Dona escrita por Naluiza


Capítulo 9
Ceia de natal


Notas iniciais do capítulo

Yaaaaaay, gente! Capítulo de natal na páscoa para vocês. Aliás, feliz páscoa, malfreds!



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— Ah, Comendador, você não me engana! Enquanto estiver comigo, só nós dois, você vai sempre ser assim.

— E eu amo ser assim com você, Maria Marta Medeiros.

— De Mendonça e Albuquerque! – os dois riem, e, assim, adormecem: felizes.

O dia amanhece e o casal não nota. Maria Marta é despertada pelo choro dos gêmeos.

— Zé! Zé! Zé!!!! – a Imperatriz chamava impaciente, e o marido não acordava – JOSÉ ALFREDO, ACORDA!

— What the hell, Marta!? A casa ta pegando fogo? – o homem acorda assustado.

— Se veste rápido! Já amanheceu, as crianças já acordaram, e, provavelmente, os outros também. Bora, José Alfredo!

— Calma, mulher. – o homem de preto vestia sua calça, enquanto a mulher já estava completamente vestida.

— Ajeita esse sofá, José Alfredo. – ela pegava a blusa do homem que estava no chão e a entregava.

— Calma, não fizemos nada de errado. Somos marido e mulher.

A morena ri.

— Estamos parecendo dois adolescentes que namoram escondidos dos pais, isso sim.

— Então, somos casados, adultos, já trabalhamos, criamos nossa família, agora temos que aproveitar a vida. – ele beijou a mulher, que deixou se envolver no beijo e não percebeu quando Cristina entrou na sala. Envergonhada, a menina acabou esbarrando em uma luminária de chão, o que chamou a atenção dos imperadores. Marta, envergonhada, se escondeu no ombro do Comendador, que a abraçou.

— Bom dia, minha filha. Dormiu bem?

— Bom dia, pai. Desculpa, eu não queria atrapalhar, é, eu só vim... Eu só vim ver onde você estava e... Tchau, já to indo.

Depois que a menina sai, Marta olha pra Zé, ri, e depois finge estar irritada.

— Ta vendo o que você fez, seu jumento?

— Eu? Você que fica me provocando... E ficou toda envergonhada, nem parecia a Imperatriz que se faz de fortona por aí. – ele ri dela, enquanto põe uma almofada que estava no chão, em cima do sofá. – Cadê seu pinguim de geladeira, hein?

— Deve ta fazendo o café porque sabe que a patroa aqui é muito enjoada.

— Vou lá fazer minha tapioquinha, bye bye.

— O que eu faço, Zé? Todo mundo já deve ter acordado!

— E dai, Marta? Vai tomar teu banho! – deu um beijo na mulher, e virou as costas.

— Bode velho, me deixou sozinha. Se bem que toda vez é isso, mas ele sempre volta... – seguiu para seu quarto.

Chegando no quarto, ouve risadas de Clara e Cristina. Respira fundo, cria coragem e abre a porta.

— Bonjour, impératrice! Dormiu bem? – a filha carregava um semblante cínico.

— SE eu dormi, sim. Maravilhosamente bem! Bom dia, meninas. – a Imperatriz seguiu para seu banheiro.

— Eu disse, mãe. Eu disse!!! – a filha seguiu atrás – Eu e a Cristina já até falamos com o Zé Pedro, ele e a Amanda vão para um hotel hoje, nós duas vamos para o quarto deles, e vocês ficam aqui.

— Que ideia, Maria Clara!??!?! Jamais! O meu filho vai ficar aqui na minha casa. Onde já se viu? – a mãe vira e encara a filha.

— Ah, mãe... Fala sério. Aí a gente vai dormir aqui enquanto vocês transam na sala? – Cristina abaixa a cabeça, constrangida.

— Mas o que é isso, Maria Clara? Eu sou sua mãe! – Maria Marta ficou corada tamanha a vergonha.

— Já ta resolvido, mãe. Tchau. Vamos esperar você para o café. – dando um beijo no rosto da mãe, ela chama Cristina, que sai, sorrindo.

Maria Marta vai para o seu banheiro e prepara seu banho. Ouve uns gritos vindo da sala e percebe que é por causa da presença de José Alfredo. Automaticamente, sorri. No banho, lembra do que a filha falou e fica feliz. Realmente era o certo, eles precisavam ter privacidade. Logo agora, que estava tudo indo bem... Decide se juntar à família, mas antes passa pela cozinha.

— Bonne journée! Tout est prêt pour le souper? – a Imperatriz pergunta aos empregados se já está tudo pronto para a ceia de natal, que afirmam que sim.

Então segue para a sala de jantar, onde a família estava reunida tomando o café.

— Bom dia!

— Bom dia, vó. – a menina respondeu.

— Vovó, sabia que o Papai Noel vai deixar o nosso presente aqui na sua casa? – Alfredinho, lambuzado, parecia ansioso.

— Jura? Mas como ele vai entrar aqui se não tem a chave? – a matriarca sentou em seu lugar na mesa.

— Ah, mas ele sempre entra... Lembra que ano passado ele deixou os nossos presentes no quarto sem ter a chave? – Martinha entrou na conversa.

— Aqui é outro Papai Noel? Será se o lá do Rio sabe que a gente ta pra cá?

— Claro que sabe, amores. É só um pra entregar presentes pro mundo inteiro, mas ele nunca falha. Agora vamos deixar de conversa e tomar café, não é? – servindo a xícara de café, ela se vira para os outros, que estavam prestando atenção na conversa dela com os netos – Dormiram bem?

— Eu, a Du e os lekinhos sim. Muito maneiro aquele quarto, mãe. – disse o caçula.

— Eu dormi bem, o Pedro que não parou de se mexer. – falou Amanda.

— Eu estava com muito frio! – o primogênito se defendeu.

— Eu dormi muito bem. – Clara olhava para a mãe, sorrindo.

— Claro, dormiu no colchão da coroa. – Lucas provocou a mãe.

— Coroa é sua avó!

— E você, pai, dormiu bem? – a designer perguntou.

— SE eu dormi, sim. Maravilhosamente bem! – Clara e Cristina trocam olhares assustados, os imperadores haviam dado a mesma resposta.

— E você, mãe? – ela sabia que a mãe estava com raiva.

— E eu o quê, menina? – neste momento José Alfredo belisca a coxa de Maria Marta por baixo da mesa – AI!

— Qual é, mãe?

— Nada, Lucas. Sim, Maria Clara. Dormi bem. – ela estava estressada, enquanto o marido sorria disfarçadamente.

Seguiram o café assim, família unida e de vez em quando trocando algumas farpas, como bons Medeiros de Mendonça e Albuquerque. Cristina já estava mais a vontade, e conseguia participar das brincadeiras.

Ceia de natal...

— Não, José Alfredo, para... Todos já estão na sala esperando a gente! Você vai amassar meu vestido, Zé. – Maria Marta tentava se esquivar dos abraços e beijos do marido, quando Alfredinho bate na porta do quarto. Marta arranja um motivo para se desvencilhar do abominável homem de preto.

— Bora, vovó!

— Bora! Vem, Zé!

Chegando na sala, todos elogiam a Imperatriz, que estava com um vestido longo vermelho, que definia bem suas curvas e fazia uma boa combinação com seus olhos. Na hora do brinde, Marta pede a palavra.

— Eu preciso agradecer a presença de todos vocês aqui. Meus filhos, minhas noras, meus netos e minha mais nova enteada. – neste momento José Alfredo cutuca a mulher, como se fosse uma forma de fazê-la lembrar da presença dele, o que arrancou risada de toda a Família Imperial – E de você, Zé. Obrigada, meus filhos, por sempre estarem comigo e me apoiarem em todas as minhas escolhas. Obrigada, minhas noras, por cuidarem tão bem dos meus filhos e você, Du, muito obrigada por ser a melhor mãe pros nossos lekinhos. Cristina, querida, seja muito bem-vinda à nossa família. Nós sempre brigamos, mas no fundo, a gente se ama. Adorei conhecer você. Prometo que vou ser uma madrasta muito competente.

— E chata. – falou Lucas, que levou um "shiu" da mãe.

— Eu nunca imaginei que fosse passar um natal com a minha família na minha casa em Genebra. Esses dias que vocês passaram comigo foram os mais felizes desde quando decidi morar aqui. A porta da minha casa vai estar sempre aberta pra todos vocês, inclusive você, Cris. Vamos brindar a nossa família.

— O amor. – neste momento Marta olhou para José Alfredo e os dois sorriram, discretos.

— O sucesso.

— Genebra.

— Felicidade!

— E que passemos mais inúmeros natais assim, juntos.

— Amém. – todos respondem.

E, então, o som das taças se encontrando emocionou a todos, principalmente aos Imperadores, que sem se preocuparem com os outros, se beijaram. Um beijo dócil, feliz, apaixonado. Um beijo realizado. A família, incrédula, aplaude.

— Ah, por isso que a Clara me mandou pro hotel né? – José Pedro olhou para Clara, que piscou para o irmão.

— Gente, acho que to delirando. É isso mesmo que to vendo? – João Lucas foi para perto dos pais – Vocês não sabem o quanto sonhei com isso. Eu quero vocês felizes, mas, principalmente, juntos. Amo muito vocês. Obrigada por tudo! – o caçula abraça os pais.

José Pedro e Maria Clara também se juntam ao abraço, seguidos de Du, Amanda e os gêmeos.

— Vem também, Cris! – a menina, então, se junta ao abraço da família imperial, sua mais nova família.

Neste momento, Du pega seu celular e tira uma selfie de todos: Maria Marta e José Alfredo atrás, com os netos no colo. Mais a frente Lucas, Cristina e Clara, seguidos de Pedro e Amanda.

"Maintenant, Medeiros de Mendonça e Albuquerque clan et est complète. Feliz natal!" escreveu Du na legenda da foto, que foi publicada no Instagram.

A família tirou várias fotos para dividir com os seguidores nas redes sociais. O resto da festa foi assim: cheio de amor! Maria Marta e José Alfredo não se desgrudavam nunca, e Cristina já se sentia em casa. A Imperatriz distribuiu presentes para todos, como boa matriarca que era. E recebeu também. Já era tarde quando resolveram dormir. Os adultos haviam bebido muito vinho e estavam todos muito alegres, enquanto as crianças, ansiosas.

O casal imperial permaneceu na sala. Entre um beijo e outro, conversaram como fora boa a festa.

— Tenho um presente pra você. – José Alfredo falou.

— Hum... Pra mim? – ela respondeu, não escondendo sua felicidade.

— Claro! Eu tenho certeza que você achou ruim eu não ter te dado nada.

— Achei mesmo. – ela riu.

Ele pega uma caixinha de dentro de seu tradicional terno preto e a abre.

— Para selar o nosso casamento, o nosso amor. – ele olha no rosto da mulher, visivelmente emocionada.

— Zé... É... lindo! – ela se impressiona com o gesto do marido.

— Obra da nossa obra, Marta.

— Sou apaixonada pelos desenhos de Clara, e não é porque é minha filha não, hein!?

— Eu também.

Ele, então, põe o anel com pedras de diamantes no dedo de Marta, que faz um belo contraste com a cor de sua pele. Eles se abraçam e José Alfredo beija o pescoço macio de Maria Marta.

— Nunca imaginei que fosse tão divertido, Marta.

— Claro, faz quanto tempo que você não passa o natal com a gente?

— É tão bom ter criança em casa, a magia do Papai Noel...

— Eu sei! Vamos para o quarto?

Quando chegaram na suíte da Imperatriz, rápido se despiram. Estavam com pressa, como se o mundo fosse acabar e as horas seguintes, as ultimas. José Alfredo a jogou na cama e, em seguida, a beijou. Um beijo urgente. Beijou seu corpo todo até chegar aos pés. Maria Marta não escondia o tesão que sentia quando o marido fazia isso. Voltando para a boca da mulher, continuaram se beijando até que a penetrou. Começou com movimentos leves, que foram se intensificando a pedido da Imperatriz. Depois disso, voltou aos seus peitos, massageando-os, para, então, chupá-los. A morena se contorcia na cama e não falava nada coerente. No quarto, se ouvia as respirações ofegantes, os corações acelerados e os gemidos alterados.

Depois de um tempo, Marta passou para cima do Comendador. Suada e com os cabelos grudados na pele, olhava, ofegante, nos olhos do marido.

— Porra, Maria Marta! – os olhos claros da mulher em direção aos seus o fizeram ter certeza de que nenhuma mulher no mundo substituiria ela. E, em qualquer lugar do mundo, ela seria a melhor. A melhor mulher, a melhor esposa, a melhor sócia, a melhor mãe, a melhor cúmplice, a melhor de todas e em tudo. A sua imperatriz, na vida e além dela. A beijou.

Estavam deitados, abraçados, quando o marido a olha e não hesita em falar.

— Nos amamos por mais de 200 minutos. – o homem tinha um sorriso no rosto e um olhar apaixonado.

200 não é o fim, é só o começo. – ela então sorri de volta, e eles se beijam.

Depois de trocarem carinhos e confidências, adormecem. Na madrugada, a mulher o xinga por causa do cobertor. Ele sorri e a beija, levemente acordado.

— Sai, seu jumento. Me dá, eu to com frio!

— Morre de frio, quatrocentona! – se divertindo, faz cócegas na mulher.

— Seu bode velho, você vai ver só!!! – o homem colou seus lábios nos lábios dela, e a embrulhou de volta.

A relação deles sempre será assim: a briga, a base, e o amor, a reconciliação.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Aceito sugestões, hein?! Cenas hots não são comigo, sou uma criança, gente!
"200 não é o fim, é só o começo" alguém aí sabe de onde tirei isso? Nunca fui tão iludida!
Então, gente, decidi postar o capítulo logo hoje porque entrarei em semanas de provas, portanto, não sei quando postarei o próximo. Aguardo o retorno caloroso de vocês!



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