Love me like you do escrita por MorgsValdez


Capítulo 7
Vilão de corações em apuros


Notas iniciais do capítulo

Okay, okay. Vocês tem que me desculpar pela demora, meu pc queimou e eu fiquei sem net, e pra variar eu só podia escrever no word pad e sem postar, trágico. Mas valeu a pena, um baita cap pra vocês ;)



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Barry e eu aproveitamos aquele momento tão nosso, e ao mesmo tempo um pouco sem sentido por não sermos nada. Nossos narizes já estavam se encostando, eu podia me ver nos olhos dele, e eu devia parecer abalada, mas eu parecia... Encantada. Eu sabia o que estava por vir, sabia que em seguida ficaríamos - mais - vesgos e lentamente nossos olhos se fechariam e então nossos lábios se tocariam e... Não, eu ia não ia fazer isso.

– Hey gente, vocês precisam ver isso. - Cisco falou alto. Salva pelo gongo. - Nós estávamos vigiando Snart para ver se ele se aproximaria daqui ou da casa da Anna, mas após algum tempo logo quando chegamos aqui, Snart foi até um shopping e comprou um ingresso para um show amanhã, uma ópera pop de um grupo chamado Il Volo, e participação especial da nossa estrela de hoje, Natalie Coffeey.

Eu esqueci que qualquer pessoa estava ali, até mesmo Barry. Sentei-me numa cadeira e fechei os olhos respirando fundo, aquilo só podia significar uma coisa.

– Ele vai ir atrás dele não é? - Falei trancando os dentes - Ele vai querer me atingir com o Gianluca.

Um suspiro longo correu pela sala, Barry pareceu captar as coisas como, se além de correr na velocidade da luz, também pudesse ler pensamentos. Ele se deu por conta que o Gianluca era o meu ex que cantava no trio, e entendeu que aquilo me atingia, e de esguelha pude ver o que parecia dor em seu olhar.

– Barry, acho melhor nós darmos uma olhada nisso. - disse o Dr. Wells, mas algo em sua expressão parecia dar a escolha a Barry sobre aquilo.

– É claro, mas a Anna vai ir comigo. - disse ele me surpreendendo.

– Como? Porque? - balbuciei quase gritando - Não Barry, olha, eu estou evitando o Gianluca há bastante tempo para você me impor a ver ele novamente. Eu não quero ver ele. - falei cruzando os braços.

– O seu "não quero" parece mais um "não consigo", você ainda o ama? - disse Joe entrando na sala e suspirando.

Virei o rosto para o lado, meus olhos se enchendo de lágrimas, eu não aguentava mais as pessoas falando que eu ainda o amava, a sua possessão, o seu ciúmes, amar Gianluca era claustrofóbico, mesmo sendo tão óbvio que meus sentimentos por ele ainda eram fortes, eu não queria ser dependente do amor dele, dos olhos dele, das mãos quentes dele...

– Anna, eu quero falar com você, pode me acompanhar? - prosseguiu Joe.

Suspirei e o segui, limpei as lágrimas do rosto e quando passei por Cait e ela passou a mão no meu ombro, provavelmente ela não sabia que eu estava investigando o caso do seu falecido noivo, provavelmente ela precisava daquele apoio mais que eu, mas mesmo assim sorri para ela e continuei seguindo Joe, ele passava mais que a impressão de um policial responsável, ele parecia um pai prestes a dar um conselho, e eu gostava daquilo.

Joe me levou até o corredor e soltou um longo suspiro, ele passou a mão no rosto e me olhou com... Compaixão? Não entendi bem aquilo, mas segui esperando o que ele tinha para me falar.

– Anna, eu sinto que tenho que te dar um conselho sério e que valha para toda a sua vida, mas eu tenho tanta coisa para falar e algumas delas podem não fazer sentido. Primeiro, agora que você sabe que o Barry é o Flash, deve guardar esse segredo, ninguém sabe disso além das pessoas que estão aqui ent...

– Nem a Iris? - perguntei rapidamente.

– Porque quer saber da Iris? - perguntou ele estreitando os olhos.

Falei demais.

– Bem, eu sinto que ela não gosta de mim... Porque eu, hum, me identifiquei com o Barry.

Joe soltou um meio sorriso, e olhou para baixo. - Lembra quando você chegou a Central City e o Flash arrumou toda sua casa como você indicou para os homens da mudança?

– Nossa eu nem lembrava disso! Com todo esse rolo nem tive tempo de pensar em... Porque o Barry fez aquilo?

Joe deu risada - Bem, ele te ouviu falando, estava saindo do apartamento do Eddie e resolveu fazer por diversão, mas quando você apareceu na delegacia ele me disse quem você era e eu tive que falar que deduzi que era você o que foi bem idiota... Mas Barry disse que viu algo em você, nos seus olhos. Algo que não sabia explicar. E desde então o destino não parou de unir vocês.

Aquela revelação do Joe me deixou atônita, eu não sabia que as vezes que o Barry era tão gentil, bem ele estava tendo outros olhos para mim, e eu fui tão burra em mostrar meus sentimentos em relação ao Gianluca na frente dele. Eu reconheci que estava afim dele, mas apenas para mim, e ele devia estar se sentindo tão...

Joe me abraçou, eu ainda não havia me dado por conta que estava chorando, provavelmente nem Joe sabia o motivo, mas o abraço foi muito útil.

– Você ainda ama o tal cantor? - ele me perguntou sem me soltar daquele abraço tranquilo e paternal.

– Não tenho como não amar, mas quando estou com Barry uma batalha começa dentro de mim, porque os sentimentos em relação ao Gianluca ainda existem, os bons e os ruins, mas ainda assim é como se eu precisasse ver o sorriso do Barry para me sentir bem, para poder sorrir também.

Joe apenas soltou um "uau", mas continuou me abraçando por mais alguns minutos, quando consegui parar de chorar e limpar as lágrimas voltamos para a sala onde estavam todos, respirei fundo e procurei Barry, ele estava olhando para fora de uma janela enorme que dava para Central City, e dava para ver todas as luzes da cidade brilhando de noite, eu me aproximei e suspirei, ele não olhou para mim e acho que era porque seus olhos estavam marejados, eu não tinha muitas opções, então fiz o que parecia mais adequado, abracei a cintura dele e apoiei minha cabeça no peito dele, seus músculos ficaram rígidos de surpresa, e eu sabia que surpresa era uma boa palavra que provavelmente identificava a expressão das pessoas atrás de nós. Barry me abraçou de volta e apoiou o queixo na minha cabeça.

No outro dia na delegacia de Central City...

Quando eu, Joe e Barry entramos na delegacia, foi muito estranho e cômico. Eu estava no meio dos dois e nossas pernas sincronizadas, bateu um vento forte quando as portas se abriram e entramos, parecíamos estar em uma série ou algo do tipo, o que faria muito sentido já que o cara mais lindo da cidade que estava ao meu lado tinha super velocidade e era conhecido como O Flash.

Joe logo saiu para conversar com o capitão e deixou Barry e eu sozinhos, foi um momento meio constrangedor. Como todos achavam que a minha casa não era mais segura, montaram uma cama para mim nos Laboratórios Star, temporária, mas aconchegante, e Barry... Barry ficou conversando comigo até eu pegar no sono, e ainda estava lá quando eu acordei, e com aquele sorrisão enorme e lindo que me fazia sorrir também. Eu não queria ir ao show do Il Volo com ele, eu estava em uma utopia, uma HQ em que, pelo jeito, eu era a mocinha.

– Então, animada para o show? - perguntou Barry sorrindo, mas apenas com a boca, não seus olhos...

– Não Barry, nem um pouco. Vai ser desagradável ver o meu ex, eu queria poder deixar Snart capturá-lo.

– Está falando isso porque sente raiva dele, mas quando isso passar vai querer falar com ele de novo e se não o ajudarmos quando esse dia chegar ele pode estar morto.

– Cada dia tenho mais certeza que esse dia não vai chegar, digo, a raiva vai passar é claro, mas eu não voltarei para Gianluca, eu vim para Central City para esquecer meu passado, e o vilão dele está aqui no meu presente me assombrando.

*Silêncio constrangedor*

– Srta. Dal Ray! - alguém gritou o meu nome atrás de mim.

Virei e vi Eddie Thowne correndo em minha direção, ele parecia genuinamente desesperado, agora, como ou porque eu não sabia. Ah, espera. Deve ser porque eu fui sequestrada pelos criminosos mais famosos da cidade e quase morta depois de uma ceninha em rede nacional.

– Você está bem? Como se livrou dos Snarts e do Mick? Eu fiquei preocupado, ia saindo hoje e vi que estavam trancando o seu apartamento, pensei o pior. - admitiu Eddie.

Ai que docinho *-* É claro que a expressão "what?" do Barry foi confusa, ele claramente não sabia da minha intimidade com o detetive, afinal, ele me viu babando em cima do caso restrito que o capitão me entregou. Inspirei um pouco de ar e soltei um risinho nervoso, aquele ridículo e que todo mundo tem *sim eu sempre falo isso*.

– Oi Eddie, eu vou ficar um tempo longe de casa, até conseguirem tirar Snart do meu pé. - não quis falar "prenderem o Snart" porque está aí algo que seria estúpido de se dizer - o Flash conseguiu me tirar de lá, eu poderia estar morta agora.

Percebi Barry sorrir e olhar para baixo, Eddie franziu as sobrancelhas e pareceu pensar por um tempo, mas por fim ele sorriu e pôs a mão no meu ombro.

– Que bom que você está bem, sabe, a Iris comprou uns ingressos para irmos ao show de um tal de Il Volo que vai cantar com uma cantora que ela adora, a Natalie Coffee, que fez show aqui ontem, mas ela vai ter que trabalhar então pensei que... Bem, agora que você está a salvo, poderia ir comigo, não quero desperdiçar o dinheiro. - disse ele rápido e nervoso.

– Ah... Que ideia genial, é só que eu já vou ir, hum, com o Barry hoje. Mas, podemos ir os três e chamar o Joe que tal? - sugeri sorrindo.

Cara, foi na maior inocência, mas o olhar que o Eddie e o Barry trocaram foi quase fuzilador, isso era desnecessário, digo, o Eddie é noivo da Iris não existe motivo para uma disputa. Tudo aquilo me levava a acreditar que a noite de hoje seria muito, muito badalada.

Algumas horas depois...

– Não mãe, é óbvio que eu não vou usar nada curto, quando que eu usei? Ah, mas isso foi uma casualidade, ta, mãe, mãe me ajuda! Eu vou te mandar a foto pelo Whats e me diz se gostou okay?

Mandei a foto com a roupa que eu decidira usar, eu já havia ido em vários concertos do Il Volo, e em todos Gianluca me entregava uma rosa, esperava que ele se tocasse e não fizesse isso hoje. Coloquei uma regata preta transparente rendada e um sutiã preto curta na frente e mais longa atrás com uma calça jeans manchada e uma gladiadora preta, soltei meu cabelo em cachos e usei a mesma maquiagem de sempre para sair, delineador, rímel e batom vermelho. Era o melhor que eu podia dar de mim mesma a um reencontro com o Gianluca.

– Hum filha, geralmente nos concertos do Gianluca você usava roupas mais formais, como um vestido e um salto, isso é algum tipo de rebeldia? - aquilo era mais uma acusação que uma pergunta.

– Não mãe, mas aquela Anna morreu, eu sou uma nova pessoa e eu acho que eu não tenho mais que ser a Anna do Gianluca, agora eu sou só Anna.

– Bom querida, e o tal de Barry? Quem é? - ela devia estar se roendo há horas para perguntar do Barry depois da foto que mandei de nós dois comendo hambúrguer.

– Ah, um amigo da delegacia, porque? - eu estava quase rindo.

– Você parece gostar bastante do rapaz. - observou ela com certa ousadia no tom.

– Mãe, eu cheguei faz pouco aqui, nem tenho cabeça para pensar nisso... Mas sim *suspiro* eu gosto bastante dele.

Ouvi papai chegar e gritar "cheguei meninas", era o costume dele de quando eu ainda morava lá, acho difícil ele perder esse costume tão cedo, trocamos poucas poucas palavras e um "te amo" meio desajeitado pelo telefone, mas o seu Victor ainda seria o meu super herói, não importa quantos Flash's surjam na minha vida.

Eddie chegou aos Star Labs pontualmente, ele estava em um terno super social, eu apenas sorri e busquei a minha bolsa, eu combinei de ir com o Barry, mas já era para o Flash estar na minha porta arranjada no meu quarto temporário, que eu saiba ele é mais rápido que a luz. No instante que me virei vi duas carrancas na porta - eu ainda tinha dificuldades em lembrar da palavra carranca tal qual eu tinha atribuído ao Mick antes de saber seu nome -, Barry e Eddie me olhavam esperando eu sair. Para não ter confusão iriamos todos com Joe no carro dele até o concerto, mas primeiro antes do concerto iniciar eu e Barry iriamos falar para Gianluca do risco e ver se o concerto ainda aconteceria.

Saímos dali e fomos para a sala onde estavam Cisco e Caitlin, o Dr. Wells não estava ali o que era bem estranho pq ele sempre estava ali, mas não comentei e fui sentar ao lado de Cait para esperarmos Joe chegar.

– Você está linda. - disseram Barry e Eddie ao mesmo tempo.

– Ham, obrigada rapazes, vocês também estão de tirar o fôlego.

Barry estava lindo também, usava um terno preto com uma gravata azul, mas o que mais o destacou foi os tênis Nike do mesmo tom de azul, enquanto Eddie usava algo mais apropriado. Mas os dois estavam muito lindos. Tipo, lindos mesmo, eu queria aparecer com eles. Barry se aproximou de mim com aquele sorriso travesso e me olhou de canto, ele foi em direção a janela grande de novo, eu até poderia dizer que, caso muito tempo ali, aquele poderia se tornar o nosso lugar. Levantei e caminhei até ali e me escorei ao lado da janela na parede e o observei.

– Quer conversar Sr. Allen? - perguntei sorrindo.

– Queria fazer uma pergunta na verdade. Porque o Eddie estava tão preocupado com você?

– Ah. Bem, isso me surpreendeu também. Antes de nos encontrarmos na cafeteria Eddie me acordou, eu havia dormido em cima da mesa porque trabalhei a noite toda, e eu fiquei tão sem graça que não sabia onde me meter, e ele respeitou meu espaço e até queria me dar uma carona, mas eu fui com o meu carro... Talvez ele tivesse se sentido culpado ou algo assim, por pensar talvez que podia ter evitado se eu tivesse aceitado a carona.

Barry virou para mim e a tristeza de seus olhos parecia ter diminuído, eu queria beijá-lo, eu queria desesperadamente beijá-lo. Mas eu não podia e nem ia fazer isso.

– O Joe chegou, vamos? - chamou Eddie, algo em sua voz demonstrava certa felicidade em tirar eu e Barry daquele canto.

*No show*

– Eddie, que tal nós irmos comprar algumas garrafas d'água ou refrigerantes para o show? - chamou Joe quando entramos no grande teatro onde se passaria o show.

– Claro - Eddie me olhou e sorriu - Já voltamos.

Quando ambos foram para o bar que era fora dali, eu e Barry nos dirigimos ao camarim, eu queria ficar séria, queria estar preparada para aquele momento, mesmo sendo tão recente a minha separação com o Gianluca, eu não queria mostrar para Barry que parte do meu coração ainda pertencia ao Ginoble.

Entramos no camarim com crachás forjados pelo Cisco, ele parecia estar numa missão super secreta enquanto "desenvolvia os protótipos" para eu e Barry, o primeiro a me ver não foi ninguém menos que Ignazio, o meu pandinha favorito, é claro que ele não é um panda, e ele emagreceu muito, mas ele ainda era o urso que me dava abraços fortes quando o Gianluca e eu brigávamos.

– Caraaa miaaaa! - gritou ele e veio em minha direção com os braços abertos.

Não pude deixar de me jogar naquele abraço, ele era um doce, e eu sentia muita falta do seu companheirismo e até mesmo romantismo italiano.

– Ig, eu estava com tanta saudade de você pandinha! - falei com a voz abafada no seu ombro.

– Eu também gatinha, você sumiu e nem disse adeus. - disse ele triste.

– Eu sei Ig... Mas você sabe como estava minha situação, eu não podia...

– Anna? La cara di noi? - ouvi Piero falar nas minhas costas.

– Pieruuuu! - falei seu apelido e o abracei por também.

Por um momento eu voltei a ser a antiga Anna, aquela que sempre dizia qual era o melhor terno para usar, ou o melhor sapato, ou qual cor de armação Piero devia escolher, por um momento eu queria que tudo voltasse a ser como era, com Gianluca na frente do espelho me olhando sorrindo enquanto eu arrumava sua gravata e acariciava seu rosto antes do show começar...

– Anna? - ouvi a voz que eu queria esquecer.

Me virei de vagar e vi Gianluca ali parado, pasmo, me olhando com os olhos verdes arregalados e a boca aberta, como se eu fosse um fantasma ou algo do tipo. Quase que esqueci de Barry ali do meu lado, e quando o olhei, ele sabia quem Gianluca era, e parecia o examinar minuciosamente, seu olhar era sombrio e raivoso.

– Gianluca, eu tenho um assunto importante, por isso eu vim até aqui. - falei tentando manter a voz estável.

– Quem é ele? - perguntou apontando para Barry.

– Esse é Barry Allen, é meu amigo, ouça, hoje...

– Um amigo? Do jeito que ele te olha ele parece mais que isso, onde vocês se conheceram?

– Não te interessa! - gritei - Você não é meu dono, você não é mais nada meu, pare de fazer isso de querer me controlar, você não tem mais esse direito.

– Foi por eu te amar que você me deixou? Por eu me importar, sentir ciúme? Todo homem que ama sente ciúmes Anna!

– Não o seu ciúme, psicopata! Eu, eu, eu... Argh! Não vim aqui ter uma DR com você, eu vim te proteger, tem gente atrás de você e eu vim te avisar seu babaca!

– Gatinha, se acalma. - falou Ig colocando a mão nos meus ombros.

Barry estava com as mãos em punhos, eu sabia que mais um grito de Gianluca comigo fariam ele esmurrar a cara daquele italiano presunçoso, mas Ig estava certo, eu tinha que me acalmar, Piero foi até Gianluca e o acalmou de algum modo, alguns minutos depois que já estávamos mais calmos, Barry começou a falar, mas ele segurou a minha mão para fazer isso, e eu não me importava com o que Gianluca ia pensar daquilo.

– Leonard Snart é um criminoso muito perigoso, ele sequestrou a Anna e ela conseguiu fugir graças ao Flash - dei um aperto na mão de Barry naquele momento, para ele saber que eu era muito grata por isso -, contudo ele ficou com raiva e ficamos sabendo que ele viria aqui hoje, deve ter pesquisado sobre a Anna e ficou sabendo de você.

– Vocês podem cancelar o show se acharem necessário, mas nós e a polícia de Central City junto com o Flash vamos ficar de olho durante o show e vamos acompanhar vocês até o aeroporto para saírem da cidade, não queremos que ninguém corra risco. - completei.

Ginluca, Piero e Ignazio se reuniram para conversar, mas durante essa reunião uma mulher entrou no camarim, a reconheci, era Natalie Coffey. Ela era absolutamente linda. Tinha um corpo muito bem desenhado, seus cabelos iam até a cintura em uma cor caramelo com mechas loiras, ela usava um cropped top preto e uma calça que ia até acima do umbigo também preta e um salto Carmem Steffens preto aberto na frente, ela olhou para os três e abriu um sorriso enorme.

– Onde estão meus italianos preferidos? - ela disse com uma voz forte.

– Oi Nati - disse Piero - vamos aí num instante.

Ela ficou séria e nos olhou, como se examinasse dois empregados, que tipo uh? Ela limpou a garganta como se quisesse que nos apresentássemos.

– Essa é a minha... - começou Gianluca se aproximando - O meu eterno amor.

Okay, por essa ninguém esperava. Até mesmo Barry afrouxou a mão na minha.

– A ex namorada dele, corrigindo. - falei bruscamente. - Então o que decidiram?

– Vamos fazer o show, eu sei que você vai nos proteger gatinha, você fazia isso mesmo quando não tinha a policia inteira de uma cidade ao seu lado. - disse Ig.

– Ai meu pandinha lindo! - corri e o abracei.

Eu sabia que Gianluca estava morrendo de ciúmes de Barry, e por mais que parecesse errado, aquilo me agradava. Piero veio e me abraçou também, a tal da Natalie simplesmente me ignorava, porque eu sentia que ela não gostou de saber que eu era a ex do Gianluca?

– E eu não ganho um abraço? - disse Gian.

Suspirei e olhei para o Barry, ele só sorriu e virou o rosto para o lado. Eu não podia fazer aquilo com ele.

– Não Gianluca, meu coração ainda não está pronto para te perdoar, desculpe.

Eu sabia mais ou menos a reação de Barry, sabia que ele ia sorrir e tau, mas não sabia que ia ser o meu sorriso, o sorriso Anna, que me fazia sorrir de volta e esquecer todo o mau e a dor que havia no meu pequeno mundo. Saímos do camarim e fechei a porta, Barry segurou a minha mão e olhou nos meus olhos, e eu sabia o que ia acontecer, eu havia dito que não ia fazer aquilo, mas dane-se a moral.

Barry me segurou em seus braços e correu. Eu sinceramente achei que havia esquecido alguns órgãos no caminho, mas quando chegamos, não saber onde estavam os meus pulmões parecia não importar muito. Estávamos no píer de uma praia que era há vários quilômetros de distância de Central City, é claro que parecia imprudente sairmos do show com todo o perigo que o Gianluca corria, mas eu ia dar espaço para aquele momento especial. Como se para tornar aquele momento mais romântico, umas luzes estavam ligadas como pequenas bolinhas de fogo emoldurando a nossa volta, e estava tendo uma brisa que balançava os meus cachos. Barry me olhou nos olhos e passou a ponta dos dedos na minha bochecha, o que me fez corar intensamente, eu sorri e peguei a mão livre dele e a pus na minha cintura peguei a outra que estava no meu rosto e pus do outro lado, depois pus as minhas mãos em volta do seu pescoço e comecei a nos embalar de um lado para outro.

– Eu sei que ainda é cedo, mas...

– Barry, eu quero aproveitar esse momento. Então, shiu. - pus o dedo nos lábios dele.

Ele sorriu e foi aproximando o rosto do meu, nossos corpos estavam tão perto um do outro que eu podia sentir seu peito inspirando e espirando ar dos pulmões, um pouco rápido demais para humanos, o que tornava aquilo mais único, eu ia beijar um super herói *calafrios*! Nossos narizes se encontraram e a pele dele era tão macia e quente, era como um filhotinho de gato que a gente aperta até esmagar, é claro que eu não faria isso com ele, de qualquer modo aquilo estava lento de mais para mim - uma ironia já que quem eu estava beijando era o Flash - então colei meus lábios nos dele e nos abraçamos completamente envolvidos no beijo mais fantástico do mundo.


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Notas finais do capítulo

E aí velocistas, valeu ou não a pena? Só não deixem de comentar ein, eu me senti muuuito a falta de vocês nesses dias sem postar :( Bjinhos :*



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