Os iguais se atraem... escrita por Maah Santos


Capítulo 4
Pega no flagra


Notas iniciais do capítulo

Oiii povo!
Gente, me desculpa a demora de postar
E eu queria agradecer a todos que favoritaram e que estão acompanhando e aquelas que comentaram, realmente dá uma motivação
Ai vai mais um, espero que gostem



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Vou pra casa com a minha moto Harley Davidson nova. Quando entro, vejo um convite no chão da sala. Era um convite da empresa do meu pai, olimpos, pra ele ir a uma festa de não sei o que. Meu pai é dono de um dos setores da empresa: o setor da terrestre, como costumo chamar. Ele é dono de uma empresa de carros, caminhões, etc. A empresa tem vários setores, e os sócios dele são os donos de uma compainha aérea e de uma compainha marítima.

Deixo o convite em cima de uma mesinha que tem na sala e subo pro meu quarto. Preciso pensar no que fazer. Ou eu participo do crime ou eu tento pular fora. Só que se eu pular fora, terei problemas com o Minos e ele é da barra pesada. Sabia que não deveria ficar andando com esse tipo de pessoa, só que a vontade de me divertir foi mais forte e também de irritar meu pai. Ele não gosta muito de mim e minha madrasta Perséfone também não. Essas saídas misteriosas deixa ele bem nervoso.

A tarde se passa assim e quando percebo já são sete da noite. Coloco uma calça jeans preta, uma touca preta, um all star preto e uma camiseta preta, sem me esquecer das luvas pretas. Pego um celular que não é muito atual e tiro meu relógio e só coloco meu dinheiro na carteira, tirando identidade e cartões. É paranoia, eu sei, mas o anônimos fica num dos lugares mais perigosos da cidade, e não quero ficar sem documentos nem nada.

Pego meu skate e saio de casa. Pego um taxi e peço pra ele me deixar umas duas quadras do anônimos.

– Senhor, tem certeza que vai ficar aqui? – pergunta o motorista estranhando

– Sim, tenho – falo e estendo o dinheiro.

Saio do taxi, pego meu skate e vou pro anônimos me equilibrando no skate. Chego lá na porta, onde tem dois caras mal-encarados, todos tatuados e com músculos demais. Como eles já me conhecem, me deixam entrar. Mas no começo, eu só entrava com o Minos, senão me barravam.

Entro e estava uma bagunça total. Varias pessoas preenchiam o local. No momento tinha uma banda tocando alguma musica que não consegui identificar. Havia muitos bêbados e até mulheres em cima da sinuca quase nuas. É, gente bêbada não presta.

Consigo encontrar a turma perto de uma dessas mesas olhando concentrados pra uma mulher. E o maior cheiro de bebidas, cigarros, drogas, e musica alta preenchiam o ambiente.

– Eai Povo! – cumprimento

– Oi, Nico – cumprimenta Chris

– Bom, agora que todos chegaram, vamos começar a combinar – fala Minos – Ah, e antes que eu me esqueça, esse é Lee Fletcher – fala apontando pra um garoto, que não parece ser muito mais velho que eu.

– Vamos pra um lugar que dê pra conversar – fala Lee e o seguimos até um canto que não tinha muita gente.

– Bem, é o seguinte. Vamos soltar Cronos, um antigo amigo nosso – fala Minos indicando ele e Lee.

– Vamos fazer isso amanhã – fala Lee e eu me espanto, mas os outros parecem de boa

– Perai, amanhã? Não é muito pouco tempo pra planejar? - pergunto

– Não. Já temos tudo planejado – Lee fala – Como estou vendo aqui, vocês dois – diz apontando pro Luke e pro Chis – vão distrair os guardas e a policia. O plano eu passo depois. O emo vai dirigir – diz se dirigindo a mim - e você – fala apontando pro Ethan – vai ficar indicando se ninguém vem. Eu e o Minos vamos tirar ele.

– E esse é só o começo da operação toda. Eu não deveria contar pra vocês, mas irão nos ajudar com a parte mais importante do plano após a passagem – fala Minos e eu me assusto. Mais um crime?

– Vixi, segunda parte? Não sei se vai dar não. Meu pai já está começando a desconfiar das minhas saídas – falo – E do jeito que ele é, é capaz de chamar a policia pra me seguir

– Ah, mas então arrume argumentos, pois agora que já esta dentro, não vai escapar – Minos ameaça

– Vou tentar, mas se a coisa esquentar, vou precisar de tempo pra enrolar ele – falo, mentindo

– Nico, você tem um grande potencial. Sei que você consegue enrolar seu velho. Não vai dar pé atrás, vai? – fala Minos

– Não... – falo hesitando

Depois disso, passo no bar e pego uma cerveja. Nunca bebi muito, mas hoje estava tão cheio de problemas que acabei bebendo a garrafa toda. Depois peço uma vodca. Bebo a garrafa toda novamente.

Uma coisa lá no fundo diz pra mim parar, mas eu não paro e peço mais bebidas. Pare, a Bianca não ia gostar de te ver assim – minha consciência alerta. Bianca, minha irmã mais velha, morreu há dois anos num acidente. Foi atropelada por um bêbado.

A lembrança me faz parar subitamente. Por ela, vou me controlar. Só que nesse ponto, eu já estava “alegre”. A musica estava alta demais e varias pessoas dançavam numa pista de dança. Outras estavam jogando sinuca e apostando. E eu, em meio a tudo isso, tentava pensar racionalmente.

– Nico! Cara, vamos apostar! – alguém me chama e eu só consigo me ver indo até a sinuca e começando a apostar.

– Aposto mil! Eu ganho essa droga! – grito e começo a jogar.

Após o jogo, em que perdi tudo, o cara vem me cobrar a grana. Só tinha colocado 500 na carteira e já tinha gasto 30 no bar.

– Puts, cara. Só trouxe 470 – falo e vejo o cara ficando com raiva

– Você quer é me roubar! – ele fala já com os punhos cerrados

– Não! Calma ai! – falo

– Calma ai é o caramba! Vocês, levem o nanico aqui lá pra fora. Temos que acertar algumas coisas – ele grita pra dois caras, tão grandes e fortes quanto ele e tão tatuados como ele vem até mim e me seguram.

Os caras me arrastam pra fora do galpão, lá pros fundos. Eu vou apanhar com certeza, penso.

– Calma ai, gente, eu pensei que tinha mais dinheiro. Amanhã eu te trago com juros, mas não me bata, por favor – falo. Ok, soou gay, mas e dai? Eu não quero apanhar.

– Olha, não venha querer bancar o espertinho pra cima de mim. Eu quero meu dinheiro – ele fala estendendo a mão e eu tiro minha carteira e tiro todo o dinheiro de lá: 470 dólares.

– Ah, cara. Ninguém se faz de espertinho pra mim não – ele fala – Ou eu não sou o braço direito do chefe da gangue das cobras.

Quando o cara disse isso, eu paralisei. Gangue das cobras. Uma das gangues mais perigosas que tem no anônimos.

Os caras riem quando ele estala os dedos e de repente vejo minha vida passar todinha, desde quando era criança até agora. Ele começa e me dá um soco no nariz, que começa a sair sangue. Ele começa a me bater e me dar pontapés e já estou caído no chão, ensanguentado. Acho que vou morrer aqui. Mas ai uma ideia atravessa minha mente.

– Espera! Eu consigo seu dinheiro! – consigo falar com todas as minhas forças

– Agora? – ele pergunta e eu faço sinal de positivo com a mão – Eu quero juros. Três mil.

– Está bem. Calma ai – falo e consigo pegar meu celular. Entro no Messenger e vou direto na Thalia:

– Thalia, me passa seu numero de celular agora – falo

Pra que? – ela pergunta

– Só me passa – peço urgentemente e ela escreve.

– Tá demorando muito! – o cara berra

Ligo pra Thalia que me atende:

– O que você quer seu imbecil desgraçado? – ela atende

– Preciso de você. Traga três mil dólares a... – falo o endereço

– O que? Por que?

– Só me trás. Senão eu vou morrer e você me deve por causa do plano – falo sério e ela dá uma gargalhada

– Fala sério, Di Angelo. Acha mesmo que eu vou sair a essa hora pra te emprestar dinheiro?

– É sério, Thalia – falo

– Cara, ta demorando muito! – o cara fala e tira o telefone da minha mão, chutando-o pra longe. Ele ri sadicamente e completa: - Vamos ver o que eu faço com você.

POV´S THALIA

Estava tranquilamente mexendo no celular quando o Di Angelo pede o meu numero e me liga pedindo três mil. Que louco. Obvio que não vou sair a noite pra emprestar dinheiro pra ele. Até que ouço a voz de um cara e a ligação cai.

Não acredito que vou fazer isso – penso e me levanto correndo.

Pego as chaves do meu carro e minha carteira, que por sorte eu tinha pego dinheiro no banco, minha mesada acumulada que eu guardei antes que Hera fosse lá e pegasse.

– Onde você vai? – ouço Hera gritando pra mim – Não quero ir ter que te buscar na delegacia se for presa!

– Nunca te ligaria! – grito e saio sem dar explicações a ela.

Vou pro meu carro e ponho o endereço no GPS. Ele só pode estar brincando. É um dos lugares mais perigosos de Nova York. Ele me paga. No entanto, vou dirigindo que nem uma louca até o endereço.

Chego até um galpão abandonado onde parecia haver um festa, pelo barulho e as luzes.

Onde você quer que eu vá, Di Angelo? – pergunto a mim mesma.

Saio do carro e vou entrar no lugar, no entanto, dois caras enormes, tatuados e mal-encarados me param.

– Onde pensa que vai? – um pergunta

– Meu namorado tá me esperando – falo

– E você pensa que vai entrar? Só com seu chefe – ele fala e tira um cassetete da calça – Quer tentar?

Saio da entrada e decido averiguar o lugar, ver alguma janela por onde eu possa passar.

Chego aos fundos do galpão e vejo uns caras batendo em alguém com muita gente em volta. O Di Ângelo anda em lugares muito seguros, pelo jeito. Não me seguro, e por algum motivo, chego mais perto da briga. Me assusto ao ver o Di Ângelo deitado no chão, apanhando de três caras enormes.

– NICO??!!- grito pra ele e o povo se afasta, pensando que vai vir mais treta.

Chego perto e vejo o Nico quase inconsciente com sangue jorrando do nariz e ele cheio de hematomas. A camiseta, ou o que um dia foi uma camiseta, estava jogada do lado.

– Para!! – grito pros caras e eles me olham confusos, mas me ignoram e continuam a espancar o Nico - Eu trouxe!

Quando falo isso, ele param e falam:

– Olha, o marmanjo tem uma garota – o maior deles fala

– Larga ele! – eu falo

– Me dá o dinheiro primeiro! – ele fala e eu pego minha carteira. Tiro todo o dinheiro. Lá se vai a minha mesada acumulada. Dou o dinheiro pra ele, que conta como se tivesse torcendo pra ter menos do que o pedido.

– Solta ele. Ela me deu os três mil e mais quinhentos de brinde – o cara fala e os outros soltam o Nico.

A galera já tinha se dispersado ao ver que a briga acabara.

– Da próxima vez, você morre e eu caço sua garota e mato ela também – o cara ameaça e vai embora com os outros.

Nico estava no chão, sangrando e com hematomas. Ótimo. O que faço agora?

Um garoto, que não aparentava ser muito mais velho que eu, se aproxima. Acho que ele era o único que não tinha ido embora.

– Quer ajuda? – pergunta e eu me surpreendo por ter uma alma boa. Mas hesito. Vai saber quem ele é – Me chamo Chris. Sou amigo do Nico

Que ótimos amigos o Nico tem, penso ironicamente

– Só preciso levar ele pro meu carro - falo

Ele me ajuda a levantar o Nico e nós dois vamos carregando ele pro meu carro. O garoto parece se surpreender quando vê o meu divoso carro, mas não fala nada. Ele põe o Di Ângelo na parte de trás do carro

– Valeu pela ajuda – agradeço

– Sem problemas – ele fala e entra no galpão de novo

Tiro as luvas dele e levo uma delas no nariz, pra tentar estancar o sangramento.

Como não sei nada desses bags de curativo, vou pro banco do motorista e dirijo até um hospital, correndo, que não fica muito longe da minha casa. Inclusive é do setor de saúde da empresa olimpos. Quem cuida dessa parte é meu tio Apolo.

Chego no hospital e vou pra emergência correndo. Alguns médicos de plantão se encarregam de pegar o Nico e levar pra uma sala enquanto eu preencho uma ficha e entrego pra recepcionista.

– Senhorita Grace, por aqui, por favor – um médico fala e eu o sigo até uma sala onde o Di Angelo está com um curativo enorme no nariz e vários outros espalhados pelo abdômen – Ele só fraturou o nariz, o resto foram só pancadas e arranhões, coloquei pra estancar o sangue.

– Valeu Grace – ele fala envergonhado

– Ta me devendo – falo – Doutor, já podemos ir pra casa?

– Já podem sim. Vou só tirar os curativos, pois o sangue já deve ter estancado – o doutor fala e eu saio da sala. Minutos depois o Di Ângelo aparece com uma camiseta branca, só com o curativo do rosto

– Vamos logo, seu otário – falo carinhosamente e vou pro carro com ele me seguindo.

– E ai? Onde é a sua casa? – pergunto assim que sento no volante

– Por que quer saber?

– Idiota. Pra mim te deixar lá, acéfalo

– Nós não vamos pra lá – ele fala e eu o olho confusa – Vamos pra sua casa

– O QUÊ?! TA MALUCO? BEBEU? – grito

– Sim, eu bebi. Mas é por que não posso chegar em casa assim. Meu pai me mataria

– Ótimo. Vou te deixar lá agora mesmo

– Engraçadinha. Vamos logo pra sua casa que eu to com sono

Que folgado. Primeiro me tira do meu quarto, do meu computador pra ir socorrer ele e agora me OBRIGA a levar ele pra minha casa?

– Por que eu faria isso? - indago

– Porque você precisa de mim no seu plano, e eu sou o único que toparia participar de algo assim – ele fala convencido

– Posso achar outro - falo

– Ah é? Então procure alguém que tope ser seu namorado e fique com risco de ser expulso da escola, por que eu sei que vai aprontar por lá.

Infelizmente ele tem razão. Então, irritada vou pra minha casa. Estaciono o carro em frente a minha casa e falo:

– Olha aqui. É melhor você entrar em silencio por que eu sai escondida

– E você ta com medinho da mamãe te flagrar? – o acéfalo debocha – Cadê o espirito rebelde, Grace?

– Cala a boca. Vai logo, não to a fim de ouvir aquela maldita voz agora

Vamos para os fundos da minha casa, onde fica a entrada de serviços. A porta, obviamente estava trancada. Procuro no meu bolso uma chave que tenho de reserva mas não acho. Que bosta. Devo ter esquecido na correria.

– E ai? Você abre a porta ou não? – o idiota pergunta

– É... esqueci a chave lá dentro – falo

– Não acredito! – ele fala

Paro por um instante tentando pensar em algo.

– Quer saber? – ele fala – To cansado de ficar aqui. Dá licença – ele fala e me empurra de frente da porta.

– Tão delicado quanto um cavalo – ironizo

Ele pega alguma coisa no bolso, faz alguma coisa na porta e... a porta abre. Ele arrombou a porta. PERAI... ele arrombou a MINHA porta.

– Como você fez isso com a MINHA porta? – pergunto

– Vamos entrar logo – ele fala e entra na MINHA casa sem a menor cerimônia.

A casa está escura e ficou até com um clima meio sinistro... eu ein. Silenciosamente nós subimos as escadas e consigo achar a porta do meu quarto.

Abro a porta, entro e quando ascendo a luz, vejo Hera na sentada minha cama. É, parece que não foi dessa vez que eu escapei.


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Notas finais do capítulo

Então??
Gente, comentem, favoritem, acompanhem, por favor
Coloquem se gostaram, sugestões etc... estou aberta a tudo
Tentarei postar o próximo o mais rápido o possivel
Bjjsss



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