Um final alternativo escrita por Andy
Notas iniciais do capítulo
Desculpem os que reclamam do tamanho dos Cap, tentarei deixar este maior.
Três dias se passaram, e passamos bem. Três dias juntos conversando, jogando,brincando e rindo sem preocupações. Chega a ser irônico fazer isto tudo em um hospital, mas é como somos.
Finalmente obtive alta, Alluka me ligou um dia antes, mas Gon me ajudou a mentir. Ele não mentiu exatamente, disse que eu estava com ele e que ficaríamos um tempo juntos, o que creio eu, não era uma mentira.. Ela pareceu feliz e disse pra não nos preocuparmos com nada, creio que ela esteja destruindo o apartamento com as amigas, mas não é um problema. Aliás, perdi a noção do que é de fato um problema a muito tempo. Acho que seria ruim dizer a ela sobre o... motivo de eu estar no hospital todo este tempo.
Gon decidiu por ficarmos em seu apartamento na cidade vizinha, ele disse que queria me mostrar o lugar que comprou com o dinheiro dos trabalhos como hunter. Mas estava claro para mim suas intenções... como eu já disse, Gon não é do tipo que sabe esconder seus sentimentos ou intenções. Ele queria respostas, mas não sabia como chegar as respostas. Durante toda a viagem ele me pergunta se me sinto bem. Vê-lo preocupado chega a ser fofo, apesar que odeio pessoas se preocupando a toa comigo. mas não posso reclamar, depois de como fiquei no hospital, ele tem lá seus motivos...
Bem, depois do tempo que passamos no hospital, não há mais em mim a insegurança desesperadora de antes. Claro que ainda sinto medo, ainda sinto muito medo do que pode vir. E principalmente, sinto medo dele me odiar. Pode parecer algo insano e idiota, mas eu prefiro morrer o amando como amigo, do que conviver com ele me odiando. É incoerente e egoísta morrer daquela forma, deixando meus sentimentos em um diário velho, eu não seria sincero nem com ele nem comigo mesmo. Mas depois de tanto me corroer a mente com este sentimento que insisto em sentir... O que ele diria ao saber o que sinto? Pior que isto, Gon...
–Killua -Meus pensamentos se quebram com sua voz como sempre - Você ta me ouvindo?
–Ah desculpa. Eu tava distraído.
–Chegamos.
Ele estaciona e quando me dou conta, ele já abriu a porta e está tentando me ajudar a sair.
–Eu sei andar idiota, não sou um bebê. - Não digo por mal, mas não sei reagir a algo que me envergonha. Ainda mais diante de Gon... patético, aquele que mais tenho intimidade é justamente pra quem menos demonstro meus sentimentos.
–Tá tá. Vem, é por aqui.
Subimos um andar, ele insiste em ficar grudado ao meu lado muito mais perto que o normal, vendo que ainda me sinto um pouco tonto devido aos remédios. Mas a subida não tem problemas. Chegando, finalmente posso me sentar em um sofá macio e descente, diferente da maldita maca de hospital.
– Vou pegar algo pra beber e pedir pizza, objeções?
– Nenhuma, só que a minha sem cebola ein.
– Sim senhor.
Enquanto aguardamos a pizza, ele se senta a minha frente com um refrigerante e começa a sorrir me encarando.
– O que foi? - dou um gole e tento disfarçar. Eu realmente odeio suas ações vergonhosas como essa.
– Eu tenho certeza que você ainda gosta. - Ele estende a mão, com um chocorobot. Meus chocolates preferidos... uma das únicas manias que não larguei desde a infância. - Pode pegar, eu sei que você quer. Posso ver seus olhos brilhando enquanto olha hahaha.
Pego o encarando e sorrio. Eu sei, e como sei. Tudo isso vai me iludir de novo, vai me destruir. Gon está sendo... GON! E isso vai ser novamente minha maior fraqueza, mas uma coisa eu não posso negar: Ele está tentando me fortalecer, me ajudar a levantar. Não sei o que pode vir pela frente, mas tudo que posso fazer... é me afogar agora que estou molhado e cercado por água.
–Você não vai falar por que estava no hospital intoxicado com álcool e uma duzia de remédios vai?
Ele me pegou de surpresa, mas eu deveria esperar isso. Ele é direto e extremamente simples. Ele continua sorrindo me encarando, parece que ele quis perguntar no bom humor.
–Gon eu... -Não sei se respondo ou peço um tempo. Não, não há como eu responder agora, ao menos não sem mentir. E de mentiras já basta tudo o que tenho feito.
–Entendi. Você não ta pronto. Desculpa Kill. Pode levar o tempo que quiser, mas preciso te dizer uma coisa - Sinto sua confiança nas palavras. Este lado do Gon está mais forte, sua determinação sempre foi a luz que me cegava nele, mas agora ela está impressionante, me sinto seguro e confortável com suas palavras. É como se ele pudesse me consolar apenas falando. - Eu não vou sair do seu lado até que me diga tudo que aconteceu, porque e principalmente, tiver certeza que não vai fazer de novo.
–Gon... - Ele consegue dizer tudo isto sorrindo, tento pensar no que dizer, mas sinto meus olhos borrarem sua imagem. Lágrimas me tomam conta, e não posso conter. Tantos pensamentos pausando cada ação minha, a culpa a cada sorriso sincero que vejo em seu rosto me olhando, cada aperto no peito ao pensar na sua reação sobre a verdade. Tudo junto me faz desabar sem conseguir mais conter, é como se todo meu chão estivesse quebrado agora. Gon apenas me abraça, enquanto choro aos gritos sem me importar com barulho ou a situação em si. Choro como sinto que deveria ter feito a ANOS atrás. Como uma criança que quer o consolo dos pais, e sinto que o abraço de Gon é este consolo que tanto precisei e ainda preciso... e isto me faz chorar mais. O silêncio toma conta do apartamento restando somente o som do meu pranto desesperado e pesado.
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Escrever bêbado (MUITO) e sem erros de português é difícil. Não tentem.