You've got the Sunrise escrita por Mavelle, Nederland


Capítulo 27
Capítulo 27 - Emma


Notas iniciais do capítulo

OIEE!!!
Provavelmente quando você ler isto, eu e a Patrick vamos estar morrendo com uma prova fuderosa, então... nos desejem sorte.
Eu estava apitando pra postar esse capítulo desde o segundo que acabei de escrevê-lo. Espero que gostem!
Beijos,
Mavelle ☆
P. S.: o apelido fofinho desse capítulo é "capítulo do foda-se" :)



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– Mia, você tem Down? Porque diabos você convidou o Alex pra almoçar SOZINHO com você? - perguntei a minha irmã no carro, já indo para a escola e dando ênfase na palavra sozinho.

Ela deu de ombros.

– Eu quero resolver as coisas. Não quero que termine sem ele me dar uma explicação.

– Eu já te contei a explicação. Ele é um energúmeno e eu errei te deixando namorar com ele.

– Não errou, Emma. Eu errei quando me apaixonei por ele e eu simplesmente não quero que acabe assim.

– Ele é seu primeiro namorado. Ninguém quer que o primeiro namoro acabe desse jeito. Mas, se seu primeiro, segundo, septuagésimo ou seja lá qual for a posição de namorado for Alex Taylor, sempre vai acabar do mesmo jeito: você magoada e ele com outra.

– Eu sei, Emma. Eu só queria ouvir da boca dele a explicação sem noção nenhuma e tentar entender porque ele fez isso.

– Você daria uma grande psicóloga com Síndrome de Estolcomo. - resmunguei.

Continuamos em silêncio até chegar na escola, onde nos dividimos.

●●●

Eu estava sozinha na hora do intervalo. Eu queria estar sozinha. Keith tinha me chamado para almoçar com ela e com Luke, mas eu não aceitei. Estar tão perto de alguém tão parecido com Cole... é difícil para mim. Principalmente porque Keith está feliz com ele e eu ia acabar ficando com uma carranca enorme todas as vezes que eu visse eles sendo fofinhos ou quando eu olhasse para a cara de Luke... simplesmente era impossível para mim.

Fui para o jardim onde meus pais me levaram no primeiro dia de aula e disseram que se encontravam. Também é o mesmo jardim onde eu pedi para Cole ir para o baile comigo. Tudo tinha começado nesse jardim. Suspirei, avaliando se iria mesmo almoçar nesse jardim que era, ao mesmo tempo, maldito e abençoado. Ah, foda-se.

Sentei debaixo de uma árvore e coloquei meus fones de ouvido. Com a calça jeans e blusa estampada que eu estava, mais a trança que Keith havia feito nos meus cabelos durante a aula de Matemática, eu estava parecendo mais hippie que o tio John. Sabe o que eu digo para isso? Foda-se.

Comecei a comer meu sanduíche de carne, apesar de mamãe viver reclamando que eu como muita carne e que isso provavelmente vai entupir minhas artérias e blá, blá, blá. Só não digo foda-se pra ela porque ela é minha mãe e é médica. Por fim, coloquei minha playlist de músicas depressivas, começando com Photograph, do Ed Sheeran. E, não, eu não estou depressiva. Músicas depressivas só são legais. Melhores ainda bem altas. Comecei a cantar junto com a música.

"Loving can hurt

Loving can hurt sometimes

But it's the only thing that I know

When it gets hard

You know it can get hard sometimes

It is the only thing that makes us feel alive

We keep this love in a photograph

We made these memories for ourselves

Where our eyes are never closing

Our hearts were never broken

And time's forever frozen still"

Nem percebi quando uma pessoa sentou do meu lado. Ignorei-a e continuei a cantar. Se ela não queria me ouvir cantar, foda-se. Eu é que não saio daqui. Após algum tempo, enquanto eu ainda estava cantando a música, a pessoa começou a falar.

– Emma, por favor me diga que você não está cantando isso como uma indireta para mim.

Me assustei ao reconhecer a voz como sendo de Cole. Eu ia me afastar, mas... ah, foda-se.

– Não, porque eu estaria cantando uma indireta para você se eu nem sabia que você estava aqui até agora? Se a carapuça serviu é outra coisa... E eu por acaso tenho cara de quem canta indiretas? Me desculpe, mas eu não sou a Taylor Swift.

Ele levantou as mãos, num gesto que dizia me desculpe.

– Eu sei que não vai adiantar nada, mas eu queria pedir perdão. De novo. Eu consegui passar do nível de babaquice do Alex.

– Ah, não. Ele traiu a Mia. O seu nível de babaquice foi menor. Mas, ainda assim, você é muito babaca. E eu sou uma maior ainda.

– Emma, não fale assim de você, por favor. - ele puxou uma mecha que havia se desprendido da trança e que estava na frente do meu cabelo para a parte de trás da orelha, provavelmente surpreso por eu tê-lo deixado fazer isso. Eu também estaria supresa, mas hoje é meu dia do foda-se, então... FODA-SE. - Você é a menina mais bonita dessa porra de colégio todo e também a mais complicada e perfeitinha que eu já vi na minha vida. Você também é a pessoa mais decidida, orgulhosa e confiante que eu conheço. Totalmente o meu oposto. Sinceramente, a única babaquice que você já fez na sua vida foi querer ficar comigo ao invés de qualquer outro garoto menos tímido que estivesse caindo a seus pés. Seu erro foi querer me fazer feliz ao invés de querer fazer qualquer outro. Eu não quero te pedir para voltar, Emma. Eu sei que você não aceitaria.

Eu devia contar pra ele que não era por isso que eu era idiota? Que eu era idiota porque ele tinha me trocado por uma noite assistindo Peppa Pig e brincando de Barbie e eu continuava amando-o do mesmo jeito? Ah, FODA-SE.

– Cole, eu não digo que sou idiota porque eu comecei a namorar com você quando tinha tantos caras a meus pés. Não digo que sou idiota porque me apaixonei por você. Eu sou idiota porque você me trocou por uma noite assistindo Peppa Pig e brincando de Barbie com sua sobrinha e eu não parei de te amar. Sim, eu ainda estou muito puta com você pra te perdoar logo de cara, mas eu te amo, seu idiota. Te amo. Tipo mais do que eu pensei que eu pudesse depois de tudo isso. Talvez te ame ainda mais porque você ama sua sobrinha a ponto de brincar de Barbie com ela. E, não, nunca me senti assim com ninguém. Se a pessoa desse prioridade pra quase qualquer outra coisa que não fosse eu, eu já teria terminado e provavelmente perderia o encanto mas com você é diferente. - olhei para ele em seus olhos e eles brilhavam. - Eu descubro algo novo sobre você e sua personalidade cada vez que eu olho nos seus olhos e a cada minuto que eu passo com você. Eu poderia já te conhecer a uma eternidade e você continuaria sendo um mistério para mim. Me desculpe por nunca ter te notado antes daquela aula bosta de química.

Eu parei alguns segundos para respirar, mas algo que eu não esperava aconteceu. Cole estava me beijando. E eu cheguei a pensar por meio milésimo de segundo se deveria ou não corresponder, mas... foda-se. Correspondi seu beijo. Era ainda melhor do que eu podia me lembrar. Mais doce e urgente. Com um gosto único de quero mais. Nos separamos para respirar.

Deitamos na grama por alguns segundos, nossas mãos entrelaçadas e minha cabeça apoiada no ombro dele.

– Então é assim que voltamos?

– Mais ou menos. - eu disse, beijando-o mais uma vez. - Vou precisar de mais alguns como esse para esquecer de vez o que você fez.

– Não vai ser problema, mas, talvez mais tarde? - ele sugeriu, se levantando.

– Porque? - perguntei, realmente confusa com isso. Eu poderia passar o resto do dia aqui com ele.

– Porque eu não quero que nem eu nem minha parceira de laboratório nos atrasemos para a aula chata do professor chato. - ele estendeu a mão para mim e me ajudou a levantar. Eu estava chateada. Não queria ir embora. - Um de nós tem que se lembrar desse tipo de coisa, não acha?

– Não. - falei, pegando a mão dele e dando-lhe um beijo no rosto. - Mas, já que você insiste, eu aceito continuar com isso mais tarde.

– Talvez numa sorveteria ou cafeteria? - ele sugeriu, me dando um selinho.

– Exatamente. - sorri. - Vamos, senhor Black. Entendi que o senhor não quer perder a aula chata do professor chato.

– Certamente não quero, senhorita Geller. Principalmente porque a senhorita vai estar.

Corei. Ia acabar obrigando-o a ficar ali e ter aula de biologia ao invés de química.

– Vamos logo. - comecei a arrastá-lo pelo jardim na direção da sala de química. Teria que explicar algumas coisas à Keith, mas foda-se.


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Notas finais do capítulo

TCHAUUU



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