Adaptação escrita por carol cardinal


Capítulo 26
Capítulo 26




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Sentia meu corpo estirado em algo macio e liberto das amarras que me impediam de respirar. Mãos quentes afagavam minha testa e seguravam minha mão. A plena consciência ainda não havia voltado, mas eu sabia que se abrisse os olhos não veria nada agradável.

 

Mas com a insistêcia daquelas mãos que me acariciavam, não pude evitar de abrir os olhos e acaricia-las também. Não desviei o olhar daqueles dedos que apalpavam minha pele, sabia que uma velada vergonha estaria estampada no rosto do dono. Vi que meu vestido estava aberto e o espartilho arrebentado, deixando à mostra minha roupa de baixo. Me limitei a suspirar e esperar que as perguntas começassem.

 

- Está tudo bem agora. - disse Caspian tentando me confortar.

 

- Moira lamenta por ter apertado tanto o vestido. Insistiu que merecia ir embora mas eu a impedi de partir, não foi culpa de ninguém.

 

- Onde estou? -perguntei em um sussurro.

 

- No salão íntimo. Ficou desmaiada por apenas alguns minutos.

 

- O baile ainda não terminou?

 

- Não, disse que estava apenas com um indisposição e trouxe-a para cá, mas ainda devem estar preocupados. Aliás, pedi para Moira chamra o médico.

 

- Não será necessário, já estou bem.

 

- Estela...

 

- Confie em mim. Estou bem.

 

- Então olhe para mim.

 

Levantei meu rosto e encontrei os olhos ternos e compreencivos de Caspian. Não pude evitar que meus olhos se enchessem de lágrimas e que elas escorressem pelas minhas bochechas. Senti seus braços em volta de mim e seus lábios no meu cabelo.

 

- Majestade?

 

- Sim, Moira.

 

- O médico está aqui.

 

- Dispense-o, levarei minha mulher para o quarto, ela está bem agora.

 

- Sim, Majestade.

 

Caspian me pegou no colo e me levou para o nosso quarto, tomando cuidado para não sermos vistos.

 

- Queria tanto ficar aqui com você, mas não posso meu amor. Sei que ainda não conversamos depois que voltei mas prometo que amanhã arranjarei algumas horas para ficarmos juntos.

 

Depois que me deitou na cama, ele tirou meu vestido e destranssou meu cabelo, tudo com o mínimo cuidado.

 

- Boa noite meu anjo.

 

Deu um leve beijo nos meus lábios e saiu, me deixando sozinha na cama.

 

...

 

Depois do café da manhã, Caspian teve que sair para resolver uns últimos assuntos com os minotauros e só voltaria no final da tarde. Com isso, tive que me distrair com as aulas de Lady Rosagunde. Encontreia no salão íntimo. Estava deitado no divã com uma mão na cabeça e a outra segurando alguma coisa.

 

- Está bem Milady?

 

- Ho! Majestade! Não a vi entrar. Perdoe a minha falta de compostura.

 

- Tudo bem Rosagunde. Parecia exausta.

 

- É que me culpo pelo que aconteceu a senhora no baile de ontem a noite. E para que aquilo não ocorra novamente. Preparei uma aula prática.

 

Ela me mostrou um espartilho cheio de barbatanas e com uma forte fita nas costas. Visivelmente desconfortável.

 

- Ensinarei-lhe como usar corretamente um espartilho como este. Para usa-lo necessita-se de uma postura específica e um andar mais miúdo. Senão acontecerá o mesmo que no baile.

 

- Milady.

 

- Sim, Majestade?

 

- Isso é mesmo necessário?

 

- Completamente! Esta elegante peça íntima engrandesse a imagem de uma rainha, a deixa mais refinada. É melhor começarmos, não quero perder tempo.

 

Ela colocou a peça no meu busto, por cima do vestido de tecido fino que usava, e trançou as fitas atrás.

 

- Está apertado Rosagunde.

 

- Mas como? Ainda nem comecei a ajusta-lo. Empine mais o corpo que não a encomodará tanto.

 

Rapidamente ela o ajustou. Repetiu mais uma vez para que levantasse mais meu corpo. Respirar ficou um pouco mais fácil. Mas ainda assim me encomodava.

 

- Perfeito. Agora sente-se, permanessa com a coluna reta.

 

Tive dificuldade para me sentar. Me senti como uma das estátuas do castelo, sentadas em seus tronos de pedra.

 

 

...

 

Senti um alívio enorme quando minhas aulas do dia terminaram. Tive que aguentar o espartilho o resto da manhã, o almoço e parte da tarde. Tirei-o e o quardei em um dos meus baús. Deitei na cama e aproveitei o alívio que meus pulmões tiveram. Fechei os olhos e suspirei profundamente, soltando um leve gemido.

 

- No que está pensando?

 

- Caspian! Não o vi chegar!

 

Ele estava encostado no batente da porta ainda vestido para a montaria.

 

- Vim correndo para cá, não avisei ninguém de minha chegada. - disse ele enquanto se aproximava.

 

- Senti saudades.

 

- Eu também.

 

Caspian me beijou apaixonadamente, me deixando sem fôlego.

 

- Agora temos um tempo para ficarmos juntos. O que quer fazer? - perguntou ele com um olhar sedutor.

 

- Disse que queria conversar.

 

- E quero. Fiquei preocupado com você aquele dia. O que aconteceu?

 

- Eu estava cansada, meu corpo precisava dormir um pouco mais.

 

- Não é disso que estou falando. Queria saber o que aconteceu naquela noite em que fizemos amor. Você parecia tão distânte.

 

- Apenas impressão sua, meu amor.

 

- Mal me beijou.

 

- Me desculpe. Prometo que da próxima vez o beijarei mais.

 

- Certo. - seu olhar ainda era desconfiado.

 

- Me perdoe, Caspian. Não quero vê-lo magoado.

 

- Não estou, meu amor. Só preocupado. Mas agora eu entendi que está tudo bem.

 

- Ainda me sinto em dívida.

 

- Sei como pode quitar-la.

 

- Como?

 

- Assim.

 

Caspian me bejou profundamente. Segurou na lateral do meu corpo e deitou-se em cima de mim. Nem preciso dizer que não comparecemos ao jantar.


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Notas finais do capítulo

se puderem recomendar eu agradeço!!!
obrigada por lerem!!!
bjooooooooooooooooooooooo