True Love escrita por Chocolatra


Capítulo 26
Eu te amo


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Me desculpa pelo atraso, mas como voltei para escola, ela está tomando meu tempo. Estou me esforçando para postar, tenham paciencia comigo, pf. E quero agradecer a linda da Leeh Wesley pela recomendação, fico muito feliz por você amar essa história (sério eu amo também), obrigada pelos elogios da minha escrita, eu sempre tento melhorar mais e mais, e obrigada por elogiar o enredo, ás vezes fico com medo de vocês não gostarem, porém sempre voces gostam. OBRIGADA por essa recomendação lacradora, esse capítulo será dedicado a você, espero que goste e que todos os outros leitores gostem.
Boa leitura!



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Depois de eu ter conversado com o Matt, passei o dia trancada no meu quarto, não queria falar com ninguém, só queria pensar no assunto, e acabei adormecendo. Então hoje tomei coragem de conversar com o Stefan, não sei se ele vai querer conversar comigo, mas eu preciso pedir desculpas.

“Oi, vc pode vir aqui no meu quarto? Precisamos conversar, vc sabe. Pf, não me ignore ou tenha raiva de mim, já estou muito destruída, não me faça ficar mais.” – envio essa mensagem a ele, só espero que ele apareça.

Eu não fui até o quarto dele, porque não quero encontrar minha mãe, ou o Jeremy, pois eu sei que ele vão me perguntar sobre o Matt, e não quero falar sobre esse termino. Ligo a TV e fico assistindo um programa, até escutar duas batidas na porta.

–Quem é? – pergunto.

–Sou eu – diz Stefan.

Sento-me na cama.

–Entra.

Ele abre a porta, entra sem olhar para mim e a fecha. Se aproxima da cama e senta.

–Você poderia ter ido falar comigo, afinal você que está querendo falar – diz finalmente olhando em meus olhos.

–É que não quero me encontrar com a minha mãe, não foi por mal.

Ele concorda com a cabeça. E fica me olhando esperando eu dizer algo.

Respiro fundo.

–Ontem eu falei com o Matt, sobre aquele assunto e – abaixo a cabeça – ele mentiu para mim – olho para ele, vejo que está confuso – eu perguntei se ele sabia de algo, e ele disse que não, só que eu sei quando ele mente e ele acabou contando a verdade, que sabia de tudo e que – meus olhos se enchem de lágrimas – e que achou certo – minha voz treme porque estou segurando o choro.

Vejo que não ficou surpreso.

–Eu estava certo.

–Sim, estava. E eu te devo desculpas, é que – algumas lágrimas começam a descer – é que – paro de falar e me deixo chorar.

–Você é apaixonada por ele e não acreditava que o amor da sua vida poderia fazer isso – diz magoado.

–Não, não foi isso.

–Ah não?

–Não. Eu não estava mais apaixonada por ele – vejo que ele fica surpreso – eu iria terminar com ele de qualquer jeito, só que eu o amo, ele é uma pessoa muito importante na minha vida, e nunca pensei que ele fosse capaz de fazer isso – mal consigo enxergar por causa das lágrimas.

Ele fica calado me olhando.

–Me desculpa, mas ele é um amigo que eu amo muito – digo.

–Eu entendo, não precisa pedir desculpa.

–Não! Eu preciso...

–Não precisa, eu estava nervoso e... Enfim, só quero esquecer isso tudo.

Concordo com a cabeça.

–Eu também.

Ficamos um tempo em silencio, uma hora nos olhávamos e outra hora olhávamos para o chão. Sei que eu o magoei por ter desconfiado dele, mas também sei que não foi minha culpa, não podia acreditar que o Matt faria algo do tipo. Algumas lágrimas ainda se atrevem a descer, fico em silencio enquanto isso acontece.

–Agora chega de chorar – diz quebrando o silencio e secando minhas lágrimas – e se prepare para sua ultima semana de faculdade.

Sorrio.

–Tá.

Ele se levanta, dá um beijo em minha bochecha e vai embora.

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–E como vai o emprego? – pergunta minha mãe a Jeremy.

–Eu realmente achei o que eu gosto – meus pais sorriem.

Estamos jantando na sala de jantar, como todas as noites.

Minha mãe olha para mim.

–Jeremy me contou da briga entre você e Matt – diz minha mãe.

–Não quero falar sobre isso – digo sem olhar em seu rosto e dou um gole no suco.

–Filha, o que houve?

–Eu disse que não quero falar sobre isso – olho para ela.

–Nós só estamos preocupados, querida – diz meu pai.

–Eu só tenho uma coisa a dizer: essa não foi mais uma briguinha boba entre eu e ele, terminamos de verdade, não tem volta, não existe mais Elena e Matt, tá? É isso, agora me deixa comer em paz – volto a comer.

–Senhorita Gilbert, o senhor Donovan está aqui – escuto a empregada.

Olho para trás e vejo Matt.

–Não quero falar com você – digo e volto a comer.

–Lena, por favor.

–Não me chame assim.

Ele suspira.

–Por favor.

–Matt, quero que saia.

–Filha, converse com ele – diz minha mãe.

–Para que? – olho para ela – para nós voltarmos, e realizar seus malditos sonhos? De eu casar com ele e ter filhos? Não, obrigada! – digo gritando, vejo que todos a mesa ficaram assustados. Respiro fundo – perdi o apetite – levanto-me e vou até a escada, sinto uma mão em meu braço, olho para trás e vejo Matt – me solta.

–Eu preciso conversar com você, não vou sair daqui.

Fico olhando-o e percebo que ele não sairá mesmo.

–Tá, cinco minutos.

Ele concorda com a cabeça.

–Vamos ao meu quarto – digo.

Ele me dá o braço para eu segurar, ignoro o gesto e subo as escadas. Ele fica meio confuso e sobe atrás de mim. Entramos em meu quarto e fecho a porta.

–Você tem cinco minutos – digo de braços cruzados.

–Eu sei que o que eu te disse ontem te magoou, e te assustou, mas eu acho que esse fato do passado não deve atrapalhar o nosso presente, afinal já aconteceu e não tem como mudar, sei que podemos passar por isso e no futuro iremos esquecer e...

–Quatro minutos – digo friamente.

Ele suspira.

–Me desculpe se eu te decepcionei, mas eu sou o Matt de sempre, o que você conhece desde os três anos – vejo um olhar triste e arrependido - sou o mesmo, não mudei, sou o cara por quem você se apaixonou - ele abaixa a cabeça.

–Três minutos.

Ele olha para mim.

–Elena, nosso amor pode passar por isso.

–Que amor? Matt, que amor? Se você acha realmente que eu irei voltar com você, EU NÃO VOU! Já passamos por muitas coisas, mas essa não dá para esquecer, isso é uma coisa que eu nunca vou perdoar, eu não quero ter você perto de mim, nem como amigo e muito menos como namorado, quero que você suma da minha vida, não quero te ver, ouvir sua voz, ou ao menos sentir seu toque, quero te apagar da minha vida, para mim você não passa de um estranho, é isso que você é para mim!

Ele fica calado, me olhando, ele não está acreditando no que eu estou dizendo. Vejo em seu olhar que está muito magoado.

–Lena, por favor – ele toca em meu braço e me esquivo.

–Eu disse que quero distancia de você! E sabe o que vou fazer? Denunciar você e a sua família nojenta a policia, o papai, a mamãe e o filhinho irão ver o sol nascer quadrado de agora e diante!

–Não! Elena, não! – ele grita desesperadamente.

–Ah agora está com medo de ser preso? Que pena – digo irônica.

–Não, eu não tenho medo de ser preso, mas estou assim é porque você não pode fazer isso, vai ter consequências!

Ele está me ameaçando?! Deus, quem é esse homem que está em minha frente? É como se eu não o conhecesse, parece um estranho.

–Não acredito que está me ameaçando! Vai fazer o que comigo? Me torturar também?! – meus malditos olhos se enchem de lágrimas, ao ouvir essas palavras saírem da minha boca.

Vejo que ficou espantado.

–Não! Nunca! Eu nunca te machucaria, por nada nesse mundo! Eu te amo, Elena.

Não, ele não pode dizer essas três palavras. Eu não o amo.

–Se nunca me machucaria, por que falou aquilo?

–Meu pai.

–O que?

–Meu pai é um homem muito difícil e conservador, ele faria tudo para manter sua ficha limpa.

–Quer dizer que ele...

–Sim, ele te mataria se soubesse que você fosse a delegacia.

Nunca pensei que o Richard seria capaz de fazer isso, tudo bem que ele torturou e matou uma mulher, mas ele é o melhor amigo do meu pai, ele é como se fosse um segundo pai para mim, não consigo imaginar ele querendo me matar. Agora eu vejo que as pessoas não são o que parecem.

–Não me importo.

Ele suspira.

–Elena, a única coisa que eu te peço, não vá.

–Não estou nem ai com o que você pede, quero todos vocês atrás das grades!

–Não, por favor, não! Nunca me perdoaria se você fosse morta por causa disso, Elena não! – percebo que seus olhos estão se inundando pelas lágrimas.

–Sinto muito.

–Se você me ama, se você ainda me ama... Por favor, me escute e não vá.

Fico calada olhando para ele.

–Eu não te amo, Matt.

Ele paralisa, fica me olhando e depois fita o chão e fica totalmente machucado.

–Sai daqui e não volte – digo.

Ele me olha e solta um suspiro.

–Agora eu me arrependo do que eu fiz – diz ele – nunca pensaria que por causa disso, eu perderia a mulher da minha vida.

–Vai embora – digo friamente.

Ele se aproxima.

–Eu só quero que você saiba que eu te amo.

Abaixo a cabeça e deixo as lágrimas caírem. Ele se dirige até a porta e sai.

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Dou algumas batidas na porta de Stefan, ele abre.

–Está tudo bem? – pergunta.

Nego com a cabeça e o abraço. Ele me acolhe em seus braços quentes e aconchegantes.

–Ontem o Matt veio aqui e tentou voltar comigo – digo em prantos.

–E você quis? – pergunta.

–Não, é claro que não.

–Então por que está chorando?

–Porque eu acho que fui muito fria e dura com ele, eu disse na cara dele que eu não o amava.

Ele fica calado.

–Fala alguma coisa, por favor.

–É que eu estou surpreso que fez isso.

Suspiro.

–Até eu estou, se você visse a cara dele... Mas eu penso no que ele fez e talvez ele tenha merecido.

Ele me afasta de seu abraço e segura meu rosto, seca minhas lágrimas.

–Com certeza ele mereceu – diz – ele tirou uma mãe e uma esposa, mãe de dois meninos, um mais velho totalmente problemático e que precisa dela, e um bem mais novo que nem se lembra de como é ter o carinho de uma mãe.

–Você está certo, ele foi um monstro.

–Então não gaste lágrimas com ele.

Concordo com a cabeça.

–Vem, entra – ele fecha a porta e sentamos na cama.

–Você os denunciou? – pergunto.

–Não, seria a minha palavra contra a deles.

–Mas não teria provas? Testemunhas?

–A única testemunha que viu tudo e contou a gente, eles mataram.

–O que?! – não, não pode ser! Eles mataram mais outra pessoa!

–Era uma empregada, virou muita amiga da minha mãe e acabou vendo tudo.

–Meu Deus, eles são uns monstros.

–Disso eu não tenho duvida.

–Mas agora podemos fazer justiça e vingar a morte de sua mãe.

–Como?

–Podemos ir à delegacia, eu irei denunciar.

–Não, Elena esqueça.

–Stefan, precisamos fazer isso.

–Não temos testemunhas, não temos provas!

Suspiro.

–Temos que tentar.

–Não, eu não quero.

–Mas...

–Não! Elena, por favor, não precisa.

–Você precisa.

–Não preciso, eu já esqueci isso.

–Stefan...

–Pra que você insiste tanto?

Respiro fundo. Depois de eu saber dessa verdade, eu a escondi, mas agora estou livre do Matt, eu posso realmente falar meus sentimentos a ele, não me importo no que dará, ou nas consequências, agora só me importo em contar a verdade.

–Porque eu te amo – digo.


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Notas finais do capítulo

E ai?! Elena e Matt, finalmente terminaram! Será que agora Stelena vai acontecer? Como será que Stefan irá reagir ao "eu te amo"? Comentem o que acharam do capítulo, beijos!