As surpresas do mar escrita por Anjo Caido


Capítulo 7
Capitulo 7 - O fim se torna um começo


Notas iniciais do capítulo

Olá marujos!!!
Um aviso primeiro: Sou contra crueldades com animais, apesar de ter atirado tantas vezes no macaco nessa fic kkkk
Me veio uma inspiração monstro e decidir alegra-los (ou não) com o fim da fic =D
O capitulo foi bem grande, pensei em dividir (de novo) mas vamos acabar com isso logo kkkkk To ansiosa pela reação de vocês kkk
Bom, agora sim, preparem os lencinhos!
E mais uma vez, muiiiito obg aos meus leitores lindos que sempre deixam comentários fofos, obrigado aos que favoritaram a fic, e espero que vocês leiam mais historias minhas! Foi um prazer recebe-los... Sem mais delongas....
OBS: Leitores fantasmas, é a chance de opinarem ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600453/chapter/7

Jack estava de volta ao Pérola. Estava no lugar que mais amava neste vasto mundo. Estava na companhia que costumava ser a sua preferida, o Rum. Sua garrucha na mão mirava com precisão a cabeça do macaco, mas lhe faltou vontade de apertar o gatinho. A brisa leve que lhe tocara o rosto fazia lembrar da doce e amável Angélica. Ok, nem tão doce, ou amável, mas era suficientemente para fazer com que o Capitão andasse aos suspiros. Os marujos nunca haviam o visto assim. Gibbs já se preocupava, e tinha medo do seu amigo e comandante estar ficando doente. A falta que Jack sentia de sua amada era iminente. Seu rosto, que antes não transparecia nenhum sentimento, pelo menos não perto dos seus companheiros que saqueio, agora estava transbordado de lágrimas escondidas e tristeza sem fim.

Jack estava assim a um mês, desde que deixou angélica em Port Royal. Seus comandos eram imprecisos, e ele só queria saber de bebericar seu amargo Rum. Amargo, aliás, era o único gosto que sentia nos últimos tempos.

– Sr. Gibbs – grita o Capitão

– Sim senhor? – Gibbs aparece rapidamente. Jack nunca sabia de onde ele havia saído.

– Já faz um mês meu amigo, acho que deveríamos ir a Port visitar Angélica e o bebê. Aproveitamos para abastecer o estoque de Rum.

– Sim capitão, darei as ordens agora mesmo! – Diz animado - Já estava na hora. – murmura.

O Pérola estava perto de Cingapura, então ainda demoraria alguns dias até a chegada. Jack logo se anima ao pensar que encontraria sua amada. Seu desejo de atirar no macaco volta, e assim todos percebem como aquela dama fazia bem ao Capitão.

Quatro dias depois, eles atracam. Jack desce mais que depressa, e ruma ao império de Elizabeth. Da parte de fora da mansão, é possível observar uma silhueta em uma das varandas do local. Jack tinha certeza que era Angélica, afinal, não teria como confundir tamanha imensidão de sua barriga com a de uma criada, de Elizabeth, ou coisa parecida.

– Angélica! Meu amor! – Grita ele, de onde estava mesmo. A moça se vira e o sorriso apresentado em seu rosto ilumina a escuridão do coração de Jack

– Jack! Querido! – Sai correndo da varanda, desce as escadas com cuidado, e vai ao encontro do seu Pirata.

Os dois se abraçam por um longo período. Jack a aperta com força, e pode sentir o bebê na barriga da moça a chutar. Aquilo toca-o de uma maneira que não pode ser explicada em palavras e sim em gestos, e então o pirata chora, pela primeira vez depois de muito tempo. Tanto tempo que Jack não se lembrava mais qual teria sido a última vez. Só sabia que aquele aperto na garganta era algo extremamente estranho. Angélica sente as gotas molhadas tocarem o seu ombro, e não pode acreditar que aquele pirata durão estava chorando por um simples chutar de barriga.

– Senti tanta sua falta Jack, eu e o Jason ou Alice, quem sabe... – diz docemente.

– OH querida, fico feliz de saber que sentiu minha falta, eu também senti muito a sua. Acredita que eu não tive vontade nem de atirar no maldito macaco? Me desculpe, não saqueamos também, mas eu tinha algumas moedas guardadas e eu trouxe para entregar para Lizzie. E esses outros dois nomes que você mencionou, quem são?

– Ora Jack, seu bobinho. É o nosso filho ou filha. Esses serão os nomes! – diz ela confiante.

– Querida, Alice é um nome lindo, mas Jason? Quer um nome com essa letra escolha o mais lindo que você encontrará... – diz com uma cara empolgada.

– John? Jared? James? – Brinca ela.

– CLARO QUE NÃO! – Esbraveja – Jack! Claro! Olha que nome magnifico

– Já discutimos isso. MEU filho não irá ter o seu nome e ponto final – Angélica não sabia, mas aquelas palavras feriam Jack. Afirmar que o filho era unicamente dela o deixava transtornado. E o inimaginável aconteceu...

– Ok Angélica, então cuide dele ou dela, não me importa mais, sozinha. Não posso nem escolher o nome do meu filho. Para que tenho que participar dessa paternidade? Sabe, eu te amo, de verdade, e amo essa criança que vai nascer. Mas parece que você não quer que eu participe disso. O filho não é só seu, como você já disse mais de uma vez. Estou cansado disso. Vou lhe deixar em paz, e pode deixar que eu mandarei a ajuda que prometi a Lizzie. – Jack sai andando e uma última lagrima nasce em seus olhos avermelhados e morre eu sua boca. Naquele momento, Jack jura para si mesmo que não irá mais chorar. Angélica não acredita no que acabara de acontecer. Seu orgulho é maior do que a vontade de gritar por Jack, de pedir para ele ficar e de dizer que também o ama, e que nunca quer perde-lo outra vez. Tem vontade de se desculpar, porem ela apenas chora e entra.

Dentro da casa, ela encontra Elizabeth, que parece ter ouvido tudo e abraça a nova amiga com afeto. Ela com certeza era a pessoa que mais sabia como era não ter o homem que se ama ao lado. Ela sabia o quanto a amiga sofria, e ela permitiu que Angélica a abraçasse o máximo de tempo que pode. E sentiu as lagrimas inundarem sem ombro. Ao final, ela também chorou.

Jack sobe ao Pérola enfurecido. Lembra-se que havia esquecido de entregar as moedas a Elizabeth, e pede para que um de seus homens o faça. Tempo depois, ele volta com um bilhete nas mãos: “Parabéns Jack, estragou tudo! Só aceitarei suas moedas porque precisamos comprar as coisas do SEU bebê. Espero que agora esteja feliz. – Elizabeth”

– Feliz... como eu poderia estar feliz? Acabei de perder a mulher que amo e meu filho, ora bolas. Feliz. Nem sei se essa palavra voltará a ter significado para mim. Agora, preciso de rum – murmura

Jack toma o leme do navio e segue em direção a Tortuga. Pretendia saquear, beber e farrear o máximo que pudesse. Ele pressentia que esse era o único modo de esquecer sua amada, pelo menos naquele instante, enquanto sua mente se ocupava. Ele sentia que assim ele poderia seguir. Um dia mais bêbado que o outro. Cada vez mais confusões. E foi assim que ele fez. Durante dois meses, Jack se preocupou apenas com o momento. Para ele, não importava se morria ou vivia. Ele só queria se arriscar. Sentir a adrenalina correr nas veias. Mas todas as vezes que ele punha a cabeça em sua cama para descansar, vinha a imagem de sua amada. Lembrava-se da sua silhueta na varanda, e ainda podia sentir o chute de seu herdeiro, como se estivesse dentro dele, e não de Angélica. Uma lagrima teimosa sempre teimava em querer sair, mas Jack era um pirata de palavra, e sempre conseguia a segurar.

Pelas contas de Jack, o seu bebê deveria nascer na próxima semana. Ele tinha medo de voltar, mas teria que conhecer a criança. Sabia que não poderá suportar a dor de nunca ter visto o rosto daquele que só nasceu porque ele bebeu demais.

– Gibbs? – chamou o amigo que estava ao seu lado

– Sim capitão? – respondeu rapidamente

– Não sou de me abrir, de pedir conselhos, essas coisas de pessoas fracas ou estranhas sexualmente falando, mas o que você acha de irmos ver Angélica? Pelas minhas contas o bebê está perto de chegar, e eu queria conhece-lo. Não que eu queira um vínculo, ou me reaproximar da mãe, mas eu acho que pelo menos ter a certeza de que puxou a minha beleza, além do mais...

– SIM JACK, devemos ir – interrompeu o homem que não aguentava mais tanta enrolação, e que conhecendo o amigo muito bem, sabia que seria ótimo para sua saúde mental.

– Ora Gibbs, não me interrompa homem! – disse em tom sério – Obrigado meu amigo – abraçou o companheiro, que estranhou a ação do Pirata.

Jack tratou logo de acertar o curso e ir em direção a seu amado filho. A viagem duraria não mais de três dias, e enquanto isso, ele atiraria no macaco, beberia rum, e imaginaria a cara do bebê.

A noite, Jack deitava-se e sempre pensava nela. Em seus sonhos, sempre vinha lhe perturbar, porém, sempre acordava ofegante com a repetição do momento que brigou com ela. Angélica com certeza não era só a mãe de seu filho. Só mais uma aventura. Não! Angélica era o amor de sua vida, e ele faria tudo por ela. Agora, ele queria ver sua outra vida. Esperava ansioso pelo encontro. Não consegui coordenar seus pensamentos, e não sabia o que iria dizer no momento. Só queria segurar o babão, como ele mesmo se referia ao filho, já que tinha certeza de que era um menino.

Os pensamentos de Jack são brutalmente interrompidos quando Gibbs entra pela cabine ao berros. Algum pirata tinha invadido Port e a cidade estava um caos. Fogo e ruinas por toda parte. Eles, ainda estavam por lá, saqueando tudo. Jack instantaneamente pensou em Angélica, na casa mais vistosa da ilha. Não esperou o navio atracar e saltou na agua. Nadou com todas as suas forças e em segundo estava em terra. Correu pelas ruas e de longe viu a mansão Swann em chamas. Se desesperou, e mais uma vez, chorou. Correu o máximo que pode, e se esgueirou entre os piratas que estava lá. Entrou na mansão e escutou a discursão na sala

– Então, Angélica Teach! Quer dizer que você teve um filho, ora ora, que ironia do destino te encontrar aqui. Fiquei sabendo que o bebê em seus braços é filho de Jack Sparrow! Amigo, vamos ganhar muito dinheiro com essa criança! – riu como uma hiena, seguido dos outros homens que estava no local. – Entregue o bebê!

– Nunca! Deixem meu filho em paz – disse com voz tremula e chorosa. Jack se segurava para entrar no momento certo, afinal, ele era apenas um, e eles estava em cinco.

– Minha cara, você está em desvantagem, Jack me deve uma grana, e com seu filho poderei ganhar mais do que o dobro! Você imagina quantas pessoas querem arrancar dinheiro daquele maldito? Ainda mais nos últimos meses que ele saqueou quase todos da baia.

–Não tenho nada a ver com Jack, e aposto que tal barganha não lhe interessará. Ele me abandonou, a mim e ao nosso filho. Você terá que arrumar outro objeto para sua barganha. – Jack amou ouvir palavra “nosso” saindo da boca da mulher que só se referia com “meu”.

– Então, irei mata-los. Não fazer diferença. Pelo menos assim a raça de Sparrow não se prolonga nesse mundo – O homem engatilhou a arma. Jack não sabia o que fazer. Foi quando ele escutou o dedo do moço começar a descer pela garrucha. Jack não pensou duas vezes, e se atirou para dentro da sala, agarrando Angélica e o bebe e servindo-lhes como escudo. O tiro acertou o pirata em cheio. O sangue começou a manchar sua blusa de malha branca. Angélica não acreditava no que acabara de acontecer. Em segundos, os homens de Jack entraram pela mansão e começaram a lutar com os outros piratas. Pouco tempo depois só restavam de pé os homens de Jack.

Angélica deita o Capitão no chão. Ele sangrava muito, mas estava consciente. O bebe começa a chorar.

– Jack, o que você fez? Porque está aqui? Oh meu Deus você está sangrando demais – diz a moça aos prantos

– Angélica, posso segurar nosso filho? – Sussurra

Angélica põe o bebe nos braços do pai. E então, Jack chora pela terceira vez. Era a criança mais linda que já tinha visto. Com certeza, a beleza da mãe, mas nunca conseguiria dizer isso a ela. Era um menino, mas isso ele já sabia. Jack abraça a criança, que se acalma e dorme no colo do pai. Jack fecha os olhos lentamente, e suas mãos vão se abrindo, demonstrando perda de força.

– Jack, JACK! - Angélica grita

Em um último momento, Jack se esforça para abrir os olhos e olhar pela última vez para sua amada.

– Eu te amo querida – sua voz sai tremula, e seus olhos abertos perdem o brilho.

Jack está morto!

Angélica abraça o corpo do pirata. A sua gratidão é inexplicável.

– Eu também te amo Jack, sempre te amei e sempre irei amar. Agora adeus. – Lembra-se das palavras do pirata ao deixa-la na ilha.

Na manhã seguinte, o sol não brilhou. Os pássaros não cantaram. As ondas não quebraram na arreia. A brisa não tocou o rosto de ninguém. O único som que se escutava era de pessoas chorando. O pirata mais amado tinha morrido. Seu legado havia acabado. Jack, nasceu um ninguém, viveu como um fora da lei e morreu como um pai herói, que deu a vida pelo seu filho e sua amada.

Fizeram uma fogueira e cremaram Jack. Parte se suas cinzas foram jogadas no mar, outra parte em tortura, uma terceira no Pérola, e um pequeno frasco foi guardado junto a Angélica. Ela resolvera voltar ao mar, afinal, o Pérola teria que ter uma nova comandante, que iria ensinar tudo a seu filho Jack Jr. Nada melhor que uma homenagem ao Pirata herói. O legado continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me matem kkkkkk
Espero que tenham gostado de um fim diferente pra varias as fic's