Na antiga pizzaria...

— Ei! Crianças!!! – dizia Springtrap.

— Você de novo?

— Sim, vim falar com vocês. Desta vez 2 almas serão libertadas.

— Duas!! Uau! Mas cadê o Puppet?

— Aqui. – a alma de lágrimas eternas aparece próxima a Springtrap – Esta noite dois de vocês serão libertados da maldição.

— Mas por que não agora?

— Porque já amanheceu, e de dia a placa não tem poder suficiente para salvá-los. Teremos que esperar anoitecer.

— Ok.

Em uma casa na cidade...

— Filha.

— Fale, mãe.

— Já não está na hora de você arrumar um emprego?

— E passar por tudo de novo?! Eu sempre sou demitida dos lugares que eu trabalhei.

— Mas, Karina, isso só acontece porque você acha que tem que levar o seu trabalho máximo! É bom você se dedicar no seu emprego, mas...

— Mas o quê? Mãe, você sabe que se eu não conseguir trabalhar do jeito que eles querem eu não vou...

— Concluir sua missão. Eu sei. Filha, fale a verdade. Você não quer trabalhar porque tem medo de falhar como seu pai, não é? Por isso você acaba tentando dedicar-se além do que pode. Eu sei que é difícil mas já se passaram 20 anos! Você tem que superar.

— Mãe, você sabe que dia é hoje, não sabe?

— Sim, à 20 anos seu pai foi encontrado morto depois de sua empresa ter ido a falência. Mas você sua vida não acabou, ela mal começou!! Karina, você tem 27 anos, já é adulta suficiente para entender que só porque seu pai teve um fim desastroso você também terá.

— Eu sei, mas eu tenho medo. Medo de que tudo recomece.

— Calma. – a mãe abraça a filha – O único jeito de isso acabar é enfrentando seus medos. – Ela pega um jornal com um anúncio de emprego falando sobre uma atração de terror.

— Você tem certeza? Eu não quero trabalhar em um lugar baseado na empresa do papai.

— Filha, você se lembra do que eu te disse quando seu pai nos deixou?

— Sim: “O passado não pode ser mudado, mas você pode mudar o seu futuro.”.

— Não está na hora de por isso em prática? – ela dá o telefone para Karina.

— Sim. Você tem razão. Obrigada.

“LIGAÇÃO DE TELEFONE”

— Oi, ainda há vagas?

Numa casa abandonada na periferia da cidade...

“Como eu vou fazer para matar a Glace?” – pensava Nicole – “Eu poderia trazê-la para cá! Mas onde ela mora? Já sei! Vou lá na atração falar com Jorge, ele deve saber o endereço dela.”

Alguém bate na porta do casarão incendiado.

— Nicole! Cadê o seu pagamento!

“Putz! Esqueci totalmente de pagar o grupo!”

— Vai demorar ou quer que arrombemos a porta nós mesmos?

— Já vai! – ela abre a porta – Que foi? – havia dois homens na porta.

— O seu aluguel. O chefe tá esperando.

— Bem sabe como é... – um dos homens coloca uma faca no pescoço da garota.

— Olha, Nicole. – disse um homem que usava um moletom cinza - Quando você entrou para o time fomos bem claros que daríamos o que você precisa-se desde que você pagasse a quantia equivalente.

— E até agora você não pagou. – disse outro encapuzado que usava óculos redondos com lentes laranjas – Você tem até o fim da semana para pagar tudo o que você deve se não o chefe pessoalmente irá te “demitir”. – deu uma risada sinistra.

— Não se preocupe, recebi um pedido hoje de manhã e acabei de conseguir um emprego, sexta-feira sem falta vou pagar todas as minhas dívidas.

— É bom mesmo! – o homem retira bruscamente a faca do pescoço da adolescente arranhando-a um pouco. Os dois então se viram e vão embora.
Nicole fecha a porta. Em seguida olha para o seu lar e começa a chorar. Aquele não era seu lar. Lar é um lugar onde você é feliz. Ela não era feliz.

Um ano antes...

— Filha, será que dá para parar de usar o seu computador, sua amiga já chegou.

— Deixa ela subir, diz que tou terminando de ler uma creepypasta.

— Já subi, querida.

— Oi Lexi! – Lexi era uma menina da mesma idade de Nicole. Ela era loira, seus olhos eram verdes e ela na ocasião estava vestida de boneca, era Halloween. Nicole no caso, se vestia de Clock Work, pois realmente eram parecidas.

— Qual é a creepy da vez?

— Nina the Killer!! Me identifico tanto com ela!

— Credo! Lembra que foi por ela ser fanática pelo Jeff que ela pirou? Bem ,não importa, tá na hora da festa.

— Verdade. LET’S PARTY! Onde será mesmo?

— Na pizzaria abandonada.

.....

— Que festa f*da, Lexi!

— Pois é.

....

— Nossa já está tarde, vamos que minha mãe acha que a festa é no colégio, né Lexi? Léxi.

— Nico... – Lexi desaba no colo da amiga, mas não de sono nem nada, ela literalmente desmaiou.

— LÉXI!!

....

— Como ela está doutor?

— Você é a amiga dela, não é. Desculpe, mas não podemos fazer nada.
Nicole derrama lágrimas.

— Mas o que houve?! (SNIF) Por que ela desmaiou.

— Não sabemos, provavelmente a pressão dela caiu na hora, você sabe se ela tinha alguma doença?

— Não. (SNIF)

— Bem, a família dela já está vindo. Sua mãe já vem te buscar.

— Obrigada. (SNIF)

....

Nicole andava por dentro de uma pirâmide, na parede, havia imagens de deuses e de pessoas com máscaras de animais. No final do corredor havia próxima a Rá a imagem de uma mulher, atrás dela vinha outras mulheres. Elas eram todas felizes, menos a principal. Esta era triste e chorava. Ela segurava uma placa dourada e parecia estar controlando a todos. De repente ela ouve alguém atrás dela. Era Léxi, chorando, como a mulher.

— Nicole, essa cidade tem segredos muito perigosos e sombrios, você precisa descobri-los imediatamente. – najas começam a se amarrar como cordas aos membros de Léxi. – Essa cidade é amaldiçoada, Nicole. Acorde. Nicole, ACORDE!!!!!

— NICOLE!

— AHHHHH!!!! Mãe?

— Filha, você está suando! Teve um daqueles pesadelos com a Léxi de novo?

— Sim, mas já passou, agora quero ficar sozinha.

— Filha, você não come a dias, você tem que se alimentar, tomar banho, voltar para a escola.

— Mãe, é sério, me deixa.

— Ok, mas lembre-se “O passado não pode ser mudado, mas você pode mudar o seu futuro.”.

— Eu sei...

....

Naquela noite Nicole não conseguia dormir. Nunca tivera um sonho assim antes. Será loucura? Estaria ficando como as histórias de que tanto gostará? Léxi era como uma irmã para ela. Fazia duas semanas de sua morte. Ela já tinha sonhado com a amiga antes, mas um sonho daquele jeito era loucura.

Resolve levantar-se para beber água. Ao chegar na cozinha ela vê uma vela acesa. Assustada não pelo fato de ter uma vela acesa no meio da madrugada, mas por o chão estar totalmente molhado com álcool.

“Se o Jeff aparecer eu desmaio.”

Mas ele não apareceu, em seu lugar surgiu sua mãe, intrigada por ver a filha acordada as 3 horas da manhã da segunda-feira com uma vela nas mãos.

— Que ritual é esse filha?!!!

— Eu não sei!! Eu acordei para beber água e isso tava aqui.

Sua mãe, temendo ser um ladrão, vê os sistema de câmeras da casa e lá estava, sua querida filha acendendo uma vela, tacando álcool no chão e em seguida voltando para seu quarto.

— FILHA! Por que mentiu?!

— Mãe! Eu juro, não tem como ter sido eu, nessa hora eu estava deitada!!

— Então ou você é sonâmbula ou é louca.

— Você me chamou do quê?

— Tem outro nome para isso? Que eu saiba pessoas que acordam no meio da noite para infestar a casa de madeira com álcool e depois acender uma vela são chamadas de louca.

— Não acredito, minha própria mãe me acusando de psicopata. MÃE!! Por que não acredita em mim!!

— Não tenho o que fazer. Amanhã vou chamar um médico. A morte da Léxi tá te deixando louca.

— Pela última vez... Eu... não... sou... LOUCA!!! – sem perceber ela acaba soltando a vela no chão.

Tudo começa a pegar fogo. Nicole sem saber o que fazer pula da janela. Quando acorda no dia seguinte a casa estava destruída. E sua mãe não conseguira sair viva.

....

(2015)

“Eu achei que se me juntasse aos assassinos não seria a única louca aqui. Mas vejo que errei. Queria que nada disso tivesse acontecido.” – Nicole começa a chorar e fica assim por meia hora. Depois se lembra de Glace.

“É verdade. Tenho que cumprir minhas tarefas.” – enxuga as lágrimas – “E vai ser agora.”