Lost Stars escrita por A Garota Sincera


Capítulo 1
Máquina do Tempo


Notas iniciais do capítulo

Bom, depois de ler uma fanfic que envolve dois dos meus casais favoritos, resolvi tentar. Sei que muitos não irão gostar, afinal, o Dinho saiu da novela com uma fama não tão boa, mas espero que não julguem o livro pela capa.



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– Dinho? - Nando perguntou surpreso em vê-lo. Afinal, qual seria a probabilidade de encontrar de novo o garoto sonhador de cabelos cacheados? Qual seria a probabilidade de encontra-lo no bairro do Catete? Ou melhor ainda, qual seria a probabilidade de encontra-lo na Ribalta?

– Nando? Quanto tempo! - O garoto, simpático como sempre foi cumpimentar o velho amigo. Em todos os sentidos...

– Pois é garoto, pensei que nunca mais o veria.

– Na verdade, nem eu.

– Sabe, te ver agora foi como voltar no tempo.

– Olha, se eu pudesse voltaria a muito tempo. Acredite...

– Ainda na história com a Marrentinha?

– Pois é, mas eu so...

– NANDO! VOCÊ PRECISA ME AJUDAR! - Gritou um garoto afobado com cara de medo.

– Qual foi Pedroso? O que aconteceu?

– A Tomtom. Ela tá tendo crise de asma e estamos sem carro. Me ajuda! - Pediu o garoto aflito, sem prestar atenção no menino de cabelos cacheados que olhava tudo meio confuso.

– Claro, claro que eu ajudo! Só tem um problema...

– O QUÊ? Que problema Nando? - Perguntou o garoto, com o típico jeito afobado e assustado.

– Eu tô sem carro.

– AAAH NÃO! - Gritou o garoto batendo em sua própria testa. Estava realmente desesperado.

– Calma, eu tô com carro, eu posso ajudar... Se você quiser, é claro. - Ofereceu Dinho, meio sem jeito.

– CLARO! Valeu cara, vem comigo. - Pediu o garoto enquanto corria em direção à sua casa, com o Dinho e Nando correndo atrás.

Quando chegaram à casa de Pedro, a situação estava crítica, Delma estava desesperada e Tomtom estava praticamente desmaiada. A garota estava realmente mal.

Pedro pegou a garota no colo, enquanto todos corriam em direção ao carro de Dinho.

Dinho acelerava o carro enquanto Pedro tentava fazer a irmã ficar acordada. Logo chegaram ao hospital, e Tomtom foi logo atendida, com Delma desesperada atrás.

Logo, só sobraram Nando, Dinho e Pedro na sala de espera.

– Então... Valeu mesmo cara. Cê salvou a vida da minha irmãzinha, nem sei como te agradecer.

– Não precisa, mas se tiver uma máquina do tempo eu aceito.

–Ah, nem me fale em máquina do tempo. Também preciso de uma.

– Agora que eu tô percebendo, estou nesse hospital acompanhado de dois vacilões. Olha a que ponto eu cheguei.– Falou Nando negando com a cabeça.

– Ha-ha-ha. Me chamando de vacilão que tu quer conquistar minha mãe?

– Ah... A Delma. Como o amor é lindo.

– Ué Nando, tu não tava com a Tizinha?

– Tizinha? Não quero nem ouvir falar dela! Aquela lá me trocou.

– Que barra Nando.

– Pois é.

O ambiente ficou silencioso por alguns minutos, apenas cada um preso em próprios pensamentos, e em suas próprias preocupações.

– Cara... Tu salvou a vida da minha irmã e eu nem sei teu nome!

– Adriano, mas todo mundo me chama de Dinho. - O garoto estendeu a mão sorridente, bem daquele jeitinho Dinho de ser.

– Pedro, Pedroso, guitarrista da galera da Ribalta! Prazer.- Falou o garoto apertando a mão estendida do garoto.

– Mas então, pra que precisa de uma máquina do tempo? Ninguém precisa mais que eu, isso eu te garanto. - Falou Dinho enquanto se lembrava de uma certa Marrentinha.

– Já eu penso o contrário. Na verdade, minha vida está em risco constantemente pela burrada que eu me meti.

– A minha também estaria, seu eu não tivesse fugido como um covarde...

– Agora é assim? Disputa pra ver quem é mais canalha? – Perguntou Nando.

– Ô Nando, tu tá de que lado?

– Do lado da Marrentinha e da Esquentadinha, é óbvio.

– Marrentinha?

– Esquentadinha?

–Ih, agora vão disputar pra ver que apelido é melhor?

– Não tenho tempo pra disputar. Na verdade, Nando, tu sabe onde tem um hotel por aqui?

– Não precisa de hotel, tu pode ficar na Ribalta enquanto isso.

– Sério? Mas não vai ter problema?

– Problema com quem? Com o dono?

– É...

– Muito prazer, dono. - Falou Nando divertido.
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Karina andava apressada pela praça tentando ignorar os olhares sobre si. Olhares de pena, e isso não suportava! Principalmente àquela hora da manhã.

– Oi... - Cumprimentou Karina entrando no QG.

– Fala Ka.

– E aí? Por que tá com essa cara?

– Nasci com ela, então você precisa perguntar isso aos meus pa... Pra Deus.

– Hum. - A garota nada disse, sabia que Cobra nunca falava de sua família.

Ficaram em silêncio, até que Karina tentou retomar o papo.

– Como eu dizia, por que tá com essa cara de quem comeu e não gostou?

– Não é nada...

– Fala logo Cobra, não tô com saco pra enrolação. Principalmente à essa hora da manhã. - Falou a menina irritada.

– Fica calma gatinha, ou vai acabar arranhando alguém com as suas garras.

– Ha-ha. Agora é sério. Fala logo.

– Não sei se devo te contar.

– Fala logo. - Falou a garota pausadamente.

– Hum, não tem a irmãzinha do guitarrista?

– A Tomtom?

– E ele por acaso tem outra?

– Fala logo Cobra! O que tem a Tomtom?

– Eu vi ela desmaiada enquanto o Pedro, o Nando, a Delma e um cara levaram ela pra um carro. Provavelmente pro hospital.

– Sério isso?

– Por que eu brincaria com algo assim?

– Ai meu Deus! E pra onde eles foram?

– E eu lá sei? Provavelmente pro hospital né...

– Eu sei idiota, mas pra qual hospital?

– Isso eu não sei. Aí já quer demais né novinha... Ou você acha que eu iria lá perguntar?

– Tá, tá. Eu vou arrumar um jeito de encontrar eles. Valeu Cobra! - Falou Karina enquanto corria em direção à pracinha onde Dona Dalva lia o jornal.

– Dona Dalva? A senhora já está aqui há muito tempo?

– Desde às cinco da manhã! - Falou a senhora orgulhosa.

– E a senhora por acaso viu a Tomtom?

– A irmã do guitarrista?

– É... A filha da Delma... - Falou a garota revirando os olhos, pela simples menção de Pedro.

– Eles foram pro Pronto Socorro com a menina. Teve ataque de asma a coitadinha.

– Pro Pronto Socorro aqui perto?

– Esse mesmo, se demorassem muito a coitadinha poderia não resistir.

– Não quero nem pensar. Valeu Dona Dalva, vou indo.

Karina correu até o Pronto Socorro, não era perto, mas também não era tão longe.

Assim que chegou, Karina viu Pedro, não era alguém que ela queria ver, mas ao menos esperava que o veria. Mas o olhando daquele jeito, meio descabelado, e com os olhos vermelhos, seu coração apertou, mas aí se lembrou que quando soube da verdade, ficou muito pior. De certa forma, vê-lo mal a trouxe um sentimento de vingança, mesmo que não quisesse que fosse naquelas circunstâncias. Não às custas de Tomtom.


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