Saio de casa e começo a andar pela a rua, vou cumprimentando algumas pessoas que eu conheço. Então vejo Katherine vindo em minha direção, rebolando seu quadril, com o cabelo balançando e com a cara de vadia, eu adoro isso. Ela se aproxima de mim, põe a mão em meu ombro e dá um sorriso.

–Sentiu minha falta? – pergunta.

–Nem senti – digo.

Ela ri.

–Podíamos repetir o que aconteceu antes de ontem – diz passando sua mão pelo o meu rosto.

–Acho que não estou muito afim não – é melhor eu não aceitar, antes que piore as coisas.

–Tem certeza que não quer rasgar esse meu decote – olho diretamente para o decote, meu Deus, não vou conseguir me controlar.

–Katherine... – desvio o olhar dela, mas ela toca em meu rosto, olho para ela.

Então me beija, a puxo contra mim e retribuo o beijo.

–Posso te dar muito mais que isso – diz mordendo seu lábio sensualmente.

–Vamos – digo.

Ela sorri e me puxa pela a mão.

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–De novo? – pergunta Klaus.

Estou com a cabeça abaixada e com a mesma apoiada pela as minhas mãos.

–Juro que eu quero te dar um soco! – grita ele.

–Estou merecendo – digo.

–Cara eu disse para esquecer tudo e ficar longe dela, e o que você faz? Transa com ela de novo!

Levanto do sofá.

–Não sei mais o que fazer.

Meu telefone toca, o pego e vejo que é a Elena.

Agora que vejo seu nome, vejo o quão idiota estou sendo, fazendo todas essas bobagens... Preciso dela. Só que não voltarei, me decidi que ficarei aqui, não aguento mais ver ela me deixando de lado e se agarrando com o namoradinho dela.

Largo o telefone em cima da mesa e me jogo no sofá de novo. Klaus olha para o telefone e depois olha para mim.

–Não vai atender? – pergunta.

Nego com a cabeça.

–Olha cara, vou sair e vê se pensa nesses seus problemas – diz ele pegando a carteira e depois sai.

O telefone volta a tocar e ainda é ela. Para de tocar e vejo que deixou uma mensagem de voz, pego o celular e escuto.

–Oi sou eu, venho te ligando todos esses dias e você não me atende... Estou preocupada, você saiu daquele jeito e – ela suspira – estou com medo que tenha acontecido algo com você... Por favor, me liga quando puder.

Abaixo a cabeça e deixo as lágrimas descerem.

Sinto tanta falta dela, que chega a doer. Queria tê-la agora comigo, mas não posso. Preciso tomar um ar e esquecer isso.

Levanto-me do sofá e saio. Vou até o beco onde alguns capangas dos traficantes estão.

–Stefan – diz um – que bom que veio.

–Preciso comprar mais algumas.

–Não até você pagar as outras – diz ele.

–Cara eu vou pagar, relaxa.

–Não vou relaxar até me pagar – diz ele aproximando.

–Não tenho o dinheiro aqui.

–Então vai ter uma lição – ele me dá um soco.

–O que acha que está fazendo?! – grito.

–É melhor pagar a grana! – ele grita levantando o braço, mas eu o seguro e o jogo no chão.

–Não tenho agora! – sinto alguns caras me segurarem por trás – me soltem! – grito.

Um homem aparece.

–Olá Stefan, nunca fomos apresentados, mas... Posso dizer que eu sou o chefão e eu soube que você está devendo uma grana preta.

–Eu sei, mas está meio difícil de pagar – digo.

–Vai ter que pagar.

–Não tenho essa grana.

–Hum... Isso é uma pena – ele dá um soco no meu estomago.

Grito de dor.

–Quero que saiba, que nenhum espertinho vai me passar a perna – ele dá um soco em meu rosto, que acabo cuspindo sangue no chão – então você podendo, ou não, vai ter que me pagar – ele dá uma joelhada no meu estomago.

–Por favor, pare – digo gemendo de dor – eu pagarei.

–Quando?

–Eu... Eu... – ele dá um tapa no meu rosto e em seguida dá outro soco.

Minha cabeça cai para frente, meu rosto está sagrando e cheio de dor.

Ele levanta minha cabeça.

–E ainda quero que saiba, que se você não me pagar, pessoas com quem você se importa irão sofrer por causa dos seus erros.

–Não, não! – digo desesperado.

–Terminem o serviço – diz e sai.

Me jogam no chão e começam a bater em mim.

POV Elena

Desde que Stefan foi embora ando preocupada, não consigo pensar em mais nada. Fico sempre pensando no pior e ás vezes acabo chorando. Mas hoje eu irei atrás dele, não importa onde eu tenha que ir.

Pego meu carro e começo a dirigir até a comunidade. Provavelmente ele estará lá, seria o único lugar para onde ele poderia fugir. Dirijo o carro para todos os lados, mas ninguém sabe onde ele está, a cada vez mais fico mais preocupada, porém não desisto.

Já anoiteceu e nada, ainda continuo a rodar com o carro e perguntar as pessoas por ele. Até que vejo alguém caído num canto da rua, pedindo ajuda. Saio do carro e me aproximo da pessoa, e então vejo que é o Stefan.

–Stefan? Meu Deus! – digo pegando sua cabeça e a colocando no meu colo.

Ele olha para mim.

–Elena – diz.

–Sim, sou eu – digo acariciando seu rosto cheio de sangue e ferimentos – vou te tirar daqui – pego meu celular e ligo para a ambulância – logo, logo eles estarão aqui, aguenta mais um pouco.

Ele geme de dor e mal consegue falar. Começo a chorar por ver ele nessa situação.

–O que fizeram com você? – pergunto acariciando seu cabelo.

Ele fecha os olhos.

–Stefan? Stefan? – pergunto desesperada – Stefan, acorda! Stefan!

Depois de alguns minutos a ambulância chega, eles o pega e o põe lá dentro. Entro em meu carro e os sigo. Chegamos ao hospital e eles correm pelo os corredores, sigo feito uma louca, até eu não puder acompanha-lo mais, então sento em uma cadeira e começo a chorar desesperadamente.

Estou tão preocupada, ele estava muito machucado, provavelmente quebrou alguns ossos, ou pior. Não posso perdê-lo, não posso!

Depois de algumas horas, o médico aparece. Levanto-me.

–O que houve com ele doutor? Posso vê-lo? – pergunto.

–A situação dele não é muito boa – diz.

Meus olhos se enchem de lágrimas.

–Meu Deus, o que aconteceu?

–Ele sofreu um traumatismo craniano.

–Ah não – digo colocando minha mão na boca – não posso acreditar.

–Ele sofreu muitas pancadas e lesões na cabeça, é um estado sério.

Começo a chorar.

–Não, não, por favor, me diga que ele está bem.

Ele suspira.

–Ele está em coma.

Sinto que meu mundo vai desmoronar tudo dói só em pensar que posso perdê-lo.

Caio na cadeira e choro desesperadamente.

–Não, não, não... Meus Deus, isso não pode estar acontecendo, não – abaixo a cabeça.

–Ele também faturou o braço... Sinto muito senhora, se quiser visita-lo – diz.

Passo minha mão em meu cabelo, seco minhas lágrimas e me levanto. Caminho até o quarto, fecho a porta e me aproximo da maca. Ele está com os olhos fechados, tubos e aparelhos respiratórios, com um braço engessado, com vários arranhões e pontos no rosto. Volto a chorar só em vê-lo daquele jeito.

–Oi, sou eu – digo – sei que pode me ouvir... E quero que saiba que estarei aqui com você, não te abandonarei de jeito nenhum... Você ficará bem – digo falhando a voz – e farei o possível para te trazer de volta, trazer de volta para mim – abaixo a cabeça – estou tão preocupada, que... Ah Stefan, você é tão importante para mim, não posso perdê-lo – olho para ele – não consigo imaginar minha vida sem você – seguro sua mão e vejo no aparelho que seu coração acelera com o meu toque, sorrio – que bom que pode me ouvir – dou um tempo para eu chorar – por favor, volta para mim, por favor, não me deixe – acaricio seu rosto e dou um beijo em sua testa.

Afasto-me dele e sento em uma poltrona ao seu lado.

–Não vou te abandonar – digo – nunca.