A escolha certa escrita por Achyle Vieira


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Desculpem por postar apenas hoje, mas ontem não deu. Tirei o dia de ontem pra colocar a leitura em dia e aproveitar um pouco o feriado, não fiquem chateados comigo. E agora, aqui estoy com mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem do capítulo.



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"Vou ganhar esse jogo te amando feito um louco..."

(Paula Fernandes)

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A serenata que fizemos para Rennata foi linda. Não digo isso porquê eu cantei, mas sim porquê Nícolas se esforçou bastante para que tudo saísse certo. Rannata gostou tanto que beijou Nícolas lá mesmo, na frente de todo mundo.

Só fiquei um pouco sem jeito porque Alex ficou o tempo todo cantando a música e me olhando nos olhos, como se cantasse pra mim. Desviei o olhar várias vezes porque estávamos em público e também porque convidei Max para ir comigo para o aeroporto.

A única parte inesperada da história toda foi a chegada do amigo da Rennata. Ela não nos avisou que vinha com ele e o coitado do garoto ficou totalmente perdido no meio da confusão toda. Acabou que Alex levou ele para a casa da avó dele e disse que depois Rennata ligaria pra ele. Foi até engraçado o jeito que ele ficou no meio de tanta gente louca.

Eu vim para casa com Max e acabei contando a ele que Nícolas tinha me contado que ele era meu namorado quando ele parou o carro na frente da minha casa. Ele ficou todo feliz e disse que não tinha falado nada porque não queria que eu me sentisse obrigada a ficar com ele. Ele perguntou se nós poderíamos tentar recomeçar e eu fiquei surpresa comigo mesma quando abri a boca e disse que estava disposta a nos dar outra chance.

Não sei se é cedo demais para tentarmos, mas acho que deveríamos nos dar outra chance. Se eu estava com ele era por que eu o amava e acho que deveria tentar sentir esse sentimento por ele de novo.

Max ficou tão feliz que ligou pra várias pessoas para dizer que nós tínhamos voltado a namorar. Rennta ligou pra mim histérica perguntando se eu tinha certeza do que eu estava fazendo e Alex também ligou, mas parecia um pouco decepcionado comigo e também perguntou se eu tinha certeza do que eu estava fazendo. Tentei consolar ele dizendo palavras tranquilizadoras, pois sabia que ele ainda sente algo por mim, mas acho que não funcionou muito porquê ele perguntou se eu estava andando muito com Rennata.

Mamãe e papai ficaram superfelizes - principalmente mamãe - quando souberam que eu e Max estávamos juntos novamente.

– Eu sabia que vocês iam se resolver. Você sempre foi louca por ele. - Falou mamãe.

Arrumei um trabalho também, no restaurante da mãe da Rennata. Mamãe não ficou muito feliz, mas não me importei com a opinião dela. Ela não quer me deixar voltar para a faculdade e também não quer que eu trabalhe com ela. E como eu não me lembro da senha da minha conta no banco decidi arrumar meu dinheiro por conta própria.

Papai permanece neutro, não está nem do meu lado nem do lado da mamãe. Ele diz que nós duas nos parecemos muitos e que saberemos resolver nossos problemas sozinhas como sempre fizemos. Fico um pouco irritada porque sei que ele só diz pra não contrariar mamãe, mas tudo bem. Seu eu fosse casado com também não iria querer contrariá-la.

Sorte a minha que sou a filha.

As semanas passam cada vez mais rápido e comecei a lembrar de algumas coisas, no inicio pensei que eram apenas sonhos, mas depois percebi que eram minhas lembranças. Quase todas as noites me lembro de alguma coisa durante o sono.

Me lembrei do dia em que cantei pela primeira vez na sauna junto com Alex. Foi tudo exatamente como ele descreveu no dia que me levou para passear no jardim com ele. E me lembrei também do dia em que Alex me convidou para formar uma banda com ele. Me lembrei da alegria que senti quando ele me fez o convite. Era como se a música fosse a única coisa que importasse no meio de tanta confusão adolescente.

Às vezes minhas lembranças vinham com tanta intensidade que eu acordava de manhã parecendo uma adolescente em crise. Uma manhã acordei com algum tipo de depressão porque sonhei à noite que tinha acabado de ler o livro O Teorema Katherine. Foi esquisito acordar com aquela sensação e acabei indo procurar o livro pra lê-lo novamente.

Max trazia chocolates para mim quase todas as noites. Eu não sabia mais onde colocar tantos chocolates. Ele acabou discutindo comigo quando disse a ele que não precisava ele trazer chocolates por um bom tempo. Na verdade, eu disse até brincando, mas ele levou a sério e ficou furioso.

– Tudo bem. Não vou ser atencioso mais. Só espero que não recame depois que quiser comer chocolates e ver que eu não trarei mais pra você. - Disparou ele.

Achei até um pouco infantil da parte dele ficar chateado com uma coisa tão boba. Não é que eu não goste de receber chocolates, mas queria ao menos ter tempo de comer os que ganhei antes de ganhar novamente.

Não tínhamos nos beijado ainda, disse a ele que precisava de tempo e que não se preocupasse porque tudo aconteceria na hora certa. Eu tinha que focar no meu trabalho, não podia me distrair com o namoro.

Até que em uma noite quando tínhamos acabado de chegar de um jantar...:

– Obrigada pela noite maravilhosa. - Agradeci.

– Hum. Estou aqui pra isso não é? - Perguntou de forma sarcástica, mas nada engraçada.

– Não, você não está aqui pra isso. Mas talvez possa conversar comigo e dizer o que está acontecendo pra você estar assim.

– Só estou cansado disso. Me sinto como se estivesse sendo usado. - Diz ele - Saímos para jantar, para fazer piqueniques, mas nada acontece. Continuamos no mesmo ponto de partida, nunca avançamos.

Só aí entendi que ele estava falando sobre nós não termos nos beijado.

– Saiba que você me ofende falando assim. - falei- Não estou usando você para me levar para jantar e fazer piqueniques, pois, me desculpe dizer, mas posso muito bem ir a um jantar e pagar a conta. Sei que você quer que nos beijemos logo e saiba que também quero beijar você, mas entenda, quero ter certeza que estamos preparado para seguir em frente.

Ele balançou a cabeça assentindo e não sei se estou ficando louca, mas acho que vi seus olhos marejarem e então me aproximei dele devagar e o beijei.

Seus lábios macios rocavam os meus lentamente. O beijo começou lendo e doce, mas depois ficou mais urgente, ele envolveu minha cintura com o braço e segurou minha nuca, então eu percebi que era a hora de parar.

Ele sorriu e me deu um selinho.

– Eu amo você. - Sussurrou.

Eu fiquei paralisada, não sabia o que fazer. Como eu poderia reagir diante daquilo se nem tinha certeza se sentia algo por ele.

– Eu... eu... - gaguejei.

– Não se preocupe não precisa me dizer nada. Só queria que soubesse o que eu sinto. - Ele disse.

– Boa noite, Max. - desejei a ele e abri a porta do carro.

– Boa noite. - Respondeu sorrindo.

Sai do carro e entrei em casa. Meu Deus! Está tudo tão confuso... pensei.

E realmente estava. Uma confusão de sentimentos que eu não sei explicar me invadiu quando entrei em casa. Me senti culpada por não tê-lo correspondido e fiquei confusa com o nosso beijo. Foi bom beijá-lo, mas não sei se fiz a coisa certa.

Toquei os lábios com as pontas dos dedos e senti que eles estavam um pouco inchados. Sorri e subi as escadas rumo ao quarto de Nícolas. Quando entrei no quarto dele ele estava no celular conversando com Rennata como eu imagina. Tomei o celular dele e contei a Rennata o que tinha acontecido.

Ela gritou histérica do outro lado. Não sei bem se foi de felicidade ou de raiva.

– E o que tu achaste chiquita? Foi bom dar uns amaços no ex/atual namorado? - Perguntou ela.

– Não foi uns amaços, foi apenas um beijo, sua maluca. - Respondi sorrindo.

– Hunrum, sei. Deixa eu adivinhar... Ele deixou tu lábios vermelhos e inchados, não foi?

Como é que ela sabe disso?

– Hunrum. - Respondi.

– Sabia! - Gritou ela. - Isso, em minha opinião é dar uns amaços.

– você não acha que o beijei rápido demais?

– Chiquita, em minha opinião você nem o teria beijado, mas isso não vem ao caso. E a julgar pelo tempo que vocês voltaram a namorar, esse beijo já deveria ter acontecido a tempos.

Pensei um pouco no que ela disse por alguns segundos.

– Chiquita? Ainda estás aí? - Pergunta ela.

– Rennata, eu e Max tínhamos terminado o namoro?

– Sim. - Respondeu apenas.

– E você sabe o motivo?

– Hum. Você nunca me falou.

– Você não acha que já está na hora de me devolver meu celular? - Nícolas perguntou e pegou o celular dele de volta. - Quero conversar com minha namorada e você está interrompendo nosso momento.

– Tudo bem. - Repondo e sorrio. - Boa noite, pombinhos. - Falo com sarcasmo.

Depois do que Rannata me falou fiquei confusa. Por que eu não contaria para minha melhor amiga o motivo pelo qual eu e Max tínhamos terminado?

Talvez eu estivesse apenas triste demais para falar no assunto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado.
Até semana que vem.
Kiss.



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