Zodíaco escrita por Milka


Capítulo 3
Partida




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Já fazia três meses que Allen e sua mãe estavam em Lorena, não podendo ousar voltar para a sua própria nação. Quando souberam que Vaslove havia sido atacada e dominada eles não perderam a esperança de que seu pai pudesse ter escapado. Mas já fazia três meses que eles estavam sem qualquer notícia. Eles ainda tinham esperança de que ele conseguisse chegar a Lorena, mesmo que a cada dia ela ficava menor.

— Não podemos ficar de mãos atadas. John me convidou a fazer parte de uma missão extra-oficial. O chefe dele acredita que pode achar um modo de combater esses ataques.

Falou Verônica mãe de Allen. Ela já havia pertencido a tropa militar de Lorena e John era o seu principal contato com eles.

Allen tinha ouvido que nada podia deter esses ataques. Muitos tentaram, mas ninguém sobreviveu. Saber que ainda havia gente que não havia desistido o dava esperança.

— Eu também vou. – Falou Allen com muita convicção.

Verônica sabia que seu filho tinha a capacidade. Ele havia sido treinado e tinha muita coragem. Mas ela não tinha nenhuma informação sobre essa missão e não queria colocar seu único filho em perigo.

— Não. Você vai ficar aqui e esperar seu pai.

— Mãe, eu quero fazer isso. Eu posso fazer isso. Eu treinei com a melhor. E o pai ficará feliz se souber que eu fui no lugar da senhora.

Verônica via muito dela no filho, apesar dele ser muito parecido fisicamente com o pai. A coragem e o temperamento eram dela, sem sombra de dúvidas.

— Eu já tenho 19 anos mãe. Eu não posso ficar aqui sem fazer nada.

— Você me convenceu, mas antes, eu quero saber do que se trata essa missão.

Benedict estava eufórico, saber que tinha tantos recursos o deu mais força do que ele podia imaginar. Ele não iria levar muita gente com ele, apenas quem realmente ele achasse necessário.

John era o seu braço direito, ele que tinha um alto cargo militar, era um guerreiro formidável.

— Eu não poderei ir com o senhor nessa jornada. O rei proibiu levar qualquer um que esteja servindo nas tropas. Mas eu tenho amigos que já foram dispensados que podem ir com o senhor.

— E a vossa majestade dificultando de novo. Esses seus amigos podem ir comigo amanhã?

— Sim. Eu quero te apresentar uma velha amiga que já serviu a Lorena. Ela é de Vaslove.

— De Vaslove? Eu não ouvi nada sobre alguém que conseguiu chegar a Lorena.

— É que ela e o filho vieram antes do ataque.

— Isso pode ser interessante. Traga aqui por favor.

— Como o senhor desejar.

Verônica estava curiosa sobre essa missão. Como uma missão extra-oficial poderia ter tantos recursos? Ela nunca havia visto uma comitiva tão preparada.

Um rapaz que não parecia nem ter 30 anos a estava a esperando. Com a pele dourada e cabelos negros presos em um rabo de cavalo, vestindo a roupa oficial do alto escalão de Lorena , a cor de seus olhos ficavam apagadas por todo esse contraste , mas Verônica percebeu um leve tom avermelhado na Iris e ela descobriu que não confiava nele.

— Senhor, essa é Verônica Becker. Ela é uma cidadã de Vaslove.

— Sim, percebi logo quando a vi. Essa postura e esse modo de reparar em todos os detalhes são muito vasloviano. Senhora Becker ouvi dizer que a senhora já lutou pelo nosso Reino de Lorena, e tenho muita curiosidade em saber o por quê.

Ela percebeu o leve sotaque do leste de Lorena.

— Senhor, minha família fugiu de Vaslove nos confrontos por democracia. Assim tive que fazer a minha vida em Lorena, assim que Vaslove conseguiu sua Democracia, eu voltei para visitá-la, mas acabei me casando e construindo uma família em Vaslove. E tenho muito orgulho disso.

— Ótimo, uma das coisas que mais admiro em uma pessoa é saber que ela tem orgulho de suas origens. Assim quero te fazer uma pergunta, senhora Becker, uma cidadã vasloviana como você, iria a uma jornada comigo em busca de algo que você não acredita?

— O que o senhor quer dizer com isso?

— Não te falaram? Essa é uma jornada em busca da magia.

Desde os tempos antigos quando a magia era usada para qualquer atividade banal, vaslovianos evitavam ao máximo o seu uso. Eles prezam pelo o trabalho duro, e odeiam qualquer tipo de facilitador.

— Magia? Isso é algum tipo de brincadeira?

— Eu pareço estar brincando?

Aqueles olhos não mentiam. Verônica sabia que ele tinha muita convicção nisso. Mas e ela? Ela conseguiria mandar seu filho nessa missão sem sentido.

— Na verdade, não sou eu que vou com o senhor. Meu filho Allen é que vai no meu lugar.

— Estou surpreso, eu não imaginava que iria conhecer tantos vaslovianos nos dias de hoje. E não se preocupe Senhora Becker eu irei cuidar muito bem do seu querido filho.

Benedict se impressionou com a coragem da mulher, quando que um Vasloviano iria acreditar na volta da magia. Benedict acha que esse foi o erro dessa nação, e o que cuminou em nenhum possível refugiado. Vaslovianos não acreditariam em magia, mesmo que essa se mostrasse para eles.

— Espero que seu filho seja tão corajoso como você.

— Ele é senhor! Meu orgulho e minha felicidade.

— Então fale para ele, estaremos embarcando para Cintra amanhã mesmo.

Benedict não o reconheceu de imediato. Diferente da mãe que tinha os cabelos vermelhos e olhos azuis, Allen era um típico vasloviano. Apesar da pele branca os traços não mentiam e a sua postura menos ainda.

— O senhor é Allen Becker?

— Sim, senhor. Estou pronto para servir Lorena.

O garoto fez um cumprimento militar.

— Não se preocupe senhor Becker, eu não sou um militar. Não precisa ser tão formal comigo. De agora para frente iremos comer, dormir e cagar no mesmo lugar. Assim eu quero que você me trate como um amigo.

— Se o senhor quer que seja assim.

— Eu exijo que seja assim.

A equipe formada por Benedict eram de 5 pessoas. Ele realmente esperava que essa equipe fosse suficiente.

Allen Becker, Billo Vilar, Sidney Bloss, Cassie Faber e Donar Horn.

Sidney era uma enfermeira de 32 anos com sede de aventura, Billo e Donar eram soldados que foram expulsos do rendimento e Cassie era a contadora, ela iria contabilizar todos os gastos.

Parecia ser a equipe ideal. E a primeira parada era Cintra o lugar que diziam que as coisas e os mortos ganhavam vida.


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