A escolha certa escrita por Achyle Vieira


Capítulo 16
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! O capítulo de hoje está um pouquinho grande, então, me desculpem se estiver com erros.
Espero que gostem e desfrutem.
Boa leitura!



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O resto do expediente foi calmo, mesmo sendo um dia de sábado. Até Rennata estava quietinha no canto apenas olhando a fraca movimentação, só se animou mais quando recebeu uma ligação e voltou pra dentro de casa.

Durante o almoço parei pra pensar em algumas coisas que me obrigam a tomar decisões. No inicio quis trabalhar aqui porque queria o dinheiro para voltar a fazer minha faculdade, mas não sei se quero fazer mais. Não sou mas a mesma Melodie que era antes de perder a memória e acho que – mesmo que eu me lembre – não vou conseguir mais ser. Sinto como se aquela parte de mim tivesse ficado para trás. Ainda existem algumas coisas em mim que continuam as mesmas, mas preciso me descobrir. Me conhecer.

Não sei o que causou a perda da minha memória e mesmo que eu venha a odiar o que causou isso tudo, tenho que admitir, no fim tenho que ser grata. As coisas mudaram e me mudaram também. Admito, nem gosto muito daquele papel de parede florido do meu quarto, toda vez que olho para ele me sinto como se estivesse dentro do quarto de uma criança. Talvez eu use meu primeiro salário para comprar um novo.

O que acho incrível é como minha relação com as pessoas mudou. Meus pais me tratam como uma criança que não sabe atravessar a rua sozinha. Nícolas e eu eramos amigos, mas os últimos acontecimentos mudaram isso, começamos dizer coisas que machucam na cara um do outro.

Rennata é a única pessoa, na minha opinião, que não mudou. Ela continua com aquele jeito maluquinha dela de ser. A ingênua que conquista a todos, e isso me deixa mais do que feliz por se amiga dela. De uma pessoa tão simples e fiel como ela.

Maciely também é uma ótima amiga, mas confesso que estou com um pé atrás com ela. Depois daquela passagem fiquei com um pouco de dúvida. Não consigo tirar da minha cabeça a possibilidade de ela ter ido para a casa dos pais de Max.

São tantas perguntas sem respostas que quase fico louca em pensar. Acredito que as respostas virão com o tempo.

Olho para o meu pulso e observo a delicada pulseira nele. A memória do meu beijo com Alex me vem a cabeça novamente. Por que simplesmente não posso esquecê-lo? Por que aquele beijo ainda insiste em ficar na minha cabeça?

De repente minha mente é invadida por lembranças e fecho o olhos.

Lembro-me de estar com Max em um restaurante quatro anos atrás – nosso primeiro encontro. Seus olhos verdes me fuzilam de uma forma que deixa meu rosto quente. Ele continua dizendo que sou linda e que não se arrepende de ter derrubado meus livros, pois foi o que nos levou a estar aqui. Depois daquele dia, ele parou vários dias seguidos no meu armário para perguntar se eu precisava de ajuda com os livros. Nesse jantar foi que ele me pediu em namoro e eu, como uma boba apaixonada, aceitei.



Rennata chega perto de mim e pergunta se eu estou me sentindo bem, levanto a cabeça e a olho ainda um pouco tonta. Só depois percebo que acabei derrubando meu copo de água, fazendo com que boa parte da mesa ficasse ensopada.

Demoro alguns segundos para me recompor e respondo que estou bem.

– Ótimo, porque temos visita, chiquita. – fala ela.

– Temos?

– Será que eu posso me sentar aqui? – a voz de Alex invade o ambiente.

Giro a cabeça e o vejo parado atrás da cadeira em que estou sentada.

– Claro! – Rennata responde.

Oh meu Deus! Por quê ele está aqui? Pensei que eu tivesse dito que precisava de tempo.

– Alex, o que faz aqui? – pergunto.

Yo o convidei. Lembra-se que yo disse que ia chamá-lo para irmos a um barzinho? Pronto, ele está aqui. – falou Rennata.

– Oi Mel.

Ele sorriu pra mim e sentou ao meu lado.

– Oi Alex.

Desviei o olhar dele, estava um pouco sem jeito por causa do que tinha acontecido na noite anterior. Mas Rennata fez questão de tirar a tensão do ar.

– Então Alex, eu te chamei aqui porque eu quero convidar você e sua banda para irmos a um barzinho. Você sabe como é, preciso me distrair depois do que aconteceu com Níck...Olas.

Foi engraçado a forma como ela disse o nome dele misturado com o apelido que ela o chama. Eu e Alex rimos e ela cruzou os braços fazendo bico.

– Você e sua banda vão ou não?

– Não sei, tenho que falar com eles ainda, mas mesmo que eles não queiram ir, eu vou. Também estou precisando me distrair um pouco.

– Está? – Rennata perguntou incrédula.

– Sim, por que não? Faz um bom tempo que eu não danço.

– Mas nós só vamos a um barzinho, não em uma balada. – avisei.

– Se eu bem conheço a Rennata, esse barzinho não é um daqueles chatos e sem graça. Estou certo? – Ele piscou pra Rennata.

– Certíssimo Chiquito. Você daquele barzinho que íamos quando eramos adolescentes?

Alex Assente.

– Ei! Eu não estava sabendo disso ainda. – Olhei para Rennata – Quando a senhorita pretendia me contar?

– Fique calma chiquita, nós apenas vamos nos divertir um pouco. E você aproveita e usa o vestido que comprou ontem.

– Tenho certeza que você vai ficar linda.

Olhei pra ele e seus olhos azuis me olhavam misteriosamente e pra completar ele sorriu um daqueles sorrisos enigmático-sexy.

Meu Deus, Melodie! Comporte-se!

Desviei o olhar.

– Tudo bem, a gente já sabe que você vai achar ela linda, mesmo se ela for vestida de saco.

Senti minhas bochechas queimarem e tive a certeza de que eu estava vermelha. Alex percebeu que eu estava um pouco desconfortável e mudou de assunto.

– Hoje falo com o pessoal da banda no ensaio. – ele comentou.

– Hoje tem ensaio da sua banda? – Perguntei.

Claro que tem, sua burra! Você não ouviu o que ele acabou de falar?

– Tem. Eu ia te convidar pra ir, mas fiquei com dúvida depois da sua mensagem de ontem.

– Tudo bem. – Falei um pouco desapontada.

Não sei porque fiquei desapontada, até onde eu sei, nem sei o que fazer no ensaio da banda de Alex. A única vez que fui foi pra ensaiar a música que cantamos para Rennata e eu estava com Nícolas.

– Mas se você quiser ir está convidada. Aquela banda também é sua.

Não falei nada, apenas balancei a cabeça positivamente.

Olhei para o relógio e vi que a hora já estava um pouco avançada, só tinha mais quinze minutos sobrando. Me levantei e fui levar meu prato até a cozinha, quando voltei Rennata e Alex estavam dando gargalhada de algo. Por um lado tive vontade de perguntar o motivo de tanta alegria, mas decidi ficar calada e apenas observar.

Fui para trás do balcão e apoiei os braços nele. Rennata se levantou e veio até mim enquanto Alex ficava de pé.

Chiquito está te chamando.

Resolvi não perguntar o que ele queria, apenas fui ao encontro dele na mesa onde havia me sentado há alguns minutos atrás.

– Posso roubar alguns minutos do seu tempo? Quero que venha comigo até meu carro. – Falou ele.

Tinha quase certeza de que ele queria falar do nosso beijo e não queria correr o risco de ficar sozinha com ele novamente, não consigo confiar mais nos meus pensamentos e atos quando estou perto dele. Seus olhos me olhando como se pudessem ver através de mim, seus lábios se abrindo em um sorriso misterioso.

– Alex, eu tenho que trabalhar...

– Não se preocupe. – Ele me interrompe – Não vou fazer nada. Quer dizer... Só se você quiser. – Ele sorri – Só quero te apresentar a alguém.

– Alguém? – perguntei confusa.

– Sim, vem comigo.

O segui para fora do restaurante e paramos em frente ao seu carro. Ele abriu a porta do carona e apontou para uma caixa mediana que estava no banco. Olhei para a caixa confusa. Por que ele estava apontando para ela?

– Pensei que você fosse me apresentar a alguém. – Falo, ainda confusa.

– E vou. – Ele pega a caixa nas mãos e tira a tampa. – Mel, esse é Fred e Fred, essa é a Mel.

Um lindo gatinho mesclado de olhos cor de mel levantou a cabeça olhando para mim com cara de sapeca. Ele tentou sair da caixa mas ela era grande para o tamanho dele. Não hesitei em pegá-lo. Alisei sua pequena cabeça e sua barriga – o que o fez ficar um pouco mais calmo.

– Ele é lindo. – Disse enquanto alisava Fred.

– Hoje de manhã fui acordado aos gritos pela minha irmã por causa dele. Ela estava indo tomar banho de piscina quando o viu brincando na grama do quintal e correu para me chamar. – Ele se aproximou e começou a alisar a garganta de Fred. – Perguntei aos vizinhos mais próximos para saber se ele era de algum deles, mas todos disseram que não. Eu estava a caminho de um pat shop para deixar ele aos cuidados de alguém, mas aí olhei pra esses olhinhos cor de mel e me lembrei de você.

– Está querendo dizer que ele é meu? – Não pude evitar o sorriso.

– Se você o quiser, sim.

Segurei o pequeno Fred com apenas uma mão, com muito cuidado para não machucá-lo e abracei Alex. Fiquei tão feliz. Finalmente eu teria alguém para me fazer companhia em casa. Alguém que não fosse Nícolas ou a mamãe.

– Eu vou adorar. – Disse depois que me afastei.

– Que bom que você gostou dele. – Ele sorriu. – Como você vai trabalhar, é melhor ele ficar comigo. Quando eu for para o estúdio passo na sua casa e deixo ele.

– Estúdio?

– Quando eu for para o ensaio da banda.

– Ah.

O estúdio de balé. Como eu pude me esquecer?



Me despedi de Alex e de Fred e voltei para o restaurante. Quando cheguei no balcão vi uma Rennata estressada gritando com o coitado do garçom.

– O que aconteceu? – Perguntei.

– Nada, só cansei de ficar aqui.

– Acho que deveria ter pedido ao Alex pra deixar o Fred aqui. – Disse sorrindo.

Acho que estava com cara de boba ao falar de Fred, mas não me importei.

– Fred? Quem é Fred?

– O gatinho que Alex acabou de me dar. – Me inclinei no balcão sorrindo.

– Foi até bom ele não ter deixado aqui. Não gosto de gatos.

Dei língua pra ela e fui pro meu cantinho trabalhar.



Quando eu terminei minha carga horária de trabalho Rennata me procurou toda tristinha e disse que queria falar comigo.

– O que aconteceu amiga? – Perguntei me sentando junto com ela em uma das mesas.

– Nícolas ligou pra mim algumas vezes hoje. Não sei o que fazer Mel.

Ela abaixou a cabeça e começou a brincar com a toalha de mesa.

– Você quer falar com ele?

– Não. Conheço seu irmão e sei que ele vai jogar charminho pra cima de mim se eu for conversar com ele. Quero distancia daquele cafajeste.

– Então porque não troca de chip? Só assim ele não ligaria mais pra você.

– Talvez yo faça isso. – Levantou a cabeça e sorriu. – Eu sei que estou te atrasando pra ir para casa, então quero ser rápida.

Ela sorriu pra disfarçar a tristeza, mas eu sabia que por baixo naquele sorriso tinha uma Rennata triste que precisava e merecia ser feliz.

– Não sei se vou te ver mais hoje e nem amanhã, e não sei se te falei mas nós vamos sair daqui de 20:00hrs. E não se esqueça de pedir a Alex pra passar por aqui pra me dar uma carona.

– Sim, senhora. – Falei fazendo continência.

Me despedi dela e fui correndo pegar o ônibus, não queria me atrasar, pois de última hora decidi que quero ir para o ensaio.



Quando cheguei em casa fui direto para meu quarto tomar banho e me arrumar. Tomei banho lentamente e aproveitei para lavar o cabelo – porque cá entre nós, depois de um dia de trabalho agitado em um restaurante, o mínimo que seu cabelo fica é sujo.

Terminei de tomar banho e me enfiei dentro do closet pra procurar uma roupa. Depois de meia hora sem conseguir decidir entre nenhuma das minhas opções, decidi vestir uma calca jeans e uma regata azul-marinho, junto com um par de tênis al-star que eu achei lá no fundo do armário de sapatos. Sequei meu cabelo e o prendi em um rabo de cavalo. Me olhei no espelho e vi que eu estava parecendo uma adolescente de 16 anos com aqueles tênis, talvez fosse por isso que ele estivesse no canto.

Voltei para o closet e troquei os tênis por um par de sapatilhas pretas. Coloquei minha pulseira que Alex me deu, peguei minha bolsa e estava pronta.

Desci as escadas, passei pela sala e dei um beijo em mamãe e papai – que estavam abraçados assistindo a um filme – e avisei que ia para o ensaio da banda. Depois fui para a área da piscina, sabia que ele ia pra lá assim que chegasse.

Ele já estava me esperando sentado na mesma espreguiçadeira da noite passada, com a caixa de Fred do lado dele. Ele estava vestido de jeans e camisa preta. Seus cabelos estavam molhados e nem precisei chegar muito perto pra sentir aquele cheiro amadeirado que ele tem.

Sorri para ele e olhei para a caixa ao lado dele. Ele retribuiu o sorriso e ficou de pé pegando a caixa.

– Entrega feita. – Ele disse ainda com aquele discreto sorriso de lado.

– Só falta achar um lugar para ele ficar enquanto eu não chegar, ainda não falei pros meus pais que ia ter um novo membro na família.

– Você vai sair? – Ele perguntou um pouco hesitante.

Aí me lembrei que eu não tinha ligado pra ele pra dizer que eu mudei de ideia sobre ir ao ensaio da banda.

– Hã... Eu estava pensando em ir com você para ver o ensaio da banda, mas tudo bem se você não puder me levar...

– Claro que você pode ir comigo – Me interrompe. – Mas eu chego um pouco mais cedo que todo o resto pra tocar um pouco sozinho, tudo bem pra você?

– Sem problemas. Espera que eu vou colocar o Fred na sauna e volto.

Fui até a sauna e abri a caixa, Fred olhou pra mim e começou a dar pulinhos pra sair da caixa, o tirei de dentro dela e a deitei para que ele tivesse acesso a ração – que estava dentro da caixa – quando ficasse com fome.

– Daqui a algumas horas venho te buscar, filhote.

Alisei sua orelha e beijei sua testa e o deixei lá, brincando.

Voltei para onde Alex estava me esperando. Ele estava de pé em frente a piscina, olhando para o céu com as mãos nos bolsos da frente da calça. Me aproximei por trás e até tentei assustar ele, mas ele se virou bem na hora. Sorri e senti minhas bochechas queimarem.

– Vamos? Já estou pronta.

Ele assente e caminha para o lado de fora de casa. Seu carro estava estacionado perto da entrada do condomínio, ele abre a porta do carona e acena para que eu entre. Sorrio e entro no carro.

~*~

Quando paramos em frente ao estúdio de balé Alex não desce do carro. Ele vira-se pra mim e me encara com seus lindos olhos azuis.

– O casamento da minha irmã vai ser daqui a algumas semanas e ela convidou nossa banda – ele sorri discretamente e depois volta a falar – para tocar durante a festa. Você aceitou quando ela nos fez o convite, mas devido ao que aconteceu nas últimas semanas não se lembra mais. E eu sei que mesmo não se lembrando de quem você era ainda continua gostando de cantar e aí eu te pergunto: você vai com a gente, não vai?

Pensei por alguns segundos. Eu queria cantar, principalmente se fosse como no dia que cantei para Rennata no aeroporto, mas não sabia se queria várias pessoas olhando para mim novamente.

– Eu não se quero várias pessoas olhando pra mim enquanto canto, mas prometo que vou pensar.

– Tudo bem.

Assim que descemos do carro começa a chover e o pior é que Alex se complica para encaixar a chave e abrir a porta, acabamos nos molhando um pouco. Percebo que foi uma péssima ideia vir só de regata, eu estava arrepiada e tremendo de tanto frio.

– Espera que eu vou pegar um casaco meu que tá no carro pra te dar. Pode ficar a vontade. – Falou Alex.

Enquanto ele foi busca o casaco aproveitei pra olhar um pouco o lugar. Entrei na sala onde estavam os instrumentos e aproveitei pra me olhar no espelho – e por sinal, eu estava horrível.

Alex voltou com o casaco e me ajudou a colocá-lo enquanto eu continuava tremendo. Ele alisou meus braços por cima do casaco repetidas vezes para que o calor das suas mãos aquecessem o casaco, não adiantou muito, já que ele estava encharcado e com frio.

Me deixei levar por seus olhos novamente e quando vim perceber nós já tínhamos parado no tempo. Estávamos próximos demais e eu sabia o que viria em seguida se continuasse olhando para seus olhos e lábios. Mordi o lábio e desviei o olhar para os instrumentos.

– Eu sabia tocar algum desses? – Pergunto me afastando e indo até os instrumentos.

– Violão.

Claro, eu deveria saber, já que tem um violão do lado da minha cama.

– E eu tocava bem?

Ele se aproximou, pegou minha mão e acariciando a ponta dos meus dedos falou:

– Esses calinhos já tocaram muitas músicas. Qualquer dia desses eu posso te ensinar as notas novamente.

Assenti e olhei para a ponta dos meus dedos para ver os calos na posta de cada um.

– E para o que serve essas coisas? – Perguntei depois de alguns segundos apontando para alguns objetos que estavam no chão, perto da guitarra.

– São pedais. Cada um desses faz sair um som diferente na guitarra.

Ele me explicou o que cada um deles fazia animadamente, mas fiquei um pouco tonta com o excesso de informação e acabei embrulhando tudo na minha cabeça, mas consegui decorar os nomes: distorção, delay, reverb, compressor, chorus, wawa e driver.

Depois da explicação Alex começou a tocar e eu fiquei apenas observando ele se entregando ao som das notas. Sentei em um sofá que tinha no canto e observei aquela paixão pela música que exalava dele. Quando ele fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás ao tocar um acorde com o “driver” foi minha perdição, os cabelos da minha nuca se eriçaram e eu queria apenas ir até lá e sentir o mesmo prazer que ele sentia naquele momento, queria que meus dedos percorressem as cordas e queria ficar trancada naquela bolha de acordes pelo resto da minha vida.

Soube naquele momento que a música era mais do que um hobbie ou uma simples diversão, era uma paixão arrebatadora, uma droga pela qual eu queria cada vez mais me viciar.

Daí pra frente não sei o que aconteceu muito bem. Lembrei de todas as notas que eu já aprendi tocar um dia e a ponta dos meus dedos coçaram para sentir as cordas de um violão, tudo veio na minha cabeça como a água de uma cachoeira que começa a cair de repente e não para mais.

Estava prestes a ir até Alex quando ouvi várias vozes vindo do corredor e os garotos da banda chegaram, juntamente com Catharina.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero que tenham gostado. Comentem, preciso saber a opinião de vocês.
Até semana que vem. Kiss



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