Casa do Taylor_

–Melry?! – Mac a chamou.

–Oi,está tudo bem?! – se aproximou.

–Sim,me fale sobre seu melhor amigo.

– Ele pelo menos já foi,né?! “O valor das coisas não está no tempo que elas duram mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”. – ressaltou – Bem,eu conheci ele quando tinha uns nove ou dez anos,mas estava longe de termos amizade...Mas aí quando eu tinha onze anos,minha melhor amiga acabou me aproximando dele ela dizia gostar dele,isso não interessa...mas aconteceu que se aproximamos e muito,criamos em pouco tempo vínculos de amizade e confiança...ele me fazia me sentir bem,era divertido,confortável... E seu olhos mesmo que não tivesse nenhum pigmento azul,eram o meu mar... – ela olhava o além,lembrava,sonhava,revivia – ele me entendia,me compreendia como ninguém,em apenas um olhar eu entendia exatamente o que ele pensava... e quando acontecia alguma coisa a gente sempre olhava um pro outro e mesmo que não falássemos nada, podíamos nos compreender... Claro tivemos nossos desentendimentos,mas claro ele não sossegava até voltar falar comigo...era torturante não falar com ele,ou ficar de mal com ele...éramos amigos,melhores amigos...bem pelo menos um dia fomos...faz quatro anos que não tenho contato direito com ele,foi tudo tão confuso...quando ele soube que eu ia embora,que iria me mudar pra tão longe...ele começou a me evitar,tentar fingir que não se importava...sabia que eu tenho a embalagem do bombom que ele me deu semanas antes de eu me mudar... – Mac não se conteve e riu com isso e ela também – Em quatros longos anos,Mac! Conheci pessoas incríveis...mas ele mesmo que falhamente eu consigo me lembrar dele,já não sei se sinto o mesmo é confuso...Mas... o tempo revela as coisas...o tempo passou e jamais o esquecir....é isso!

***

Uma semana depois...

As coisas iam,às vezes correndo...às vezes se arrastando,os dias se passavam e Don parecia se recuperar e Jaime ainda com raiva da postura de Don em relação a uma caixa de um MULHER que ele não largava,sentira raiva e ciúmes...

–Deveria jogar tudo isso fora,se quiser eu queimo pra você – ela dava inúmeras soluções,mas eram relacionadas em acabar com aquilo tudo,e toda vez que Don negava revirava os olhos e mostrava seu lado insuportável.

–Qual o seu problema?! Ela está guardada,esquece isso! – ele se mostrou nervoso com insistência da Jaime.

–Guardada na sua sala,o que ela era sua?! Que é tão importante,mais importante que eu por sinal?! – apelava pro lado emocional.

–Olha só não importa quem ela era,mas eu vou te dizer...Ela foi alguém que eu amei e muito e queria muito poder dizer um eu te amo pra ela,foi uma amiga,foi alguém especial e exijo que a respeite,entendeu?! E deixe de fazer apelo emocional,pois essa caixa vai permanecer aqui,até quando eu quiser...e vai trabalhar você está com relatórios atrasados; e para de encher,você tem trabalho a fazer! E por favor não me vem falar dessa caixa novamente, FUI CLARO?! – cerrou os punhos e olhou o espanto de Jaime que logo saiu.

***

Sala de Descanso_

–Olha Don,poxa pelo que te conheço você está muito mal! – Danny falava pra Don.

–O Danny tem razão,Flack! – Sheldon complementou eles eram os únicos que ali estavam.

–A Jaime ficou essa semana inteira me secando por conta da caixa com os pertences da Jess!

–Nossa,mas ela não está guardada? – Sheldon perguntou e fez uma expressão facial interrogativa.

–Sim,mas ela fica no meu pé de ouvido,cara eu não posso queimar,ou jogar no rio,é da Jess,da Jessica Angell.

–Deve ser ciúmes e isso não é o bom,ela vai começar apelar pelo emocional e tal... – Danny falou como aviso.

–Pois é...mas a Jaime não tem cara de ciumenta – Sheldon afirmou.

–Então ela que pare,porque ter ciúmes de pertences de uma pessoa,é doença...e ela que se conforme, os pertences da Jess continuarão ali. – ele saiu sem mais nem menos deixando Danny e Sheldon apreensivos.

***

–E então teve sorte com o resíduo,encontrado na cena do crime?! – Lindsay perguntou a Adam.

–Nitrogênio liquido! – exclamou surpreso - é um fluido criogênico que pode causar rápido congelamento ao contato com tecido vivo.

–Sim,foi isso que matou a vitima ela morreu congelada,mas por que?!

–De duas uma; ou foi improviso – Adam falava – ou foi a intenção.

–Que motivo levaria a matar alguém congelado?

Se interrogaram,mas não conseguiram chegar uma conclusão.

(...)

Talvez eu só precisasse do seu abraço,pena que está tão longe! - Merly