulmões, o que ela fazia aqui?!

Eleonora Ginoble, minha ex sogra, estava saindo do elevador e abraçando minha mãe. Os problemas com os Ginoble não acabavam nunca.


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Notas finais do capítulo

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