Love me like you do escrita por MorgsValdez


Capítulo 2
Adeus


Notas iniciais do capítulo

Aqui eu vou contar como e porque ela saiu da cidade onde mora, e um trechinho de quando ela chega em Central City. :*



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Meu celular tocava insistentemente sobre a mesa do computador, Gianluca, de novo. Era talvez a quinta vez que ele me ligava, eu já havia perdido as contas desde a noite passada. Eu não podia encontrar paz junto dele, e ele parecia não conseguir entender isso. Mas ele também não pensava em mudar. Depois de seis anos juntos, ele ainda desconfiava do meu caráter, e isso eu não ia mais permitir.

Quando duas pessoas se amam, não vai ser na primeira briga que vão se trair, ou então fazer algo para magoar ou desrespeitar o outro, mas desde a minha primeira briga com Gianluca ele demonstrou tal pensamento, mas eu não sou assim. Eu nunca faria algo assim. Peguei meu telefone e o desliguei, eu só queria paz, já fazia uma semana que não nos víamos e isso ajudou a clarear minha mente.

Estava quase terminando minha última mala quando minha mãe, Monica, entrou no quarto.

– Oi filha, quase lá? – perguntou ela encostada ao beiral da porta.

– É não falta muito. – falei mostrando o quarto quase vazio.

– Tem certeza que vai ficar bem? Digo sempre te incentivei a fazer o melhor para ti, mas não é radical demais se mudar?

Eu sabia que minha mãe estava tentando esconder o estado de nervos que estava, eu nunca havia ficado longe dela por muito tempo, mas morar sozinha em outra cidade era muito para ela, no entanto, era tudo para mim.

– Mãe, eu preciso. Eu quero. Vou ficar bem. – falei pausadamente.

– Certo, o caminhão da mudança chegou. – avisou e saiu, ouvi um nariz sendo soprado ali perto.

Enquanto carregavam minhas coisas para o caminhão, ouvi uma voz familiar vinda de fora, era como um pesadelo, eu não podia acreditar que ele veio até aqui. Gianluca nunca havia se dado muito bem com meus pais, até mesmo evitava ir à minha casa, mas ele veio. Veio quando eu estava partindo, e eu não pretendia voltar atrás com a minha decisão.

Desci calmamente as escadas do meu quarto carregando minhas malas para a sala de estar, e lá estava ele. Por maior que fosse o meu ressentimento, vê-lo sempre me abalaria, ver sua pele morena clara coberta por roupas tão bem combinadas, uma calça jeans com uma camiseta pólo azul escura. Seus olhos verdes me encontraram. Eles me dominaram desde o primeiro dia que eu o vi naquela livraria, ele não gostava muito de ler, só tinha ido fazer companhia para o irmão mais novo. Na época, eu não sabia o quanto ele era possessivo e ciumento, apenas suas palavras e seu sotaque italiano importavam, mas agora, só me causava uma angústia que comprimia meu peito ao lembrar nossos momentos bons juntos.

– Anna, você não pode. Não pode me deixar. Io ti amo! – falou ao me ver.

Gianluca começou a pegar as malas da minha mão e jogá-las no chão, ele me abraçou e começou a chorar. Quantas vezes eu cedi as suas lágrimas, quantas vezes eu quis dizer “não” e acabei dizendo “sim” por seu choro, mas não hoje. Eu não ia mais me permitir sofrer. Eu ia guardar aquele amor em uma gaveta, e depois jogá-la ao espaço sideral e nunca mais ter notícias de tal. Eu quero ser feliz. Mesmo que eu precise ficar sozinha para me encontrar.

– Não ama não, - falei passando a mão nas suas maças do rosto – você se apegou a mim, mas nenhum de nós dois está feliz. E eu vou embora Gianluca, não me procure mais.

Cada palavra me dilacerava por dentro, eu queria me render aos seus olhos lacrimosos, queria poder falar que eu o amava que poderíamos tentar de novo, mudar um pelo outro. Mas então me vinham às memórias, memórias que me mostravam o quanto eu mudei por ele, esqueci meus amigos, minha família, me dediquei completa e inteiramente a alguém que não estava disposto a mudar por mim. Então eu me fortalecia.

– Eu te amo sim, eu te amo como nunca amei ninguém, não faz isso com a gente, per favore. – agora ele já estava encharcando a minha blusa. Mas não.

– Não Gianluca. Adeus. – falei e corri para o carro.

Dei um beijo em minha mãe que esperava lá fora, inspecionando o carregamento dos meus móveis, mas não podia me despedir por muito tempo, Gianluca ia tentar me parar, e desta vez, eu não ia desistir de mim mesma. Adentrei o carro e me arrumei, só tive tempo de ver os olhos verdes me buscando, quando arranquei o carro em direção a Central City.

...

Central City é realmente linda, sair de uma cidade pequena para ver aquele lugar imenso me fazia sentir bem, menos caipira, era como ter todas as fichas na mão para esquecer o meu passado. Ao chegar ao meu novo apartamento abri a porta e suspirei, era ali que eu moraria de agora em diante, sem mãe me ordenando o que fazer, sem Gianluca para me vigiar e perguntar por que eu demorei um milésimo de segundo para responder uma mensagem e me acusar de algum tipo de traição. Apenas eu e meu apartamento. Com certeza eu mudaria o papel de parede, na verdade eu pintaria. Enquanto eu examinava o lugar, ia imaginando o lugar de tudo, onde eu colocaria cada móvel, e ficaria tão lindo de acordo com a minha mente.

As buzinas do caminhão da mudança me fizeram acordar para a realidade, suspirei e abri a porta, eles iam trazendo o sofá primeiro, e abri espaço para eles entrarem, comecei a explicar onde eu queria cada coisa, quando algo inesperado aconteceu. Eu já havia ouvido falar do tal de Flash de Central City, um borrão vermelho que ajudava pessoas, um tipo de alienígena ou homem com super velocidade. Mas o motivo dele ter arrumado toda a minha casa em um piscar de olhos não fez sentido nenhum.


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Notas finais do capítulo

Okay, eu já estou nervosa e ainda nem postei o primeiro cap, eu sou muito carente de reviews sabe... Então se alguém lindo quiser deixar um, eu ia ficar super feliz *-* Espero que gostem, beeijo! :*



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