Um final alternativo escrita por Andy


Capítulo 5
Porque?


Notas iniciais do capítulo

O amor não é regrado. Talvez nada neste mundo seja...



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Não sei porque, ele não fala nada. Apesar de sentir que horas passaram, sei que não superam 2 minutos que estamos assim. Ele não sabe o que dizer? Espera que eu fale primeiro? O que houve com o diário? Ele já sabe? Se souber me odeia, se não souber está confuso e decepcionado. De qualquer forma a situação não é boa, a situação é complicada... Mas preciso dar início a isso, já fugi demais e, mesmo que eu quisesse fugir, neste momento não tem pra onde.

–Gon...

–Killua...

Nos encaramos assustados, creio que ao mesmo tempo. Ele mantém os olhos em mim, meio corado. Tento dizer algo novamente mas ele começa a rir, rir alto e descontroladamente.

–Hey, ria baixo idiota... hahaha - Começo a rir junto, é contagiante. Consigo esquecer um pouco todo este sentimento pesado de culpa, arrependimento, desespero, tristeza e DOR. E consigo só rir com ele novamente... é nostálgico, mas pela primeira vez em anos é uma nostalgia boa que me toma conta. Rio cada vez mais, minha barriga dói muito por conta do riso e dos problemas que o médico falou. Mas eu não ligo, só quero rir e aproveitar este momento.

Aos poucos a crise de riso passa, e nos olhamos sorrindo. O clima pesado caiu de vez, voltamos ao passado... ambos com 12 anos sorridentes por nada.

–Eu espero Killua. - Suas palavras apesar de saírem doces e calmas, são firmes e sérias. Não o sério que repreende ou domina, mas um tom sério de evitar brincadeiras sem magoar, sem intimidar. Uma seriedade única, que só o Gon sabe demonstrar - Espero até que você esteja pronto pra conversarmos. Por enquanto apenas descanse pra se recuperar. Eu vou ficar ao seu lado o tempo que precisar, prometo.

Ele termina sua fala e sorri. Desde o começo ele sempre foi assim, me deixando sem graça com palavras doces e vergonhosas, palavras que eu não diria nem em pensamento. Seu jeito doce não mudou nada Gon, e isto me deixa feliz. Ainda me preocupo com muita coisa que já citei antes, ainda sinto muita dor... mas me dói menos sofrer por um Gon que não mudou. É contraditório, mas perdi a vontade de tentar entender meus sentimentos a muito tempo.

–Obrigado... Então, me conta o que esteve fazendo todo esse tempo? Não mantivemos muito contato e...

–Ahhh sim, eu preciso te contar muita coisa, espera - Depois de me interromper espontaneamente ele corre até sua mochila no canto do quarto e volta sorrindo novamente. - Olha, eu tirei várias fotos pra te mostrar os lugares onde passei. Eu visitei a Mito-san, encontrei com o Leorio e participei de uma caçada de monstros raros com alguns hunters novatos que a organização me pediu.

Ele está empolgado, não está fingindo evitar o assunto que tínhamos nos pesando antes. Ele realmente está leve e feliz em poder compartilhar tudo isto comigo. Eu também não tenho mais nenhum dos meus medos e dores em mim neste momento, por enquanto só tento aproveitar ao máximo o momento raro de felicidade. Felicidade sincera e admito, grande. Ele deixa a cadeira onde estava e se senta ao meu lado para me mostrar o álbum, ajeitamos os travesseiros e nos encostamos na parede pra ver as fotos. A cada uma, uma história diferente de Gon me fazendo imaginar as coisas engraçadas e divertidas que ele viveu.

Consigo ver sua felicidade em partilhar comigo seus momentos, lembranças e descobertas. Parece que você só cresceu nas experiências Gon, pois continua o mesmo garoto extrovertido e inocente de antes. Este momento poderia e deveria durar para sempre. Eu daria qualquer coisa pra que jamais terminasse... qualquer coisa!


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Notas finais do capítulo

To be continue...



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