The Swan Sisters Saga escrita por miaNKZW


Capítulo 8
Capítulo 7 - Familiarização (Primeira Parte)




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Angel é levada por Carlisle até a casa dos Cullens onde é recebida calorosamente por Esme e Alice. Mas Rosalie não parece estar tão disposta a receber a nova hóspede de sua família.

 Familia I

 

 

Abri meus olhos lentamente e olhei ao redor. Paredes brancas me rodeavam. Eu me sentia realmente desorientada e eu não tinha idéia de onde estava. Eu segui meus dedos ao longo dos brancos lençóis de algodão - tão suaves e aconchegantes - que não eram em nada familiares para mim. Não havia nada familiar naquele lugar. Eu não tinha absolutamente nenhuma memória do que tinha acontecido comigo. Como eu havia chegado lá? Senti minha cabeça leve e tudo começou a girar. Deitei e olhei ao redor do quarto um pouco mais, tentando me acalmar. Meu corpo estava rígido, como se eu tivesse dormido por um longo tempo.

_ Querido, eu temo por ela. Ela é tão jovem - Ouvi uma voz de mulher dizendo baixinho do outro lado da porta.

Abri meus olhos novamente. Estava esperando a luz forte e clara queima-los. Mas não houve nada. Meus braços e pernas pareciam feitos de gelatina e minha cabeça parecia querer se dividir em dois. Forcei-me a sentar. Lentamente no início. Movi as minhas pernas para o lado da cama. Fechei os olhos com força tentando não desmaiar de novo. De repente eu percebi um movimento na porta. Hesitei quando ela entrou. Seria alguém em que poderia confiar?

_ Oh! Angel, você finalmente acordou! - ela disse com um grande sorriso em seu rosto.

Sua voz tinha um timbre diferente de tudo que eu já havia ouvido em minha vida. Seus olhos de cor âmbar pareciam cheios de alegria em me ver. Sua pele branca como neve. Ela tinha cabelos castanhos que brilhavam a luz do sol e seu sorriso era gentil. Era o rosto mais bonito que já havia visto. Minha mente era uma mistura de questões e imagens que não pareciam fazer sentido. Foi como uma história que eu precisava ler, mas um monte de páginas estava faltando.

_ Você está bem? Como você esta se sentindo? – Ela perguntou, me tirando do vislumbre que seu físico havia me causado. De repente eu estava de volta. Naquele quarto branco novamente. Olhei em seus lindos olhos agora curiosos.

_ Ahn, eu não sei. Acho que bem – eu respondi - Eu não me lembro de como cheguei aqui. Por que estou aqui? Onde esta Nathan? – comecei a atirar perguntas para ela e procurava desesperadamente por uma resposta.

_ Tenha calma, minha querida. Não se assuste. Você faz parte de nossa família agora. Isso é tudo que você precisa saber agora.

_ Onde esta Nathan e quem é você? - Eu gritei com raiva, já perto das lágrimas. A bela mulher se aproximou e se sentou na cama, um pouco mais próxima.

_ Angel, você não precisa ficar com medo. Nós vamos cuidar bem de você - ela disse suavemente, acariciando meu braço.

Seu toque era frio e eu tremi. A textura de sua pele parecia errada. Foi bom, mas havia algo diferente sobre a textura que eu não podia reconhecer.

_ Oh, perdoe a minha grosseria. Eu me chamo Esme. Meu esposo Carlisle foi quem te trouxe até aqui - Ela disse colocando minha mão sob a sua. Eu tive que controlar o meu estremecer ao seu toque casual. Ela fingiu não notar minha reação.

Eu estava ansiosa para saber mais sobre aquela mulher. E sobre Carlisle, o estranho mensageiro enviado por Nathan para me ajudar. Talvez eles pudessem me levar até Nathan ou me dizer por que ele havia me abandonado assim. E então:

_ Olá? - Uma voz forte disse abrindo a porta do quarto. Carlisle, eu suspeitei. Pude reconhecer sua voz, mas não tinha idéia de como seria sua aparência. Ele era um belo homem. Aparentava ter cerca de 40 anos. Seus olhos cor de mel eram num tom mais claro do que de Esme. Sua pele parecia um lençol, limpo, fresco e branco – Você esta acordada! Como esta se sentindo?

_ Como eu deveria me sentir? - Eu perguntei já irritada por nenhuma resposta.

_ Sente alguma dor? - O homem perguntou ignorando meu mau humor e se aproximou para tocar minha testa. Eu como num reflexo me afastei.

_ Minha cabeça parece que vai explodir.

_ Então isso é ruim - Esme disse com um olhar preocupado.

_ Tome isso e beba isso. Eles devem ajudar. São analgésicos – Carlisle esticou sua mão e me entregou dois pontinhos brancos.

_ Ah, ok. Obrigada - Eu disse levando os comprimidos até a boca e o copo de água em minha mão.

_ Talvez um bom banho te ajudasse relaxar. Eu poderia preparar um para você. Você gostaria disso? - Perguntou Esme na expectativa.

_ Ah, sim! Um banho seria ótimo – Eu respondi sentindo uma necessidade imensa de trocar aquelas roupas esquisitas que estava usando. Uma camisola de algodão branco extremamente chique, mas que com certeza não era minha.

Esme sorriu e saiu como um borrão do quarto. Como ela se move tão rápido? Levantei e segui-a, com um ar de cautela. O banheiro era enorme. Eu engasguei quando entrei. Eu olhava para o teto alto com os olhos arregalados. Tudo era tão simples e tão organizado. Como se nunca tivesse sido utilizado antes. No canto havia um roupão branco e requintado como todo o resto e ao lado reconheci meu velho jeans e minha camiseta cinza (que um dia já fora preta). Senti um alivio que tentei disfarçar, mas Esme conseguiu decifrar.

_ Minha filha Alice tinha separado algumas roupas que pudessem lhe servir. Mas achei que você se sentiria mais confortável com algo mais familiar – ela disse com um sorriso tímido em seus lábios.

Nesse instante a porta do quarto se abriu novamente e vi uma menina pequena entrar saltitante. Os mesmos doces olhos cor de mel e a mesma pele branca de Esme. Mas seus cabelos eram curtos e desalinhados emoldurando seu delicado rosto que olhava para mim com curiosidade e empolgação:

_ Oh! A semelhança é mesmo notável – exclamou a pequena.

_ Alice! - Esme disse com um sorriso fraco como se estivesse se desculpando.

Carlisle já havia desaparecido do recinto.

_ Humm... Olá? – eu disse para Alice, a olhando com um pouco de vergonha.

_ Até que enfim, Angel! Pensei que nunca mais fosse acordar! – ela me respondeu com um largo sorriso enquanto se aproximava de mim.

_ Oh, Alice! – Esme disse com um ar de reprovação em seus olhos – Alice estava ansiosa e foi quase impossível impedi-la de te acordar, Angel.

Antes mesmo que eu pudesse me recompor Alice começou a me empurrar de volta ao banheiro enquanto tagarelava:

_ Vamos, vamos, você está precisando de um bom banho. Agora você precisa entrar no chuveiro e lavar-se bem, ouviu? Temos que tirar esse cheiro horrível de você! Este é o xampu e este o condicionador. Use isto para esfregar o corpo. Não deixe a água muito quente, isso desidrata a pele. Ah, e este é o creme hidratante para o corpo e este para o rosto. Volto em quinze minutos para te buscar – então ela saltitou para fora do enorme banheiro e me deixou lá com aqueles frascos requintados cheios de palavras que eu não pude reconhecer. Francês, eu pensei. E como um borrão Alice também desapareceu sem que eu tivesse a chance de agradecer.

Eu me aproximei do balcão branco da pia e fiz o meu melhor para deslizar os frascos levemente, não queria quebrar nada. Eu, então, me aproximei e abri a porta de vidro que dava para o chuveiro. Senti meu corpo relaxando aos poucos com o toque revigorante da ducha quente. Eu podia ficar ali por horas e horas. Abri a porta de vidro e alcancei o xampu e o condicionador. Apertei o xampu e comecei a espalhá-lo tentando desfazer os nós em meu cabelo. Eu usei uma bucha vegetal para lavar meu corpo algumas vezes, certificando-me de que toda a sujeira tinha ido embora. Alice havia comentado algo sobre meu cheiro e achei melhor caprichar. Eu fiquei na água por mais alguns minutos depois ouvi uma suave batida na porta.

_ Terminou? – Ouvi a voz de Alice.

_ Sim, eu estou pronta - Eu disse desligando a água.

_ A toalha está no balcão. Vou deixar que você se seque e não se esqueça do hidratante! - a porta fez um clique.

Tenho que admitir, eu me senti muito melhor. Eu me inclinei para esfregar a mão no espelho embaçado. Pude ver meu reflexo. Meus olhos pareciam ainda mais negros com largas sombras escuras sob eles e minha pele estava mais branca do que o habitual. Meu cabelo era mediano, um pouco acima dos ombros, e igualmente escuro. E ainda parecia um ninho com tantos nós. Comecei a secar meu corpo. Depois fui secando o cabelo para então enrola-lo na toalha. Eu avistei minhas roupas e decidi vesti-las sem usar o hidratante que Alice me dera. Eu realmente não gostava dessas coisas grudentas. Bateram na porta novamente.

_ Você está pronta? - Perguntou Alice.

_ Sim, acho que sim.

Então eu saí e encontrei Esme sentada na cama. E novamente um sorriso em seu rosto. Já o rosto de Alice tinha um ar de reprovação:

_ Essas não são as roupas que eu escolhi para você. Humm, a mesma teimosia... o mesmo mau gosto terrível... Ao menos use estas sandálias! Ou você prefere andar descalça? – Ela dizia enquanto balançava a cabeça mostrando-se ofendida. Achei melhor não provoca-la e aceitei.

_ Vamos! Eles estão quase morrendo de tanto esperar! – Alice disse um pouco mais satisfeita.

Em seguida, ela se virou e seguiu para as escadas. Eu fui atrás. Alice me levou até uma sala ampla e clara. Todos os móveis e os elegantes tapetes variavam num tom de branco. No canto, ao lado do grande piano havia um sofá. Alice indicou com as mãos que eu deveria me sentar. Eu a obedeci e logo senti um leve cobertor enrolado ao meu redor. Era a maternal Esme que aparecera do nada. Senti um enorme carinho por aquela mulher sempre tão amável e gentil. Ela se parecia com algo que sempre quis ter. Esme parecia uma... uma mãe! Eu lhe dei um largo sorriso tentando agradecer.

Não sei como aconteceu, mas de repente havia uma mulher alta bem na minha frente. Ela era linda! Tão linda que me fazia sentir vergonha por ser como era. Ela tinha longos cabelos ondulados da cor de ouro que parecia reluzir sob a luz do sol. Sua pele era tão branca quanto a de Esme e Alice e seus olhos âmbar eram grandes e amendoados.

_ Esta é Rosalie, minha outra filha – disse Esme já sentada ao meu lado no sofá.

Rosalie se afastou um pouco. Ela parecia incomodada com minha presença, a única até então, o que me fez sentir mal como se fosse indesejada naquele lugar.

_ Humm, Alice! Você disse que ia se livrar desse cheiro horrível! – Rosalie exclamou como se estivesse com nojo.

Eu fiquei surpresa e chocada ao mesmo tempo. Como uma mulher tão doce como Esme poderia ter uma filha tão irritante?

_ Rose! – Esme e Alice gritaram ao mesmo tempo.

_ Oh, Angel! Que vergonha! Por favor, perdoe Rosalie! Ela não quis te ofender – Esme tentava se desculpar.

_ Simplesmente, ignore-a Angel! – Alice disse – Mas você realmente deveria ter aceitado as roupas que separei para você.

_ Alice! Você também? – Disse Esme indignada.

_ Ela já sabe? – perguntou Rosalie interrompendo Esme.

_ Sabe o que? – eu perguntei.

_ Rosalie, por que você não vai até a cozinha e trás o lanche que preparei para Angel? – Esme disse tentando me distrair.

Apesar de saber que havia algo que elas estavam escondendo de mim, senti meu estomago revirar no vácuo em que se encontrava. Não tinha percebido que estava faminta e a simples menção de comida me fez esquecer da repentina curiosidade.

 


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