Love me like you do escrita por MorgsValdez


Capítulo 3
Delegacia de Central City


Notas iniciais do capítulo

Fique tããão feliz ao ver os comentários que já tive, e mal tenho como agradecer, mas muuuito obrigada! Espero ter aumentado o cap respetivamente a vontade dos pedidos, e espero que curtam. Ps: O trio do Gianluca realmente existe, o Il Volo é uma ópera pop, os outros dois integrantes são Piero e Ignazio.



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Eu havia feito um concurso para o policiamento de Central City, e como foi uma das únicas coisas que eu lutei para Gianluca não me barrar, eu investi tudo de mim e consegui passar. Agora eu estava chegando à delegacia com uma saia social preta que ia até os joelhos e uma camiseta social branca de abotoar, com um sapato não muito alto. Eu não sabia com quem falar, mas avistei um homem que eu via com freqüência nos jornais, Joe West, ou melhor, Detetive West, ele conversava com um rapaz de olhos verdes, que parecia incomodado com algo, mas mesmo assim eu me direcionei ao detetive.

– Bom dia? – indaguei ao me aproximar.

– Srta. Del Ray? – perguntou o detetive.

– Desculpe, mas como sabe quem sou eu? – falei confusa.

Eu vi que o rapaz com quem ele falava se engasgou com o café, e o detetive deu um sorriso um pouco forçado, como se tivesse falado demais.

– Eu apenas imaginei, fiquei sabendo que viria hoje. – disse ele apressadamente.

– Oh. Bem, sim, olá. Gostaria de falar com o capitão, se possível.

O detetive acenou com a cabeça e me guiou até a sala do capitão, eu não pude deixar de notar o olhar do rapaz em mim, nada malicioso, apenas... Diferente. Com uma última olhada para ele, entrei na sala do capitão, qual o detetive esperava com a porta aberta.

– Srta. Del Ray é um prazer conhecê-la. – disse o capitão sem muita veracidade em sua voz – sente-se.

Ao me sentar na cadeira em frente a mesa do homem com vincos de preocupação na testa, Joe nos deixou e voltou a conversar com o rapaz, pelo que pude ver. Eles deviam ser próximos, quando os vi, pareciam discutir sobre algo importante, praticamente sussurravam...

– Srta. Está ouvindo? – falou o capitão tirando-me de meus devaneios.

– Sim Senhor. – falei rapidamente.

– Bem, como eu dizia nos faltam muitas mulheres aqui na delegacia de Central City, e às vezes precisamos para missões especiais, com disfarces e coisas do tipo. Fico feliz que tenha vindo o mais rápido possível, pois tenho algo importante para ser feito.

– Bem, eu não imaginava uma missão tão cedo, mas estou pronta capitão. – falei sorrindo confiante.

O capitão levantou e fechou as cortinas das janelas e da porta, eu não ia pensar o pior do homem, mas se ele tentasse alguma gracinha, ele estava muito enganado achando que eu era daquele tipo. Ele ficaria sem descendentes. Para meu alivio não era nada do que passou pela minha cabeça, ele pegou uma pasta de dentro de um armário, contendo informações sobre a missão.

Caso Ronald Raymond era o que dizia na pasta.

– Quem é ele? – perguntei abrindo a pasta e vendo a foto do rapaz de 26 anos, muito deslumbrante por sinal.

– Você tem todas as informações sobre ele nesta pasta, o que importa é que, na explosão do acelerador de partículas do Star Labs, ele foi declarado morto, nenhum resto mortal foi encontrado, de acordo com Cisco Ramon, ele foi incinerado. Mas, recentemente ele foi visto por várias pessoas na cidade. A repórter íris West, filha do detetive West, andou postando sobre as aparições dele, e o mais estranho é que ele foi visto pelos vizinhos do famoso cientista Martin Stein desaparecido há 1 ano, entrando na casa de Clarissa Stein, esposa de Martin. O que há em comum? Ronald morreu há exatamente um ano, e no mesmo dia em que Martin sumiu.

Aquilo era informação demais. Pensei em contar sobre como bizarramente o borrão vermelho deixou minha casa do jeito que eu queria em um átimo de segundo, mas minha intuição dizia que não era uma boa idéia. Levantei e peguei a pasta, ia examinar ela na minha casa, em paz.

– Vou estudar o caso, senhor. Algo mais? – falei já me dirigindo a porta.

– Bem, como eu disse você já está dentro. Depois que estudar o caso, eu lhe direi sua participação para encontrarmos Ronald Raymond, e quem sabe, Martin Stein.

Concordei com a cabeça e saí da sala. O detetive West e o rapaz de olhos verdes não estavam mais ali, mas eu senti que ainda nos encontraríamos muito.

***

Podia ter sido apenas impressão, cansaço ou o trânsito de Central City que era bem mais movimentado, mas eu jurava que quando o sinal ficou vermelho, um borrão passou correndo com uma eletricidade em volta, e só podia ser o tal Flash. Mas eu estava tão cansada, que não conseguia fazer meu cérebro raciocinar. Resolvi ir a uma cafeteria comprar algo para comer e beber antes de ir para casa, engordar um pouco examinando a pasta, tipo os policiais de filme com as rosquinhas e as roupas apertadas.

Então, eu não acreditava em acasos, e sim em destino. E no momento, eu quero muito, muito acreditar em destino.

– Srta. Del Ray! Nos encontramos de novo? – falou o detetive West se aproximando.

– Detetive, pode me chamar de Anna. – falei corando com a formalidade fora da delegacia.

– Certo Anna. Esta é minha filha, Iris, e o inspetor da delegacia e meu quase filho, Barry Allen.

– Olá. – falei, mas meus olhos não se desviaram dos de Barry.

Barry Allen era esse seu nome. Eu, definitivamente, não estava a fim dele. Ele era lindo. Mas eu não estava a fim dele. Seus olhos verdes eram tão parecidos com os de Gianluca, mas seus cílios eram mais espessos, e ele tinha uma felicidade diferente, sincera, no olhar. E não, eu não estava a fim dele. Ah, droga. Estão falando comigo e eu não consigo responder.

– Ham, desculpe, o que? – falei balançando a cabeça.

– Perguntei de onde você veio. – falou Iris, ela parecia um pouco incomodada com algo.

– Eu sou do interior de Starling City. – falei sorrindo.

– Sério? E você tipo, já viu o Arrow? – perguntou Barry.

– Bem, o tempo todo, nos jornais e noticiários. Mas nunca face a face, não sou tipo mocinha em perigo sabe, sou mais a policial que come rosquinhas.

PORQUE EU FALEI AQUILO, AGORA VÃO REPARAR NOS 3KG QUE GANHEI!

Todos deram risadas, mas o sorriso de Barry, tão espontâneo, tão lindo, tão... Não, eu não estou a fim dele.

– Bem, eu vou pegar um café. – falei encerrando a conversa e saindo de perto deles.

Saí de vagar passando por entre Iris e Barry, senti os olhos de ambos em mim, mas não olhei para os lados, eu estava muito corada pelo papo das rosquinhas, tudo que eu queria era um bom cappuccino e um pedaço de torta de limão. Sim, eu sou uma gorda compulsiva. Mas Gianluca falava que não importava o peso que eu tivesse, ele me amaria por toda sua vida, dizia que ainda faria o máximo para me levantar no colo antes de entrarmos para nossa casa em nossa lua de mel, na Itália. Mesmo com as turnês do Il volo, ele ia tirar uns meses para ficarmos juntos, sem ninguém para atrapalhar, só nós. Mas eu tenho que aceitar que isso faz parte do passado. Após pegar a comida, vi que Iris discutia com Barry em um canto da cafeteria, mas Joe não estava mais ali. Passei discretamente sem chamar a atenção e fui para o meu carro, eu não era enxerida, mas fiquei tão curiosa!

Discussão Iris e Barry

– Nossa aquela garota está muito a fim de você. – disse Iris puxando Barry pro canto quando Joe saiu.

– Pff, não está não. – falou Barry cruzando os braços e olhando para o lado.

– Claro que sim! – falou Iris socando seu braço rindo – como a Linda reagiria a isso? – provou ela.

Barry suspirou e olhou para baixo, ele ainda não havia contado a Iris que ele e Linda haviam terminado. Ele contava tudo a ela. Mas com sua mudança para a casa de Eddie, a comunicação dos dois havia diminuído muito.

– Eu e Linda terminamos, ela recebeu uma proposta em Indiana, e eu não... Não consigo deixar Central City. – falou ele abrindo os braços.

Iris o abraçou, mordendo o lábio e pensando “será por minha causa? Ele ainda tem esperanças?”, mas não disse nada.

– Então ela tem chances? – disse apontando para a garota que esperava o cappuccino.

Barry sorriu e olhou para a garota. Ela tinha cabelos castanhos claros quase cor de mel, seus olhos eram da mesma cor, e definitivamente lindos, fora o corpo. Ela não era o tipo magra demais, nem gorda, ela era absolutamente linda. Usava uma saia preta que ia até os joelhos, que ficava muito bem moldando seu corpo em contraste com a pele branca como alabastro, e a camiseta branca era... Sexy. Será que ela estava a fim dele?

– Iris, eu não estou com cabeça para isso agora. Acabei de terminar com a Linda e o Star Labs precisa de mim para... (tosse)

– Para? - indagou Iris - Barry, você sabe que pode me contar tudo, e no entanto ainda não pude entender sua ligação com o Star Labs desde que você acordou do coma! - disse ela dando com os braços no ar irritada.

– Eu os ajudo com as pesquisas, sou o nerd gato que sabe tudo sobre física, lembra? - disse tentando apaziguar a raiva da amiga.

– Não, Bar. - disse ela balançando a cabeça - O problema é que existe algo que vai além da nossa amizade, que você não quer me contar.

Os olhos de Iris estavam cheios de mágoa e tristeza, neste momento Anna passou por eles olhando reto, com certeza não queria parecer curiosa, mas sua linguagem corporal dizia o contrario.

"Não tente me investigar Srta. Del Ray." pensou Barry.


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Notas finais do capítulo

Tentei o meu melhor peoples lindas, espero que tenham gostado, porque eu estou realmente adorando escrever para vocês sobre algo que eu curto tanto. Beijos, deixem reviews, isso faz a autora sooo happy! :D