You've got the Sunrise escrita por Mavelle, Nederland


Capítulo 29
Epílogo - Emma


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, meninas!
Nossa querida história está praticamente no fim (só falta postar o epílogo que a Patrick está escrevendo) e eu já queria agradecer a todas por nos acompanharem, suportarem nossas chatices, vácuos, preocupações, caningamentos, etc... Muito obrigada por fazerem toda essa história mais especial! ;)
Beijos,
Mavelle ☆



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Um ano depois...

Era mais uma das noites de cinema antigo na cidade. Todos sabem o que isso significa: pais, filhos, professores, alunos, primos, avós, gatos, cachorros, peixinhos dourados, periquitos e papagaios juntos no mesmo espaço e na mesma hora. O que isso significa? Seus pais vão ficar observando enquanto você está com seu namorado.

Porque diabos eu tinha aceitado mesmo ir para aquela sessão de cinema ao ar livre? Eu cheguei a sugerir pro Cole da gente ficar em casa, "assistindo filme" e "comendo pipoca" enquanto meus pais e o resto da cidade estivessem na praça parecendo hippies e estirados em lençóis gays. Teria sido perfeito.

Cole apertou minha mão e me puxou para mais perto, segundos antes de eu bater numa árvore enorme. Ele levantou uma sobrancelha.

– Quer usar meus óculos?

– Hm... - abracei-o e fingi considerar. - Não.

– Tem certeza? Eu acho que aquela árvore era meio grande pra você não ter visto. - ele roçou o nariz dele no meu.

– Vá se fuder. - beijei sua boca. - Eu só estava pensando.

– Posso saber no que?

– Não consegue imaginar? - ele negou com a cabeça. - Eu estava pensando que seria melhor se tivéssemos seguido o meu plano pro encontro.

– O que ficávamos sozinhos na sua casa assistindo filme e comendo pipoca? - ele levantou uma sobrancelha e mordeu o lábio inferior.

– Esse mesmo. - respondi, encarando aquele par perfeito de olhos castanhos. Como eu não os tinha notado antes do ano passado? - Ainda dá tempo, sabe? - foi minha vez de morder o lábio inferior, enquanto ele levantava a sobrancelha. - Meus pais ainda não chegaram. Podemos sair de fininho antes do filme começar e ir lá pra casa. O que acha?

– Acho que não vai funcionar. - ele sussurrou no meu ouvido, olhando para alguma coisa sobre o meu ombro. Então ele me girou delicadamente e eu vi meus pais. Fudeu. Deus queira que não tenham escutado essa conversa. - Senhor Geller. Senhora Geller.

Cole apertou a mão de meu pai e abraçou minha mãe. Enquanto isso, eu ficava parada do lado dele com cara de peixe. Ele voltou a apertar forte minha mão. Eu sempre tinha que me lembrar que, mesmo depois de mais de um ano, meu pai ainda o deixava nervoso.

– Atrapalhamos algo? - minha mãe perguntou, um sorriso simpático estampado em sua face.

– Não, mãe. - admiti. - Estávamos nos decidindo sobre onde sentar.

– Hm. Tudo bem. Vamos encontrar com seus padrinhos.

– Ok, mãe.

Logo que eles viraram as costas, comecei a puxar Cole até o final da praça. Ele levantou uma sobrancelha quando eu estendi o lençol na parte mais distante do telão.

– Quer ficar longe assim deles? - ele perguntou enquanto eu deitava.

– Sim. Eu odeio me sentir observada por qualquer um. Especialmente por meus pais. Me faz sentir uma criatura miserável e errada. - ele deitou ao meu lado.

– Miserável? Nunca. - ele falou enquanto passava a mão pelo meu rosto. - Você é muito você para ser miserável. E errada? Você é tão errada quanto eu.

– Você só diz isso porque está apaixonado por mim. Eu poderia muito bem ser miserável. Eu podia me sujar na lama, vestir trapos e desarrumar meu cabelo, ir pedir comida na rua e as pessoas iam achar facilmente que eu sou miserável. E pode ter certeza que eu faço coisas muito mais erradas do que o que você faz.

Ele ficou em silêncio por uns segundos, então eu sabia que tinha ganhado a discussão. Me encostei em seu peito e senti suas mãos se enfiarem em meus cabelos, me fazendo um cafuné delicioso que simplesmente me dava vontade de dormir.

– Eu não estou apaixonado por você. - ele falou, com muita naturalidade e, mesmo assim, de um jeito apaixonado. Comecei a encará-lo, uma sobrancelha levantada. - E é verdade. Eu não estou apaixonado por você. Eu SOU apaixonado por você. Não é um estado passageiro, algo que vá mudar em algum tempo. Eu sinto que isso está no meu DNA, que faz parte de mim. E eu não sou simplesmente apaixonado por você. Eu te amo. Adoro tudo em você. Sua risada, seu jeito de me olhar, o jeito como você consegue animar um ambiente só de entrar nele, toda essa sua luz própria... você me fascina, Emma. E eu te odeio por escolher um idiota como eu porque quer me fazer feliz.

Bati nele.

– Por favor, desdiga a última frase. Se é que é possível desdizer. - reclamei. - Eu não te escolhi por que eu quis te fazer feliz. Eu tenho certeza de que eu já disse isso. Eu te escolhi porque você é o MEU idiota. Meu e de mais ninguém. E eu sou a sua. Só sua. Eu te amo, seu bocó. Quando, pelo amor de Deus, você vai resolver entender isso? Quantas vezes eu vou ter que repetir isso até você se convencer que é a pessoa mais incrível que eu já conheci?

Ficamos nos encarando por uns três segundos. Então ele se aproximou de mim e me deu um beijo demorado e, ao mesmo tempo, desesperado. Correspondi o seu beijo no mesmo instante, pousando a mão em sua nuca e puxando-o para mais perto. Nos separamos pela falta de ar, nossas pernas entrelaçadas e peitos encostando. Mais alguns centímetros e estaríamos nos beijando novamente.

– Respondendo sua pergunta, só mais uma vez.

Sorri com a resposta e beijei-o de novo. Eu estava realmente feliz.


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Notas finais do capítulo

ADEUSS



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