Zodíaco escrita por Milka


Capítulo 2
Talvez uma esperança




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Vários ataques ao norte eram registrados. Mesmo sendo a fronteira menos vigiada e armada o rei não esperava que eles começassem os ataques por esta. A cadeia de montanhas e o intenso frio eram barreiras naturais.

Os cidadão do Norte vinham para o centro e assim a capital de Lorena ficou super-populosa. As plantações de trigo ao norte estavam sendo abandonadas e uma escassez de alimento já era prevista. Lorena era um país grande em extensão e muito populoso.

—Precisamos fazer alguma coisa. As informações são divergentes. Apesar das confirmações de ataques. Quando nossas tropas chegam não há nada além dos mortos. Nenhum sinal de batalha.

— Vossa majestade. Eu já conversei com o senhor sobre outra possibilidade. É magia. Ela voltou e estamos sendo atacados por usuários!

— Não diga asneiras, Benedict. Estamos em um assunto muito grave e sério. Não fique divagando. A magia foi banida antes de qualquer um de nós sequer existir. E não há nenhuma prova de que ela voltou. O banimento foi permanente.

Benedict sabia que o rei era contra a idéia da magia ter voltado. Mas ele estava com um forte pressentimento. Benedict era de uma vila no leste. Um lugar onde as pessoas ainda tinham a esperança de que a magia voltasse. Há 300 anos o leste era a capital da magia de Lorena. Antes uma região extremamente rica, caiu em decadência se recusando a se modernizar.

Benedict sabia que precisava de uma prova. E assim depois de 15 anos ele pediu permissão ao rei para visitar a sua terra natal.

A região litorânea do Leste era muito agradável e forte turisticamente. Vários nobres da capital tinham pelo menos uma residência nesse lugar de clima místico. Benedict apesar de acreditar na magia, não gostava de como ela afetava essa região. Muitos cidadãos se recusavam a aceitar ajuda da capital, por isso apesar de ser uma região bonita a desigualdade social era só conhecida por quem vivia ali.

A família de Benedict vem de uma geração de líderes religiosos. Só Benedict escolheu uma vida diferente. Ao voltar a sua antiga casa ele deu de cara com o seu avô. Que nem o olhou direito, já que o renegava como neto.

— Boa tarde, vovô!

Disse Benedict em direção ao senhor octogenário que era tido como um santo por quase toda a vila.

— O senhor vai ter que falar comigo. Estou em uma missão oficial a mando da Vossa graça o Rei Sandor.

— Não ouse dizer o nome desse bastardo nessa casa.

— Vovô se alguém ouvir o senhor falando assim, vão te confundir com um traidor.

O avô de Benedict viveu em uma época em que as pessoas que acreditavam na volta da magia eram perseguidas. E assim ele odiava qualquer coisa ligada ao governo e por isso renegava seu neto, que tinha uma alta posição no reinado de Sandor.

— Eu não me importo. Você é que traiu sua família.

Benedict sabia que não adiantava discutir com ele. Por isso foi direto até seu pai,que apesar de tudo era bem menos radical que o avô.

— Pai. Eu preciso daquele livro.

— Você some por 15 anos e volta com pedidos? Como eu ainda posso o considerar meu filho?

O pai de Benedict era uma versão mais velha dele. Os cabelos negros preso em um rabo de cavalo e a pele de um tom dourado faziam os dois terem uma beleza singular.

— Você sabe o que está acontecendo?

— A profecia está se cumprindo, não deveria ser surpresa para você.

— Profecia?

— Aquelas engrenagens e energia fizeram você perder a memória?

— Pai a magia voltou.

— Disso você lembra. Você também sabe que esse é o inicio do fim.

— Me dê o livro pai!

— Você pode pegar. Só não deixe seu avô te ver!

O livro ficava no templo da família. Onde seu pai e avô se reuniam com seus seguidores.

O grande livro do passado.

Era um livro raro, e só existiam duas cópias, uma no leste e outra no oeste.

Benedict já havia tido contato com o livro, quando estava sendo treinado para seguir os passos de seu pai e avô. E havia uma lenda que sempre chamou sua atenção.

A lenda das 12 constelações.

“De 500 em 500 anos a magia das constelações se fará presente e nem o banimento irá impedir sua ressurreição. Quando o mundo mais precisar dela, 12 serão os guardiões . No alinhamento essas pessoas nascerão e a morte os seguirão. Uma magia que ninguém poderá se opor. E só ela mesma poderá se destruir.”

Essa passagem era a que Benedict mais gostava. Ele a copiou e levou com ele à capital. Ele queria procurá-los, os 12 que serão a única esperança, não só para Lorena mas para o que resta do mundo.

Mas apresentar uma lenda para o rei era uma coisa, mas provar que ela é real seria um desafio. Nem Benedict acreditava realmente, mas ele estava se agarrando a única coisa que poderia ajudar.

Ele teria que ir atrás dos rumores, rumores que há 15 anos desde que chegou a capital ele ouvia, mas ignorava.

Há dois anos alguém disse que viu um rapaz invadindo uma propriedade privada. Nada que a policia não pudesse resolver exceto que segundo os rumores o rapaz derreteu as grades no formato do próprio corpo.

E outra história de uma cidade no noroeste em que dizem que as estátuas ganham vida.

Quando o rei soube das intenções de Benedict logo o desencorajou.

— Não podemos perder alguém como você. Você quer ir para uma jornada sem sentido. O país está em crise. As pessoas estão morrendo e você quer ir atrás de uma lenda do Leste?

— Me perdoe vossa Graça. O leste é o meu lar. E quando eu voltar, eu vou provar para o senhor que a magia voltou e que pode ser usada para salvar o país. Não se preocupe eu não irei pedir nada para essa jornada.

— Você não me dá opção Benedict. Eu vou te dar um prazo de um mês, para encontrar qualquer prova que faça essa lenda ter um traço de verdade. E você terá os recursos necessários pra fazer isso.

— Vossa majestade é muito generosa.

— Mas lembre-se se em um mês você não tiver nenhuma prova. Você ira desistir dessa idéia e irá pagar todos os custos dessa sua jornada.

E assim Benedict aceitou as condições.


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