Broken escrita por allaboucamren


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

QUERO COMEÇAR PEDINDO MIL DESCULPAS!!!!!!! To em semana de provas então realmente não consigo escrever todos os dias, prometo que quando acabar isso melhora, NÃO DESISTAM DE MIM, AMO VOCÊS.



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POV EMILY

Acordo cedo e me deparo com uma belíssima manhã de sábado em Miami. Céu azul, clima agradável e uma sensação boa dentro do peito. Me sinto leve, ansiosa e animada para o fim de semana, algo que não sentia há muito tempo.

Tomei café junto com Shay e meu pai, já que o Mike ainda estava dormindo, pois "esticou" depois do nosso jantar, indo pra um show de sei lá quem, chegando bem tarde.

Mr Fields: O que as madames irão fazer nesse sabadão? – meu pai perguntou divertido, enquanto retirava a louça usada no café.

Shay: PRAIAAAAAAAAA! – gritou. Sorri concordando com a cabeça. – Se fosse por mim a gente ia pra lá agora. – completou animada.

Emily: Depois da reunião do grupo a gente vai, relaxa garota. – impliquei. – Ah, e à noite já temos compromisso marcado. – falei baixo, para que só a Shay ouvisse.

Shay: É? Pra onde vamos? – falou no mesmo tom.

Emily: Vamos ao "Blue Jeans". Eu, você e a Alison. – Pisquei.

Shay: AÊEEEE! – gritou de novo, me fazendo dar-lhe um beliscão por chamar a atenção do meu pai. – AI!! – reclamou. – Você não vai contar pro papai? – sussurrou.

Emily: Claro que eu vou, mas não agora. – sentei no sofá, Shay me acompanhou. – Ele tá pior que você querendo saber da Alison. Mas ainda hoje eu falo com ele, talvez depois da sessão. – ela assentiu concordando.

(…) Há pouco mais de um ano, comecei a conviver com uma assustadora melancolia..

– O primeiro sintoma foi o isolamento. Quem me conhecia desconfiava da minha ausência em festas e reuniões de amigos. Ficar em casa ouvindo músicas tristes era o que me satisfazia. Sentia tanta dor, inclusive física, pela somatização de angústias, que no início, mesmo com a ajuda de um terapeuta, uma psiquiatra e vários medicamentos, não conseguia me ver longe daquele abatimento. – suspirou. - Acreditava que minha vida era como um teatro no qual eu inventava meus personagens e apresentava uma péssima atuação. Passei por tantos estágios de aflição que cheguei a ponto de tentar suicídio e ser internada em uma clínica psiquiátrica. – Secou discretamente o rosto, que já estava banhado por lágrimas.

– Minha família sofreu junto comigo. O pior era ter de tentar esconder isso de algumas pessoas, pois, passada aquela fase, como os outros iriam me olhar? Como meus colegas de faculdade se refeririam ao assunto? Com pena? Medo? É muito triste sermos julgados durante toda a vida por uma fase. Hoje entendo que, quando meus problemas não são resolvidos, eles tendem a me levar à depressão.. – confessou.

– Tenho consciência disso e estou verdadeiramente tentando trabalhar para melhorar, mas é difícil.. doloroso.. desgastante.. porém não pretendo desistir. – finalizou.

Acompanhei a salva de palmas para a Spencer, que continuava chorando após esse depoimento carregado de emoção, que mexeu com várias pessoas ali presentes, inclusive eu.


Alison estava visivelmente emocionada, eu também chorava, e nem os garotos conseguiram conter as lágrimas.

Mr Fields: Parabéns Spencer, eu e todos aqui temos certeza de que você é uma guerreira, e que você vai passar por isso. – sorriu.

A sessão correu bem, várias pessoas que nunca haviam interagido nas reuniões anteriores, finalmente se sentiram confiantes em dividir algo conosco. Dessa vez Alison só ouviu e não fez menção de querer falar algo, mas sua expressão estava boa, tranquila, mas ao mesmo tempo atenta aos depoimentos de todos. De vez em quando nós fazíamos contato visual e o sorriso simplesmente brotava em meu rosto, sem aviso.. sem permissão.

Mr Fields: Pessoal, hoje tivemos uma sessão bastante proveitosa! Muita gente falando, interagindo.. isso é maravilhoso. Espero que daqui pra frente às coisas melhorem ainda mais! – exclamou contente. – Então é isso, tenham uma ótima semana, e até o próximo sábado.

As pessoas começaram a deixar a sala, e eu continuei no mesmo lugar esperando a pessoa que sentava ao lado de Alison se levantar. Quando o garoto saiu, levantei-me rapidamente e sentei ao lado dela.

Emily: Oi Ali. – sorri. – Senti sua falta. – peguei sua mão, acariciando as costas da mesma com o polegar.

Alison: Oi Em, eu também. – respondeu meio envergonhada.

Emily: Como você está? Tudo certo pra mais tarde? Você falou com seus pais?

Alison: Eu estou bem, obrigada. Na verdade ainda não falei com eles, mas isso não será problema.

Emily: Alison, você sabe que eu não gosto disso, você deve falar com eles com antecedência. – tentei que não soasse como bronca, mas acho que não deu muito certo.

Alison: E quantas vezes eu vou ter que te dizer que meus pais praticamente soltam fogos quando eu digo que vou sair, e sendo com você então.. – não terminou a frase.

Emily: O que tem eu? – sorri de canto.

Alison: Vamos dizer que o nome Emily Fields é muito bem visto pelos Dilaurentis. – devolveu o sorriso.

Emily: Todos os Dilaurentis? – enfatizei o ‘todos’.

Alison: Sem exceção. – as palavras saíram de sua boca feito mel. Sorri mais uma vez e levei sua mão aos meus lábios, dando-lhe um demorado beijo.

Emily: Você é linda sabia. – apesar do ‘sabia’, aquilo não foi uma pergunta.. foi apenas a constatação do óbvio.

Alison abaixou a cabeça, visivelmente envergonhada. Era a coisa mais fofa do mundo. Se a sala estivesse vazia, com certeza eu iria distribuir beijos por todo o seu rosto corado.

Emily: Eu posso te levar pra casa?

Alison: Não precisa. Meu pai estava resolvendo algumas coisas aqui perto, provavelmente já está lá embaixo. – comentou. – O dia está lindo, aproveite a praia com a sua irmã, à noite nos vemos.

Emily: Tudo bem então. Eu passo na sua casa às 20:30, ok?

Alison: Combinado. – Levantou-se, logo eu também estava de pé.

Agora só havia meu pai e Spencer na sala conversando e eu pude sentir seu olhar em cima de mim durante toda minha conversa com a Alison. Continuei segurando sua mão e fomos caminhando pra fora da sala, até chegarmos ao lance de escadas, onde não havia ninguém por perto.

Alison: Até mais tarde Em. – disse travada, meio receosa. acho que sem saber o que fazer, em dúvida se deveríamos nos abraçar, nos beijar?

Emily: Tchau Ali. – acariciei seu rosto, e me aproximei, depositando um beijo em sua testa. Afastei-me lentamente, fitando seus olhos, com uma vontade imensurável de beijá-la, mas me contive. – Eu quero muito fazer algo, mas prefiro deixar pra mais tarde. – falei docemente. – Se você quiser, é claro. – completei.

Alison: Acho que eu vou querer sim. – respondeu baixinho. - Tchau. - Poucos segundos depois ela já estava fora do meu campo de visão.

Voltei para a sala e vi que Spencer já estava de saída. Ótimo, agora é o momento perfeito para ter aquela conversa com meu pai. Ele estava próximo a mesa, recolhendo alguns papeis, quando me aproximei.

Emily: Olha, eu vou contar tudo de uma vez, e eu espero que você não só me entenda, como me apoie nisso. – falei séria, enquanto ele parou o que estava fazendo, me dando total atenção. – Sim, eu estou me apaixonando por ela. Na verdade eu já estou apaixonada. – me corrigi. – Aconteceu aos poucos, não foi nada planejado. Você sabe mais que ninguém o quanto eu valorizo isto aqui.. – apontei para onde estávamos – Então acredite em mim quando eu digo que nada disso vai prejudicar o grupo. – falei com firmeza.

Mr Fields: Você lembra do que eu te disse? – sentou na mesa. – Alison é instável, e fora seus pais, ela não teve ninguém em sua vida. Emily, você entende a responsabilidade que você está trazendo para si? Sim, você pode ajudá-la, mas se isso entre vocês der errado, tudo pode se transformar num trauma ainda maior pra ela. – Ele estava certo.

Emily: Eu sei de tudo isso. Mas entenda pai, eu não vou errar com ela. Nunca. – apesar de ser uma sentença forte, foi uma das coisas mais fáceis que eu já disse, pois eu acreditava muito naquilo, e de maneira alguma iria me desvirtuar desse caminho. – Sei da responsabilidade que tenho, não irei desapontá-la pode ter certeza. – finalizei.

Mr Fields: Tudo bem filha, eu confio em você, não irei me meter em nada.. – levantou-se.– Mas qualquer coisa, você sabe que pode contar comigo. Espero que dê tudo certo entre vocês. – puxou-me para um abraço carinhoso. – Eu te amo. – beijou o topo da minha cabeça.

Emily: Eu também te amo. – sorri. - Obrigada por me apoiar.


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