Equally Different escrita por MollyRouge


Capítulo 17
Brave: Mommy Bear




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Era isso…Meraud estava a beira do suicídio. Ele não queria se casar com a vitrola quebrada,digo,com a garota Dingwall.

–Mãe,eu não vou me casar com aquele ganso!-O ruivo discutia com sua progenitora dentro do quarto dela.

–Meraud, você deve se casar com a Dingwall,ela ganhou de forma justa.-Elinor mostrou uma tapeçaria onde havia costurado sua família.-Como pode ver,esse é o nosso legado.

–Não,não é.Esse é o legado que você quer!

–Oh!Chega!Eu não vou discutir mais,o casamento acontecerá e ponto.É o seu destino.-A castanha saiu fechando a porta com força.

Meraud passou a mão pelo rosto e olhou para a tapeçaria:

–Legado,destino...-Retirou sua espada e fez um corte na mesma, especificamente,onde a imagem de sua mãe estava.-Eu não vou deixar isso acontecer comigo.-Rosnou.

E a fim de mudar esse destino,foi em busca da bruxa da floresta. As vezes ele ouvia as lendas que sua mãe lhe contava com todos os detalhes,e certa vez,Elinor disse que havia uma velha bruxa em Dunbroch, mas, em geral, tudo parecia um mito,uma lenda que o povo conta. O príncipe só se dispôs a acreditar porque estava desesperado.

–Tem que ser por aqui Angus.-Meraud havia parado em um círculo de pedras no meio da floresta.-Ual.-Ele admirou o local. Foi então que Angus recuou assutado.-Opa,calma amigo!O que há?-Olhando para a frente,o rapaz viu uma luz flutuante.-O fogo magico.-Vendo que se cavalo não quis coperar ,Meraud seguiu as luzes a pé.

Elas o levaram até uma casa e nela,ele encontrou uma velha senhora trabalhando em uma escultura de urso,a mesma o viu:

–Uh!De uma olhada,grite se gostar de alguma coisa.Tudo pela metade do preço.

–Uh ... quem é você?

–Apenas uma humilde carpinteira.

–Um … Eu não entendo.-Meraud pega um pote artesanal com a cara de um urso.

De repente,a mulher aparece do seu lado varrendo animadamente:

–Gostou de alguma coisa?

–Ai!-Ele salta.

–Oh,veja...-A idosa corre para as prateleiras a fim de mostrar algumas peças de seu trabalho e nem percebe que deixou sua vassoura varrendo sozinha.-Veja só,tudo aqui tem um toque artesanal para o lar.

Meraud ia recusar mas foi então que viu a vassoura se movimentando sozinha:

–A sua vassoura!!!-Ele apontou.A velha fechou a cara e estalou dedo, o objeto caiu o chão,agora inanimado. -Como você...?Espere,é isso!És uma bruxa!

–Não querido,sou uma carpinteira.

–Então é por isso que as luzes magias me trouxeram até aqui!

–Carpinteira!

–Vai me ajudar a mudar minha sina!

–Eu sou uma carpinteira!

–Olha,é, é a minha mãe.

–Chega!!!-Ela o assustou com o grito-Eu não sou uma bruxa! Muitos clientes insatisfeitos! Se você não vai comprar nada, saia!-Estalando os dedos novamente,varias facas,tesouras e outros objetos cortantes vieram na direção do príncipe o forçando a recuar.

– Não, as luzes me trouxeram até aqui!

–Eu não me importo! Saia! Shoo!

–Olha eu,eu...Tudo bem,eu compro tudo!!!

As facas flutuantes param no meio do ar e a bruxa começa:

–O que..O que você disse?

–Eu vou comprar cada peça.

–E como é que você vai pagar por isso?

–Eu tenho isso.-Meraud retira seu pingente que conte o símbolo de sua família, foi dado a ele por sua mãe.

–Oh meu...-Obviamente a bruxa sabia reconhecer o valor de certas peças.-Feito!-Antes que pudesse pega-lo,Meraud continuou.

–Cada peça...E um feitiço.

–Tem certeza do que quer?-A outra fez vista grossa.

–Eu quero um feitiço para mudar a minha mãe. Isso vai mudar meu destino.

–Hum...Tudo bem!

Meraud sorri de lado e deixa o pingente escorregar de suas mãos, a velha o agarra imediatamente.

–Agora venha aqui moço.-Ela o puxa para fora e fecha a porta da loja.

–Mas o que está fazendo?-O ruivo não entendeu.

–Nunca faça feitiços onde trabalha.-Quando entram novamente,a casa havia mudado,não havia mais esculturas,só velas,caldeirões e frascos. -A última vez que fiz isso foi para outro príncipe. Engraçado,não? Ele exigiu que eu lhe desse a força de dez homens, e ele me deu isto...-Mostra um anel com o símbolo de dois machados cruzados.

–E ele conseguiu o que estava procurando?

–Oh! Sim! E ainda saiu daqui com uma linda tábua de queijos.

Aos poucos,a velha foi colocando os ingredientes,até um fio do cabelo de Meraud foi necessario.Finalmente,a poção tomou forma e a bruxa retirou do caldeirão colocandona mesa.

–Um doce?-Meraud olhava para o bolinho.

–Por que, você não quer?

–O que?É claro que eu quero.

–Ótimo.-A outra embrulhou o doce e lhe entregou. Como Meraud está saindo da casa,ela fala-E sua entrega vai chegar em 5 dias uteis meu querido!...Mas acho que tinha um detalhe sobre o feitiço que estou esquecendo...

–Disse alguma...-O ruivo se virou mas não havia mais casa e agora ele estava de volta no círculos de pedras.-Coisa?

O príncipe de Dunbroch retornou ao castelo,entrando especificamente na cozinha para preparar tudo.Ele fez um chá,arrumou o bolinho em cima de um prato e depositou na bandeja com um garfo ao lado.

–Meraud?!-Elinor entrou.-Oh graças a Deus!Estive tão preocupada,estava te procurando port dodo o quanto!

–Estava?

–É.Seu pai esta dando um jeito de distrair os lordes em quanto falamos...

Lá em cima,Fergus canta animadamente sobre como vai vingar-se do urso que lhe arrancou sua perna,mas os lordes são exatamente os únicos que não estão apreciando.De volta a cozinha...

–Nós sabemos que uma decisão deve ser feita,filho.-Elinor concluiu.

–Sobre isso...-Seu filho pega o bolinho mágico e estrega para ela.-Uma oferta de paz,eu que fiz.

–E não queimou a cozinha?

–Mãe!

–Tudo bem,tudo bem...-A mulher comeu um pedaço e pouco depois fez uma careta.-Bem...Tem...Um gosto interessante,bem diferente.

–Então,como esta se sentindo?

–É azedo e também,amargo.

–Mudou de ideia sobre o casamento?

Tomando o seu chá,Elinor responde:

–Melhor.Agora,por que não vamos lá pra cima e explicamos aos lordes sobre o mau entendido?

Conforme chegam na entrada do salão,a rainha sente uma tontura e o príncipe olha preocupado:

–Mãe?

–Estou bem. Estou meio tonta,minha cabeça não para de girar. Leve-me até o meu quarto.

–Tudo bem...E em quanto vamos,por que não vai pensando nessa história de casamento?

–Meraud!

–Ta,ta...Só achei que valia a pena tentar.

ღ ღ ღ ღ ღ ღ ღ ღ ღ

Jenny não aguentava mais ouvir a canção de Fergus.

–Estaremos prontos para partir em uma hora.-Kai apareceu.-Tem certeza que não esperar até o rair do dia?

–Tenho.Eu acho que agora que assinamos o contrato,não temos mais motivo para ficar aqui.-Ela se levantou-Um hora, você disse?Acho que vou cavalgar um pouco.

–Mas pode ser perigoso. Não sabemos o que tem lá fora.

–Por isso mesmo, como vou descobrir se não for explorar?

Revirando os olhos, Kai aceitou:

–Tudo bem, mas se não voltar em uma hora, eu mesmo vou atrás de você mocinha.

Ambos saíram do salão indo direções diferentes,então não viram Meraud carregando sua mãe até as escadas,mas os lordes o fizeram:

–Minha senhora!

–Oh...-A mulher se virou-Lordes,eu não estou...me sentindo muito bem agora.Mas...Não se preocupem,terão suas respostas em breve.-Ela arrotou.-Perdão.

Meraud segurou o riso e continuou levando sua mãe.Fergus percebeu:

–Elinor,querida,esta tudo bem?

–Oh sim,vai lá vingar a sua perna.-Elinor finalizou antes de entrar no quarto.

Uma vez lá,seu filho a colocou na cama e a cobriu:

–Então,quando se recuperar,talvez possamos repensar sobre o casamento.

–Mas o que é que tinha naquele bolo?

–Ué,doce.-Após esta resposta,Elinor rolou da cama com o cobertor.-Mãe? Então, eu … Eu vou dizer-lhes que o casamento foi cancelado.-O ruivo ouve um rosnado de onde Elinor rolou.- Mãe?-Contornando a cama,ele vê uma forma gigante se levantar do chão,o cobertor cai para revelar que Elinor se transformou em um enorme urso negro.

–Um urso?!!!-Meraud grita.

Elinor se vira e se assusta com sua própria sombra. Ela se joga para trás e acaba batendo em um móvel,o espelho cai e suas patas mostrando o seu reflexo. Confusa,surpresa e assutada,ela apupa sua cabeça peluda e seu focinho,depois começa a entrar em panico esbarrando em tudo no quarto chegando até a quebrar a cama.

–Mãe,você é um urso!-O príncipe exclamou.

Elinor emite um barulho como se estivesse pergunta `` Como isso é possível?´´

–Aquela bruxa feia me deu um feitiço inútil, inacreditável!

O urso para de lamentar e olha acusadoramente para o filho.

–Não é minha culpa! Eu não pedi para transformá-la em um urso. Eu só queria que ela mudasse... você. -Percebendo o que tinha feito,Meraud bate a mão na testa.

Elinor rosna para ele com raiva e frustração como se estivesse dizendo para o outro se calar.Por azar,foi alto o suficiente para atingir os ouvidos de seu marido.

–Ouviram isso?-Fergus perguntou.-Tem alguma coisa errada.-Ele começa a farejar o ar.

Lá em cima,Meraud esta sentado na cama quebrada em quanto Elinor anda de um lado para o outro reclamando...Se é que um urso pode reclamar com tanta paixão. A rainha pega sua coroa do chão e cola na cabeça com toda graça e sofisticação, depois ela olha para si dos pés a cabeça e faz uma expressão chocada antes de começar a procurar algo para vestir,mas é difícil encontrar algo do seu tamanho, tanto que ela está optando por usar a coberta. Em seguida, com certa dificuldade, sai do quarto.

–Mãe,o que esta fazendo?!-Meraud entra na frente.-Enlouqueceu? Se o pai bota os olhos em você, você está morta.

Conforme ouve a voz de Fergus e as dos lordes,Elinor corre na direção oposta e Meraud a segue tentando em vão falar com ela. Mas seu pai já está seguindo seu rastro como um cão farejador.

–Mãe,espere!-Tentando parar Elinor,o príncipe arrebata o coberto dela.A mulher olha chocada e lhe dá uma bofetada antes de tentar se cobrir com as patas.-Au!Mãe,está coberta com pelos! Você não está nua! Não é como se alguém fosse vê-la!-Um chiado é ouvido, eles olham para o lado e lá esta Mauddie com uma expressão de medo. Elinor acena para ela e a mesma foge gritando escandalosamente.-Parabéns,mãe.

Em meio a sua corrida,Maudie encontra Fergus e ele lhe questiona:

–Maudie?!O que aconteceu mulher?!

–Urso!!!

–Eu sabia,vamos!-A perseguição tem início.

Vendo que seu marido esta próximo,Elinor corre para se esconder atrás de uma cortina, mas seu bumbum acaba ficando de fora,então ela vai para o quarto mais próximo só para dar de cara com os trigêmeos brincando com a cabeça de cervo da parede.

Meraud entra logo em seguida e vê seus irmãos arrumando o que bagunçaram sob o olhar reprovador de Elinor. Em seguida,os pequenos dão ao seu irmão mais velho um olhar confuso.

–Uma bruxa transformou a mãe em um urso. Não é culpa minha. Temos que sair do castelo. Eu preciso da sua ajuda! -Os trigêmeos cruzam os braços e olham para ele-Oh, tudo bem!Podem ficar com a minha sobremesa por três semanas...-Vendo que eles permanecem na mesma,o ruivo desiste.-Ta, um ano, apenas me ajudem pestinhas!

Os trigêmeos balançam a cabeça e concordam em ajudar. Primeiro, os meninos mandaram seu pai e os lordes para uma pista falsa,Fergus e sua equipe pararam em uma das torres do castelo e não puderam voltar porque a porta foi trancada, depois,conduziram sua mamãe urso para a cozinha onde ficava a porta dos fundos do castelo. Elinor se vira e dá um olhar preocupante para os trigêmeos.

–Eles vão ficar bem. Não é, rapazes?!-Meraud sorri- Mamãe, nós temos que ir. Agora, eu vou estar de volta em breve. Vá em frente e servir-se de qualquer coisa , é uma recompensa. -Ele fala para os irmãos antes de sair.

Ironicamente, a primeira coisa que eles preferem comer é o resto do bolo enfeitiçado que ficou em cima da mesa.

Quanto ao Rei Fergus, ele e o resto do pessoal desceram da torre por meio de uma corda improvisada com seus saiotes.

–Vamos voltar para dentro.-O mesmo apontou para a entrada e viu Kai passando por ali com um cavalo-Boa noite.-E continuou andando.

–Boa...-Kai percebeu que ninguém usava nada da cintura pra baixo.-Noite?

ღ ღ ღ ღ ღ ღ ღ ღ ღ

–Vem,por aqui.-Meraud queria encontrar a bruxa, então ele conduziu sua mãe pela floresta até chegar ao círculo de pedras, mas algo lhe chamou a atenção.-Um cavalo?-Um enorme corcel negro estava deitado no chão descansando,ele tinha uma sela azul com desenhos florais.-Estranho...Mãe, fique aqui.-O ruivo começou a se aproximar do corcel mas um flecha caiu a poucos centímetros do seu pé.

Elinor correu para o filho verificando se ele estava bem.

–Mãe,eu to bem,eu to bem...

–Ora ora...-Uma voz chamou a atenção dos dois. Logo acima de uma das pedras,apontando mais uma flecha para eles,Jenny de Arendell.-O que temos aqui?-Ela saltou parando em pé na frente deles,o urso correu para trás do filho.

–Espera...-Meraud começou-Eu te conheço, você é aquela garota que veio de...de...

–Arendell,é sou Jenny e você?-Ela já sabia quem ele era,mas nunca tiveram uma apresentação adequada.

–Pode me chamar de Meraud.

–E o urso?

–Oh,bem...Essa é uma história engraçada, e pode ser até difícil de acreditar, mas...-Coçou a nuca-É minha mãe.-E apontou para o urso,este lhe acenou.

Jenny arqueou uma sobrancelha:

–É o que?

O ruivo explicou-lhe a historia de forma mais resumida possível:

–...E assim, depois que dei o doce, ela se transformou em um urso e tivemos que sair do castelo se não meu pai a mataria.

–Faz sentido...-A menina limpou a sujeira de suas vestes-Tudo bem,eu vou te ajudar.

–O que?Olha,não precisa fazer isso.

–A julgar pelas escolhas que você faz,acho que preciso sim.-Nessa,Elinor soltou uma risada,mas parou assim que Meraud virou-se para ela.-Agora...Onde é a casa da bruxa?

–Outro problema,eu só achei a casa porque as luzes flutuantes me guiaram.

–Luzes flutuantes é?Elas são azuis?

–Ja viu uma?!

–É,parece que tem muitas nesta floresta,vivem desaparecendo.

Antes que o outro pudesse dizer qualquer coisa,Kai apareceu montado em seu cavalo:

–Jenny,o barco já está pronto pra partir.

–Oh!-A morena coçou a cabeça-Havia me esquecido desse detalhe.Aguardem um minuto sim?-Se aproximou do tio.

–Algum problema?-O mesmo perguntou notando o urso e o príncipe escocês.

–Kai,quero mande uma mensagem para Elias,diga-lhe que vou demorar um pouco pra voltar,tenho que ajudar aqui.

–Ele não vai ficar contente, você sabe.

–É um risco a se correr.

–Tudo bem, mas cuidado.-Kai deu meia volta.

Jenny suspirou,Elias ia lhe arrancar a cabeça,depois ia costurar e arrancar de novo.

–Se já terminou...-Meraud chamou.-Temos que achar as luzes!

Elinor revirou os olhos, para a educação do seu filho e decidiu seguir sozinha pela trilha, mas claro que o ouro percebeu:

–Mãe, mas o que você está fazendo?-Ela o ignorou.-Ah ótimo.

–O que ela está fazendo?-Jenny ficou ao lado dele.

–Eu sei lá, será que ela pensa que podemos simplesmente esbarrar na casa da bruxa?- Pouco tempo depois,por ironia ,estavam em frente a tal casa,Meraud a reconheceu fácil,fácil.-É,acho que podemos sim.

A Capitã da Guarda Real se adiantou e começou a examinar o local, olhando primeira a janela com vidro quebrado:

–Parece abandonada há anos.

–O que?-Meraud a empurrou para o lado.-Não, não e não.-Depois foi direção da porta abrindo-a só para constatar o que a outra lhe havia dito.-Não faz sentido.

Jenny se juntou a ele e olhou para dentro da casa,havia um caldeirão,com uma mesa ao lado cheia de frascos.A morena olhou pro chão:

–Acho que ainda tem algo aqui.-Apontou para a linha no chão.-Cuidado,pode ser uma armadilha.

Elinor desviou da linha com dificuldade, Meraud nem tanto, em seguida o ruivo se aproximou do caldeirão:

–O que quer dizer?-Tocou no mesmo.

–Acho que isso pode ser a resposta.-Jenny viu algo amarrado em cima da grande panela e cortou a corda.-Um saquinho bem sugestionável,o que significa...-Ela jogou o mesmo dentro do recipiente,uma fumaça esverdeada transborda do caldeirão e a imagem fantasmagórica da cabeça bruxa que aparece acima da fumaça.

–Bem-vindo ao Artes e Manhas casa de esculturas de ursos. Estou completamente sem estoque neste momento, mas se você gostaria de adquirir porta-retratos ou bonecos para bolos de casamento,vire o frasco um no caldeirão,se você gostaria de ouvir o menu, frasco dois. Se você é o moço de cabelos vermelhos, frasco três...-Meraud o faz antes que ela continuasse a falar mudando toda a mensagem-Príncipe,fui para o festival do Wickerman em Stoneleigh. Eu não vou estar de volta até a primavera. Há algo que eu esqueci de dizer-lhe sobre o feitiço. No segundo nascer do sol, o seu feitiço será permanente, a menos que você lembre-se destas palavras...-A fumaça fica vermelha-``Sina alterada,olhe sua alma,remende a união por orgulho separada´´.

–Sina alterada,remende a união,o que quer dizer?-O ruivo olhou para morena mas ela não tirou os olhos da bruxa,e esta repetiu a mensagem.

–Mais uma vez...``Sina alterada,olhe sua alma,remende a união por orgulho separada´´.É isso aí! Ta-ta! Ah, e obrigado por fazer compras no Artes e Manhas.-A imagem fantasmagórica desaparece.

–O que?-Meraud estava quase se descabelando-Não! Não! Onde é que você vai?!-Ele começou a despejar os outros frascos.

–Meraud!-Jenny chamou.

–Não,não, deve ter um livro de feitiços, procura!-Olhou para sua mãe.

–Meraud,Meraud,Meraud!!!-Ela o puxou para longe lhe deu um tapa antes que ele jogasse o último frasco.-Mantenha a calma!-O olhar frio e duro dela calava qualquer um,mas Meraud estava mais chocado pelo tapa que havia recebido.

Uma mulher,que não era sua mãe,lhe deu uma bofetada,uma desconhecida.

Suspirando,Jenny se curvou para Elinor:

–Perdão majestade.Eu sei que é seu filho,mas estava ficando fora de controle.

Elinor deu umas palmadinhas na cabeça dela a perdoando, afinal,se Jenny não o fizesse,ela o faria.

Meraud olhou para o caldeirão,a imagem da bruxa estava distorcendo-se,sumia,e voltava:

–Ótimo,eu quebrei.-Ele se levantou largando o frasco no chão.-Eu vou lá pra fora.

Ele tinha muito o que pensar.

ღ ღ ღ ღ ღ ღ ღ ღ ღ

Uma vez sozinhas,Jenny falou:

–Certo,vamos olhar em volta e ver se encontramos algo.

Elinor concordou. Vasculhando a casa empoeirada,Jenny encontrou uma faca bem grande amarrada em um mecanismo:

–Provavelmente,aquela corda da porta serviria para lançar isso. Bruxinha esperta.

Elinor cheirou o caldeirão e depois fez uma cara de nojo. A morena foi até lá:

–Acha que precisamos dar um jeito nessa coisa.Será que tem como desligar?

O urso apontou para o ultimo frasco restante com sua garra.

Lá fora,um pouco mais longe,Meraud atirava suas flechas em um alvo improvisada, resmungando.

–Bruxa velha...-Sim,ele esta imaginando que era a cabeça dela ali.Foi então que ouviu um barulho alto seguido de um clarão.-Mãe?-Correu de volta para a casa,mas não havia mais nada,exceto por sua mãe e Jenny abraçadas com fuligem na face.

–Acho que não foi uma boa ideia.-A garota comentou.

Meraud não conseguiu aguentar,ele começou a rir.

–Ha,ha,hilario.-A garota começou a limpar o rosto e sentiu um pingo cair em sua cabeça,e depois outro e mais outro.-Ah que ótimo,chuva,tudo o que eu precisava.

–Bom...-Meraud colocou as mãos na cintura,ele tinha uma expressão bem feliz-Podemos usar os resto de madeira que sobraram da casa para fazer um abrigo.

–Finalmente uma ideia boa.-Ao dizer isso,Jenny ouviu um bufo vindo do urso ao lado-Sem ofensas.

Trabalhando juntos, o trio conseguiu criar um abrigo espaçoso o suficiente. Elinor deitou-se no meio e permitiu que se filho se aconchegasse nela, Jenny usou sua capa como cobertor e ficou mais afastada.


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