É uma segunda, dez da noite, eu estou na lanchonete no meu horário extra até as onze da noite, estou apenas eu e meu chefe o Flin.

Alguém entra todo molhado da chuva que estava muito forte, eu estava de costas falando com o Flin, ajeito minha trança de lado e o uniforme que é o avental preto, eu uso uma calça jeans escura e uma camisa social simples lilpas clara, quando me viro, me deparo com uma pessoa que achei que nunca mais fosse ver na minha vida. Ele estava com uma camisa branca que estava quase transparente devido a chuva e delineavam seus músculos e as mangas até os cotovelos revelando a marca, os cabelos mais escuros e a barba por fazer.

-Oi- diz sorrindo- a chuva está forte, se incomodam de eu ficar aqui até ela passar?

-Pode ficar, quer algo? Meu nome é Flin e ela é minha garçonete barra contadora barra faz tudo...

-Ele me conhece Flin- digo fria e ele estranha meu tom de voz.

-Eu quero um café por favor.- diz ele ignorando meu tom de voz e sorrindo pra mim sentando no balcão ficando mais perto- e oi pra você também.

Apenas ignorando o perfume maravilhoso que eu senti falta durante esses anos.

-Aqui seu café, qual seu nome? -diz Flin simpático.

-Draco Malfoy, Flin- diz com um sorriso de canto.

-Hermione porque não fala com seu amigo? -diz Flin me estranhando.

-Ele não chega perto de ser meu amigo Flin, vou terminar hoje mais cedo- digo tirando o avental e pendurando no cabideiro.

-Não ta chovendo muito, você pode ficar gripada ou algo pior. -diz preocupado.

-Eu sei me cuidar Flin não se preocupe...- o céu fica claro com o relâmpago e o barulho é muito forte, não tenho medo disso, mas a luz pisca- eu vou ligar o gerador- digo indo pros fundos e em seguida voltando- eu fico até a chuva passar, Flin.

-Obrigado, quer uma toalha?

-Sim- diz Draco.

-Sente-se Hermione.

-Não, eu estou bem, vou limpar as mesas.

-Não precisa, você já faz de mais,sente-se no balcão- que só tem três bancos e o Malfoy está sentado no do meio, sento-me no da direita bufando, mas antes de me sentar, piso forte no pé de Draco, fazendo-o gemer de dor.

-Que foi isso? -diz Flin.

-Ele mereceu.

-De certa forma- diz com dificuldade.

-Vou buscar a toalha, tente não matá-lo- diz entrando nos fundos e subindo, ele mora em cima do prédio.

-Já passou a raiva? -ignorando- qual é...

-Eu te pedi, pra nunca mais olhar na minha cara, você poderia ser útil em pelo menos uma coisa não acha? Nunca me senti tão humilhada!

-Não é o que você está pensando.

-Poupe-me!

-Hermione eu te amo!

-Granger pra você!

-Somos adultos.

-Então tenta crescer e desista da ideia de que eu vou cair na sua de novo! Me de licença- digo saindo do banco e pegando um pano úmido e limpando as poucas mesas que tinha ao redor do restaurante.

-Meninos má notícia, vi na internet que a chuva vai durar a noite toda.

-Eu vou pra casa- digo.

-Lá está muito perigoso, alagou em alguns bairros, no caminho de sua casa.

-Eu vou ficar bem, prometo.

-Hermione eu tenho três quartos lá em cima, você dorme em um, Draco no outro e eu no meu! Eu me preocupo com você.

-Flin, tem coisas no meu passado que eu não gosto de lembrar, uma delas é que eu não sei se meus pais ao menos se lembram de mim, e a outra é ele!

-Deve ser duro, mas por favor, não quero você se arriscando por aí nessa chuva.

-Eu fico Flin.

-ótimo, vou arrumar as coisas e já desço.

Eu pego uma vassoura e varro pra passar o tempo, passo pano e deixo a loja brilhando, me sento no sofá e caio no sono sem perceber.

Acordo numa cama, alguém deve ter me colocado aqui, Malfoy! Estou com o cheiro dele, olho a hora e desço pra trabalhar.

-Bom dia Hermione- diz Flin.

-Bom dia FLin- digo pondo o avental preto e pegando a bandeja e servindo a única mesa, Malfoy, ainda tenho que ganhar dinheiro, e parte do trabalho é aturar clientes chatos.

-Se quiser tire o dia de folga, Maya e Scott já chegam.

-Vou sim Flin, tchau.- digo pondo o avental no cabideiro.

Saio andando pelas ruas, estava um dia agradável hoje, apesar da chuva de ontem, ouço alguém se aproximando.

-Oi morena- ignoro e corro pra longe, mas escorrego numa poça de lama e ele me pega, ficando com o rosto próximo, e em seguida me beijando, não descreverei o beijo, mas direi que senti falta dele, não posso deixar se sorrir involuntariamente quando ele me põe de pé- que saudade de seus lábios- diz baixo e ofegante.