Entre erros e escolhas escrita por I am Gleek


Capítulo 59
58 - Jealous


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! Como estão?



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Quinn e Rachel entraram de mãos dadas na escola no dia seguinte. E, no segundo em que elas colocaram o pé no corredor, a fofoca começou.

O fato é que a única coisa da qual todos tinham certeza era que as duas haviam terminado. O por que eram apenas suposições, algumas absurdas, outras nem tanto, e haviam aqueles que tinham acertado. Principalmente depois que Finn espalhou pela escola que tinha ido para a cama com a judia.

– Estão todos olhando pra gente. – Rachel murmurou abraçando a loira e Quinn suspirou.

– Não se preocupe, eles vão parar. Uma hora acostumam.

– Hey, Fabray! Aceitou o chifre fácil assim? – alguém gritou e Quinn suspirou.

– Não teve chifre. Mas e seu namorado? Por que não sei como ele ainda passa pelas portas.

O jogador de futebol ao lado da garota a encarou e ela engoliu em seco.

– Eles vão parar. – Quinn sorriu para Rachel e a garota balançou a cabeça negativamente.

Quinn deixou Rachel em sua sala e foi para sua aula, tentando sobreviver ao tedio das aulas seguintes.

Quando o sinal para o intervalo tocou, algumas aulas depois, a judia guardou suas coisas lentamente, dando tempo para que a loira fosse de uma sala a outra. Quando saiu, cumprimentou a namorada – e ela não podia evitar o sorriso cada vez que a palavra lhe vinha a mente – com um selinho e seguiram em direção aos armários de mãos dadas.

Mas a pouca paz que haviam conseguido desde que Quinn acabou com um namoro no corredor acabou quando estavam próximas ao armário da judia.

– O que esse boneco de posto está fazendo parado na frente do seu armário? – Quinn rosnou parando de andar.

– Eu não faço ideia.

– Ótimo. Vou tirar ele de lá.

– Quinn, por favor, não se meta em briga.

– Ele tá pedindo, Rachel.

– Por favor. Por mim.

– Exatamente.

Quinn se afastou de Rachel e foi em direção a Finn pisando duro, com Rachel logo atrás.

Quando o garoto a viu revirou os olhos e cruzou os braços.

– Hudson.

– Fabray. Hey, Rach, voltou pra isso mesmo depois de estar com um homem de verdade?

– Ela dormiu com mais alguém além de você?

– Muito engraçada Fabray.

– Fala logo o que quer e some daqui Finn. – Rachel pediu.

– Estava pensando se poderíamos sair fim de semana.

No segundo seguinte Finn estava no chão.

– Você tá louca, Fabray? – perguntou limpando o filete de sangue que começava a escorrer do seu nariz.

– Você não sabe como. – Quinn respondeu antes de acertar um chute nas costas do garoto.

Finn urrou de dor e rolou um pouco para o lado, levantando rapidamente.

– Eu vou acabar com você, Fabray.

– Parem com isso! – Rachel mandou parando entre os dois.

– Não se mete, Rachel. Isso é entre eu e o Finn.

– Não. Isso é principalmente sobre mim, então vamos agir como pessoas civilizadas e parar com brigas.

– Eu te disse para não se meter. – Quinn passou pela garota, e, em um piscar de olhos, ela e Finn distribuíam socos um no outro – Quinn batia no garoto, pelo menos.

***

– Essa é a segunda vez, Quinn! – Will gritou andando de um lado para o outro na sala do diretor.

– E o que eu devia fazer? Deixar ele ofender a mim e minha namorada por que quando eu dou um murro na cara dele estou ofendendo a família que supostamente é aquele clube, e quando ele insinua que eu não sou o suficiente pra minha namorada ele não tá fazendo nada demais?

– Ele não partiu para a violência.

– Mas ele procurou por ela. – Sue disse.

– Você só está defendendo Quinn por que ela é a única aqui que é sua aluna.

– E você está defendendo o poste ambulante por que ele é seu queridinho. Seu preferido.

– Não tenho alunos preferidos.

– Então você vai concordar comigo que os dois estão errados.

– Finn não fez nada.

– E você é o pai do meu filho.

– O que? Eu não...

– Exatamente. – Sue revirou os olhos – Olha, eu não posso e não vou me estressar, então diga logo qual será o castigo deles, Figgins.

– Dela. – Will corrigiu.

– Eu não sei o que fazer. – o diretor suspirou – Olha a situação em que você deixou o garoto, senhorita Fabray!

– Adoraria olhar pra cara arrebentada dele, mas ele não está na sala.

– Por que você o mandou para a enfermaria!

– Eu sugiro expulsão.

– Você está exagerando, Schuester. – Sue disse.

– Entretanto, o garoto provocou. – Figgins resolveu ignorar os professores – Então, eu vou ser obrigado a acatar a sugestão do Will. E o garoto vai levar uma advertência.

– Espera aí, o que? – Quinn levantou – Isso não é nem de longe justo.

– Me parece bem justo.

– Me parece que tem dois machistas estupidos e um homofóbico mais estupido ainda envolvidos nessa história.

– Como é?

– Estou dizendo que vocês dois estão exagerando por estarem com seus orgulhos de macho imbecil ferido por que um garoto apanhou de uma garota.

– Cala a boca, Sue. – Will mandou – Isso não tem a ver com Finn ser homem ou não. Tem a ver com a violência que...

– Você ouviu a parte que ele estava ofendendo as garotas?

– Finn não faria isso.

– E eu ia bater nele sem motivo?

– Você já o feriu sem motivo antes.

– Mas...

– Tudo bem, já chega! Will, o garoto também não é um santo. – Figgins disse mexendo no computador – Fabray, você está suspensa pela próxima semana. O garoto vai levar uma advertência, o que, somado as duas que ele já tem, lhe dá uma semana em casa também. Assim ele também pode se recuperar. Parece justo pra vocês dois agora?

– Não está perfeito, mas dá pro gasto.

– Finn não deveria pagar pelo que ela fez.

– Finn já deveria ter levado essa surra há um bom tempo. – Rachel finalmente se pronunciou.

– O que? Rachel... – Will a encarou de boca aberta.

– Não tente defende-lo, professor. Finn tem provocado a mim e a Quinn há muito tempo.

– Ele tem feito isso na escola? – Sue perguntou.

– Na escola e fora dela. – Quinn resmungou.

– Com licença. – Finn entrou na sala e Quinn sorriu ao ver a situação do garoto. Ela tinha feito um belo estrago.

– Senhor Hudson. Sente-se. – o diretor mandou.

– Olha, eu...

– O senhor acabou de ganhar uma semana em casa, senhor Hudson.

– O que? Mas eu não...

– E fique feliz por não ser duas. – o interrompeu.

– Mas...

– Com licença, diretor. – a secretaria bateu na porta – A senhorita Fabray e os senhores Hudson estão aqui.

– Você chamou Frannie?

– Mande-os entrar.

– Droga. – Quinn resmungou e Finn sorriu.

Frannie não tinha uma cara muito boa quando entrou na sala e sentou ao lado de Quinn.

A loira apenas abaixou a cabeça, sem olhar para a irmã mais velha, enquanto Finn tinha um sorriso convencido no que restara do seu rosto.

Pouco menos de quarenta minutos depois, o grupo saia da sala do diretor.

Quinn não tinha dito nada desde que Frannie entrou na sala, e a mais velha também não tinha falado com a irmã. E Quinn ainda tinha sete dias em casa – que ela sabia que seriam um inferno.

Rachel havia sido dispensada pelo resto do dia, e Leroy havia ido buscar a judia poucos minutos antes – ela bem tentou ficar e ajudar Quinn, mas Frannie dava medo em qualquer um.

Finn tinha uma semana em casa também, mesmo que sob protestos dele e de Will.

– Eu tenho que voltar para o escritório. Você vai pra casa e quando eu chegar conversamos.

– Frannie...

– Só faça o que estou mandando, Lucy.

Quinn acenou positivamente e entrou no carro sem falar mais nada.

Frannie suspirou, passando a mão pelo rosto.

– Droga! – resmungou.

– Com licença, senhorita Fabray? – Carole chamou e Frannie virou para encontrar os pais de Finn lhe encarando.

– Senhores Hudson, eu sinto muito pelo o que aconteceu, e garanto que Quinn será devidamente castigada. – falou.

– Você tem alguns minutos? – Burt perguntou e Frannie respirou fundo antes de acenar positivamente.

***

Frannie entrou em casa e respirou fundo.

Sentou no sofá, passando a mão pelo rosto e jogou a bolsa em cima da mesa de centro.

Quando levantou os olhos para ela, franziu a testa para a chave que estava ali e não demorou para entender.

Levantou e foi até o quarto da irmã, a encontrando deitada com os fones no ouvido.

– Lucy. – chamou.

Quinn tirou os fones e sentou, sem encarar a irmã.

– A chave do carro já está em cima da mesinha da sala, e eu sei que o que fiz foi errado e tudo o mais. Você... Pode evitar a bronca, por favor?

– Se você sabe que foi errado, por que fez?

– Por que ele provocou. Ele... Droga, Frannie, ele ficou jogando o que aconteceu entre eles na minha cara, e ainda chamou a Rachel para sair.

– Eu pensei que isso fosse acontecer antes.

– O que?

– Lucy, olha pra mim. – mandou e Quinn a encarou – Estou decepcionada com você, mas não quero as chaves do carro. – suspirou – Os pais dele vieram falar comigo.

– Sinto muito.

– Eles me pediram para não ser muito dura com você.

– Como é?

– Aparentemente, Finn tem se metido em muitas brigas ultimamente. E agido estranho de algumas semanas pra cá. – suspirou – Mas não me importa como ele age, Quinn. Me importa que eu pensei que você fosse melhor do que isso.

– Desculpa. Eu...

– Não quero desculpas, Quinn. Quero minha irmã que não faz essas coisas.

Quinn suspirou e Frannie passou a mão pelo cabelo.

– Então... Eu deveria te por de castigo essa semana. Sem sair, sem carro e sem computador.

– É justo.

– Mas não vou.

– O que? Por que?

– Por que você sabe que está errada. Sabe que não deveria ter feito o que fez. Socar a cara do garoto daquele jeito? Foi errado! Mas você sabe disso. Castigo não vai adiantar de nada.

– Frannie...

– E por que antes de ir para o McKinley eu passei em casa, e encontrei isso na porta. – Frannie tirou dois envelopes do bolso de trás da calça e Quinn franziu a testa.

– O que é isso?

– Cartas da Columbia e de Julliard.

– O que? – Quinn praticamente pulou da cama – Eu não me inscrevi em Julliard.

– Não. Mas alguém te indicou e, na realidade eles mandaram a carta perguntando se você não estaria interessada em uma vaga. O que é estranho. Nunca ouvi falar disso antes.

– Como é?

– E você passou na Columbia. – Frannie sorriu – Então, é, você só não vai ficar de castigo por que meu orgulho agora é maior que minha raiva, mas não abusa.

As duas sorriram uma para a outra e Frannie riu.

– Vem cá loirinha, me dá um abraço.

As duas se abraçaram rindo.

– Eu to tão orgulhosa de você.

– Obrigada, Frannie. Por tudo. E... Por hoje.

– Hoje?

– Você sabe, se eu ainda morasse com Russel...

– Eu não sou como ele, Quinn. – Frannie disse se afastando da irmã.

– Eu sei.

– Que bom. Agora me deixa ver seu rosto. – murmurou passando a mão pelo canto da boca de Quinn, que estava machucado – Ele te bateu muito?

– Ele mal conseguiu me acertar.

– É. Mas machucou sua boca. E sua bochecha.

– Foi só o que ele conseguiu acertar. – Quinn riu – Então, sobre eu não estar de castigo...

– Pode ir contar pra Rachel. – Frannie riu se afastando de Quinn.

– Valeu.

Quinn deu um beijo na bochecha da irmã, pegou as cartas da mão dela e correu para a sala, pegando a chave e indo para a casa da namorada.

***

A campainha tocou e Leroy foi abrir a porta.

Rachel tinha tomado um calmante e ido dormir – ele nunca tinha visto a filha tão irritada antes – há pouco mais de uma hora, e ele ainda tentava entender o que tinha acontecido.

Quinn sorriu para o sogro, que parecia distraído.

– Olá, Leroy. Rachel está?

– Hey Quinn. Ela está dormindo. Entra. – Quinn entrou e o homem fechou a porta – Então... Como você está?

– Estou bem. E o senhor?

– Confuso, na verdade. Por que nós não vamos para a sala e você me explica o que aconteceu?

Quinn não sabia até onde o homem sabia sobre o que havia acontecido entre Finn e Rachel, então preferiu não contar o que o rapaz disse para o sogro, mas explicou de uma forma geral como ele havia acabado sem um sem um dente, o nariz quebrado, e alguns pontos no supercílio. Além dos machucados menores.

– Você sabe que foi longe demais, não sabe?

– Eu sei. – Quinn suspirou.

– Mas eu to orgulhoso de você, garota. – disse fazendo Quinn rir.

– Então, Quin...

– Papai? – Rachel chamou descendo as escadas.

– Na sala, estrelinha.

– Quanto tempo eu dormi? Hey, Quinn! – a judia praticamente se jogou em cima da namorada – Você está bem? Ele te machucou?

– Eu to legal.

– Ótimo. – Rachel se afastou de Quinn e começou a distribuir tapas pelo braço da loira – Eu te disse pra não se meter em briga, Fabray!

– Hey, para. – Quinn a segurou – E o que eu devia fazer? Deixar ele falar?

– Era só ignorar! Agora você está suspensa e eu aposto que de castigo!

– Na verdade, só suspensa. – Quinn sorriu – E tenho novidades.

– O que é?

Quinn pegou as cartas já um pouco amaçadas no bolso do seu jeans e estendeu para a namorada.

– O que é isso?

– Alguém me indicou para Julliard.

– Como é?

– Julliard quer que eu faça um teste, você sabe, para uma vaga.

– Q... Isso é... Muito bom.

– Isso é perfeito. – Leroy corrigiu, sorrindo atrás das garotas.

– Seria, se não ficasse tão longe de Nova York. – Quinn disse – Mas eu também recebi minha carta da Columbia. – a garota sorriu – E é pra lá que eu pretendo ir.

– Oh, céus! – Rachel a abraçou – Você passou!

– Passei, e vou para Nova York com você.

– Mas... Julliard...

– Não tem nada a me oferecer que Columbia não tenha. Mas a Columbia tem você. Além disso, eu ainda não sei o que quero fazer, e pelo que eu li nessa carta enquanto vinha pra cá...

– Você leu enquanto dirigia?

– Seja como for, estão me oferecendo o curso de dança, e eu não sei se é o que eu quero.

– Você não vai nem conhecer a universidade?

– Não. Além disso... – Quinn suspirou – Julliard é demais pra mim.

– O que? Quinn!

– Não como você está pensando, mas... Julliard era uma das faculdades que Russel cogitava pra mim. Não vou fazer nada que me lembre ele.

Rachel deu um selinho na namorada e segurou a mão da garota.

– Papai, nós vamos subir.

– Não esqueçam que estou em casa.

– Pai!

– Só avisando. – ele riu enquanto Rachel puxava uma Quinn corada escada a cima.

As duas foram para o quarto da judia e Rachel encostou a porta.

– Então... Não vai mesmo nem cogitar Julliard?

– Não.

– Está bem. – Rachel suspirou e se aproximou da garota, a beijando.

Rachel empurrou Quinn para trás lentamente, e a loira acabou caindo sentada na cama.

– Rae... Seu pai...

– Ele tem que parar de me dar ideias. – a judia piscou antes de sentar no colo da namorada e voltar a beija-la.

Rachel forçou o corpo da namorada para trás, a fazendo deitar, sem parar de beija-la.

– Rae... – Quinn gemeu quando a judia desceu os beijos para o seu pescoço.

– Shiu. – murmurou descendo os beijos.

Rachel parou apenas para tirar a blusa da garota, que foi parar em algum canto do quarto junto com a sua.

Quando a judia se inclinou sobre a namorada para voltar a beija-la, o celular da loira começou a tocar, assustando as duas.

Rachel revirou os olhos, rolando para deitar ao lado da namorada.

– Alô? – Quinn atendeu sem olhar o número – Ah! Oi Liz, como vai?

Rachel levantou revirando os olhos, sob o olhar atento de Quinn.

Enquanto a loira conversava com a ex, Rachel vestiu sua camiseta e jogou a da namorada para ela, sem nem mesmo olha-la.

Não demorou para que Quinn desligasse o celular.

– Precisamos conversar. – Rachel disse parada de pé em frente a ela.

– Agora? Tipo, você me deixou um pouco...

– Agora, Quinn. – Rachel murmurou – E se veste logo, por favor.

– Tudo bem. O que é? – Quinn disse enquanto colocava sua camiseta.

– Sua... Ex.

– O que tem Liz?

– Voltar a chamar ela pelo apelido. Começa aí. Depois que... Olha, eu sei que vai parecer ser idiota, mas se você deu um murro... Uma surra no Finn por ciúme, eu também tenho direito, certo?

– Você bateu na Liz? De novo? – arqueou a sobrancelha – Como fez isso se ela tá em Seattle?

– Muito engraçadinha, Quinn.

– Pensei que isso tivesse sido resolvido ontem.

– Não sou a favor dessa amizade.

– Eu não dei uns tapas no Hudson pra ouvir isso. – Quinn levantou.

– Mas você bateu nele! Tenho direito de expressar minha insatisfação também. Mesmo que não de uma maneira tão violenta.

– Eu te defendi! – Quinn rosnou.

– E eu agradeço! Mas...

– Você está com ciúme. – Quinn riu – Eu não sei se fico indignada ou... Feliz por isso.

– Não estou brincando, Fabray.

– Nem eu. Pode ter certeza de uma coisa, Rachel: eu não vou te trair com alguém que está do outro lado do país. Caramba, eu nem vou te trair!

Rachel cruzou os braços e respirou fundo.

– Desculpe. Eu...

– Não. – Quinn riu.

A loira se aproximou de Rachel e a abraçou.

– Você está sendo boba.

– Não estou não. Ela é uma... Vaca oferecida, Quinn. E se ela der em cima de você de novo?

– Confia em mim?

– Em você sim, mas...

– É só em quem você precisa confiar. Agora, por favor, para. Eu quero voltar de onde paramos. O que acha? – Quinn deu um sorriso de lado e Rachel balançou a cabeça negativamente.

– Não tenho clima.

Quinn balançou a cabeça negativamente.

– Sabe de uma coisa? Eu to indo embora.

– O que? Você vai embora por que eu não...

– Não, Rachel! Eu não ligo que você me diga não. Eu ligo pro fato de que foi você quem foi pra cama com outro, e ainda tem coragem de duvidar de mim!

– Eu confio em você! – Rachel gritou.

– Não levanta a voz pra mim. – Quinn apontou para a namorada – Eu não estou gritando com você. Isso é assunto nosso, ninguém mais precisa ouvir.

– Eu vou falar baixo então. – Rachel se aproximou da namorada – Eu confio em você. Isso não significa que eu tenho que aguentar você sendo amiguinha de piranha.

– Você é louca, Berry. – Quinn riu – Vai tentar controlar as minhas amizades agora?

– Não! Eu só...

– Eu entendo que se sinta insegura. Aliás, eu entendia antes. Não acha que as coisas mudaram agora? Você é a única pessoa com quem eu já dormi. É minha namorada, e eu já te provei que te amo incontáveis vezes. Eu briguei com Liz e Finn por você. Caramba, Rachel! Eu perdoei uma merda de uma traição. Sejamos realistas, Rachel: Eu sou a única que tem motivos para estar insegura aqui. – Quinn suspirou – Estamos entendidas?

– Entendidas com o que, Quinn? Que você vai continuar com essa amizade?

– Exato.

– E eu?

– Continue com as suas. Desde que não com Finn.

– Não parece justo.

– Quer continuar sendo amiga do Hudson?

– Não! Mas...

– Rachel, eu não vou mais discutir sobre isso. Pensei que tinha deixado isso bem claro antes.

Rachel passou a mão no rosto antes de olhar para a namorada.

– Por favor, Q.

– Não vou parar de falar com Liz. Se alguém vai ter que ceder aqui, Rachel, é você. Já cedi de mais por nós, não acha?

– Eu só... Eu amo você, Quinn. E... – Rachel passou os braços pelo pescoço da namorada, e se aproximou para beija-la, mas Quinn lhe afastou.

– Estamos bem? – Quinn perguntou.

– Acho que o assunto não está sendo colocado em discussão. – Rachel murmurou.

– Não.

O clima ficou um pouco estranho entre as duas depois disso, mas Quinn ainda ficou algum tempo com a judia antes de voltar para casa.

Quando a loira foi embora, Rachel se pegou novamente olhando as redes sociais da ex de sua namorada, se perguntando quanto tempo levaria até que Quinn a trocasse pela garota.


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Notas finais do capítulo

Pergunta: qual dos pais de Rachel vai fazer ela "passar vergonha" na frente da Quinn? (essa tá fácil porque faz tempo que vocês não acertam! Kkk)

https://letras.mus.br/nick-jonas/jealous/traducao.html

E aí, gente? Como passaram a virada? O ano começou bem?
Tenho boas noticias! Eu acabei de escrever EEEE essa semana. Tanto o final que vai ser postado aqui quanto o alternativo estão prontos. Para ser postado aqui, ainda tem 12 capítulos e o epílogo. Para o final alternativo, oito capítulos e o epílogo. Isso significa que as postagens vão mudar de novo. O capítulo de domingo ainda tá garantido, entretanto os capítulos do meio da semana também terão perguntas. Ou seja, posso postar até um capítulo por dia. Vai depender de vocês acertarem as perguntas ou não.
Ainda quero saber a opinião de vocês sobre o spin-off (ele ainda não é certeza).
Enfim, o que acharam do capítulo?