Save me escrita por Vany Myuki


Capítulo 13
A cabana


Notas iniciais do capítulo

E aí, minha queridas Leitoras?
Estão querendo minha cabeça num prato de rosbife que nem a Nath? Sim ou Claro??? kkk
Ok, eu estive super ocupada. Na verdade ainda estou.
Estou na correria de mudança.
A casa tá uma bagunça >.
Ly, muito, muito, muito obrigada pela linda recomendação.
Acredite: eu surtei quando li sua recomendação.
É tão gratificante saber que a fic está agradando *-*
Muito, muito, mais muito obrigada mesmo, Ly ♥
Portanto, sem mais delongas, aqui está um novo capítulo para a Ly, Nath e todas as outras leitoras incríveis.
Ps: me desculpem o péssimo capítulo, não tive tempo de caprichar mais :'(
Mas vou melhorar no próximo capítulo ;)
Bjs



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P.O.V Autora

_O que está acontecendo?_brandiu Abby, percebendo o alvoroço de corpos e vozes que titubeavam do lado de fora da arca.

Para seu total desespero, ninguém parecia ouvi-la, estavam ocupados demais absortos num frenesi sem igual.

Enquanto lutava para passar pelo mar de pessoas que cercava o portão principal do acampamento Abby captou vozes vindo do lado extremo, que gritavam ordens com raiva imanando de cada sílaba.

Para sua felicidade, ou pelo menos alívio temporário, Marcus apareceu ao seu lado, empurrando as pessoas sem cerimônia, enquanto abria caminho para que os dois passassem.

_O que acha que está acontecendo?_perguntou Abby para ele, enquanto deixava-se ser puxada por entre a multidão.

O rosto de Marcus estava preocupado, denunciando um pressentimento que há muito se instalara em Abby.

_Vamos descobrir._garantiu ele apertando a mão dela, um conforto em meio o caos que se instalava ao redor de ambos.

Por fim, quando achou que seria impossível alcançar o portão, Abby viu o metal reluzir diante de seus olhos.

Marcus tomou a dianteira ao lado de um soldado, o rosto vincado de preocupação.

_O que está acontecendo?_perguntou Marcus, olhando a floresta com atenção redobrada.

O jovem soldado virou-se para Marcus, suas mãos apertando o metal da arma com urgência entre os dedos.

_Não sabemos dizer, senhor. Mas vimos muitas movimentações desde ontem.

_Alguém tentou passar nossas defesas?_perguntou Marcus, seus olhos atentos no soldado.

_Ainda não. Mas, por precaução, mandamos um grupo de quatro homens rastrear o perímetro.

Abby, mesmo sem ser convidada, se aproximou do cadete e de Marcus.

_Qual o problema, então?

O soldado olhou para a Chanceler e, em seus olhos, Abby pode ver a frustração e a impotência.

_O problema é que nenhum deles voltou.

Abby reprimiu um suspiro, enquanto do seu lado Marcus passava as mãos pelos cabelos, ciente de que o desaparecimento do grupo não era um bom presságio.

***

_Eu estava preocupada com você._confessou Selenia, enquanto ajeitava os cabelos desgrenhados no alto da cabeça.

Lars, que vestia o resto de suas roupas, olhou para a garota com um olhar interrogativo.

Selenia sorriu envergonhada, se pondo de pé e indo em direção a Lars.

_Achei que estivesse evitando que eu lhe visitasse._disse dando de ombros, enquanto enroscava suas mãos pelo pescoço do rapaz.

Lars, embora convivesse a muito tempo com Selenia, ainda se sentia hesitante quanto a contar sobre Clarke. Ele sabia que poucas pessoas na aldeia, caso viessem a saber de Clarke, aceitariam acolhe-la sem maiores confrontos e, por algum motivo, tinha certeza que Selenia não faria parte do pequeno grupo disposto a não matá-la.

_Eu apenas estava cansado._mentiu, dando-lhe um pequeno beijo no canto da boca.

_Sabe..._Selenia se desvencilhou dele para encará-lo, o rosto tomado por dúvidas_Eu estava imaginando o que o fez mudar de idéia sobre nós.

_O que têm "nós"?_questionou o rapaz confuso, enquanto via o sol desaparecer por detrás da montanha, anunciando que logo Tristan apareceria.

_Eu não sei. Me diga você._pediu a garota, as mãos tensas cruzadas em frente ao peito.

Lars se sentiu preso em uma emboscada.

Ele, decididamente, tinha muito apreço por Selenia, talvez sentia, até mesmo, algo muito mais forte pela garota do que mero carinho.

Selenia havia sido sua companheira em aventuras, em risadas e na vida.

Ela o satisfazia com seu jeito rude, meigo e enraivecido de ser.

Ela o desejava e satisfazia seus desejos de todas as formas possíveis.

Para Lars era claro que ela o amava, que ela desejava que ambos fossem muito mais do que meros amigos com benefícios, por algum motivo, um que Lars desconhecia, ela não se sentia tentado a largar tudo em prol de alguém. Ele ansiava por liberdade. Não por uma vida ao lado de Selenia.

_Nós estamos bem. Como sempre._sintetizou ele, um pouco exasperado.

Os olhos de Selenia assumiram uma expressão cansada, seu rosto, antes alegre, era agora apenas uma lembrança do que fora outrora.

_Você nunca vai me amar, não é mesmo?!_não chegava a ser uma pergunta.

Lars se sentira impotente, não desejava magoar Selenia, pelo muito contrário.

_Me desculpe, Selenia. Eu gosto de você, gosto de verdade._suas palavras eram sinceras demais para discordar.

_Mas não me ama. Não largaria tudo por nós._finalizou ela, convicta de suas palavras.

Os ombros de Lars cederam um pouco.

Ela estava certa, afinal.

_Eu...me desculpe.

Selenia deixou escapar um suspiro.

_Tudo bem._garantiu quebrando a barreira que os separava e envolvendo Lars com seus braços.

_Selenia, acho que você não entendeu bem._disse Lars tentando se desvencilhar da garota, mas sendo impedido pela mesma.

_Não, Lars. Acho que foi você que não entendeu direito._os olhos de Selenia brilhavam, enaltecendo-os ainda mais os mesmos._Eu te amo e não vou desistir de você. Se tiver que lutar pra ficar com você, então eu vou lutar. Não me importa o que você diga para me deter, eu sei que posso conquistar seu coração.

_Selenia, por favor...

Mas Lars foi interrompido com um beijo faminto, que congelou qualquer que fosse as palavras que o rapaz estava prestes a proferir.

O beijo de Selenia iniciou ardente, culminando em pele contra pele, suor sob suor, enquanto a garota sentia seu amor por Lars se intensificar na medida que ele a tornava sua mais uma vez naquele dia.

Quando as respirações haviam recuperado seu ritmo normal, o corpo parado de tremer por desejo, Selenia entrelaçou suas pernas nas de Lars e apoio sua cabeça no peito do mesmo, ouvindo cada batida acelerada de seu coração.

_Você vai ser meu, Lars. Eu prometo._murmurou contra a pele do rapaz.

_Não se pode ter tudo que se almeja, Selenia._garantiu o rapaz, enquanto deixava seus dedos correrem pelo fios de cabelo da garota.

_Eu vou ter. E, no fim, você vai me agradecer por ter insistido._garantiu ela, se aconchegando ainda mais à Lars.

E, com Selenia ao seu lado, Lars adormeceu, esquecendo totalmente de Tristan e da prisioneira.

***

_E aí, já podemos ir?_perguntou Clarke, enquanto se escondia atrás de uma pilastra de madeira.

_Não. A porta está trancada. Eles ainda devem estar lá dentro._falou Tristan carrancudo, enquanto tentava imaginar o que faria a seguir.

Para a surpresa de Tristan, Clarke não falou nada, apenas se manteve abaixada e quieta, livre de qualquer olhar curioso.

_Você está bem?_perguntou o rapaz, se amaldiçoando assim que percebera o tom de preocupação em sua voz.

Clarke levantou o rosto, seus grandes olhos azuis encarando o mar dos olhos de Tristan.

_Sim._falou sem rodeios.

Tristan poderia ter aceitado a breve resposta sem questionar nada, mas não o fez.

_Pelo jeito vamos passar mais um tempinho aqui fora. Você pode decidir me falar logo de uma vez, ou pode ficar calada por longas horas. Você decide.

Clarke o encarou, sorrindo fraco.

_Você tem um senso de humor negro. Sabe disso, não é?

_É um dos meus charmes._garantiu o rapaz.

Ambos riram, compartilhando da presença um do outro.

_Eu estava pensando no meu grupo. Principalmente na minha mãe._confidenciou a garota.

_Ela deixou você partir?_perguntou Tristan interessado.

_Na verdade eu nem me despedi._alegou a garota, percebendo o olhar de Tristan sobre ela.

_Como assim? Você simplesmente foi embora?_o tom do rapaz não era rude como Clarke lembrava-se, na verdade era calmo, como se estivesse se importando com a resposta.

_Eu precisava vir embora. Não aguentaria olhar para cada rosto e lembrar o que fiz. Seria um sacrifício muito grande. Eu sei que parece egoísmo pensar dessa forma, mas eu não conseguiria. Foi melhor assim._concluiu com um leve sorriso, mas em seus olhos a tristeza era evidente.

_Quer dizer que ninguém sabe que foi embora?_emendou Tristan, querendo que a garota do céu não se refugiasse no silêncio de seu interior novamente.

Clarke levantou os olhos e o rapaz percebeu um brilho leve reluzir nos mesmos.

_Não. Eu me despedi de alguém, sim._confidenciou com um olhar abatido, como se estivesse revivendo suas lembranças novamente.

Tristan não falou nada, sabia que era um território particular de Clarke, ela falaria caso desejasse.

_Ele se chama Bellamy. Foi o único que pude me despedir.

Tristan se remexeu desconfortável, incapaz de fingir imparcialidade.

_Seu namorado?_sua voz saiu seca, tão seca quanto o gosto amargo em sua boca.

A pergunta despertou Clarke de seus devaneios com um salto.

_Belllamy? Não! Ele é um amigo, apenas._as palavras saíram atrapalhadas, envoltas uma nas outras de forma indeterminada.

_Se não é um namorado não deveria ficar tão inquieta._salientou ele se pondo de pé, enquanto fingia examinar o acampamento.

_Eu não estou inquieta._defendeu-se Clarke, seu tom se tornando defensivo._Bellamy e eu nunca nos suportamos. Mas não posso negar o quanto nos aproximamos durante a guerra. Nós temos um vínculo, sim, mas isso não quer dizer que seja amoroso.

Tristan encarou Clarke, que agora estava de pé, seu queixo prontamente levantado, como se estivesse prestes a enfrentar seu maior inimigo.

_De qualquer forma isso não me interessa. O que você faz ou deixa de fazer é problema único e exclusivamente seu._argumentou Tristan, querendo pôr um fim naquela conversa.

_Se é assim, por quê ainda não estou livre?_questionou a garota, as mãos fechadas em punho.

Tristan respirou fundo e segurou Clarke pelos braços, seu rosto a centímetros do dela.

_Porque, por alguma razão, Lars acredita que você precisa de ajuda. E se isso vai beneficiar à todos nós é meu direito garantir que você se mantenha a salvo._salientou, seu rosto encarando o de Clarke de perto. Incapaz de desvencilhar-se.

_Que seja._soltou Clarke, incapaz de formular uma frase, quando a proximidade de Tristan lhe deixava vulnerável.

O rapaz engoliu em seco e largou, com um pouco de esforço, a garota.

_Vamos, então. Não podemos ficar aqui fora muito mais tempo.

_Mas o Lars ainda está lá dentro._argumentou Clarke.

Tristan suspirou.

_Vamos ter que passar a noite em outro lugar._avisou ele, ser aprumando.

_O que você tem em mente?

Tristan virou-se, incapaz de ficar encarando a reação de Clarke.

_A minha cabana.


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Notas finais do capítulo

Até logo ;)
Comentem e recomendem!
Bjs e abraços ♥