A escolha certa escrita por Achyle Vieira


Capítulo 17
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Como passaram a semana? Espero que tenha sido ótima. Desculpem-me por não ter postado na semana passada, mas eu fiquei sem inspiração para terminar o capítulo. Espero que gostem do capítulo de hoje e, por favor, comentem para que eu possa saber a opinião de vocês.
Boa leitura!



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Todos entraram na sala e cumprimentaram Alex – que parou de tocar assim que os ouviu – e depois me cumprimentaram. Catharina apenas sorriu e acenou com a cabeça. Definitivamente, acho que ela não gosta de mim.

O ensaio começou assim que todos pegaram e conferiram seus instrumentos, fazendo os ajustes necessários no som. Eu continuei sentada no meu cantinho, apenas ouvindo enquanto eles tocavam. Começaram o ensaio com a música You're Perfect da cantora Pinck. A voz da Catharina era muito bonita, tinha um timbre perfeito para músicas no estilo rock.

Alex estava tão animado que acabou me chamando para cantar junto com eles e me pediu para escolher uma música, mas minha mente ficou em branco e não tive a mínima ideia de qual música escolher. Dá pra acreditar que dentre milhões de cantores que existem mundo afora minha cabeça não conseguiu imaginar nenhum. Fiquei tão perdida quando passarinho em dia de chuva.

– Que tal Someone like you, da Adele? – A voz de Catharina me salvou.

Alex olhou para ela e estreitou os olhos. Achei estranho.

– Gostei. Podemos cantar essa? – Perguntei a Alex.

Ele olhou pra mim e sorriu, mas o sorriso não chegou aos olhos.

– Claro.

Eles começaram a tocar e me senti um pouco perdida, mas logo peguei o ritmo da música e me entreguei a ela. Nem eu mesma conhecia o potencial da minha voz, mas confesso – modéstia a parte – que minha voz é muito bonita.

Quando terminei de cantar Alex reuniu o pessoal no sofá e começou a falar do convite de Rennata para ir ao barzinho. Todos toparam animados na mesma hora

– Estamos precisando disso mesmo. – Comentou Bernardo. – Já faz um tempo que não sai todo mundo junto.

– E eu quero muito tomar um daqueles copos enormes de coca-cola. – Catharina falou.

Aí todo mundo começou afalar ao mesmo tempo, fazendo a maior bagunça e eu fiquei perdidinha no meio deles – novamente –, sem saber o que falar ou fazer.

Alex assobiou.

– Ei, pessoal! – Chamou com o tom de voz mais alto.

Todos pararam de falar e prestaram atenção nele.

– Ainda não terminei. – Continuou ele. – Como vocês sabem, a minha irmã vai se casar daqui a algumas semanas e ela me pediu para falar com vocês, pois ela quer que nossa banda toque na festa de casamento. O que vocês acham?

– Isso vai ser demais! – diz Michael.

Após o falatório tocaram mais algumas músicas e depois Alex me levou para casa. Ainda estava chovendo quando paramos no pátio do condomínio, e ele não queria que eu fosse até a porta de casa sozinha e me acompanhou, mas acabou ficando ainda mais molhado do que já estava.

– Você ficará resfriado se continuar agindo assim. – Falei quando paramos em frente a porta de casa.

– Só acho injusto você se molhar sozinha. – ele sorriu.

– Mas eu estou de casaco, que por sinal é seu. Você precisa dele mais do que eu.

Abri o zíper do casaco para tirá-lo, mas ele não me deixou.

– Pode ficar com ele. Vou voltar para o carro antes que minha situação piore. Até amanhã Mel.

– Até, e cuidado com a estrada.

Ele começou a caminhar de volta para o carro.

– Me manda uma mensagem quando chegar em casa pra eu saber que você chegou bem. – Falei, mas me arrependi na mesma hora.

Você não é dona dele Melodie!

Me repreendi enquanto ele virava-se para mim com o um daqueles sorrisos maliciosos.

– Quer que eu mande uma mensagem pra você? – Perguntou ainda sorrindo.

– Só não quero ficar preocupada com você o resto da noite.

A blusa dele estava colada no corpo e seus cabelos estavam bagunçados e pingando por causa da água da chuva. Passei alguns segundos observando a vista e me repreendi mais uma vez por fazer aquilo enquanto ele olhava para mim.

– Dá um beijo no Fred por mim. Boa noite.

Ele correu para o carro e deu partida assim que entrou nele.

Entrei dentro de casa e estava prestes a subir as escadas rumo ao meu quarto quando vi o abajur da sala ligado e fui até lá curiosa.

Nícolas estava sentado no sofá, com o calcanhar de uma perna apoiado no joelho da outra, com um copo de Uísque na mão, olhando para o nada. Fui até o sofá e me sentei ao lado dele.

– Oi. – disse apenas.

Ele deu um gole no Uísque e olhou para mim.

– Oi. – respondeu.

Tirei o casaco e coloquei sobre meu colo.

– O que está fazendo aqui sozinho?

– Precisa responder? – Ele revirou os olhos.

Suspirei e encostei minha cabeça no estofado do sofá. Foi aí que me lembrei que tinha deixado Fred na sauna.

– Droga! Acabei esquecendo do Fred. – Falei me levantando rápido e correndo para o quintal.

Atravessei o quintal correndo e por sorte não cai.

– Quem é Fred? – ouvi a voz de Nícolas atrás de mim.

Abri a porta da sauna e encontrei Fred comendo a ração que estava dentro da caixa. Fui até ele e o peguei.

– Esse é Fred.

Nícolas abriu a boca e gesticulou um “Ah” silencioso.

– Mamãe e papai sabem que você trouxe um gato pra cá?

– Ainda não, mas não vou deixar ele aqui dentro com frio. Me ajuda a levar ele para o quarto?

Ele tirou a camisa com a qual estava vestido e me ofereceu.

– Enrola ele na camisa para não molhá-lo. – Ele falou ao me dar a camisa.

– Mas e você?

– Eu me viro. Agora vamos voltar para dentro de casa, porque eu já estou com frio.

Enrolei Fred na camisa cuidadosamente e peguei a caixa dele. Voltamos para dentro de casa o mais rápido possível. A chuva tinha diminuído um pouco e nós não nos molhamos muito.

Quando eu estava subindo as escadas para ir para meu quarto meu celular tocou. Infelizmente não deu para atender porque eu estava com as duas mãos ocupadas por causa da caixa de Fred e o casaco de Alex.

Quando cheguei no quarto coloquei Fred de volta na caixa e peguei meu celular para ver de quem era a chama perdida. Alex. Retornei a ligação e na segunda chamada ele atendeu.

– Cheguei em casa, não precisa se preocupar mais. – ele foi logo dizendo.

– Oi pra você também, Alex. E a propósito, seu carro é um jato?

– Não, mas vou dormir na casa dos meus pais hoje e a casa deles não fica muito longe da sua.

– Hum, ok. – sorri – Boa noite, então.

– Boa noite e até amanhã.

Depois disso desliguei e fui tomar um banho.



Depois de tomar banho e me vestir, me deitei na cama e peguei o casaco de Alex – que ainda estava como cheiro dele, mesmo depois de ter levado chuva. Foi inevitável não cheirá-lo, e acabei pegando no sono agarrada ao casaco dele.

***

Na manhã seguinte acordei na hora do almoço – nem eu sabia da minha capacidade de ser tão preguiçosa. Contei para meus pais sobre Fred e eles concordaram que eu ficasse com eles, desde que ele não ficasse nadando pelo meio da casa.

Nícolas passou a tarde na piscina tentando me ensinar a nadar, mas a única coisa que consegui fazer foi boiar. Sempre que eu tentava nadar, afundava e Nícolas mergulhava e me trazia de volta para a superfície.

Agora eu estava em frente ao espelho terminando de me arrumar para sair. Sequei meus cabelos e fiz cachos nas pontas, deixei-os soltos para cobrir meus ombros e costas – não quero chamar muita atenção. Minha maquiagem não estava muito pesada, mas também não estava leve demais. Coloquei as sombras de um tom de marrom para que destacasse meus olhos, mas o resto estava básico. Nada peado demais pra não me deixar de um jeito que não combina comigo.

Depois de pronta, me perguntei se minha roupa não estava curta demais. Não quero dar uma de santa nem nada, mas realmente estava achando meu vestido curto, ele estava na metade da coxa. O problema é que eu sabia que ele subiria quando eu me sentasse e estou preocupada com isso.

Meu celular tocou avisando que uma mensagem tinha chegado. Fui até o criado-mudo e peguei o celular, vendo que a mensagem era de Alex.

Alex: Olha pela janela.

Fui até minha janela e afastei a cortina. Alex piscou pra mim lá de baixo e fez sinal com as mãos para que eu descesse. Sorri e fechei as cortinas. Peguei um cardigã e minha bolsa e sai do quarto para ir ao encontro dele.

Durante a tarde Alex ligou pra mim para avisar que passaria na minha casa e na casa de Rennata para pegar nós duas e levar para o barzinho. Íamos eu, Alex, Rennata, Michel e Catharina no mesmo carro e encontraríamos Bernardo lá, pois ele iré no carro dele.

Avisei para mamãe e papai que estava de saída e me despedi deles dizendo que talvez eu dormisse na casa de Rennata. Encontrei Alex no jardim e fomos juntos para o carro. Catharina e Michel já estavam dentro do carro dele, estavam apenas nos esperando.

– Você não acha que exagerei no vestido? – Perguntei a Alex enquanto nos aproximávamos do carro.

– Você está linda, Mel. Não se preocupe.

Ele sorriu de lado e abriu a porta do carona para mim. Agradeci e entrei.

– Oi, gente. – Falei.

– Oi – Michel e Catharina responderam.

Alex entrou no carro e deu partida. Fomos o caminho todos em silêncio. Eu não me sentia a vontade pra falar sabendo que o Michel e a Catharina estavam conosco. Acabei ligando o som para descontrair o clima um pouco.

Paramos em frente a um bar, não tinha muita gente, mas estava bastante movimentado. A Catharinha e o Michel desceram do carro e ficaram esperando eu e Alex descer. Ele abriu a porta para sair, mas eu chamei sua atenção.

– Alex? Não acha que está esquecendo de nada?

Ele franziu a testa confuso, mas logo se lembrou que tínhamos esquecido de Rennata.

– Ela vai matar a gente por ter deixado ela esperando – Ele falou.

– Acho melhor irmos buscá-la.

Meu celular tocou dentro da bolsa e quase que instantaneamente eu soube que era minha amiga.

– O que vamos dizer a ela? – Perguntei já com o celular na mão.

– Deixa que eu converso com ela.

Dei o celular a ele para que a atendesse e fiquei observando enquanto ele falava com ela.

– Fala mexicana!... – ele sorriu – Aconteceu um imprevisto e não pude ir te buscar, mas vou pedir para o Bernardo passar aí e te dar uma carona... Está qui do meu lado, quer falar com ela?... Já já ele chega aí.

Alex desligou rindo e me devolveu o celular.

– E aí? – perguntei.

– Ela está uma fera com a gente. Você percebeu que ela está perdendo o sotaque? Até achei estranho.

Concordei enquanto ele pegava o celular do bolso e discava alguns números, logo em seguida colocou pra chamar.

– Vou entrar com o Michel e a Catharinha enquanto você está ocupado. – Falei e ele assentiu.

Desci do carro e chamei os dois para entrarem comigo enquanto Alex fazia algumas ligações. A Catharina me perguntou o que estava acontecendo e eu expliquei a situação para ela.

Michel nos guiou até uma mesa vazia no fundo do bar. Eu observava o ambiente enquanto os outros dois escolhiam a bebida deles. Alex demorou para entrar e quando o fez estava acompanhado de Rennata e Bernardo.

Minha amiga estava linda, calça de couro preta e uma blusinha vermelha. Não deu pra prestar muita atenção nos sapatos dela, mas eram de saltos e da mesma cor que a calça. Por um momento, pensei que ela chegaria perto de mim chateada por termos esquecido dela, mas ela não o fez. Sentou ao meu lado e perguntou baixinho:

– Quem é esse? – Ela perguntou.

Fiquei um pouco confusa no inicio, mas depois segui o olhar dela e vi que ela olhava para Bernardo.

– Ele toca na banda de Alex. – respondi.

– Isso eu sei, mas você deve conhecê-lo. Ele é legal?

– Rennata, você passou mais tempo com ele do que eu, então é você que me responde. Ele é legal?

– Ele me elogiou quando entrei no carro dele, mas ficou calado depois, como se tivesse se arrependido do que disse. Conversamos um pouco no caminho para cá, mas não foi nada demais.

– E você está interessada nele? – sorri.

– Não! Claro que não. Só foi uma curiosidade.

– Sei...

Uma música de batida eletrônica começou a tocar e Rennata se animou do meu lado.

– Eu amo essa música! Vamos dançar.

Ela agarrou meu braço querendo me levar para a pista de dança no meio do bar.

– Não quero dançar Rennata, meu vestido está muito curto.

– Ah, Melodie. Você está linda e acredite, seu vestido não vai subir.

– Mas eu não quero dançar agora, quero ficar aqui.

– Eu adoraria dançar com você – a voz de Bernardo surpreendeu a nós duas.

Rennata largou meu braço e ficou olhando para ele atônita.

– Vem ou não?

Ele sorriu pra ela e estendeu a mão.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Será que a Rennata finalmente se desencadeará de Nícolas?
Até o próximo capítulo!
Kiss



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