The Swan Sisters Saga escrita por miaNKZW


Capítulo 9
Capítulo 8 - Familiarização (Segunda Parte)




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Angel acorda e descobre que é hóspede na casa dos Cullens. Lá, ela conhece toda a família e é bem acomodada, se sente estranhamente segura e bem vinda (com algumas exceções). Mas, mais uma surpresa ainda está por vir. Angel finalmente vai conhecer sua irmã gêmea.

 A and B

 

_ Humm... Esme, isso estava realmente delicioso! Obrigada – eu disse depois de engolir o terceiro pedaço de torta.

_ Oh, querida! Que bom que você gostou. Aqui em casa nós não costumamos comer... muito – Esme hesitou e lançou um pequeno sorriso em direção a Alice – É tão bom ver alguém apreciar esse tipo de coisa novamente!

Eu senti meu rosto enrubescer. Eu realmente estava faminta e devo ter devorado aquela refeição como um leão. As três belas mulheres me olhavam como se estivessem assistindo algum filme realmente muito interessante, me senti estranha e incomodada – será que eu havia cometido alguma gafe? Algum crime contra os bons modos?

_ Oh, por favor, Angel! Você não vai ficar com vergonha agora, né? – exclamou Alice notando meu embaraço.

_ Ahn, me desculpe.

_ Não se desculpe, pequena. Você não fez nada de errado. E sinta-se a vontade para comer o quanto quiser! Depois de tanto tempo seu organismo só está tentando repor a energia – Esme tentou novamente me confortar.

Encorajada pelo comentário e ainda não me sentindo satisfeita alcancei mais um pedaço da deliciosa torta. Quando me dei conta – o tempo...

_ Que dia é hoje? Quanto tempo eu dormi?

_ Vinte e duas horas e trinta e seis minutos – respondeu Rosalie do outro canto da sala, sentada à frente do computador. Parecia distante e indiferente – Isso sem contar o tempo que levou para realmente acordar! – terminou ela sem ao menos se virar em minha direção. Aquela garota esnobe estava começando a me irritar.

Vinte e duas horas? Eu dormi por quase um dia inteiro? Não conseguia me lembrar de alguma vez ter dormido por tanto tempo. Sempre tive que acordar cedo para ajudar Nathan na plantação e estava acostumada a poucas horas de sono.

_ Você parecia bastante perturbada, Angel. Carlisle achou melhor lhe dar alguns calmantes para que você pudesse descansar melhor. Já terminou? – eu só acenei que sim e Esme se levantou levando meu prato e o resto da torta de volta à cozinha.

Alice tomou o lugar ao meu lado no sofá:

_ Angel, você conseguiu descansar? Ficamos muito preocupados. Você estava bastante inquieta e chegou até a gritar enquanto sonhava. Parecia estar sofrendo...

Sonhar? Eu não tinha idéia do que eu poderia ter sonhado. E gritar? Eu tinha gritado? O que eu tinha falado dessa vez? Eu sabia que falava durante o sono e Nathan sempre me provocava dizendo que eu jamais conseguiria guardar algum segredo. Eu diria tudo que quisessem saber enquanto estivesse dormindo.

Nathan. Oh, Nathan!

_ Alice, você sabe onde está meu pai?

_ Seu pai? Você quer dizer... Nathan? Bem, eu... eu realmente não sei, Angel.

Esme já havia retornado e prevendo o desespero que estava prestes a escapar de meus pulmões tentou me acalmar:

_ Angel, Nathan não disse onde estava indo. Disse apenas que precisava de tempo para procurar alguns amigos e resolver alguns problemas. E o faria melhor se tivesse certeza que você estaria segura. Carlisle tinha uma... antiga dívida com Nathan, querida, por isso ele te deixou aqui conosco.

Pude ouvir um suspiro de indignação vindo de Rosalie, me virei para olhar e só pude ver seu rosto balançando em tom de negação. Por que Rosalie não gostava de mim? E aparentemente de Nathan também? O que nós havíamos feito contra ela? Eu nunca tinha visto ela ou qualquer um de sua família antes! Ou seria simplesmente arrogância? Que menina mais mau humorada! Resolvi ignorar Rosalie e me concentrei em obter mais algumas respostas:

_ E onde está Carlisle? Como vim parar aqui?

_ Bem, Carlisle te trouxe até aqui depois que ouviu você desmaiar no quarto do hotel. Ele havia prometido a Nathan que cuidaria de você Angel. E que melhor maneira de garantir sua segurança do que te trazer para casa? – Esme novamente.

O hotel. Eu me lembrei do hotel. A carta de Nathan. A carta de despedida que meu pai havia deixado para mim. Comecei a sentir o vazio do abandono voltando depressa quando outra memória me veio à mente. A carta! Charlie, Renée e Isabella. De repente me lembrei do que Nathan havia escrito na carta, que eu tinha uma família. Uma família que sempre fora minha, mas que eu nunca soube que existia. Eu precisava saber quem eram eles. Onde estavam. O que teria acontecido com eles depois que eu fui levada. Será que eles me aceitariam de volta? Será que eles sabiam da minha existência? Será que sentiram minha falta?

Dúvidas e receios começaram a invadir minha mente me deixando inquieta e ofegante novamente. De um dia para o outro, minha vida havia mudado completamente. Meu pai tinha me deixado sozinha com estranhos, carinhosos e atenciosos, mas estranhos guardiões que pareciam se divertir com minha presença. E agora essa nova necessidade. A urgência de encontrar minha verdadeira família que nunca senti antes e que só crescia dentro de mim. Mas eu não tinha idéia de onde poderia começar a procurar e nem sabia se deveria procurar por eles.

_ Carlisle – falei em voz alta quando uma luz veio a mim revelando uma oportunidade. Talvez Carlisle me ajudasse a procurar minha família. Talvez eu os encontrasse e assim poderia ficar com eles enquanto esperava pelo retorno de Nathan – Onde está Carlisle? – eu continuei meu raciocínio.

_ Ele teve que dar uma saidinha – Esme me respondeu – mas estará de volta em breve.

_ Três minutos e doze segundos, para ser mais exata – interrompeu Alice com satisfação em seus olhos.

Como ela poderia ter tanta certeza? Minutos! Como ela poderia saber? E por que todas elas tinham tanta segurança em tudo que diziam? E como elas conseguiam ser tão atentas a tudo? E a todo instante? Elas realmente eram muito estranhas. Diferentes de qualquer pessoa que eu já havia conhecido. Não que eu conhecesse muita gente, mas enfim, elas eram diferentes. E antes que eu pudesse me perder em meus pensamentos de novo, pude ouvir a voz de Carlisle:

_ Angel! Fico tão feliz em te ver desperta e bem novamente! – ele sorria largamente.

_ Olá – foi tudo que consegui dizer. A beleza de Carlisle continuava a me deslumbrar. Ele continuou parado na entrada da grande sala e se virou como num gesto de anunciação:

_ Querida, gostaria de lhe apresentar o resto de minha família – Carlisle indicou com os braços para a direção da escada – este é Jasper. Um de meus três filhos.

Do nada. Sem nenhum ruído ou movimento, ao pé da enorme escadaria estava um lindo rapaz. Longo e loiro rapaz. Ele era alto e esguio. Mas pude perceber seus músculos torneados sob sua camisa clara, mostrando seu corpo perfeito e sua presença altiva. Sua pele era tão branca quanto ao do resto da família. Ele aparentava ter uns dezenove anos. Mas Jasper parecia tímido e tudo que fez foi lançar um pequeno sorriso em minha direção. E então, houve um ruído repentino do lado de fora da casa. Não pude ver o que era, mas parecia uma gargalhada.

Grande! Foi a primeira coisa que pensei quando avistei um outro garoto passando pela porta. Ele parecia um urso. Com cabelos negros e encaracolados. Ainda mais musculoso e forte do que Jasper, mas seu rosto me lembrava um menino brincalhão e atentado. Talvez devido ao grande sorriso estampado em seu rosto e pelas palavras que se seguiram:

_ Você está mesmo acordada dessa vez? Não vai começar a gritar de novo, vai?  – ele perguntou com as sobrancelhas levantadas enquanto se aproximava de mim.

_ Acho que sim, ou melhor, acho que não. Eu, eu quis dizer que... Eu não sei! – respondi perdida e ainda sentindo uma empatia estranha por aquele rapaz.

Outra gargalhada alta saiu da garganta do enorme moço, que agora jogava a cabeça para trás e abria os braços em minha direção. Ele me puxou e me levantou do sofá num instante sem nenhum esforço aparente, como se eu não pesasse mais que uma pena. Seus braços fortes e duros me envolveram num abraço caloroso apesar de sua pele fria como gelo.

_ Seja bem vinda Angel. Você não pode imaginar a alegria que senti quando soube de sua existência! Eu sou Emmet e vou cuidar de você como se fosse seu irmão mais velho!

Foi tão repentino. Eu não esperava aquele tipo de reação vindo de um jovem tão grande e másculo. Eu sorri e olhei ao meu redor. Pude ver todos me olhando com prazer e satisfação. Eles realmente eram uma família. Todos eram pálidos e tinham o mesmo tom âmbar nos olhos. Apesar dos traços tão distintos em seus belos rostos e perfeitos corpos eles tinham uma similaridade que só uma família teria.

Incomodo e embaraço se seguiram ao perceber que eu era o centro das atenções. Eu não estava acostumada a esse tipo de coisa. Eu queria dizer alguma coisa, mas não conseguia pensar em nada. Somente duvidas e receios. Por que eles pareciam tão felizes em me ver? Por que eles me tratavam como se me conhecessem desde sempre e me tratavam tão bem? Afastei-me de Emmet tentando disfarçar minha hesitação e tirar o foco de seus olhares sobre mim. Pensei em voltar para o sofá ao lado de Alice e Esme. E sem querer esbarrei na mesinha de centro, derrubando as revistas cientificas e todo o resto que se encontrava sob ela. Tentei arrumar depressa, mas Esme me deteve e sorriu. Emmet voltou a rir:

_ A mesma falta de equilíbrio! Você é tão engraçada quanto B... – Emmet se ateve abruptamente e olhou para Carlisle que parecia se divertir tanto quanto ele e os outros.

Jasper então se moveu para mais perto. Inspirou fundo e disse:

_ E o mesmo cheiro! Se não fosse a distração desse odor canino... eu diria que o aroma é o mesmo.

Odor canino? Como assim? Cachorro? Eu estava cheirando como um cachorro? De novo essa implicância com meu cheiro! Eu havia acabado de tomar um banho e tinha certeza que havia caprichado dessa vez. Qual o problema desse povo? Eu não sinto cheiro algum! Muito menos de cachorro. Antes que eu pudesse verbalizar minha indignação:

_ Não! – uma voz forte veio da cozinha dessa vez – O mesmo aroma, não! – disse um outro garoto que entrava graciosamente no recinto.

Ele parecia mais jovem do que os outros e era mais magro. Tinha os cabelos bagunçados da cor de bronze. De novo os mesmos olhos cor de mel e a pele branca. Ele parecia pequeno e fraco se comparado com Jasper e Emmet. Mas era tão lindo quanto eles.

_ Edward! – disse Esme já ao seu lado com os braços ao seu redor. Eu nem tinha percebido sua ausência ao meu lado – que bom que todos vocês já voltaram da... viagem!

Edward retribuiu a amável recepção de Esme e lhe beijou a testa:

_ Olá, mãe.

Ah! O terceiro filho, eu deduzi. Que família grande! Edward se aproximou e estendeu a mão para mim:

_ Eu me chamo Edward. É prazer conhecê-la Angel. Apesar da surpresa e de sua repentina chegada, é mesmo um prazer enorme tê-la em nossa casa.

Surpresa? Ah, sim! Ninguém estava esperando uma hóspede naquela casa. Será que ele também se sentia incomodado com minha presença como Rosalie? Mas para meu alivio ao contrário de Rosalie, Edward parecia educado e gentil. Eu estremeci quando aceitei sua fria mão e o cumprimentei em resposta:

_ Ahn, oi.

_ Sim – Edward então disse do nada. Parecia responder uma pergunta que eu não pude ouvir. Ele olhou para Alice e continuou – Sim, ela está lá fora. Pedi que aguardasse até que eu fosse buscá-la – e então se afastou voltando em direção à cozinha.

_ Não. Eu ainda não disse nada a ela. Ainda não acho que seja a hora certa – ele dizia e sumiu como um borrão.

Mas afinal de contas, com quem ele estava conversando? Seria louco, esse menino? E de quem ele estava falando? Não era de mim com certeza. Eu não estava lá fora. O que ele tem de errado?

_ Angel, minha querida, nós temos uma surpresa para você – Carlisle me disse, agora segurando meu rosto entre suas mãos – Talvez você ainda não esteja pronta, como acredita Edward, mas acho que esse drama se prolongou por tempo demais e já é hora de você conhecer sua verdadeira família.

 


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